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Petrobras estima 12 mil demissões voluntárias

Com um alto endividamento e acumulando prejuízos, a Petrobras vive o pior momento de sua história e vem tomando medidas para reduzir custos

A Petrobras anunciou ontem um programa de demissão voluntária com expectativa de que cerca de 12 mil empregados participem. O Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV 2016), aberto a todos os empregados, tem custo estimado de R$ 4,4 bilhões para sua implantação e o retorno esperado é de R$ 33 bilhões no período 2016-2020, segundo comunicado da companhia.

O objetivo é "adequar a força de trabalho às necessidades do Plano de Negócios e Gestão (PNG), elevando a produtividade e gerando valor para a Companhia, com o foco no alcance das metas do referido Plano", disse a empresa em nota.

A Petrobras explica ainda que o PIDV 2016 tem como base as premissas de preservação do efetivo necessário à continuidade operacional, com ajuste de pessoal em todas as áreas.

Indenização

O representante dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, Deyvid Bacelar, disse em entrevista à agência de notícias Reuters que a companhia prevê o pagamento de indenizações de cerca de R$ 212 mil a R$ 706,6 mil aos funcionários que aderirem ao PIDV, citando um comunicado interno distribuído na companhia.

Segundo Bacelar, o tema não foi discutido em reuniões do Conselho de Administração e nem apresentado e conversado com entidades sindicais, o que ele acredita ser negativo. Os sindicatos temem que a redução do quadro de funcionários cause sobrecarga de trabalho, acidentes e mais horas extras.

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Temer sabe que o impeachment é golpe, diz Lula em ato em Fortaleza

Em discurso realizado durante manifestação em Fortaleza neste sábado (2), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas ao atual vice-presidente Michel Temer (PMDB) e disse que voltará a ser ministro da Casa Civil do governo Dilma "se tudo der certo".

"O Temer é um constitucionalista, ele é professor de direito, ele sabe que o que estão fazendo é golpe. E isso, ele sabe, que vão cobrar é pra o filho dele, para o neto dele amanhã, porque a forma mais vergonhosa de chegar ao poder é tentar imputar o mandato, dar o golpe numa mulher da qualidade e seriedade da presidenta Dilma Rousseff", afirmou.

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Trecho da Transnordestina no Ceará ameaçado de parar

Trabalhadores dos lotes 1, 2 e 3 do trecho da linha férrea no Ceará que liga os municípios de Missão Velha a Iguatu estão de sobreaviso ( Foto: ELIZÂNGELA SANTOS )

As obras da ferrovia Transnordestina correm risco de enfrentar uma nova paralisação, o que pode atrasar ainda mais a entrega do empreendimento, já adiada por vários anos. Desde ontem, trabalhadores dos lotes 1, 2 e 3 do trecho da linha férrea no Estado que liga Missão Velha a Iguatu estão de sobreaviso com relação a uma possível interrupção e têm sido desmobilizados por falta de pagamento às construtoras responsáveis pela obra.

No Ceará, a ferrovia terá, ao todo, aproximadamente 526 quilômetros (Km) de extensão, entre o município de Missão Velha e o Porto do Pecém, distribuídos em 11 lotes. Uma fonte ligada ao projeto informou à reportagem que existem parcelas do pagamento atrasadas desde novembro de 2015.

Caso a paralisação das obras nos três lotes seja confirmada, os empregos de mais de 3,5 mil trabalhadores, entre os quais 1,5 mil diretos e 2 mil indiretos, estarão em risco. Outro efeito da interrupção dos serviços será o atraso ainda maior da entrega da ferrovia que, atualmente, está com cerca de 55% de execução e expectativa de conclusão até junho de 2018. Inicialmente, a entrega da linha férrea era prevista para 2010.

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Uma presidente fora de si - ISTOÉ

Bastidores do Planalto nos últimos dias mostram que a iminência do afastamento fez com que Dilma perdesse o equilíbrio e as condições emocionais para conduzir o país

Sérgio Pardellas e Débora Bergamasco

Os últimos dias no Planalto têm sido marcados por momentos de extrema tensão e absoluta desordem com uma presidente da República dominada por sucessivas explosões nervosas, quando, além de destempero, exibe total desconexão com a realidade do País. Não bastassem as crises moral, política e econômica, Dilma Rousseff perdeu também as condições emocionais para conduzir o governo. Assessores palacianos, mesmo os já acostumados com a descompostura presidencial, andam aturdidos com o seu comportamento às vésperas da votação do impeachment pelo Congresso. Segundo relatos, a mandatária está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca. Lembra o Lula dos grampos em seus impropérios. Na última semana, a presidente mandou eliminar jornais e revistas do seu gabinete. Agora, contenta-se com o clipping resumido por um de seus subordinados. Mesmo assim, dispara palavrões aos borbotões a cada nova e frequente má notícia recebida. Por isso, os mais próximos da presidente têm evitado tecer comentários sobre a evolução do processo de impeachment. Nem com Lula as conversas têm sido amenas. Num de seus acessos recentes, Dilma reclamou dos que classificou de “traidores” e prometeu “vingança”. Numa conversa com um assessor, na semana passada, a presidente investiu pesado contra o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. “Quem esse menino pensa que é? Um dia ele ainda vai pagar pelo quem vem fazendo”, disse. Há duas semanas, ao receber a informação da chamada “delação definitiva” em negociação por executivos da Odebrecht, Dilma teria, segundo o testemunho de um integrante do primeiro escalão do governo, avariado um móvel de seu gabinete, depois de emitir uma série de xingamentos. Para tentar aplacar as crises, cada vez mais recorrentes, a presidente tem sido medicada com dois remédios ministrados a ela desde a eclosão do seu processo de afastamento: rivotril e olanzapina, este último usado para esquizofrenia, mas com efeito calmante. A medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar.

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Balcão de negócios - ISTOÉ

"No vale-tudo para escapar do impeachment governo vai distribuir R$ 50 bilhões em emendas e negociar 600 cargos, além de R$ 1 milhão por cada voto favorável e R$ 400 mil para o parlamentar que se prestar ao covarde papel de se ausentar da votação"

Mel Bleil Gallo

Em desespero para impedir a oposição de alcançar os 342 votos necessários para apeá-la do poder, a presidente Dilma Rousseff transformou corredores e gabinetes da Câmara dos Deputados e do Palácio do Planalto em verdadeiros balcões de negócios. A exatos 6,5 quilômetros do Congresso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participa da articulação e seu quarto de hotel foi convertido em sala de negociações, por onde passam a toda momento ministros e lideranças partidárias. No vale-tudo para escapar do impeachment, a presidente e o antecessor sem qualquer pudor entregam tudo para quem se dispor a ajudá-los a permanecer no poder.

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Antes não era golpe - ISTOÉ

PT apoiou 50 pedidos de impeachment contra FHC, Itamar e Collor, mas só hoje quando está no poder encara o processo como um atentado à democracia

Marcelo Rocha

Na terça-feira 29 de setembro de 1992, o então deputado Aloizio Mercadante (PT-SP) discursou no plenário da Câmara para defender o processo de impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor - a aprovação do pedido ocorreria no dia seguinte. “Foram dezenas de passeatas e atos públicos que deixaram clara a determinação de lutar por um Brasil mais justo e mais ético. Voltar às costas para essa realidade é o mesmo que deixar que a história escape por entre os dedos”, afirmou Mercadante, atual ministro da Educação e um dos homens de confiança de Dilma Rousseff. Qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência. O que mudou foram as conveniências e convicções do autor do discurso. Hoje, proclama-se o alarme de que está em curso no Congresso Nacional um golpe travestido de processo de impeachment. A estratégia da presidente, petistas e aliados é, para dizer o mínimo, incoerente.

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O paradoxo da presidente

Extremamente impopular, Dilma Rousseff não pode sair às ruas para se defender do impeachment que a ameaça e é obrigada a se proteger em ambientes fechados como os palácios presidenciais, que transformou em palco de comícios partidários nos quais prega para convertidos. Ela confia – como os fatos demonstram fartamente – que os veículos de comunicação se encarregarão de levar suas palavras aos brasileiros. Os mesmíssimos veículos de comunicação que o lulopetismo chama de “mídia golpista” e acusa de não abrir espaço para as notícias de interesse do governo porque conspiram contra a democracia. É paradoxal que Dilma admita por atos, embora frequentemente negue por palavras, que os veículos de comunicação cumprem seu dever de informar – sem abrir mão, é claro, de espaço para a manifestação de opinião, própria e de terceiros.

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Para Planalto, Lula estancou sangria de aliados

Em conversa com o blog, um auxiliar de Dilma Rousseff resumiu assim a semana: “Quando o PMDB anunciou o desembarque, propagou-se a tese de que o governo estava à beira do abismo e a presidente havia pisado no sabonete. Chegamos ao final de semana em pé. Contrariando todas as expectativas, não houve uma sangria na base do govenro no Congresso.”

O Planalto atribui o torniquete a Lula. Entrincheirado num hotel próximo ao Palácio da Alvorada, o ministro informal de Dilma manuseou cargos e verbas sem nenhuma hesitação ética. Guiou-se por duas bússolas: a moral da sobrevivência e a Lei da Silva. E conseguiu ganhar tempo com legendas como PP, PR e PSD, que ameaçavam desertar nas pegadas do PMDB.

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O golpe do 'golpe' - Demétrio magnoli

O kirchnerismo caiu numa disputa eleitoral. Derrotas nas urnas são contingências normais do jogo político. O lulopetismo encara a perspectiva de uma catástrofe: a humilhação histórica de um impeachment sustentado pela maioria esmagadora da população. É diante desse abismo que seus dirigentes formularam a narrativa do golpe. Ela não se destina a salvar o mandato agonizante de Dilma Rousseff, mas a resgatar os responsáveis pelo desastre. "Golpe" é a palavra escolhida para hipnotizar a base militante petista no pós-Dilma, congelando o debate interno e salvando a liderança política de Lula.

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O fim da longa união entre o PMDB do Rio e o Planalto

Dilma Rousseff, Luiz Fernando Pezão, Eduardo Paes e Sérgio Cabral: tempos de união que não voltam mais
Dilma Rousseff, Luiz Fernando Pezão, Eduardo Paes e Sérgio Cabral: tempos de união que não voltam mais(Reprodução/VEJA)

A convenção do PMDB que decidiu pelo desembarque do governo teve especial impacto no Rio de Janeiro, a última seção do partido que ainda apoiava em peso a presidente Dilma Rousseff. A aliança vinha de longe: nasceu de um pacto selado em 2006 entre o então presidente Lula, que precisava de um aliado no Sudeste para contrapor a São Paulo e Minas Gerais, dois redutos tucanos, e o então governador Sérgio Cabral, que precisava de verbas federais para tocar obras e fortalecer sua liderança no estado. A conjunção de interesses foi facilitada pela simpatia mútua. Os dois compareceram a dezenas de compromissos juntos e a convivência atraiu para a aliança duas figuras-chave do círculo de Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o vice que viria a substituí-lo, Luiz Fernando Pezão. Agora, é um para lá e três para cá.

O turbilhão de denúncias envolvendo a operação Lava-Jato e a expectativa de o partido chegar à presidência com Michel Temer já seriam motivos para apressar o fim do casamento do PMDB do Rio com o PT. Jorge Picciani, deputado estadual e presidente do PMDB-RJ, enumera outros três episódios que levaram ao divórcio. "O desgaste da delação do (senador) Delcídio, da divulgação dos áudios do Lula e da posterior nomeação dele para ministro foi decisivo", afirma o cacique fluminense, brandindo uma pesquisa que mostra que 80% dos cariocas se opõem à ida do ex-presidente para a Casa Civil. O marqueteiro Renato Pereira, que fez as campanhas de Cabral e Paes, também possui indicadores que revelam que mais de 40% dos eleitores do estado do Rio rejeitam o PT, o triplo da rejeição a outras siglas.

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