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Prefeitura de Fortaleza reforça medidas de isolamento e estabelece multa de R$ 50 mil

FORTALEZA NA CORONAVIRUS

Prefeitura de Fortaleza estabeleceu medidas que apoiam o decreto de isolamento social publicado e estendido pelo Governo do Estado. A administração pública municipal determinou o fechamento dos serviços não essenciais como forma de combater a propagação do novo coronavírus na Capital cearense. 

De acordo com o texto, até o dia 5 de maio de 2020, bares, restaurantes, lanchonetes; assim como templos, igrejas e demais instituições religiosas; museus, cinemas e outros equipamentos culturais, público e privado deverão permanecer fechados.

>  Vereadores de Fortaleza analisam projeto que prevê sanções para quem descumprir isolamento social

Caso o decreto municipal seja descumprido, será aplicada uma multa de R$ 50 mil, e a empresa poderá ser interditada pela Polícia ou Guarda Municipal.

A medida, que poderá ser prorrogada pela Prefeitura também inclui academias, clubes, centros de ginástica e estabelecimentos similares; lojas ou estabelecimentos que pratiquem o comércio ou prestem serviços de natureza privada; shoppings, centros comerciais; além de feiras e exposições. 

Indústrias também deverão ficar fechadas, exceto as dos ramos farmacêutico, alimentício, de bebidas, produtos hospitalares ou laboratoriais, obras públicas, alto forno, gás, energia, água, mineral, produtos de limpeza e higiene pessoal.

Órgãos de imprensa, farmácias, supermercados, bancos e outros serviços essenciais estão liberados para funcionar. Contudo, medidas de segurança, como o uso de máscaras e higienização dos funcionários com álcool em gel. 

O decreto ainda cita que pessoas com sintomas da Covid-19, após confirmado o laudo laboratorial oficial, deverão permanecer em isolamento domiciliar mandatório. De acordo com a Prefeitura, essas pessoas "não poderão sair do isolamento sem liberação explícita da Autoridade Sanitária local, representada por médico ou equipe técnica da vigilância epidemiológica". diarionordeste.

Diante de resistência do Senado, Bolsonaro revoga minirreforma trabalhista

Daniel Carvalho / FOLHA DE SP
 
BOLSONARO SAINDO DO PALACIO
BRASÍLIA

Sem conseguir convencer o Senado a votar nesta segunda-feira (20) a medida provisória do Emprego Verde e Amarelo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou que revogou o texto que reduz encargos para patrões que contratarem jovens no primeiro emprego e pessoas acima de 55 anos que estavam fora do mercado formal.

Uma nova MP deve ser editada para o período da calamidade pública em decorrência do coronavírus, de acordo com postagem do presidente.

"Diante da iminente caducidade da MP 905, optei por revogá-la, mediante entendimento com o presidente do Senado [Davi Alcolumbre (DEM-AP)]", escreveu Bolsonaro em uma rede social nesta segunda-feira. A medida provisória caducaria no fim do dia.

"Para criação de empregos, editaremos nova MP específica para tratar do contrato Verde e Amarelo durante o período de enfrentamento da Covid (Dec-leg 6/20)​", prosseguiu o presidente na publicação.

Como o texto presidencial foi editado no ano passado, o Palácio do Planalto pode voltar a tratar do assunto por MP neste ano legislativo.

Após a notícia da revogação, em nota, a presidência do Senado informou ter cancelado a sessão convocada para esta tarde.

"O presidente da República atendeu ao pleito manifestado pelo Senado e decidiu revogar a MP 905, do Contrato Verde e Amarelo, reeditando suas partes mais relevantes na sequência", diz o comunicado.

"Essa medida é importante para que o Congresso Nacional possa aperfeiçoar esse importante programa e garantir o emprego dos brasileiros", diz o comando do Senado.

Líderes partidários do Senado haviam fechado acordo na sexta-feira (17) para não votar a medida provisória. A rebelião foi fruto principalmente dos ataques feitos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).​

Naquele mesmo dia, porém, a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) disse acreditar que ainda era possível tentar um diálogo com os senadores.

"Para não caducar, a gente tem confiança no Senado", disse, no fim da semana passada, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, segundo quem a MP é importante para o período de retomada após o período mais duro da pandemia de coronavírus.

"Tenho convicção que, assim como a Câmara se esforçou muito, ficou até tarde da noite para votar a MP 905, tenho convicção que o Senado também o fará", afirmou Bianco na sexta.

Bolsonaro havia afirmado no sábado (18) que a MP seria votada pelo Senado na segunda. Questionado se havia feito um acordo com o presidente do Senado para viabilizar a votação da MP a tempo, Bolsonaro respondeu que não tem nada contra o Senado. "O Davi é meu chapa”, disse.​

No domingo (19), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), escreveu em uma rede social que sugestão para que Bolsonaro reeditasse sua minirreforma trabalhista, já indicando que a proposta não seria votada a tempo.

"Para ajudar as empresas a manter os empregos dos brasileiros, sugiro ao presidente Jair Bolsonaro que reedite amanhã (20) a MP 905, do Contrato Verde e Amarelo. Assim, o Congresso Nacional terá mais tempo para aperfeiçoar as regras desse importante programa", postou Alcolumbre em seu perfil na rede social.

Bandeira do governo neste período de pandemia, a MP já chegou no Senado sob polêmica dos líderes, que questionam o fato de ela alterar regras trabalhistas na esteira do estado de calamidade decretado pela pandemia causada pelo coronavírus.

Os líderes também criticam o tempo para a apreciação da medida, já que foi votada na terça-feira (14) pela Câmara e logo encaminhada para apreciação no Senado, sem que os parlamentares tivessem tempo para análise.​

“Não vão me tirar daqui”, diz Bolsonaro a religiosos na frente do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro provocou mais uma vez aglomeração entre seus apoiadores. O episódio ocorreu na tarde deste sábado, 18, na frente do Palácio do Planalto. Na aparição, de cerca de 20 minutos, o presidente atacou governadores e afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) lhe tirou o poder de revogar as medidas de restrição, adotadas após a chegada ao país da pandemia do novo coronavírus. “Não vão me tirar daqui”, chegou a afirmar o presidente.

Por volta das 16 horas, Bolsonaro apareceu na rampa do Palácio para saudar um pequeno grupo de religiosos que seguravam cartazes contra o aborto. Acompanhado de seguranças e do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), o presidente foi ao encontro dos apoiadores e fez um discurso em defesa da volta à normalidade no país. Afirmou que o Brasil está mergulhando no caos, que milhões de pessoas estão perdendo sua fonte de renda e o orçamento não vai suportar essa conta.

“Não estou defendendo a economia, estou defendendo o emprego”, afirmou. Segundo o presidente, idosos e portadores de doenças devem ser protegidos, mas os demais não podem se “acovardar” e devem voltar ao trabalho.

Bolsonaro chegou a defender a volta dos campeonatos de futebol. “Tem time aí que vai decretar falência”, disse. Sem as partidas e com os estádio vazios, na sua avaliação, os clubes “que têm folhas de pagamento milionárias”, não conseguirão honrá-las.

Sem mencionar nomes, o presidente criticou os governadores que decidiram “bloquear tudo” — apesar de nenhum estado ou município ter declarado isolamento total, também chamado de lockdown, em inglês. Atualmente, o estado de São Paulo, governado pelo tucano João Doria, considerado pelo presidente um de seus principais adversários, tem tido dificuldades para alcançar 50% de isolamento.

Bolsonaro também fez questão de afirmar aos manifestantes que o STF lhe tirou poder. “O Supremo falou que eu não tenho autoridade”, disse, referindo-se à decisão unânime tomada pelo colegiado na quarta-feira, 15. O entendimento dos ministros foi que, além do governo federal, os governos estaduais e municipais têm poder para determinar regras de isolamento, quarentena e restrição de transporte e trânsito em rodovias em razão da epidemia do coronavírus.

De acordo com o presidente, a política de isolamento “começou a mudar um pouco, a partir de ontem, com a mudança”, referindo-se ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que assumiu ontem a pasta, no lugar de Luiz Henrique Mandetta.

“Ei, ei, ei, Jesus é o nosso rei” e “Fora Maia”

Antes de descer a rampa do Planalto, o presidente aguardou alguns minutos, até que o número de apoiadores aumentasse. Enquanto isso, o grupo de manifestantes intercalou palavras de ordem de cunho religioso: “Jesus, eu confio em vós”, “Ei, ei, ei, Jesus é o nosso rei” e “Inha, inha, inha, Maria é nossa rainha”.

Após a aproximação de Bolsonaro, o coro passou a entoar gritos de guerra, como “Fora Maia”, disparados logo depois que o presidente afirmou que ninguém o tiraria da presidência da República. Bolsonaro tem dito abertamente que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conspira contra a sua permanência no comando do Executivo.

Em outro momento, enquanto Bolsonaro falava que os governadores estão arrastando o país para o “caos econômico”, um apoiador gritou: “Nós vamos para a rua abrir o comércio”. Por fim, o presidente deu “parabéns” a quem está indo para a rua se manifestar pela volta à normalidade. VEJA

Presidente está preocupado com corrupção na Saúde

BOLSONARO E O TAICHE

 

O presidente Jair Bolsonaro recebeu informações de que há corrupção no Ministério da Saúde. Como quem fez as denúncias não apresentou provas, o comitê de crise comandado pelo general Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil, reuniu um grupo de agentes da Abin e oficiais da inteligência do Exército para apurar as suspeitas. Um dos casos investigados envolve  pagamentos milionários a uma clínica de radioterapia que sequer existiria.

Na semana passada, logo depois de demitir Mandetta, o presidente estabeleceu alguns critérios para a escolha do novo ministro da Saúde. Um deles, chamou a atenção dos auxiliares. Em uma reunião,  Bolsonaro disse que o futuro ministro tinha de ser alguém com perfil  técnico, com ampla experiência internacional, favorável à flexibilização da quarentena e que “fosse muito rico”.

Para Bolsonaro, essa última exigência era inegociável. Devido ao avanço da pandemia no país, o ministério da Saúde ganhou um reforço extraordinário em seu caixa e recebeu uma carta branca para fechar contratos sem licitações e com cifras vultosas. O oncologista Nelson Teich atendeu a todos os requisitos de Bolsonaro, especialmente o último.

Empresário e com doutorado internacional em economia da saúde, o novo ministro foi um dos fundadores das Clínicas Oncológicas Integradas (COI), vendida em 2015 para a Amil, que hoje pertence ao grupo americano UnitedHealth (UHG).

O substituto de Mandetta tem um bom trânsito entre empresários e médicos. Ele foi indicado por Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência e chancelado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.  Bolsonaro escalou o almirante Flávio Rocha, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), para ajudar o novo ministro a fazer uma varredura nos contratos da pasta. VEJA

Bolsonaro diz que, com estados parados, pode faltar dinheiro para pagar servidor

Marcello Corrêa e Luísa Martins* / O GLOBO

 

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que a paralisação da atividade econômica causada pelas restrições em estados e municípios para conter o coronavírus podem afetar o pagamento de salários de servidores públicos.

 

A declaração foi dada a um grupo de apoiadores no Palácio do Planalto. O presidente criticou as medidas de isolamento social adotadas por gestores locais.

— Desde o começo, sozinho, venho falando dos dois problemas, o vírus e o desemprego. O desemprego já se faz presente no seio da sociedade.  Os informais cresceram muito, são quase 40 milhões no Brasil. O pessoal celetista também milhões já perderam seus empregos. A economia não roda dessa forma. Vai faltar dinheiro para pagar servidor público, e o Brasil está mergulhando num caos — afirmou o presidente.

A queda  na arrecadação de impostos é um dos efeitos da paralisia na atividade econômica. Para mitigar esse problema, estados e prefeitos querem que a União compense os governos locais pelas perdas, conforme projeto aprovado por deputados semana passada e criticado pelo governo.

A ideia tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao fazer referência indireta a Maia, Bolsonaro afirmou que não vão tirá-lo do cargo.

— Eu quero crer que não seja apenas má vontade desses políticos que não vou nominar aqui querer abalar a Presidência da República. Não vão me tirar daqui — disse o presidente, enquanto manifestantes gritavam 'Fora, Maia'.

Na última quinta-feira, Bolsonaro acusou Maia, em entrevista à CNN, de "conduzir o Brasil para o caos", ao criticar o texto de ajuda aos estados.

Na ocasião, o presidente afirmou ainda que a proposta equivale a "matar a galinha dos ovos de ouro", em referência ao impacto da medida sobre as contas do governo federal.

'Mudamos a política', diz em referência a Teich

Bolsonaro voltou a defender a flexibilização das medidas restritivas, mas lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que cabe a governadores e prefeitos decretar o isolamento.

— O Supremo falou que eu não tenho autoridade para isso, o Supremo disse isso, no que depender de nós, nós vamos começar a flexibilizar — disse o presidente.

Ele sinalizou ainda que espera mudanças nas diretrizes sobre isso do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que tomou posse nesta sexta no lugar de Luiz Henrique Mandetta.

— Mudamos a política um pouco agora, a partir de ontem, né, começa a mudar um pouquinho nossa política.

'Não tem dinheiro para tudo isso'

Mais cedo, em conversa com jornalistas, Bolsonaro já havia criticado o Legislativo por ter aprovado a recomposição de impostos a estados e municípios.

— Não tem dinheiro para tudo isso. Vão ficar querendo que o contribuinte pague esta conta até quando? — disse ele a jornalistas neste sábado, da rampa do Palácio odo Planalto.

Em relação à crise com Maia, Bolsonaro afirmou que é o presidente da Câmara que vem o atacando "há dias". Questionado se conversou com o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) sobre a votação, prevista para segunda-feira, da medida provisória que cria o Contrato Verde e Amarelo, desconversou:

— Não tenho nada contra ele, o Davi é meu chapa.

Bolsonaro ainda afirmou que o avanço dos casos de covid-19 no país é um problema tão grave quanto o desemprego causado pelo fechamento do comércio.

— Alguns milhões de empregos formais foram destruídos, fora os informais — disse, criticando o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que vai manter a medida pelo menos até 3 de maio.

O presidente também criticou a mais recente pesquisa Datafolha, segundo a qual 64% da população considera que ele errou ao demitir o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

— Datafolha é pesquisa do Zé do botequim da esquina. Não tô preocupado com Datafolha, mas com o Brasil. O resultado mesmo do Datafolha mesmo é isso aqui — disse, apontando para cerca de 20 apoiadores que o aplaudiam em frente ao Planalto.

(*) do Valor / 

Em disputa com Maia, governo Bolsonaro acena com cargos ao centrão para formar base

BRASÍLIA

​Enquanto intensifica ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tratado como seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro tem feito acenos e oferecido espaços no segundo escalão do governo para atrair o chamado centrão e diminuir o seu distanciamento com o Congresso.

Nesta sexta (17), o ministro Walter Braga Netto (Casa Civil) recebeu três líderes do bloco no Planalto. O gesto político ocorreu um dia após Bolsonaro atacar Maia e dizer que o presidente da Câmara quer tirá-lo do poder.

Oficialmente, o líder do Republicanos, Jonathan de Jesus (RR), o líder do PL, Wellington Roberto (PB), e o do PP, Arthur Lira (AL), foram recebidos pelo militar e também pelo presidente com a justificativa de apresentar a eles o centro de comando das ações de combate ao coronavírus.

Contudo, a visita faz parte da estratégia do Planalto de minar a força de Maia e tentar trazer para a base do governo esses partidos, que somam apoios importantes no Parlamento —só PP, PL e PSD têm 116 dos 501 deputados em exercício.

Segundo a Casa Civil, também foram à visita parlamentares do PSL, como Carla Zambelli (SP) e Sanderson (RS).​

O centrão é formado por DEM, PP, PL, Republicanos, Solidariedade, PSD e outros partidos e foi fundamental na eleição de Maia no ano passado. O grupo controla a pauta legislativa da Câmara e, até então, dava ao presidente da Casa apoio integral para ser um contrapeso a Bolsonaro.

Na quinta (16), Bolsonaro acusou o presidente da Câmara de conspirar para tirá-lo do posto e qualificou como péssima a atuação do deputado.

"Parece que a intenção é me tirar do governo. Quero crer que esteja equivocado", disse Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil, ao comentar a aprovação pela Câmara de um projeto de socorro aos estados.

Pouco depois, Maia rebateu as acusações e afirmou que Bolsonaro usou “um velho truque da política” de trocar a pauta para tentar desviar a atenção da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.

A ida de líderes do centrão ao Planalto nesta sexta foi interpretada por aliados de Maia como um gesto de que esses parlamentares estão tentados a ceder ao apelo do governo.

Aliados de Bolsonaro, por exemplo, já teriam colocado à disposição de alguns partidos espaços importantes. Segundo parlamentares, o PSD poderia indicar nomes para a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e o PP, para o FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação).

A escalada de ataques contra Maia só teria sido decidida depois que Bolsonaro teve um aceno mais forte dos líderes de PP, PSD e PL de que ajudariam a compor sua base no Parlamento.

O presidente precisava dessa sinalização como um contrapeso ao provável desembarque do DEM de seu governo.

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Ceará reduzirá salário dos seus servidores em maio, junho e julho

Um dos mais importantes secretários do Governo do Ceará disse ontem à coluna que todos os segmentos da sociedade "perderão um pouco durante esta emergência causada pela pandemia do novo coronavírus, cuja duração é estimada em 90 dias".

Ele foi além e acrescentou:

"Não neste mês de abril, mas em maio, junho e julho, os servidores públicos estaduais terão seus vencimentos reduzidos como forma de colaborar para a superação deste momento de gravíssima crise sanitária, social, econômica e financeira".

Em que porcentual? -perguntou a coluna.

"O governador decidirá", respondeu o secretário.

Não está certo se essa redução será estendida aos funcionários aposentados e aos pensionistas. Provavelemnte, sim.

Ele explicou que a receita tributária do Estado foi drasticamente reduzida como efeito da forte queda do consumo, causada pela proibição da atividade econômica que é consequência do isolamento social.

A fonte desta informação recusou-se a revelar o porcentual da redução dos vencimentos dos servidores durante os próximos três meses.

Mas esta coluna lembra que o governo estadual está renegociando os contratos com seus fornecedores de produtos e serviços, com redução de 30%.

Trata-se de uma providência que outros governos estaduais estão adotado.

O do Paraná, por exemplo, já anunciou a redução dos vencimentos dos seus servidores pelos próximos três meses.

Espera-se, agora, que os deputados estaduaisdo Ceará  tomem a mesma iniciativa, estendendo-a aos servidores do Legislativo, assim como os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado e os magistrados das comarcas da Capital e do interior cearenses.

Seria muito bem-vinda uma providência semelhante da Prefeitura Municipal de Fortaleza e de sua Câmara de Vereadores.

O momento é de renúnciae sarifício de todos.

EGIDIO SERPA / DIARIONORDESTE

Novo ministro da Saúde diz que existe 'alinhamento completo' com Bolsonaro

BRASÍLIA — O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta quinta-feira que existe um "alinhamento completo" entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, assim como com a equipe da pasta. Bolsonaro e Teich fizeram um pronunciamento no Palácio do Planalto após o anúncio da exoneração de Luiz Henrique Mandetta do cargo.

 

—  Deixar claro que existe um alinhamento completo aqui entre mim e o presidente e todo o grupo do ministério. E que realmente o que a gente está fazendo aqui hoje é trabalhar para que a sociedade retome, de forma cada vez mais rápida, uma vida normal. E a gente trabalha pelo país e pela sociedade —  disse o novo ministro.

 

Teich afirmou que não fará nenhuma mudança "brusca" ao assumir a pasta e defendeu que é preciso ter mais informações sobre as ações que estão sendo tomadas no combate ao novo coronavírus.

 

—  Não vai haver qualquer definição brusca, radical, do que vai acontecer — declarou Teich. — O que é fundamental hoje? Que a gente tenha informação cada vez maior sobre o que acontece com as pessoas sobre cada ação que é tomada. Como a gente tem pouca informação, como é tudo muito confuso, a gente começa a tratar a ideia como se fosse fato e começa a trabalhar cada decisão como se fosse um tudo ou nada, e não é nada disso.

 

Teich também afirmou que não faz sentido colocar "saúde" e "economia" como questões opostas:

—  Isso é muito ruim porque, na verdade, estas coisas não competem entre si. Elas são completamente complementares. Quando você polariza uma coisa dessas, você começa a tratar como se fosse pessoas versus dinheiro, o bem versus o mal, empregos versus pessoas doentes. E não é nada disso.

O oncologista defendeu a necessidade obter "informações sólidas" para decidir qual a melhor ação, entender o momento e definir "qual a melhor forma de isolamento, distanciamento".

— Quanto menos informação você tem, mais aquilo é discutido na emoção. Isso não leva a nada porque isso é absolutamente ineficiente.

— Tudo aqui vai ser tratado absolutamente de uma forma técnica e científica — acrescentou.

Referindo-se ao tratamento dos contaminados com a Covid-19, ele disse que vai disponibilizar o que existe hoje em termos de vacina ou de medicamentos "dentro de coisas que funcionem como projeto de pesquisa".

— Isso vai te ajudar a entender o que faz diferença ou não para as pessoas, para os pacientes e para a sociedade. E isso  é um compromisso que a gente tem, entender claramente o que está acontecendo não só no Brasil, no mundo em relação a tudo o que representa cuidar destas pessoas — apontou, prometendo ainda trabalhar na área de dados e inteligência.

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Camilo envia projeto para zerar conta de água em áreas rurais e cidades que não são abastecidas pela Cagece

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Governador Camilo Santana anuncia pacote de benefícios para categorias mais atingidas pela crise do coronavírus — Foto: Reprodução

O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou nesta quarta-feira (15) que enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei que isenta mais famílias de baixa renda do pagamento de água nos próximos meses.

Conforme o governador, 123 mil famílias de área rural também terão a conta paga pelo Governo do Estado, caso o projeto seja aprovado na Assembleia Legislativa, onde Camilo Santana tem ampla maioria.

O benefício vai alcançar também famílias de baixa renda de cidades que não são abastecidas pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).

Uma medida anterior já beneficiava famílias de baixo consumo em áreas urbanas e das cidades que são abastecidas pela Cagece.

O Ceará é um dos estados mais afetados pela doença, com mais de 2,2 mil pessoas infectadas e 124 mortes, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo IntegraSUS. PORTAL G1 / CE

Bolsonaro começa nesta quinta a receber cotados para suceder Mandetta; oncologista será o primeiro

BRASÍLIA — Após o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, dar um tom de despedida à sua entrevista coletiva nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro começará na manhã desta quinta-feira a receber cotados para sucedê-lo a frente da pasta. O oncologista Nelson Teich será o primeiro a ser recebido pelo presidente. Auxiliares tem aconselhado Bolsonaro a ouvir alguns médicos antes de se decidir por quem comandará a área durante a crise do novo coronavírus.

 

Teich desembarcará em Brasília de manhã. Além do presidente, deve ter conversas com os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), além do senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente. O GLOBO apurou que Teich será o único a ser recebido nesta quinta-feira.

 

O oncologista tem o apoio do secretário especial de Comunicação, Fabio Wajngarten, e do empresário Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa. A Associação Médica Brasileira também faz elogios ao oncologista. Ele também tem ligações com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Teich chegou a ser cotado para ocupar o ministério em 2018, mas Bolsonaro acabou optando por Mandetta.

Há aliados do presidente, porém, que defendem outros nomes. A cardiologista e pesquisadora Ludhmila Hajjar, diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, teria o apoio do cirurgião Antonio Macedo, responsável pelas últimas cirurgias do presidente. Ela também teria o respaldo do procurador-geral da República, Augusto Aras. Aliados de Bolsonaro dizem que o presidente ficou empolgado com a história de uma das pacientes de Ludhmila Hajjar: Gina Dal Colleto, de 97 anos, que teve alta no domingo de Páscoa, após se curar da Covid-19.

Outro nome mencionado é o de Claudio Lottenberg, presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele, porém, teria perdido pontos nas últimas conversas por comandar o LIDE Saúde, do grupo empresarial fundado pelo governador de São Paulo, João Doria - um dos principais adversários políticos de Bolsonaro na crise do coronavírus.

Também foi mencionado o nome de Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, como revelou a colunista Bela Megale. Ele tem relação próxima com Flávio Bolsonaro e trabalhou na equipe de transição de governo após a eleição do presidente.

Chegou a haver a defesa também que João Gabbardo dos Reis, número dois da pasta, fique por um tempo no comando. Ele afirmou na mesma entrevista coletiva que sairia junto com Mandetta, mas deixou aberta a possibilidade de ficar um tempo para uma transição. O GLOBO

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