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Crime, corrupção e incompetência

A fome e o apetite pelo poder não são novidade. Simultaneamente trágico e ridículo, sempre foi assim. Suetônio, em "A Vida dos doze Césares", é ao mesmo tempo biógrafo da Roma imperial e das misérias da luta pelo poder. Ao longo da história, com raras exceções, os exemplos são suculentos e até monótonos. No tempo dos Césares o problema era mais simples e rápido. O sucessor matava o antecessor, às vezes com o auxílio da própria mãe que desejava para seu filho não apenas o poder, mas a glória de dominar o mundo.

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Decisão da Câmara - FOLHA DE SP

Seria exagerado dizer que a crise vivida pelo país neste momento é a mais grave de sua história. Para lembrar apenas dois exemplos, a que teve seu desfecho no suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e a que resultou em duas décadas de ditadura militar, em 1964, conheceram desdobramentos que, hoje, nem os mais pessimistas haveriam de prever. Em nenhum instante, contudo, foram tão grandes a impressão de complexidade, a carga de paradoxos, a variedade de alternativas e atitudes que a situação vem trazer aos olhos dos brasileiros.

Neste domingo (17), a Câmara dos Deputados vota o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Já representa uma simplificação, entretanto, apresentar assim a decisão a ser tomada. Embora na prática seja disso que se trata, do ponto de vista jurídico e institucional a descrição é inexata.

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O preço da barganha - O ESTADO DE SP

Ao abrir a discussão com os governadores de formas para reduzir o impacto do pagamento das parcelas da dívida dos Estados com a União – transferindo para o futuro o custo do alívio no presente –, o governo Dilma Rousseff estava menos preocupado com a crise financeira que aflige os Executivos estaduais do que com o ganho político que esperava obter. Pretendia conquistar o apoio, ainda que dissimulado, dos governadores à sua tentativa até agora infrutífera de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o famigerado imposto do cheque, para resolver seus próprios problemas fiscais. Mas acabou criando para si mais problemas, que podem custar centenas de bilhões de reais para a União e tornar ainda mais aguda a crise fiscal que pretendia amenizar.

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Tragédia e farsa - Luiz Sérgio Henriques

Quando se escrever sobre estas últimas semanas com certo distanciamento, e não sob o signo de polarizações políticas simplórias, algum cientista social do futuro notará, talvez com divertimento, que o espectro de Karl Marx andou rondando o País. Não que estejamos à beira de revolução violenta ou prestes a enfrentar catástrofe de sinal oposto, rumo à contrarrevolução. O Marx que nos tem assediado, ao contrário, é o autor fulgurante do 18 Brumário, que narra, com indivíduos de carne e osso, a história do golpe de Luís Bonaparte, o sobrinho que, a seu ver, surgia como repetição banal do tio extraordinário.

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Para Dilma, reação demorada foi erro

A presidente Dilma Rousseff chega hoje à mais importante batalha de sua vida sem saber se conseguirá sobreviver, mas convencida de que o seu maior erro não foi enveredar pelo caminho do ajuste nem subestimar o desgaste da Operação Lava Jato ou autorizar manobras conhecidas como pedaladas fiscais. Dilma se penitencia pela demora em reagir à “conspiração” dentro do Palácio do Planalto – promovida, no seu diagnóstico, pelo vice-presidente Michel Temer – e por ter se distanciado de seu “criador”, Luiz Inácio Lula da Silva.

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Oposição aprende a enfrentar PT após 13 anos

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A narrativa do segundo processo de impeachment desde a redemocratização começa de forma difusa com as primeiras manifestações logo após o segundo turno das eleições de 2014, segue por um caminho tortuoso em 2015 que se consolida como épico nos últimos três meses, quando os movimentos de rua e os partidos políticos passaram a atuar de forma integrada e orgânica.

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Fortaleza tem reforço no policiamento neste domingo

Policiamento será reforçado nos pontos de manifestação para evitar conflitos na Capital ( FOTO: Kiko Silva )

A votação de abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff, marcada para este domingo, fez Fortaleza ganhar reforço no policiamento ostensivo. Manifestações foram marcadas para ocorrer na Capital.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), explicou o esquema montado em Fortaleza. O equipamento utilizado na Copa do Mundo, em 2014, servirá mais uma vez para controle das ações e tomada rápida de decisões por parte dos comandantes.

Além disso, outros órgãos federais, Estaduais e Municipais também deverão tomar parte na operação realizada na Capital.

"Em virtude de manifestações agendadas para o próximo domingo (17), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que o Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) estará ativado, com a presença da cúpula da SSPDS e de suas vinculadas - Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Perícia Forense.

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A solidão de Dilma Rousseff - ÉPOCA

>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana:

Poucas residências são tão belas e solitárias quanto o Palácio da Alvorada. A combinação de vidro e concreto, à beira do Lago Paranoá, fica distante de todo o resto de Brasília, uma forma de resguardar e diferenciar sua moradora dos outros habitantes da cidade. Dilma está acostumada. Mora no distante Alvorada desde 2011. Contudo, o avançar do impeachment alterou seus hábitos, parece ter encurralado a presidente até mesmo dentro de sua residência.

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Hospital de Messejana sob nova direção

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O médico cardiologista Frederico Augusto de Lima e Silva é o novo diretor-geral do Hospital de Messejana, um dos 10 hospitais da rede pública do Governo do Estado. Com 68 anos de idade, ele conhece e vive há 41 anos a assistência e gestão da saúde pública. ¨Dr. Fred¨, como é conhecido, atende pacientes com doenças cardíacas na rotina do Hospital de Messejana, onde já foi diretor durante duas gestões. Frederico Augusto foi secretário da Saúde do Estado, em 1990, e também o primeiro superintendente da Escola de Saúde Pública do Estado, em 1993. Ainda na rede pública estadual foi diretor do Instituto de Prevenção do Câncer (IPC) e diretor da Fundação de Saúde do Estado do Ceará (Fusec). BLOG DO ELIOMAR

Brasil deve R$ 3,2 bilhões a órgãos como ONU e OMS

A presidente Dilma Rousseff se reúne com o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, durante assembleia em Manhattan, Nova York - 28/09/2015
Uma das maiores dívidas é com as Organização das Nações Unidas, avaliada em R$ 1,3 bilhão, incluindo as contribuições do Brasil para as missões de paz(Andrew Kelly/Reuters)

O Brasil já soma uma dívida com organismos internacionais de mais de 3,2 bilhões de reais, um volume inédito, que coloca em risco a participação do país na tomada de decisões. No orçamento deste ano, porém, a previsão é de que haja apenas 83,7 milhões de dólares para esses pagamentos e, juntando valores ainda de 2014 e 2015, o total autorizado a ser usado pelo governo para quitar a dívida é de apenas 250 milhões de reais, menos de 10% do valor do rombo.

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