‘Carta de governador não rende voto na Câmara’.
O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), presidente da comissão que analisa a emenda constitucional que reformula o sistema previdenciário, declarou que "o Congresso segue propenso a tirar Estados e municípios da reforma da Previdência" a despeito da divulgação de cartas de governadores pedindo o contrário. "Carta de governador não rende voto na Câmara", ele afimou, em entrevista ao blog. "Acho que a atitude dos governadores precisa ser mais humilde. Eles têm que garantir votos em vez de escrever cartas."
Marcelo Ramos separa os governadores em dois grupos, ambos ineficazes: "Acho que tem uma parte querendo manter a aparência. Outra parte está querendo enquadrar a Câmara. Nenhum dos dois movimentos vai funcionar." O deputado soou ácido: "Não me parece razoável um governador dizer no Estado dele que é contra, a bancada regional e partidária dele votar integralmente contra e ele assinar uma carta dizendo que quer que inclua Estados e municípios na proposta."
Na última quinta-feira, o governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, divulgou carta supostamente avalizada por 25 dos 27 governadores, defendendo a manutenção de Estados e municípios na reforma previdenciária. Três governadores negaram ter assinado o documento. Segundo Marcelo Ramos, Ibaneis e os signatários da carta não têm votos nas bancadas estaduais. Não influenciam nem os votos dos seus próprios partidos.
Na sequência, os nove governadores do Nordeste trombetearam outra carta. Nela, defendem três reformas: previdenciária, tributária e política. Pedem alterações na proposta de reforma da Previdência. Mencionam artigos que os deputados já decidiram suprimir do projeto. Por exemplo: o BPC, benefício pago a idosos miseráveis, e a aposentadoria de trabalhadores rurais.
Capitão usa brasileiros vulneráveis contra centrão.
Ao retardar na Comissão de Orçamento do Congresso a votação do projeto que libera crédito extra de R$ 248 bilhões para o governo, o centrão disse para Bolsonaro que agora a coisa ou vai ou racha. O capitão foi ao Twitter neste sábado para informar ao centrão que a coisa tem que ir, mesmo rachada. Do contrário, o Congresso ficará muito mal com os velhos, miseráveis, aposentados e agricultores.
Sem a aprovação, escreveu Bolsonaro, "teremos que suspender o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiências já no próximo dia 25. Nos meses seguintes faltarão recursos para aposentadorias, Bolsa Família, Pronaf [agricultura familiar], Plano Safra…".
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Em aliança tática com PT e PCdoB, o PL (pode me chamar de PVCN, Partido do Valdemar Costa Neto) obstruiu a votação do crédito que permitirá a Bolsonaro governar sem as pedaladas orçamentárias que derrubaram Dilma Rousseff. Foi como se a legenda do centrão declarasse para o presidente: "Se não negociar conosco, não permitiremos que realize os seus sonhos."
Ao pressionar o Legislativo esgrimindo o risco de faltar dinheiro para os brasileiros vulneráveis, Bolsonaro respondeu ao centrão no mesmo tom. Foi como se dissesse algo assim: "Se não liberarem o crédito extra, posso realizar os seus pesadelos."
A exemplo do que fizeram com outros presidentes da República, os partidos do centrão tentam arrastar Bolsonaro para o seu tabuleiro de xadrez. O grupo ainda não se deu conta. Mas meteu-se num jogo diferente. Sob Bolsonaro, os partidos jogam xadrez em cima de um sumidouro, com um presidente que se faz de maluco.
Após emparedar seus inimigos cordiais, Bolsonaro executou no Twitter algo muito parecido com um xeque-mate: "Acredito na costumeira responsabilidade e patriotismo dos deputados e senadores na aprovação urgente da matéria."
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Lista de bancos brasileiros e que atuam no Brasil
Esta página mostra como você pode ter acesso a listagem completa dos bancos brasileiros ou dos bancos estrangeiros que atuam no Brasil e são regulados pelo Banco Central do Brasil.
Mensalmente o Banco Central do Brasil divulga a lista de instituições financeiras que podem ser os bancos comerciais, Caixa Econômica, administradores de consórcio, conglomerados bancários, bancos de investimento e desenvolvimento, entre outras classificações que são comuns ao mercado financeiro.
Para que serve esta lista
Serve para mostrar à população as instituições que estão legalmente autorizadas pelo banco central a funcionar. Caso você queira comprar uma cota de consórcio, fazer um investimento ou mesmo abrir uma conta correte ou poupança em uma instituição que você não conheça, é importante consultar esta lista para certificar que é uma empresa que tem autorização para tal.
Como consultar a listagem de bancos
Endereço: http://www.bcb.gov.br/?RELINST
Você deverá acessar o endereço acima no site do Banco central e escolher uma das opções abaixo:
Conglomerados. Irá mostrar a relação completas das empresas financeiras e as instituições que elas administram.
Bancos comerciais, múltiplos e Caixa Econômica. Mostrará a relação dos bancos que operam no Brasil, nacionais ou estrangeiros, com as informações do endereço, telefone, email, endereço do site e outras informações.
Segundo esta listagem havia em agosto de 2013, 154 bancos no Brasil, sendo a distribuição deles por estados da seguinte forma:
- São Paulo: 102
- Minas Gerais: 8
- Rio de Janeiro: 13
- Distrito Federal: 4
- Rio Grande do Sul: 9
- Bahia: 3
- Paraná: 7
- Pernambuco 4
- Outros estados: 4
Quais os principais bancos que operam no Brasil?
Segundo informações do Banco Central no Mês de julho de 2013 e considerando o ativo total, os 20 maiores bancos nacionais e estrangeiros que operam no Brasil eram os seguintes:
- Banco do Brasil
- Itaú
- Caixa Econômica Federal
- Bradesco
- BNDES
- Santander
- HSBC
- Banco Safra
- BTG Pactual
- Votoraantim
- Citibank
- Banrisul
- JP Morgan Chase
- Credit Suisse
- Banco do Nordeste do Brasil
- Deutsche
- BMG
- Banco Volksvagem
- Banco Cooperativo Sicredi
- Panamericano
Para consultar a lista atualizada dos maiores bancos acessem esta página no site do Banco Central do Brasil: http://www4.bcb.gov.br/fis/TOP50/port/Top50P.asp
A Reforma e 2022
Muitos ainda acreditam que, dada a total falta de preparo e de vocação para o cargo, o presidente Jair Bolsonaro não se encontre com o Papai Noel no Palácio do Planalto. Pode ser. Interlocutores que conversam frequentemente com a cúpula militar — os da ativa, aqueles que realmente contam — asseguram que há uma enorme insatisfação com o capitão e seus herdeiros, tanto que não seria necessária sequer uma delação premiada para motivar um processo de impeachment. Por essa ótica, a persistirem os números negativos na economia, o governo será breve. Mas, teorias conspiratórias à parte, o certo é que cinco meses depois da posse de Bolsonaro, o que efetivamente movimenta a agenda dos atores políticos é a sucessão presidencial. E o tabuleiro montado para esse xadrez é a Reforma da Previdência.
Na ponta-esquerda, o PT insiste em construir uma narrativa que o coloque como vítima das elites preconceituosas, recusa um mea-culpa e aposta no Lula Livre para tentar a hegemonia na construção de uma candidatura. Como fez ao longo de sua história até 2002, o partido se recusa a participar de qualquer movimento que aponte para uma solução capaz de aglutinar e unificar um bloco não extremista. Em 1985, se recusou a participar do Colégio Eleitoral que pôs fim a ditadura, agora se coloca quase como observador distante da reforma. Assim, facilita a vida da extrema-direita e faz Bolsonaro sorrir, pois para manter-se vivo no jogo, basta a ele insistir na bobagem do perigo vermelho e apontar o dedo para Lula. Nesse sentido, pouco importam
as retaliações que a Reforma da Previdência venha a sofrer no Congresso.
Na Câmara e no Senado, porém, o jogo é mais profissional e os grupos de interesse mostram suas forças. E, na queda de braço de quem ganha e quem perde com as mudanças na Previdência é que vai se construindo uma alternativa presidencial mais ao centro para 2022 — ou antes. Algo que não foi possível em 2018, quando o tabuleiro era a Lava Jato. Agora, Rodrigo Maia, João Doria, ACM Neto e outros, em nome da reforma, buscam reunir centro-direita e centro-esquerda em um bloco. Claro, quem vai pagar a conta dos acordos é o assalariado, o cidadão que já perdeu os direitos trabalhistas e na Previdência perderá mais, pois está sub-representado e os sindicatos, todos moribundos. Ganharão o mercado, os bancos e as corporações de servidores públicos que já têm privilégios e força política no Parlamento. Enfim, a reforma deve sair. Mas, com certeza, retrocederemos algumas décadas como sociedade democrática.
No perde e ganha com as mudanças na Previdência é que vai se construindo uma alternativa presidencial
Mário Simas Filho / ISTOÉ
O Judiciário está vitimizando Lula
Uma banda do PT acreditava que a campanha Lula Livre mobilizaria multidões. Isso não aconteceu e a libertação de "Nosso Guia" depende do Judiciário. Só os magistrados sabem como lidarão com o reconhecimento, pelo Ministério Público, de que ele tem direito ao regime semiaberto. A onipotência da toga está construindo o pedestal da vitimização do ex-presidente.
Deixando-se de lado questões como a propriedade do apartamento de Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP), a cegueira da Justiça varreu para baixo do tapete pelo menos quatro casos em que os juízes, como Maradona, recorreram à "mão de Deus" para ajeitar a bola.
O repórter Wálter Nunes revelou que em 2016 o juiz Sergio Moro mandou interceptar os telefones do escritório dos advogados de Lula e disso resultaram relatórios sobre pelo menos 14 horas de conversas.
Gravar advogados é crime. Moro justificou-se informando que não sabia que o número grampeado era dos advogados, pois supunha que fosse de uma empresa de palestras. Vá lá, mas a Polícia Federal diz que o grampo foi colocado porque suspeitava-se de um dos advogados do escritório, talvez metido com crimes. As duas versões não batem.
Um ano antes, Moro divulgou impropriamente o grampo de uma conversa de Lula com a então presidente Dilma Rousseff. Sua conduta foi condenada pelo ministro Teori Zavascki, do STF, e ele justificou-se com um pedido de "escusas". Acrescentou que "jamais foi a intenção desse julgador (...) provocar polêmicas, conflitos ou provocar constrangimentos". Acreditou quem quis.
No ano passado, no fragor da campanha eleitoral, Moro divulgou um anexo de conteúdo inconclusivo e jamais investigado da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci à Polícia Federal.
A esses momentos em que a "mão de Deus" ajudou Moro, some-se a sentença na qual a juíza Gabriela Hardt condenou Lula no caso do sítio de Atibaia copiando e colando um texto que se referia a um "apartamento". A doutora justificou-se dizendo que a prática é comum. Pode ser, mas quem copia e cola um texto alheio fica na obrigação de lê-lo antes de assiná-lo. Isso ela não fez.
Sempre haverá quem diga que esses cacos são detalhes menos relevantes diante do tamanho do serviço que a Lava Jato prestou ao país. Afinal, minutos depois de marcar 1x0 contra a Inglaterra, Maradona fez um dos maiores gols da história do futebol, atravessando todo o campo dos ingleses. Mesmo assim, o bom futebol não precisa de gols marcados com a mão nem com a ajuda de Deus.
Quem envergonha o Brasil é Lula
José Nêumanne / O ESTADO DE SP
08 de junho de 2019 | 12h18
“Esse governo está destruindo o País, envergonhando o País”, disse Lula, em entrevista da cela de Estado-Maior no DPF de Curitiba, a DCM e Tucameia. Mentira. A verdade é que o Brasil em destroços foi destruído pela roubalheira e má gestão de seus dois governos e na gestão e meia de sua lambe-botas Dilma com complemento do ex-sócio Temer. Eles exportaram corrupção pelo mundo afora, promovendo o despudor além das fronteiras. E paralisando nossa economia com a permanência por cinco anos de depressão com 13,2 milhões de pobres desempregados e famintos. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.