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Pesquisa eleitoral: Bolsonaro tem vantagem sobre Lula em três regiões; petista está à frente em duas

pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada na quinta-feira, 23, mostra que a disputa pela Presidência da República não é igualitária nas cinco regiões do país. Em uma simulação de segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto o petista está à frente em duas.

De acordo com os dados, Bolsonaro tem 59% das intenções de voto dos moradores do Norte, e Lula tem 36%. O presidente ainda aparece em primeiro no Centro-Oeste, com 44%, e no Sul, com 47%. Nessas regiões, o petista tem 41%, e 40%, respectivamente. O ex-presidente tem vantagem sobre Bolsonaro no Nordeste (63% X 27%), e no Sudeste (46% a 44%).

A EXAME/IDEIA ouviu 1.500 pessoas entre os dias 17 e 22 de junho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02845-2022. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Veja o relatório completo.

Nos números gerais, Lula venceria Bolsonaro em um teste de segundo turno. O petista tem 48% e o atual presidente, 41%. Em relação à pesquisa eleitoral feita há um mês, ambos ganharam dois pontos percentuais de intenção de voto. O crescimento está dentro da margem de erro da pesquisa e mantém a diferença entre os dois, alcançada em maio deste ano, que é de sete pontos.

“Os fundamentos de reeleição do presidente Jair Bolsonaro continuam desfavoráveis. É muito crítica a resposta dos eleitores que acham que ele não merece ser reeleito, acima dos 50%. Apesar de ter melhorado ao longo do tempo, continua em patamar elevado, mostrando o grau de dificuldade de reeleição na atual conjuntura”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA.

VEJA TAMBÉM: Pesquisa para presidente: na cidade de SP, Lula tem 42%, e Bolsonaro, 35%

Primeiro turno: distância entre os dois é de 9 pontos

Em uma simulação de primeiro turno, o ex-presidente Lula tem 45% das intenções de voto, e o atual ocupante do Palácio do Planalto aparece com 36%. Ciro Gomes (PDT) tem 7%, e Simone Tebet (MDB), 3%.Os números são de uma pergunta estimulada, em que os nomes são apresentados em forma de lista aos entrevistados.

Essa é a primeira pesquisa EXAME/IDEIA desde que João Doria (PSDB) desistiu de concorrer à Presidência e os tucanos decidiram apoiar a pré-candidatura da senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, formando uma chapa da terceira via, que inclui ainda o Cidadania. Na sondagem feita em maio, o ex-governador de São Paulo pontuou 2%. Também houve a definição de que Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, vai disputar a reeleição.

Maurício Moura, fundador do IDEIA, destaca que o crescimento de Lula no primeiro turno pode levar a uma definição da eleição. “Há um movimento positivo para o ex-presidente Lula em termos de comparação com o Bolsonaro, mas o mais importante disso é que vemos uma possibilidade maior da eleição acabar no primeiro turno”, afirma.

 

Pesquisa eleitoral para presidente: na Bahia, Lula tem 47%, e Bolsonaro, 29%

Por Gilson Garrett Jr / EXAMEPublicado em 07/07/2022 14:24 | Última atualização em 07/07/2022 14:24Tempo de Leitura: 4 min de leitura

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a preferência dos eleitores baianos, com 47% das intenções de voto no primeiro turno. O presidente Jair Bolsonaro (PL) vem logo depois, com 29%, seguido de Ciro Gomes (PDT), com 6%. Os números são da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA, divulgada nesta quinta-feira, 7, e de uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados em formato de lista.

Foram ouvidas 1.000 pessoas do estado da Bahia entre os dias 1º e 6 de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-03452/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Leia o relatório completo.

Cila Schulman, vice-presidente do instituto de pesquisa IDEIA, destaca a importância da Bahia no cenário nacional, sendo o quarto maior colégio eleitoral do país, com 10 milhões de eleitores, e representa um quarto do total de votos de todo o Nordeste.

“O PT domina a campanha presidencial na Bahia desde a primeira vitória de Lula, em 2002, com resultados sempre acima dos 60% dos votos válidos, chegando a 73% em 2018, quando Fernando Haddad concorreu contra o vitorioso Bolsonaro. Desta vez, Lula está a 18 pontos de distância do atual presidente. Metade do eleitorado baiano considera o governo atual como ruim e péssimo e 56% consideram que Bolsonaro não merece continuar em mais um mandato”, explica.

Em uma pergunta espontânea, sem que o eleitor receba uma lista prévia, Lula tem 33% das intenções de voto dos baianos. Bolsonaro tem 18%, e Ciro, 2%.

Vale destacar que durante os dias em que a pesquisa EXAME/IDEIA estava sendo realizada, no dia 2 de julho, quatro pré-candidatos estiveram em Salvador em comemorações pela independência da Bahia no Brasil. Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone Tebet (MDB) participaram de atos com apoiadores.

Nos números nacionais de primeiro turno, o petista tem 45% das intenções de voto, e Bolsonaro aparece com 36%. Ciro Gomes tem 7%, e Simone Tebet, 3%. Os números são da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA que foi divulgada no fim de junho, sob registro número BR-02845-2022. Para a sondagem em todo o Brasil, foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 17 e 22 de junho.

Governo do estado tem ACM Neto na liderança

Na disputa nacional, os baianos podem dar um novo mandato ao ex-presidente Lula. No cenário local, tudo indica que o PT deve deixar o Palácio Ondina, após 16 anos no poder. ACM Neto (União Brasil) tem 51% das intenções de voto no primeiro turno. Atrás dele está o ex-secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues (PT), com 18%, e João Roma (PL) tem 13%. Kleber Rosa, do PSOL, tem 2%. Os números são de uma pergunta estimulada.

A pesquisa estadual tem a mesma amostra da nacional, mas com registro no TSE sob número: BA-00648/2022.

“A provável volta do Carlismo, que dominou a política do estado por quatro décadas, com pequenos intervalos, por meio da liderança do senador Antônio Carlos Magalhães,  é agora representada por seu neto. Embora o governo de Rui Costa (PT) seja bem avaliado, com 44% de ótimo e bom, o eleitor não encontrou no seu sucessor Jerônimo Rodrigues, também do PT, uma opção”, afirma Cila Schulman.

 

Rodrigo Garcia deve ter quase o dobro de tempo de TV em relação a Haddad e Tarcísio

Carolina Linhares / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

Se conseguir formalizar uma coligação com os dez partidos que pretende, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que concorre à reeleição neste ano, terá quase o dobro do tempo de TV que seus principais adversários na corrida para o Governo de São Paulo.

Uma estimativa que leva em conta que os pré-candidatos irão conseguir fechar acordo com seus partidos aliados aponta que o tucano deve ter em torno de 4 minutos e 18 segundos no horário eleitoral obrigatório de TV e rádio.

O líder da disputa, Fernando Haddad (PT), teria cerca de 2 minutos e 15 segundos, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria um tempo semelhante, de 2 minutos e 22 segundos.

Os outros pré-candidatos com direito a tempo de TV são Elvis Cezar (PDT) com algo próximo de 43 segundos e Vinicius Poit (Novo), que teria 21 segundos aproximadamente.

Gabriel Colombo (PCB), Altino Junior (PSTU) e Abraham Weintraub (PMB) estão em partidos que não atingiram a cláusula de desempenho na eleição de 2018 e, portanto, não têm direito à propaganda gratuita na TV e rádio.

última pesquisa Datafolha mostra Haddad com 34%, enquanto Rodrigo e Tarcísio empatam com 13%.

 A estimativa do tempo de TV já leva em conta que Márcio França (PSB) desistiu de disputar o governo para concorrer ao Senado na chapa de Haddad.

Com isso, o petista teria em sua coligação a federação formada por PT, PC do B e PV, além do PSB. Os cálculos incluem ainda a provável aliança com a federação PSOL/Rede, que não foi oficializada.

Já para Tarcísio foi considerado que ele formará uma coligação com Republicanos, PSD, PL, PSC e PTB.

E Rodrigo teria a federação PSDB/Cidadania, além de União Brasil, MDB, PP, Podemos, Solidariedade, Patri, Pros e Avante —apenas os seis maiores, no entanto, são considerados para a distribuição da propaganda eleitoral.

Até agora, Cezar e Poit contam apenas com seus próprios partidos.

As pontas soltas na eleição de São Paulo foram em parte resolvidas nos últimos dias, o que permite estimar o desenho das coligações de cada candidato.

O principal imbróglio, entre França e Haddad, foi definido com a retirada do pessebista, acertada no último domingo (3) oficializada em evento neste sábado (9), com a presença de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) em Diadema (SP).

França estava em segundo lugar nas pesquisas para o Palácio dos Bandeirantes, mas viu o caminho rumo ao Senado se abrir a partir da desistência do apresentador José Luiz Datena (PSC), no fim de junho. Datena era considerado favorito e disputaria na chapa de Tarcísio.

Por outro lado, o PSOL, que pleiteava a vaga para o Senado na chapa petista, agora ameaça lançar um candidato em paralelo. O desentendimento é mais um obstáculo para que o PSOL integre a coligação de Haddad, algo esperado pelos petistas.

Tarcísio, por sua vez, recebeu o apoio do PSD, de Gilberto Kassab, na quinta-feira (7). O partido retirou a pré-candidatura de Felício Ramuth, que foi anunciado como candidato a vice na chapa bolsonarista. A decisão de Kassab por Tarcísio, e não por França, também ajudou a enterrar a pré-candidatura do PSB.

Rodrigo também mexeu peças do seu xadrez nesta semana em busca de amarrar a União Brasil, que, ao lado de MDB, é o principal partido da coligação. O presidente da sigla, Luciano Bivar, que concorre ao Planalto, havia ameaçado não apoiar o tucano, já que o PSDB optou pela presidenciável Simone Tebet (MDB).

O governador decidiu, então, dividir seu palanque entre Tebet e Bivar e deu declaração pública de apoio ao pré-candidato da União —o que reaproximou o partido.

A aliança entre União e Rodrigo, anunciada também na quinta, é o que garante ao tucano a larga vantagem no tempo de TV. A sigla, resultante da fusão entre PSL e DEM, é a maior do país em número de deputados e, portanto, em tempo de TV e fundo eleitoral.

A campanha eleitoral começa oficialmente em 16 de agosto, sendo que a propaganda gratuita referente ao primeiro turno tem início em 26 de agosto e é veiculada até 29 de setembro. O primeiro turno será em 2 de outubro.

No caso dos candidatos a governador, o horário eleitoral dura dez minutos e será exibido às segundas, quartas e sextas em dois horários diferentes. Dez por cento desse tempo é dividido igualmente entre os candidatos de partidos que tenham superado a cláusula de desempenho.

Os outros 90% do tempo são distribuídos de forma proporcional ao tamanho das bancadas eleitas pelos partidos e federações da coligação para a Câmara dos Deputados em 2018, mas há a limitação de considerar apenas os seis maiores partidos ou federações do bloco.

A ordem de aparição de cada candidato no horário eleitoral é definida por sorteio, e há um rodízio para que todos possam ocupar o primeiro lugar na transmissão.

Além do horário eleitoral, os candidatos têm direito às inserções —propagandas de 30 e 60 segundos que vão ao ar ao longo da programação e cuja distribuição obedece aos mesmos critérios.

A divisão precisa do tempo de TV é feita pela Justiça Eleitoral e ainda será definida neste ano. O prazo final para isso é 21 de agosto.

A chamada cláusula de barreira ou de desempenho, estabelecida por meio de uma emenda constitucional em 2017, determina que só terão acesso ao fundo eleitoral e à propaganda gratuita aqueles partidos que, na eleição para a Câmara em 2018, tiverem elegido ao menos nove deputados distribuídos em nove estados ou obtiverem no mínimo 1,5% dos votos válidos em nove estados (sendo ao menos 1% em cada uma).

Pesquisa eleitoral BTG: Lula tem 41%, Bolsonaro 32% e Ciro Gomes 9%

Por Estadão ConteúdoPublicado em 11/07/2022 09:08 | Última atualização em 11/07/2022 09:08Tempo de Leitura: 2 min de leitura

A nova rodada da pesquisa eleitoral do Instituto FSB Pesquisa, encomendada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira, 11, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua liderando a corrida presidencial com 41% das intenções de voto, mas oscilou dois pontos porcentuais para baixo em relação à mostra divulgada em junho. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição continua em segundo lugar e aparece com 32% das intenções de voto, oscilando 1pp para baixo com relação à pesquisa anterior.

Os dois lideres da mostra oscilaram dentro da margem de erro, que é de 2 pp e o FSB avalia que o cenário da disputa pelo Palácio do Planalto continua estável. Contudo, a diferença entre Lula e Bolsonaro vem caindo e nessa mostra chega a 9 pp.

Ciro Gomes (PDT) aparece nessa pesquisa com 9% das intenções de voto, seguido de Simone Tebet (MDB), com 4% - os dois oscilaram um pp para cima em relação à mostra divulgada no mês passado. André Janones (Avante) tem 3%, e os pré-candidatos Luiz Felipe dAvila (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) registraram 1% das intenções de voto. Já Luciano Bivar (União Brasil), Leonardo Péricles (UP), Eymael (DC) e Sofia Manzano (PCB) não pontuaram. Os que dizem não votar em nenhum dos presidenciáveis somam 4%, brancos e nulos 2% e os que não sabem ou não responderam 2%. Em um eventual 2º turno Lula vence Bolsonaro por 53% das intenções de voto contra 37% do atual mandatário.

A pesquisa FSB/BTG ouviu 2.000 eleitores de 8 a 10 de julho de 2022 e está registrada no TSE sob o número BR-09292/2022. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%. COM EXAME

Bolsonaro e Lula dão últimas cartadas por apoios nos estados

João Pedro Pitombo / folha de sp
SALVADOR

A dez dias do início das convenções partidárias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dão suas últimas cartadas para atrair novos apoios e unificar palanques nos estados.

Levantamento da Folha aponta que Bolsonaro já tem palanques definidos em 21 estados, sendo que haverá palanque duplo em 5 deles e tripla candidatura ao governo em Santa Catarina. Ainda há negociações em curso para unificação e palanques em 5 estados e no Distrito Federal.

Já o ex-presidente Lula encaminhou seus palanques em 19 estados e no DF, com palanques duplos em 4 deles. Agora, atua na costura para unificar candidaturas aliadas a governos de outros 8 estados.

As principais pendências de Bolsonaro estão no Paraná e em Minas Gerais, onde ele se desdobra para unir os governadores que disputam a reeleição e o núcleo duro do bolsonarismo nos estados.

Bolsonaro se encontrou na última semana em Brasília com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Mas não houve acordo, e o presidente reforçou a pré-candidatura do senador Carlos Viana (PL) ao governo mineiro. Ambos participam juntos de um ato em Uberlândia neste sábado (8).

Para aderir a Zema, o presidente quer o ex-ministro Marcelo Álvaro Antônio como candidato ao Senado na chapa do governador, mas este prefere o deputado federal Marcelo Aro (PP).

A união de Bolsonaro e Zema, com a retirada da candidatura de Viana, aumentaria as chances de vitória do governador ainda no primeiro turno. De acordo com pesquisa Datafolha, Zema tem 48% das intenções de voto, contra 21% de Alexandre Kalil (PSD) e 4% de Viana.

Um acordo ainda não está 100% descartado, mas se tornou uma possibilidade mais remota depois das conversas desta semana.

O cenário é semelhante no Paraná. O governador e candidato à reeleição Ratinho Júnior (PSD) é alinhado a Bolsonaro, mas o PL lançou o deputado federal Filipe Barros ao governo.

A expectativa, contudo, é de um alinhamento com o governador até as convenções partidárias. Dois nomes disputam a vaga na chapa para o Senado: o deputado federal Paulo Martins (PL) e o senador Álvaro Dias (Podemos).

A segunda alternativa é considerada mais competitiva em caso de candidatura ao Senado do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). Apesar de não ser alinhado ao bolsonarismo raiz, Dias é considerado um nome mais competitivo para tentar derrotar o ex-ministro e desafeto de Bolsonaro.

Paulo Martins, contudo, diz que segue no jogo. Na quinta-feira (7), ele se reuniu com Bolsonaro em Brasília e publicou em suas redes sociais uma mensagem na qual critica quem planta fake news para desestabilizar sua pré-candidatura ao Senado.

Filipe Barros, por sua vez, afirmou em junho que vai aguardar o prazo final das convenções partidárias para se manifestar sobre sua candidatura ao governo: "Reafirmo que sou um soldado do presidente Bolsonaro", disse.

O Ceará é outro estado que está na mesa de negociações. O deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) tem a simpatia do presidente, mas busca desnacionalizar a disputa e evita se apresentar como o "candidato de Bolsonaro".

No Distrito Federal, o governador e pré-candidato à reeleição Ibaneis Rocha (MDB) tem indicado apoio a Bolsonaro, mas não teve reciprocidade.

O PL se movimenta para lançar o ex-governador José Roberto Arruda, pivô do escândalo do mensalão do DEM. Ele tem afirmado em conversas reservadas que deseja disputar a eleição ao governo e liderar o palanque de Bolsonaro.

O presidente ainda deve definir palanques em estados do Nordeste. Com a retirada da pré-candidatura ao governo de Josimar de Maranhãozinho, o PL do Maranhão aderiu ao senador Weverton Rocha (PDT). O pedetista, contudo, tem indicado apoio a Lula na corrida pelo Planalto.

A única candidatura no estado 100% alinhada a Bolsonaro é a de Lahesio Bonfim (PSC), ex-prefeito de São Pedro dos Crentes. Mas o candidato não terá o apoio dos principais bolsonaristas do estado, caso do senador Roberto Rocha (PTB).

No Rio Grande do Norte, aliados de Bolsonaro, como o ex-ministro Rogério Marinho (PL), abraçaram a candidatura ao governo de Fábio Dantas, vice-governador do estado de 2015 a 2018. Dantas, contudo, tem indicado que não deseja ficar restrito ao bolsonarismo e trabalha para ampliar seu palanque.

Lula também intensificou as negociações na reta final antes das convenções para ampliar sua base de apoio em estados como Pará, Amazonas e Mato Grosso.

O petista deve visitar Belém até o final do mês para selar a aliança com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que concorre à reeleição e já tem o apoio do PT no estado.

"O governador Helder vai estar campanha de Lula junto com deputados, prefeitos e lideranças. A base aliada do governador está majoritariamente com Lula", afirma o deputado federal Beto faro (PT), pré-candidato ao Senado.

Helder Barbalho tem uma base aliada ampla que inclui também o PSDB, além de partidos da base de Bolsonaro como o PP. Mas a tendência é que se repita o alinhamento que em 2018 fez do Pará o único estado fora do Nordeste em que Fernando Haddad (PT) superou Bolsonaro.

Lula também deve ir a Manaus para definir o seu palanque no Amazonas, estado onde o PT decidiu que não terá candidato próprio. Há conversas para apoiar o senador Eduardo Braga (MDB) ao governo e o senador Omar Aziz (PSD), que presidiu a CPI da Covid, para a reeleição ao Senado.

Em Mato Grosso, Lula prepara uma de suas jogadas mais ousadas para trazer para perto de si uma parcela importante dos representantes do agronegócio: uma aliança com o PP para apoiar o deputado federal Neri Geller ao Senado.

Geller, que é empresário e produtor rural, deve liderar o palanque de Lula em um estado com economia ancorada na agropecuária e viés bolsonarista.

"Eu estou conversando com as lideranças do PT e encaminhando uma aliança no estado. Sempre fui um parlamentar de diálogo, converso com a direita, com a esquerda e com o centro. Não teria dificuldade em caminhar junto", afirmou o deputado à Folha.

A aliança com os petistas tem o aval do comando nacional do PP e passa pelo ex-governador e produtor rural Blairo Maggi (PP), que é amigo de Geller e tem um histórico de boa relação com Lula.

Em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Espírito Santo e Acre, Lula deve se debruçar na tentativa de unificação de palanques com o PSB.

Depois da consolidação da aliança em São Paulo, o Espírito Santo se tornou o estado mais próximo de um consenso. O governador Renato Casagrande (PSB) e o senador Fabiano Contarato (PT) se reuniram nesta semana com os dirigentes nacionais dos partidos e se aproximaram de um acordo.

As conversas também se encaminham no Acre, onde o ex-governador Jorge Viana (PT) tende a ser candidato ao Senado, e o deputado estadual Jenilson Leite (PSB), candidato ao governo. Caso a aliança se concretize, será a primeira vez que o PT não concorrerá ao governo do Acre desde 1982.

"Estamos trabalhando para reverter o resultado ruim de 2018 e dar uma boa votação a Lula, que tem um histórico de muito trabalho pelo Acre. Não há problema entre nós, quem tem problema é o grupo do governador, que está todo dividido", diz Viana.

Nos demais estados, o impasse permanece. Em Santa Catarina, um dos principais redutos bolsonaristas do país, PT e PSB tiveram uma nova rodada de negociações sem resultados.

O senador Dario Berger (PSB), que veio do MDB e é um dos neolulistas no estado, quer liderar como candidato ao governo a aliança de partidos de esquerda que inclui o PSOL e o PDT. Mas enfrenta a concorrência interna do ex-deputado federal Décio Lima (PT).

"O objetivo é sempre tentar construir a unidade, mas até agora não conseguimos êxito. Não é fácil, mas cada dia com sua agonia", afirma Dário Berger.

A Paraíba é o principal impasse a ser resolvido entre estados do Nordeste e caminha para um palanque duplo para Lula, com as candidaturas do governador João Azevêdo (PSB) e do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que tem o apoio do PT.

 

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