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De Assis Diniz destaca a importância das exposições agrícolas

Por Lincoln Vieira / ALECE

 

Deputado De Assis Diniz (PT) - Foto: Junior Pio

 

O deputado De Assis Diniz (PT) destacou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado Ceará (Alece), nesta terça-feira (27/08), a importância dos debates nos circuitos de exposições agropecuárias no Ceará. 

O parlamentar ressaltou que as exposições garantem as discussões sobre o crescimento econômico da agricultura e pecuária do Estado. “Os circuitos de exposições no Ceará, como a Expocrato, teve grande impacto e dimensão econômica muito grande ao Estado. As exposições também permitem conhecer as ações cotidianas dos trabalhos desenvolvidos no sertão”, analisou.

O deputado salientou que esteve presente no último fim de semana no município de Jaguaretama, onde participou da Expotama 2024. De Assis frisou que o encontro apresentou aos visitantes como a agricultura cearense é desenvolvida. “O evento foi uma exposição digna, não só o aprimoramento e o melhoramento genético, mas a experiência do que é hoje a agricultura do Estado do Ceará”, avaliou. 

O parlamentar ressaltou que a cidade de Jaguaretama é a 4ª maior produtora de leite do Estado e acrescentou ainda que “apenas no Sertão cCntral” a produção diária de leite alcança o número de 1 milhão e 300 mil litros de leite. “Se nós olhamos o percentual do que é o leite, nós vamos ter uma cadeia em torno dele que garanta renda, padrão de sustentabilidade para os mais de 350 agricultores cadastrados no sistema estadual de Agricultura”, acentua. 

Em aparte o deputado Felipe Mota (União) comentou o papel da ferrovia Transnordestina para a agricultura e pecuária. Ele disse que a ferrovia vai contribuir para o crescimento da agricultura cearense e que o Ceará terá novas oportunidades de negócio com outros estados. 

Edição: Lusiana Freire

Cláudio Pinho denuncia problemas em veículos que trazem alunos de São Gonçalo para Fortaleza

Por Gleydson Silva / ALECE

 

Deputado Cláudio Pinho (PDT) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Cláudio Pinho (PDT) denunciou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (27/08), constantes problemas técnicos em veículos que realizam o transporte dos alunos universitários de São Gonçalo do Amarante para Fortaleza.

De acordo com o parlamentar, nessa segunda-feira (26/08), ele recebeu diversos vídeos de alunos na rodovia CE-085, após o ônibus apresentar problema, e de familiares protestando contra a situação que dizem ser frequente. “É dessa forma que estão tratando alunos que buscam se qualificar e colocar São Gonçalo no desenvolvimento”, disse. 

Na avaliação do deputado, o poder público municipal precisa fornecer meios que garantam a locomoção dos estudantes. O parlamentar ressaltou que os alunos podem ser a mão de obra qualificada de que as empresas tanto precisam, sobretudo do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Cláudio Pinho destacou também a entrega da reforma da Ponte dos Ingleses, na Praia de Iracema, em Fortaleza, no último domingo (25/08). “Me recordo que fui com o deputado Antônio Henrique e Queiroz Filho e fizeram chacota, dizendo que estávamos lá para aparecer, mas está aí: a obra foi finalizada”, pontuou. 

Edição: Vandecy Dourado

Osmar Baquit lamenta ato criminoso contra adutora em Pedra Branca

Por Luciana Meneses / ALECE

 

Deputado Osmar Baquit (PDT) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Osmar Baquit (PDT) lamentou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), desta terça-feira (27/08), realizada de forma presencial e remota, o ato criminoso desta madrugada que resultou na destruição de uma adutora no município de Pedra Branca.

Conforme explicou o parlamentar, a adutora, que levaria água para diversas comunidades do município, seria inaugurada nesta terça-feira com a presença do governador Elmano de Freitas no município, evento este cancelado devido ao episódio criminoso. “Fomos surpreendidos esta madrugada com esse ato criminoso, no qual vândalos destruíram a adutora. Algo tão sonhado e esperado pela população foi destruído por criminosos. Mas eles não ficarão impunes, pois a investigação já está acontecendo e tenho certeza que logo estaremos entregando a adutora recuperada para Pedra Branca”, declarou. 

Outro assunto abordado por Osmar Baquit na tribuna foram as pesquisas eleitorais. Na opinião dele, alguns institutos que desenvolvem as pesquisas estariam sendo “irresponsáveis” no seu método de aplicação. “É um crime o que alguns institutos de pesquisas estão fazendo pelo Brasil. Manipulando, se vendendo, entregando resultados que não são verdadeiros. E isso pode prejudicar muita gente”, opinou. 

Para o deputado, a falta de transparência acaba confundindo a população não só durante as entrevistas, como também na divulgação dos resultados. “As coisas devem ser conduzidas de maneira séria e transparente, sem confundir a população. É claro que aqueles candidatos mais conhecidos estarão na frente, ou mesmo aqueles que têm padrinhos com história na política. Divulguem quem tem menor rejeição, quem é mais conhecido. Sejam honestos com o que está sendo avaliado, pois infelizmente tem gente que não quer perder o voto e sequer leva em conta o que os candidatos defendem”, salientou.

Em aparte, a deputada Dra Silvana (PL) concordou com o colega deputado. “Muito lúcido seu pronunciamento. Esses institutos mudam toda hora quem está na frente. A população não precisa tanto dessas pesquisas, ela precisa de informação sobre os candidatos e de mais debates de ideias. Esses institutos viraram piada e suas pesquisas só servem para confundir a cabeça do eleitor”, avaliou.

Edição: Vandecy Dourado

Assembleia Legislativa promove sessão solene em homenagem ao Dia do Economista

Por Luciana Meneses / ALECE

 

- Foto: Divulgação

 

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará promove, nesta quinta-feira (29/08), a partir das 17h, no auditório Murilo Aguiar, sessão solene em comemoração ao Dia do Economista. O evento atende à solicitação do deputado Sérgio Aguiar (PDT), com o intuito de homenagear profissionais da economia cearense, reconhecendo a importância de sua contribuição para o desenvolvimento econômico do Estado. 

Segundo o parlamentar, o economista desempenha papel fundamental na sociedade. “Esses profissionais possuem a capacidade de compreender fluxos financeiros, antecipar as tendências mercadológicas, além de gerir investimentos de maneira precisa, possuindo ainda a capacidade de desenvolver estudos com a formação de preços de venda, rentabilidade, estratégias e muito mais”, detalha.

Sérgio Aguiar destaca ainda as qualidades do economista no cenário cearense. “Dessa forma, decidimos homenagear os economistas, em especial os profissionais do Estado do Ceará, pela importância que estes têm para os ajustes e regularidade das contas públicas e privadas”, justificou.

O dia 13 de agosto foi escolhido como o Dia do Economista, pois foi em 13 de agosto de 1951 que o ex-presidente da República Getúlio Vargas sancionou a Lei n° 1.411, estabelecendo a regularização dessa profissão no Brasil.

Edição: Vandecy Dourado

Câmara aprova alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal que afrouxa limites de gasto com pessoal

Ana Pompeu / folha de sp

 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28) uma alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal que afrouxa limites de gasto com pessoal de estados e municípios

A proposta teve 370 votos favoráveis, 15 pela rejeição e 2 abstenções. Ele precisava de 257 votos sim para ser aprovado. A matéria segue agora ao Senado Federal.

O projeto altera a LRF para retirar dos limites de despesas com pessoal os gastos com terceirização e organizações da sociedade civil. A ideia é aumentar a margem de gastos com funcionários e evitar que entes da federação descumpram o teto imposto pela legislação.

A LRF prevê que a despesa total com pessoal não pode exceder percentuais da receita corrente líquida, definidos em 50% para União e 60% para estados e municípios. O projeto faz alterações no texto da lei original no trecho em que são definidos itens não computáveis como despesas para o atendimento dos limites.

O novo texto prevê que ficam de fora do cálculo despesas com pessoal nos casos de contratação de empresas, de organizações sociais, de organizações da sociedade civil, de cooperativas ou de consórcios públicos, "quando fique caracterizada prestação de serviços". Além disso, gastos que caracterizem "fomento público de atividades do terceiro setor por meio de subvenções sociais" também não precisam ser computados.

Segundo a proposta, esse tipo de despesa será considerada como "outras despesas de pessoal" na lista de exclusões agora ampliada. Empresas terceirizadas de limpeza urbana, contratos de gestão hospitalar, por exemplo, poderão entrar nesse grupo.

No passado, estados e municípios já recorreram a esse tipo de entendimento para maquiar comprometimento de contas, o que causou questionamentos.

No relatório do projeto, menciona-se que o projeto vem para esclarecer "divergências interpretativas, inclusive no âmbito dos tribunais de Contas" e que os casos seriam exceções.

O deputado Gilson Daniel (Podemos-ES), autor do projeto, agradeceu ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) por ter decidido pautar o projeto. De acordo com ele, a medida foi tomada a pedido da Confederação Nacional dos Municípios e da Frente Nacional dos Prefeitos.

"Existe uma mudança que incluiu aos municípios, no gasto de pessoal da LRF, o gasto com terceirizados, que não era computado anteriormente, aquele serviços que contrata como a merendeira, o gari, a prestação de serviços. Isso impacta mais de 3.000 municípios brasileiros e estados", disse.

O deputado Claudio Cajado (PP-BA) chegou a questionar se a mudança não serviria para flexibilizar a LFR.

"O texto exclui ou não o pagamento de pessoal pelas terceirizadas? É importante entender. Se exclui, seria uma forma de aumentar os gastos com pessoal de forma a fazer com que os municípios e outras entidades gastem a mais do que prevê a LRF", disse.

Gilson Daniel defendeu que o projeto tem outro objetivo. "Não é disso que se trata. São os terceirizados nunca computados como pessoal. A partir dessa decisão, seria computado. Mas não afeta o teto de gastos", afirmou.

"É só para dar condições aos municípios e fazer justiça a eles", encerrou.

Por sua vez, o deputado Helder Salomão (PT-ES) apresentou outra ressalva. "Sob a ótica das finanças públicas, a matéria abre espaço para ampliar a prestação de serviço público. Mas isso significa sim aumento de gasto com pessoal-fim, ou seja, alocado diretamente para prestação de serviços", disse.

Segundo ele, ao longo dos anos, a mudança pode ter outro tipo de impacto. "Deixo um alerta. Vai depender muito das decisões dos gestores, porque pode abrir um precedente para a precarização do serviço na medida em que se opta pela terceirização dos serviços", afirmou.

Alece TV anuncia interrupção provisória de sinal no interior do Ceará

Por Guilherme de Andrade /ALECE

 

 

O sinal da Alece TV (31.1) ficará fora do ar no interior do Estado do Ceará a partir desta sexta-feira (23/08), em função de uma manutenção programada na antena que envia o sinal para o satélite. A emissora comunica que a interrupção deverá durar, pelo menos, uma semana. O espectador poderá acompanhar a programação da Alece TV ao vivo e na íntegra pela internet

A manutenção se faz necessária para melhorar a qualidade e garantir estabilidade do sinal transmitido. A equipe da Alece TV já está trabalhando para que o serviço seja concluído em breve e o canal retorne ao funcionamento normal. 

Para seguir por dentro de todas as atrações da emissora, basta acessar o site da Alece, clicando aqui. Por lá, o telespectador pode acompanhar ao vivo a programação completa do canal. 

SOBRE A ALECE TV

A Alece TV é o canal de televisão da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, dedicada a transmitir informações e conteúdos de interesse público, promovendo a transparência e a participação cidadã.

A Alece TV tem sintonia em outros 50 municípios cearenses, além de Fortaleza. Para conferir o número do canal disponível (31.1, 9.2 ou 7.3) na respectiva cidade, confira a relação no site da Casa clicando aqui.

Edição: Clara Guimarães

Por emendas parlamentares republicanas

Por Notas & Informações / o estadão de sp

 

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade manter uma liminar que suspendeu as emendas parlamentares impositivas até que a sua execução siga critérios de publicidade e rastreamento. É preciso ter claro o teor e o alcance da decisão. A Corte não criminalizou as emendas – e nem poderia, dado que foram previstas pela Constituição. Tampouco impôs restrições a questões que devem ser objeto de concertação entre o Executivo e o Legislativo, como o volume das emendas, suas modalidades ou seu caráter impositivo.

 

A tendência do Congresso a manter o status quo foi inviabilizada pelo Supremo. A tendência do governo de restaurar o status quo de antes de 2015, quando as emendas eram residuais e o Executivo controlava toda a execução – podendo inclusive contingenciar 100% ou usá-las exclusivamente como moeda de troca para granjear apoio –, não é realista nem desejável. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio.

 

Restaurar a transparência, como exige o STF, é condição necessária, porém não suficiente para conferir às emendas um caráter republicano. A opacidade, que chegou ao paroxismo com o chamado “orçamento secreto”, facilita a corrupção e permite que alguns parlamentares recebam mais recursos que os demais, violando a equidade representativa. Já outras distorções no estado atual desse dispositivo, como o seu volume elevado, a descoordenação das políticas públicas ou a ineficiência dos gastos, precisarão ser resolvidas por arranjos entre os Poderes eleitos.

 

Desde a última legislatura, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV tem publicado uma série de consultas a especialistas em Orçamento a fim de oferecer propostas para uma nova cultura orçamentária. Eles notam que em democracias avançadas o papel do Legislativo na coordenação das políticas públicas é cada vez maior. Isso é razoável e legítimo. Afinal, os parlamentares também são representantes eleitos e conhecem de perto as necessidades de quem representam.

 

O problema no Brasil é que o Congresso assumiu a alocação de uma parcela exorbitante dos gastos federais sem se comprometer com a necessária coordenação desses gastos conforme os objetivos da União. Infladas e pulverizadas, as emendas servem a propósitos paroquiais e imediatistas. Mesmo que passem a ser distribuídas com transparência e equidade, o problema da eficiência e produtividade persistirá.

 

Em sua Carta de abril, o Ibre compilou cinco recomendações principais para aprimorar a interação entre Legislativo e Executivo: i) capacitar o Congresso, melhorando sua estrutura técnica e qualificando o método de definição das emendas; ii) promover uma avaliação de retorno econômico e social das emendas, estabelecendo critérios mínimos para inclusão no Orçamento; iii) regulamentar a indicação dos beneficiários das emendas de comissão, mitigando a volta da dinâmica do orçamento secreto, em que um parlamentar pode dispor do Orçamento como quiser; iv) criar condições para fiscalizar as transferências especiais, as chamadas “emendas Pix”; e v) fortalecer as comissões temáticas (de saúde, educação, etc.) para ampliar sua interação com as áreas setoriais do governo, ao mesmo tempo que devem ganhar mais força política no Congresso.

 

O volume desproporcional das emendas em qualquer comparação internacional também precisaria ser limitado a um teto. As comissões podem articular todos os anos um banco de projetos aptos a receberem mais dotações por meio de emendas. Organismos do Congresso, como a Instituição Fiscal Independente, podem assumir um papel no desenho de prioridades e mensuração do retorno das emendas.

 

Além disso, será preciso robustecer órgãos de fiscalização, como a Controladoria-Geral ou o Tribunal de Contas da União, para adaptá-los à nova realidade orçamentária.

 

Essas não são as únicas nem necessariamente as melhores soluções. Mas o fato é que, se quer mais poderes sobre o Orçamento – o que, repita-se, é legítimo –, o Congresso precisa se dispor a assumir mais responsabilidades.

Senado aprova desoneração de 17 setores e municípios

Por Gabriel Hirabahasi (Broadcast) e Giordanna Neves (Broadcast) / o estadão de sp

 

Senado aprovou nesta terça-feira, 20, o projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e dos pequenos e médios municípios. A votação foi simbólica, ou seja, sem que o voto dos congressistas fosse computado, fruto do acordo do governo com a oposição. A negociação em torno da proposta levou meses e causou uma série de desgastes ao Palácio do Planalto, até o texto final ser formulado em acordo entre o governo, setores econômicos, prefeitos e parlamentares. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.

 

O novo relatório da proposta foi apresentado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) nesta terça-feira, 20, e seguiu o acordo firmado com os setores produtivos e os prefeitos ao propor uma reoneração gradual para as empresas e para os municípios até 2027.

 

Nesta terça-feira, para viabilizar a votação do projeto, Wagner decidiu retirar um dispositivo que aumentava a cobrança do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) — um tipo de remuneração da empresa aos acionistas — de 15% para 20% como compensação da perda de receitas pela desoneração. A implementação da medida exigiria um período de noventena (90 dias para passar a valer) e só valeria a partir do ano que vem. Por isso, era encarada pelo governo como uma “garantia”, mas mesmo assim a oposição criticou o aumento de imposto, o que levou o relator a abrir mão do dispositivo.

 

Na reta final das negociações, Wagner também abriu mão do dispositivo que delegava o julgamento do Imposto Territorial Rural (ITR) para os municípios que optarem por essa medida. A proposta, com o programa de cadastro de benefícios fiscais, havia sido incluída na medida provisória do PIS/Cofins, que teve sua parte principal devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e deve caducar (perder a validade).

 

Além do JCP, o parlamentar incluiu em seu texto vários capítulos com medidas de compensação que vão repor a perda de R$ 25 bilhões aos cofres da União este ano. Ele não detalhou, no entanto, o potencial de arrecadação de receitas de cada proposta.

 

Segundo o relator, as medidas devem gerar mais R$ 25 bilhões a R$ 26 bilhões aos cofres públicos e resolvem especificamente o buraco fiscal nas contas de 2024, já que muitas dessas propostas são limitadas e não trarão efeitos nos exercícios seguintes. Em relação ao rombo no orçamento causado pela desoneração no ano que vem, o senador reiterou que o assunto deverá ser discutido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser enviado ao Congresso no dia 31 de agosto.

 

Número de trabalhadores

Wagner reduziu mais uma vez o quantitativo de trabalhadores que as empresas teriam de se comprometer a manter para serem beneficiadas com a alíquota sobre a receita bruta, em vez da taxação sobre a folha.

 

Em vez de se comprometerem a manter o mesmo quantitativo ou aumentar o número de funcionários, as empresas serão obrigadas a manter ao menos 75% dos empregados. Isso significa que uma redução de até 25% do quadro de funcionários não significará a perda do direito à desoneração por parte dessas empresas. Na primeira versão do parecer, Wagner havia determinado que o porcentual seria de 100%. Depois, reduziu para 90%, mas ainda assim enfrentou resistência por parte dos senadores.

Esse trecho foi incluído de última hora por Wagner em seu relatório na semana passada e foi alvo de contestação por diversos senadores. Desde a divulgação do parecer, o petista se mostrou disposto a negociá-lo.

 

O relator incluiu em seu texto vários capítulos com medidas de compensação que vão repor a perda de R$ 25 bilhões aos cofres da União este ano, dentre elas: atualização de bens no Imposto de Renda; repatriação de ativos mantidos no exterior; renegociação de multas aplicadas por agências reguladoras; pente-fino no INSS e programas sociais; uso de depósitos judiciais esquecidos; uso de recursos esquecidos; e o programa de cadastro dos benefícios fiscais concedidos pelo governo.

 

Segundo o relator, as medidas devem gerar entre R$ 25 bilhões a R$ 26 bilhões aos cofres públicos e resolvem especificamente o buraco fiscal nas contas de 2024, já que muitas dessas propostas são limitadas e não trarão efeitos nos exercícios seguintes. Em relação ao rombo no orçamento causado pela desoneração no ano que vem, Wagner reiterou que o assunto deverá ser discutido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser enviado ao Congresso na sexta-feira, 30.

 

Como funciona a desoneração

 

O texto da desoneração da folha de pagamentos segue o acordo já firmado com os setores produtivos, que prevê uma reoneração gradual a partir do ano que vem e até 2027. A desoneração em 2024 substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por uma taxação de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A partir do ano que vem, os empresários passarão por uma cobrança híbrida, que misturará uma parte da contribuição sobre a folha de salários com a taxação sobre a receita bruta.

 

  • Em 2025, as empresas pagarão 80% da alíquota sobre a receita bruta e 25% da alíquota sobre a folha.
  • Em 2026, as empresas pagarão 60% da alíquota sobre a receita bruta e 50% da alíquota sobre a folha.
  • Em 2027, as empresas pagarão 40% da alíquota sobre a receita bruta e 75% da alíquota sobre a folha.
  • A partir de 2028, as empresas retomarão integralmente o pagamento da alíquota sobre a folha, sem o pagamento sobre a receita bruta.

No novo parecer, o relator reduziu o quantitativo de trabalhadores que as empresas terão de se comprometer a manter para serem beneficiadas com a alíquota sobre a receita bruta, em vez da taxação sobre a folha.

 

Em vez de se comprometerem a manter o mesmo quantitativo ou aumentar o número de funcionários, as empresas serão obrigadas a manter ao menos 75% dos empregados. Isso significa que uma redução de até 25% do quadro de funcionários não significará a perda do direito à desoneração por parte dessas empresas.

 

Na primeira versão do parecer, Wagner havia determinado que o porcentual seria de 100%. Depois, reduziu para 90%, mas ainda assim enfrentou resistência por parte dos senadores.

 

Esse trecho foi incluído de última hora pelo senador em seu relatório na semana passada e foi alvo de contestação por diversos parlamentares. Desde a divulgação do parecer, o petista se mostrou disposto a negociá-lo.

 

No caso dos municípios, o texto também estabelece uma “escada”. Neste ano, está mantido a alíquota previdenciária de 8% aprovada no ano passado pelo Congresso. Em 2025, esse imposto será de 12%. Em 2026, de 16%. Em 2027, por fim, voltará a ser de 20%.

 

Revisão de gastos

O parecer também prevê um endurecimento nas regras de adesão e atualização de cadastros do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do seguro-defeso, auxílio pago a pescadores artesanais durante o período em que ficam proibidos de exercer a pesca. Ambos programas são alvos do pente-fino do governo federal para aliviar em R$ 25,9 bilhões a peça orçamentária de 2025.

 

Na nova versão do parecer, divulgada nesta terça-feira, 20, Wagner também endureceu as normas para revisão de benefícios sociais por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), permitindo um bloqueio cautelar dos recursos em caso de fraudes. O texto estabelece que, após identificados indícios de irregularidades na concessão dos benefícios administrados pelo INSS, o valor poderá ser bloqueado por ato do Poder Executivo se não houver ciência do beneficiário em até 30 dias após notificação do órgão.

 

O que é a desoneração da folha

A desoneração da folha de pagamentos foi instituída em 2011 para setores intensivos em mão de obra. Juntos, eles incluem milhares de empresas que empregam 9 milhões de pessoas. A medida substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Ela resulta, na prática, em redução da carga tributária da contribuição previdenciária devida pelas empresas.

 

Por decisão do Congresso, em votações expressivas, a política de desoneração foi prorrogada até 2027, mas acabou suspensa por uma decisão liminar do STF em ação movida pelo governo federal. A alegação é que o Congresso não previu uma fonte de receitas para bancar o programa e não estimou o impacto do benefício nas contas públicas. O Legislativo, porém, argumenta que medidas foram aprovadas para aumentar as receitas da União e que a estimativa de impacto estava descrita na proposta aprovada. O ministro da Fazenda anunciou, então, um acordo para manter a desoneração em 2024 e negociar uma cobrança gradual a partir do próximo ano.

 

O cerne da discussão passou a girar em torno das compensações da desoneração da folha de pagamentos. A equipe econômica insiste em uma medida que represente receitas para os próximos anos.

 

Ela vale para 17 setores da economia. Confira abaixo quais são:

  • confecção e vestuário
  • calçados
  • construção civil
  • call center
  • comunicação
  • empresas de construção e obras de infraestrutura
  • couro
  • fabricação de veículos e carroçarias
  • máquinas e equipamentos
  • proteína animal
  • têxtil
  • TI (tecnologia da informação)
  • TIC (tecnologia de comunicação)
  • projeto de circuitos integrados
  • transporte metroferroviário de passageiros
  • transporte rodoviário coletivo
  • transporte rodoviário de cargas

Oposição fará pedido de impeachment de Moraes, após revelação sobre mensagens no TSE

Por Roseann Kennedy e Adriana Victorino / O ESTADÃO DE SP

 

Após a revelação de que o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes deu ordens de forma não oficial para a produção de relatórios por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a oposição no Congresso já se articula para pedir o impeachment do magistrado. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o movimento de Moraes foi feito por mensagens para embasar decisões do próprio ministro contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito das fake news e das milícias digitais. Moraes, por sua vez, diz que TSE tem ‘poder de polícia’ e que relatórios solicitados foram ‘oficiais e regulares’.

 

A senadora Damares Alves (Republicanos) afirmou nesta terça-feira (13) que o senador Eduardo Girão (Novo) apresentará um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, e sugeriu que o magistrado renuncie “pelo bem da democracia”.

 

“Temos mais de uma dezena de senadores que já manifestaram interesse em assinar. Se 5% do que foi divulgado hoje for verdade, espero que o ministro ainda durante esta noite ou esta madrugada, coloque a cabeça no travesseiro, reflita bastante e no raiar do dia apresente o pedido de renúncia. Vai ser mais fácil para todo mundo. É o mínimo que ele poderia fazer agora pela garantia de nossa democracia”, disse a senadora, que afirmou que os parlamentares farão uma coletiva de imprensa neta quarta-feira (14), às 16h, para detalhar o pedido.

 

Ao Estadão, Girão afirmou que o pedido de impeachment já seria feito como parte de uma campanha nacional programada para ser lançada no mesmo dia, às 15h, em frente à Presidência do Senado. As ações devem ocorrer até o dia 7 de setembro para recolher assinaturas de outros senadores, além de deputados.

 

As novas informações reveladas, segundo Girão, irão dar mais “robustez” ao pedido. “As equipes estão estudando até agora, mas só vamos protocolar no dia 9. Então, tem tempo, inclusive ouvindo os juristas”, disse.

 

Para o senador, este é um dever que os parlamentares têm depois de “tantas violações a direitos humanos”, já que apenas o Senado tem o poder de iniciar um processo de impeachment de ministros da suprema corte. “Acredito que chegou a hora do Senado se levantar em defesa da verdadeira democracia”, ressaltou Girão.

 

Deltan, Musk e bolsonaristas reagem nas redes a revelação sobre atuação de Moraes

Após a revelação do caso, diversos parlamentares da oposição se manifestaram. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) foi um deles: “Urgente! Sobre o Ministro Alexandre de Moraes: não vou prevaricar e espero que os outros senadores façam o mesmo”, afirmou, em referência ao possível pedido de impeachment.

 

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que o caso é “gravíssimo” e que revelaria, “um esquema de perseguição” de Moraes contra bolsonaristas. ”Vamos cobrar para o Senador cumprir seu papel constitucional. O Brasil não merece um Ministro da mais alta Corte de Justiça, agindo assim...”, afirmou.

 

O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo) disse que as mensagens “comprovam suspeitas que existiam desde de 2019″ sobre a atuação do ministro e defendeu o impeachment de Moraes sob a justificativa de que o magistrado “usurpou a função pública do Procurador-Geral da República”.

 

Outras personalidades, como o bilionário Elon Musk, investigado no inquérito das milícias digitais, também reagiram à notícia. Musk comentou “Wow”, na publicação do jornalista Gleen Greenwald no X (antigo Twitter) em que ele divulga a reportagem.

 

Por outro lado, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), afirmou que a matéria é “sensacionalista e não corresponde à verdade”. Para o petista, a reportagem deve somente “alimentar o movimento de tentar desacreditar o STF para incidir no julgamento do inelegível”.

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