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PL barra 40 mil inscrições falsas para evento de Bolsonaro e cita medidas legais

O Partido Liberal (PL) informou nesta quarta-feira que barrou quase 40 mil inscrições falsas para a convenção de oficialização da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, marcada para domingo, 24, no Maracanãzinho, no Rio. De acordo com a legenda, a equipe técnica utilizou inteligência artificial e armazenou os protocolos de internet do que chama de ataques, e pode tomar medidas legais se verificar a ocorrência de crime.


Outras 10 mil inscrições foram consideradas autênticas e, por isso, estão confirmadas para o evento, informou o PL.

Ontem, perfis críticos ao governo articularam nas redes sociais um boicote ao evento. Em um movimento coordenado, reservaram ingressos para o evento disponíveis na internet – mesmo sem interesse em comparecer – e esgotaram as vagas.

A ideia de boicote foi inspirada em movimento semelhante feito nos EUA, no lançamento da candidatura à reeleição de Donald Trump. Após o movimento na internet, o PL escalou técnicos de informática para tentar salvar o evento. ISTO[E

PoderData: Diferença entre Lula e Bolsonaro é de seis pontos porcentuais

Se o primeiro turno das eleições ocorresse nesta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 43% dos votos e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), alcançaria 37%, segundo pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira, 20. A diferença, de seis pontos porcentuais, é a menor registrada pela empresa desde abril de 2022. Considerados os votos válidos, haveria segundo turno se o pleito fosse realizado hoje, afirmam os pesquisadores.

 

Se o primeiro turno das eleições ocorresse nesta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 43% dos votos e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), alcançaria 37%, segundo pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira, 20. A diferença, de seis pontos porcentuais, é a menor registrada pela empresa desde abril de 2022. Considerados os votos válidos, haveria segundo turno se o pleito fosse realizado hoje, afirmam os pesquisadores.A variação em relação ao levantamento anterior ficou dentro da margem de erro: Lula tinha 44% e Bolsonaro registrava 36% das intenções de voto quinze dias atrás. As cinco rodadas anteriores da pesquisa PoderData mostravam vitória do petista no primeiro turno. Pelo novo cenário levantado, Lula teria 43% contra 49% dos outros concorrentes somados.

Em terceiro lugar, Ciro Gomes (PDT) oscilou um ponto para cima, com 6%, seguido por Simone Tebet (MDB), com o mesmo índice anterior, de 3%. Já André Janones (Avante) oscilou um ponto para baixo e agora tem 2% das intenções de voto, aponta a pesquisa. Na sequência, aparece Pablo Marçal (Pros), que não pontuava nas pesquisas anteriores e passou a registrar 1%.

Os demais presidenciáveis não alcançaram nem 1%. Os votos brancos e nulos seriam 4% e outros 4% dos entrevistados não souberam responder em quem pretendem votar.

Método de pesquisa

O PoderData ouviu entre os dias 17 e 19 de julho, por telefone, 3 mil eleitores brasileiros de 16 anos ou mais em 309 municípios distribuídos em todos os Estados e o DF. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-07122/2022.

A pesquisa mostra que Lula ganha de Bolsonaro nas regiões Sudeste e Nordeste (43% a 37% e 52% a 27%, respectivamente). Em contrapartida, o presidente supera o petista na região Sul (48% a 28%). Há empate técnico no Centro-Oeste (41% a 36%) e no Norte (50% a 44%), com vantagem para Bolsonaro em ambos.

Regras para eventual segundo turno

Para ser eleito em primeiro turno, um candidato precisa alcançar 50% dos votos válidos mais 1 no dia do pleito, 2 de outubro, de acordo com a legislação eleitoral. Se houver segundo turno para presidente, a data prevista no calendário eleitoral é 30 de outubro de 2022. O eleito será diplomado em dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Líderes do MDB divulgam carta de apoio a Simone Tebet um dia após reunião de grupo com Lula

Por Luiz Vassallo / O ESTADÃO

 

Um dia após reunião de um grupo de emedebistas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lideranças do partido de 19 Estados assinaram nesta terça-feira, 19, manifesto a favor da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto. “Em respeito ao povo brasileiro e aos filiados do MDB, nós - defensores de uma alternativa à polarização e ao populismo – ratificamos nosso compromisso de lutar pela eleição de Simone Tebet à Presidência da República”, afirmam.

 

Os dirigentes declaram que esse “compromisso faz jus à decisão tomada, em outubro 2019, em Convenção Nacional, em favor de uma posição de independência ao atual governo e também o resgaste do protagonismo do MDB com seus valores e bandeiras”. Entre os signatários do documento, estão o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e antigos caciques da legenda, como Romero Jucá e Jarbas Vasconcelos. Também há integrantes de diretórios disputados por Lula, como a presidente da Secretaria da Mulher do diretório do Rio, Kátia Lôbo, e o presidente do diretório de Pernambuco, Raul Henry.

 

Na reunião de segunda-feira, 18, o presidente do diretório do Rio, Leonardo Picciani, esteve presente ao lado de Lula na sede da Fundação Perseu Abramo em São Paulo. Participaram da reunião os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Rose de Freitas (MDB-ES), Veneziano Vital do Rego (MDB-PB), Marcelo Castro (MDB-PI), o ex-governador Renan Filho (MDB-AL), os ex-senadores Edson Lobão (MDB-MA), Eunício de Oliveira (MDB-CE), ex-ministro Leonardo Picciani (MDB-RJ) e o deputado Lucio Vieira Lima (MDB-BA). Do lado petista, estavam presentes Lula e a presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

No mesmo dia, o presidente do partido, Baleia Rossi afirmou que conversou com dirigentes de diretórios emedebistas, e confirmou o apoio a Simone.

CIRO PRESCISA AMPLIARPERFIL DE ELEITORESPARA SE TORNAR CANDIDATO COMPETITIVO

Carlos Pereira / O ESTADÃO

 

ciro gomes EM DEBATE

 

O PT e o PDT são duas das principais agremiações partidárias de esquerda no Brasil. Entretanto, têm trajetórias bastante diferentes. Uma minúscula diferença de votos, precisamente 0,65%, definiu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Leonel Brizola no primeiro turno das eleições de 1989, a primeira eleição direta para presidente após a redemocratização, quando Lula obteve 16,69% enquanto Brizola 16,04% de votos.

Essa ínfima discrepância de votos parece ter definido não apenas quem iria disputar o segundo turno da eleição presidencial contra Fernando Collor naquele ano, mas fundamentalmente determinou as trajetórias partidárias futuras que tanto do PT como do PDT passaram a seguir.

Assim como na vida das pessoas, a performance obtida em encruzilhadas históricas tem um impacto decisivo sobre os passos seguintes que partidos irão tomar e sobre a influência que vão exercer na política de um determinado país.

Mesmo perdendo o segundo turno para Collor, o PT passou a ser um partido protagonista ao perseguir consistentemente a trajetória majoritária lançando candidatos competitivos à Presidência em todas as eleições subsequentes. Além do mais, o PT se tornou o núcleo sobre o qual todos os outros partidos da esquerda brasileira passaram a gravitar.

Embora o PDT tenha lançado candidatos à Presidência em duas outras ocasiões, Brizola em 1994 e Ciro Gomes em 2018, as derrotas eleitorais nessa trajetória levaram o PDT a se tornar essencialmente um partido coadjuvante no Legislativo, na grande maioria das vezes exercendo o papel de parceiro do PT em suas coalizões no Congresso.

Nesta quarta-feira, 20, o PDT realiza a sua convenção nacional. Ciro vai tentar mudar a sua sina pessoal (já foi candidato a presidente em três outras ocasiões) e, principalmente, a trajetória de seu partido que busca o protagonismo político nunca alcançado. Será desta vez?

Ciro tenta se posicionar como um candidato alternativo, uma espécie de terceira via à intensa polarização entre Lula e Bolsonaro. Os 8% em média de eleitores que tem demonstrado intenção de votar nele apresentam um perfil formado basicamente por funcionários públicos, brancos, escolarizados e com renda elevada. Ou seja, são basicamente eleitores de esquerda frustrados com as gestões ineficientes e desviantes do PT.

Para se tornar mais competitivo, Ciro necessitará ampliar o perfil dos eleitores. É muito difícil que Ciro consiga ser competitivo no eleitorado de centro-direita e direita. Precisa, portanto, mirar especialmente os eleitores que orbitam a candidatura de Lula. Daí porque não pode prescindir de fazer uma crítica implacável à candidatura de Lula.

VARIAÇÃO ENTRE PESQUISAS ELEITORAIS É PRATO CHEIO PAQRA DISCURSOS DE FRAUDE

Silvio Cascione/ O ESTADÃO

 

URNA ELETROINA NA CAIXA

 

Nas eleições de 2022, tem pesquisa para todo gosto. Umas têm Lula mais de 20 pontos à frente de Bolsonaro, outras menos de 10. Tamanha diferença é um problema sério, pois aumenta a desconfiança dos eleitores com os institutos de opinião pública e a mídia em geral, e fortalece o argumento de Bolsonaro de que as eleições podem ser manipuladas.

A discrepância entre pesquisas não é só um problema das eleições nacionais, mas também de várias sondagens recentes nos Estados. Na semana passada, com apenas dois dias de diferença, os institutos Quaest e Atlas mostraram quadros completamente distintos para as eleições na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País. Na primeira, o prefeito de Salvador, ACM Neto, tinha 61% das intenções de voto contra 11% de Jerônimo Rodrigues, do PT. Na segunda, ACM Neto tinha 39,7%, e o petista, 32,6%.

Há muitas hipóteses para explicar essas diferenças. Há um número maior de institutos em campo atualmente, a maioria dos quais com métodos novos e mais baratos do que a tradicional pesquisa face-a-face – considerada o padrão-ouro das pesquisas de opinião, mas muito mais cara e, portanto, menos frequente do que as pesquisas telefônicas ou online.

Cada tipo de pesquisa tem uma série de desafios metodológicos. As pesquisas por telefone, por exemplo, lidam com o problema de que cada vez mais pessoas – especialmente trabalhadores de baixa renda – simplesmente não atendem o telefone para falar com um desconhecido por mais de 5 minutos no meio do expediente. Os jovens de hoje também não veem uma ligação telefônica com a mesma naturalidade de antes.

Para cada problema como esse, os institutos precisam tomar decisões sobre o desenho da amostra e a forma de ponderar os dados. Diferentes estratégias levam a diferentes resultados, com algumas pesquisas mais pró-Lula e outras mais pró-Bolsonaro.

Essas disparidades, por si só, já seriam ruins, por prejudicarem a credibilidade das pesquisas como um todo. Mas isso está mais sério em 2022 por causa da contestação de Bolsonaro às urnas eletrônicas, e por causa da dinâmica que a campanha deve assumir nos próximos meses. Neste mesmo espaço, argumentei nas últimas semanas que Bolsonaro, com a caneta de presidente na mão e ainda capaz de tomar medidas para baixar a inflação e aumentar a renda dos eleitores, diminuiria a diferença em relação a Lula. Medidas como o Auxílio Brasil, isoladamente, não teriam força para Bolsonaro virar o jogo; mas, com uma campanha eficaz, e se não tiver o azar de sofrer com algum choque externo como uma nova crise de combustíveis, Bolsonaro poderia encostar em Lula.

Se essa dinâmica se confirmar, poderemos ver alguns institutos mostrando Bolsonaro à frente nas pesquisas, ainda que a média dos institutos continue a mostrar Lula como o favorito. Este poderá ser um ingrediente poderoso para a campanha de Bolsonaro de que é vítima de fraude eleitoral.

 

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