PMDB marca reunião para decidir sobre rompimento com o governo Dilma-Lula
O PMDB decidiu marcar a reunião do diretório nacional que irá votar a proposta de rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff, agora reforçado pela presença de Lula. Previsto inicialmente para o dia 12 de abril, o encontro será antecipado. Ocorrerá dentro de 11 dias, em 28 de março.
Lula: a solução virou um problema - ÉPOCA
Três dias depois dos maiores protestos da história recente, quando cerca de três milhões de pessoas em todo país pediram o impeachment, o governo da presidente Dilma Rousseff começou a trabalhar no que considerava ser seu movimento mais ousado, sua última cartada para começar levantar. Logo cedo, líderes do governo no Congresso anunciavam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava nomeado ministro-chefe da Casa Civil. A presidente Dilma anunciou oficialmente a chegada de Lula poucas horas depois. A partir daí, um looping de acontecimentos virou a situação pelo avesso. O governo terminou o dia com mais protestos contrários: milhares de pessoas se juntaram em 15 estados, inclusive na porta do Palácio do Planalto, para rejeitar com veemência a integração de Lula ao governo.

Os manifestantes começaram a se juntar em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, no final da tarde. No início da noite, com a nomeação de Lula, o juiz Sérgio Moro levantou o sigilo sobre a parte da Operação Lava Jato que investigou o ex-presidente. Nomeado ministro para que seu caso só possa ser examinado pelo Supremo Tribunal Federal, Lula não está mais na jurisdição de Moro. O fim do sigilo tornou públicas gravações captadas pela Polícia Federal, que grampeou os telefones de Lula com autorização da Justiça federal.Na mais grave, ocorrida às13h32 desta quarta, a presidente Dilma Rousseff avisa Lula que está enviando um funcionário do governo com o termo de posse como ministro para “qualquer eventualidade”. Antes mesmo de ser oficialmente nomeado, Lula tinha o termo de posse para evitar que fosse preso. Ficou claro que Lula ganhou o cargo de Dilma para se proteger de um eventual pedido de prisão.
A divulgação das gravações turbinou as manifestações. No plenário da Câmara, deputados gritaram “renúncia”. Nas ruas em todo o país, os protestos começaram a crescer. Ao longo da noite, manifestantes que estavam em frente ao Palácio do Planalto também se deslocaram para a porta do Congresso Nacional. O governo, que começou o dia com a crença que Lula seria uma possível solução contra seu fim, terminou com uma crise a mais no colo.
Dilma blinda Lula de Sérgio Moro e novos protestos tomam ruas do País
Presidente confirma seu antecessor na Casa Civil da Presidência e provoca nova onda de manifestações; juiz federal libera arquivos de áudio com monitoramento telefônico do petista e afirma que diálogos indicam que ele atuou para tentar influenciar o Judiciário
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A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil do governo Dilma Rousseff desencadeou nesta quarta-feira, 16, uma série de protestos pelo País motivada também pela divulgação de arquivos de áudio da Operação Lava Jato com diálogos do petista com a presidente e com o ex-ministro Jaques Wagner.
Disfarçado de ministro, Lula assume seu terceiro mandato (e foge de Moro)
Alvo de uma denúncia por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e na mira da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quarta-feira assumir o Ministério da Casa Civil do governo Dilma Rousseff. A manobra garante ao petista foro privilegiado - e o livra das mãos do juiz federal Sergio Moro, que conduz as ações da Lava Jato em Curitiba. Já Dilma, que há muito não governa, apenas se contorce em manobras para permanecer no cargo, entrega ao antecessor o pouco poder que lhe restava.
Edição extra do Diário Oficial oficializará ida de Lula para Casa Civil
Uma edição extra do "Diário Oficial da União" será divulgada ainda nesta quarta-feira (16) com as nomeações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil; e a de Jacques Wagner para a chefia de gabinete da Presidência.
Com isso, o ex-presidente ganha prerrogativa de foro e poderá passar a responder perante o Supremo Tribunal Federal (STF) as acusações contra ele na Operação Lava Jato. Já o cargo de Wagner não é de ministro, e ele, assim, perde o foro privilegiado. Wagner, até aqui, não é investigado pela Operação Lava Jato.
Lula decide assumir Casa Civil de Dilma
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quarta-feira, 16, assumir a Casa Civil do governo Dilma Rousseff. O petista se reuniu nesta manhã com a presidente e outros ministros do núcleo duro da gestão, como o atual titular do futuro posto de Lula, Jaques Wagner; Ricardo Berzoni (Secretaria de Governo); Nelson Barbosa (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Educação).
Metade da população brasileira não tem coleta de esgoto
SÃO PAULO - Metade da população brasileira ainda não tem esgoto coletado em suas casas e cerca de 35 milhões de pessoas nem sequer têm acesso a água tratada no País. É o que revela levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil com base nos dados de 2014 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados no mês passado pelo Ministério das Cidades.
Nova afronta aos brasileiros - O ESTADO DE SP
Confirmada a nomeação de Lula para não importa qual Ministério, Dilma Rousseff estará abrindo mão, de fato, de sua condição de chefe do governo, como preço a pagar pela possibilidade de prorrogação do prazo de sobrevivência do PT no poder. Ao mesmo tempo, ao transferir o comando do País a seu padrinho – que no domingo passado, na forma do Pixuleco, foi um dos principais alvos das clamorosas manifestações de protesto que tomaram conta do País –, Dilma desmascara o apreço que o lulopetismo alega ter pela “voz das ruas”. Fazer de Lula ministro de Estado, neste momento, é afrontar os brasileiros. Mais uma vez.
Ruína moral - O ESTADO DE SP
É difícil de saber o que mais falta para que se considere completo o quadro de ruína moral do lulopetismo e, especialmente, do governo da presidente Dilma Rousseff, pois todos os dias surgem novas e terríveis evidências de que a corrupção e a desfaçatez, sob a égide de Lula e de seus comparsas, atingiram seu estado da arte. Mas a delação premiada do senador petista Delcídio Amaral, em que ele acusou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de lhe ter prometido dinheiro e ajuda para que não colaborasse com as investigações da Lava Jato, leva o escândalo para um novo e desconhecido patamar.
Conversa vadia de Mercadante conduz a Dilma
Há cadáveres demais nos autos da Lava Jato. Insepultos, produzem um fedor lancinante. Como em toda grande tragédia, a contagem das vítimas do petrolão é lenta. A pilha de corpos cresce a cada nova delação. Nesta terça-feira um pedaço das confissões do ex-líder governista no Senado Delcídio Amaral desabou sobre a cabeça de Aloizio Mercadante. Abatido, o ministro leva o cheiro de enxofre para dentro do Palácio do Planalto. Até aqui, o excesso de mortos vinha ofuscando a imagem do principal defunto: o mandato de Dilma Rousseff.