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VOTO ÚTIL DIFICILMENTE DARÁ VITÓRIA A LULA NO PRIMEIRO TURNO

Silvio Cascione / O ESTADÃO

 

Na semana passada, Lula disse que nunca teve uma chance tão boa de ganhar uma eleição em primeiro turno, e que seus apoiadores não deveriam ter vergonha de admitir isso. Foi a primeira vez desde o início da campanha que o ex-presidente falou abertamente sobre buscar a vitória já no início de outubro.

 

Derrotar Bolsonaro no primeiro turno sempre foi o sonho dos petistas. Mas esse objetivo foi mantido com discrição por muito tempo para evitar o clima de “já ganhou” na campanha, e também não constranger candidatos como Simone Tebet, do MDB, de quem Lula espera receber o apoio em um eventual segundo turno.

 

As chances de uma vitória de Lula em primeiro turno, porém, continuam baixas. Ela depende de uma combinação bastante improvável de dois fatores nessas próximas três semanas.

 

Lula precisa, em primeiro lugar, que eleitores de Ciro Gomes, Simone Tebet e outros candidatos decidam apoiá-lo já no primeiro turno. Sabendo que a maioria dos eleitores desses candidatos rejeita Bolsonaro, Lula tem aumentado o apelo ao “voto útil”, antecipando o segundo turno. Lula, de fato, já conquistou uma parte do antigo eleitorado de Ciro, que não consegue repetir nas pesquisas o desempenho que teve nas últimas eleições (12,5% dos votos totais).

 

Mas, em segundo lugar, Lula precisa que Bolsonaro se enfraqueça daqui até o primeiro turno – e não há sinais de que isso esteja ocorrendo. É verdade que os comícios de 7 de Setembro não elevaram significativamente as intenções de voto no presidente. Mas também é verdade que a base bolsonarista tem ficado cada vez mais convicta de sua decisão, e que a melhora da economia tem lentamente favorecido o atual mandatário, que cresce pouco a pouco nas pesquisas.

 

Se Bolsonaro não se enfraquecer em setembro, Lula precisará de uma quantidade muito grande de “voto útil” para vencer no primeiro turno – uma verdadeira onda, com Ciro e Simone caindo significativamente na reta final. Não é uma missão impossível. Mas, provavelmente, ainda teremos sete semanas de campanha, tempo para que Bolsonaro continue competitivo e com chances de virada.

 

Lula precisa do apoio de eleitores de Ciro e Tebet para tentar vitória no primeiro turno

 

Pesquisa: Instituto Veritá traz Bolsonaro à frente de Lula no 1º turno

Por: Elói Naves /

 

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Pesquisa Instituto Veritá para presidente 2022.
Pesquisa Instituto Veritá para presidente 2022.

O Instituto de Pesquisas Veritá divulgou levantamento de intenções de voto para presidente em 1º turno. Segundo o Veritá, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece à frente nas intenções de voto, com 43,6%. Em segundo lugar aparece o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), com 41,9% das intenções de voto. Tecnicamente, é considerado empate técnico devido à margem de erro. Em terceiro lugar aparece Ciro Gomes, do PDT, com 5,5%, seguido por Simone Tebet, do PDT, com 3,6%.

Pablo Marçal (PROS) e Roberto Jefferson (PTB) tiveram suas candidaturas negadas, porém aparecem na pesquisa com menos de 1%, assim como: Felipe D’Ávila (NOVO), Soraya Thronicke (União Brasil), José Maria Eymael (DC), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB) e Léo Péricles (UP). Os votos brancos e nulos representam 1,3%. Já os que não sabem ou não responderam representam 2,2%.

A pesquisa foi feita entre os dias 27/08 a 02/09, com amostra de 21.019 eleitores e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A realização é do Instituto Veritá por iniciativa própria, a um custo de R$ 138.060,00 Reais. O registo no TSE é sob o protocolo TSE - BR - 01060/2022.

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Pesquisa Datafolha: no Sudeste, Lula está cinco pontos à frente de Bolsonaro

Por O Globo — São Paulo

 

A nova rodada da série de pesquisas do Datafolha mostra vantagem, no limite da margem de erro, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Sudeste. O petista tem 41% das intenções de voto no primeiro turno, cinco pontos percentuais a mais que o presidente Jair Bolsonaro (PL), que soma 36%.

Há uma semana, o Datafolha mostrou Lula alcançando a mesmas proporção na região mais populosa do país. O candidato à reeleição tinha 35%, um ponto abaixo, dentro da margem de erro. Esses percentuais deixam ligado o sinal amarelo na campanha do petista, que, na metade de agosto, liderava a disputa no Sudeste com 44% das intenções de voto, contra 32% do candidato do PL.

O novo estudo contratado pela “Folha de S.Paulo” e TV Globo se soma a outras pesquisas divulgadas nesta semana que indicam sinais distintos sobre a disputa presidencial na região — que concentra quatro em cada dez eleitores aptos a votar em outubro.

O Ipec, instituto fundado por ex-executivos do Ibope, constatou dilatação da distância entre Lula e Bolsonaro. A pesquisa realizada entre 2 e 4 de setembro mostrou o ex-presidente dez pontos percentuais à frente do atual chefe do Executivo (o petista tem 41% das intenções de voto, contra 30% do candidato do PL). Na semana passada, seis pontos separavam os dois presidenciáveis (39% a 33%).

As oscilações de Lula e Bolsonaro se deram dentro da margem de erro, que é estimada em três pontos percentuais para mais ou menos no recorte específico da pesquisa para o Sudeste.

A vantagem do candidato do PT num cenário de eventual segundo turno contra Bolsonaro também oscilou para cima. Há uma semana, Lula atraía 46% dos votos da região nessa simulação, enquanto Bolsonaro atingia 36%. Agora, o petista vai a 51% dos votos, contra 34% do atual mandatário.

 

Já os dados da Quaest mostram empate técnico entre Lula e Bolsonaro no Sudeste, com vantagem numérica para o candidato à reeleição. No fim do mês passado, o placar no primeiro turno era de 39% a 37% favoráveis ao petista. Agora, Bolsonaro aparece com 39%, enquanto Lula oscilou para baixo e está com 36%.

Os levantamentos de cada instituto de pesquisa não podem ser comparados entre si, já que adotam metodologias diferentes e foram realizados em períodos distintos. O Datafolha, por exemplo, captou possíveis reações do eleitorado nos dias seguintes aos atos de cunho eleitoral de Bolsonaro no 7 de Setembro.

Os eleitores do Sudeste foram o foco inicial das campanhas — não só de Lula e Bolsonaro, como também de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) —, e devem voltar a ser o alvo preferencial dos candidatos nas semanas restantes até o primeiro turno.

O alto estoque de votos na região justifica a prioridade dada pelas campanhas. São Paulo concentra sozinho quase 35 milhões de pessoas aptas a votar, o que equivale ao eleitorado somado das regiões Sul e Norte. Um bom desempenho no estado pode suplantar derrotas em várias outras unidades da federação.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país (são 16,3 milhões) e, desde a redemocratização, nunca um presidente foi eleito sem ter vencido a votação no estado. Já o Rio de Janeiro, berço político de Jair Bolsonaro, abriga 12,8 milhões de eleitores. Juntos, os três estados mais populosos do Sudeste concentram 41% do eleitorado brasileiro.

Pesquisas realizadas pelo Ipec nesta semana em cada um desses três estados indicam que Lula tem vantagem sobre Bolsonaro em São Paulo e Minas, enquanto no Rio há empate técnico entre os adversários.

ELEIÇÃO SEM POVO

J.R. Guzzo Jornalista  / O ESTADÃO

 

A comemoração dos 200 anos de independência do Brasil no dia 7 de setembro, para dizer as coisas como elas são, foi um gigantesco comício nacional em favor da candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição – as maiores demonstrações de massa que o Brasil já teve desde o 7 de Setembro de 2021, quando multidões equivalentes já tinham ido para a rua com o mesmo propósito. Não houve, desta vez, as tentativas de usar fantasias sobre a quantidade de pessoas presentes para anular as realidades visíveis a olho nu. As fotos e os vídeos, feitos de todos os ângulos e perspectivas, substituíram as “análises políticas” sobre o que as pessoas estavam vendo – ficaram presentes, apenas, as imagens e o fato indiscutível de que a praça transbordou no dia 7 de setembro. Foi muita coisa. Em poucos lugares no mundo, na verdade, pode acontecer algo parecido hoje em dia.

 

J.R. Guzzo: 'Em poucos lugares no mundo pode acontecer algo parecido hoje em dia'.
J.R. Guzzo: 'Em poucos lugares no mundo pode acontecer algo parecido hoje em dia'.  Foto: Estadão

A tempestade enfurecida de rancor, de despeito e de ressentimento que as manifestações despertaram junto ao ex-presidente Lula, à sua campanha e à esquerda em geral é o certificado mais instrutivo sobre a vitória que a candidatura de Bolsonaro teve no 7 de Setembro. Não deu para dizer que o público não foi para a rua. O público foi acusado, então, de ir para a rua. “Deprimente”, “dia triste para o Brasil”, “motivo para chorar”, “retrocesso político”, “ato contra a democracia”, “reunião da Ku Klux Klan”, segundo disse Lula – e por aí se vai, numa condenação explícita à liberdade das pessoas em manifestar sua opinião, apoiar o seu candidato e fazer as suas escolhas políticas. Mas não deveria ser exatamente assim, numa democracia de verdade? Qual é essa tragédia toda que estão vendo no fato de mais de 1 milhão de pessoas, possivelmente, ter participado de manifestações de massa em todo o País sem violência, sem incidentes, sem provocar um único BO policial? A ira contra o que aconteceu no dia 7 de setembro – essa, sim, é trágica. Ela diz muito, ou diz tudo, sobre o que a esquerda nacional realmente acha do povo brasileiro: uma massa de gente desqualificada e sem vontade própria, que não se comporta como prescrevem os analistas políticos, totalitária e incapaz de votar corretamente numa eleição para presidente da República.

Por que a esquerda, em vez de ficar odiando a multidão que foi à rua para dizer que quer votar em Bolsonaro, não faz uma manifestação igual? Esta é a questão que continua sem resposta. Estão querendo uma eleição sem povo – só com os ministros Moraes, Barroso e Fachin, advogados com influência no TSE, briguinhas no horário eleitoral e mais do mesmo. O 7 de Setembro veio para atrapalhar.

Pesquisa Ipec Ceará: Lula tem 57%; Bolsonaro, 19%; Ciro, 14%

Igor Cavalcante / DIARIONORDESTE

 

segunda rodada da pesquisa Ipec no Ceará para a disputa pela Presidência da República, divulgada nesta sexta-feira (9), aponta o ex-presidente Lula (PT) com 57% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparece o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 19%. Ciro Gomes (PDT), tem 14%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Em relação à primeira pesquisa, divulgada no último dia 1º de setembro, Lula oscilou um ponto percentual para baixo. Bolsonaro e Ciro se mantiveram com os mesmos índices. À época, Lula aparecia com 58%, Bolsonaro tinha 19% e Ciro Gomes, 14%. 

O levantamento foi encomendado pela TV Verdes Mares e ouviu 1.200 pessoas entres os dias 6 e 8 de setembro. As entrevistas foram feitas no modo presencial em 56 municípios. A soma dos percentuais pode não totalizar 100% em decorrência de arredondamentos.

A candidata Simone Tebet (MDB) tem 2% das intenções de voto. Soraya Thronicke (União), Felipe d’Avila (Novo), Pablo Marçal (Pros) e Constituinte Eymael (DC) não pontuaram. Os candidatos Léo Péricles (UP), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU) não foram citados.

Brancos e nulos representam 4% dos entrevistados. Outros 4% disseram não saber ou não responderam à pesquisa. O nível de confiabilidade é de 95%. 

Na primeira pesquisa, Tebet tinha 1% das intenções de voto. Vera, Marçal, Jefferson, d’Avila e Thronicke não haviam pontuado, os outros não tinham sido citados. Brancos e nulos representavam 4%. 

SE A ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FOSSE HOJE E OS CANDIDATOS FOSSEM ESTES, EM QUEM O(A) SR.(A) VOTARIA? (ESTIMULADA %): 

  • Lula (PT): 57%
  • Jair Bolsonaro (PL): 19%
  • Ciro Gomes (PDT): 14%
  • Simone Tebet (MDB): 2% 
  • Soraya Thronicke (União): 0%
  • Felipe d’Avila (Novo): 0%
  • Pablo Marçal (Pros): 0%
  • Constituinte Eymael (DC): 0%
  • Branco/Nulo: 4%
  • Não sabe/Não respondeu: 4%  

O levantamento foi realizado pelo instituto Ipec Inteligência e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob número BR-06797/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) sob protocolo CE-08984/2022. 

ESPONTÂNEA 

Na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não apresenta os nomes dos candidatos, Lula lidera com 57% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Jair Bolsonaro, com 18%, e Ciro Gomes, com 10%. Simone Tebet foi apontada por 1% dos entrevistados. Constituinte Eymael, Felipe d’Avila e Soraya Thronicke não pontuaram.

Léo Péricles, Pablo Marçal, Roberto Jefferson, Sofia Manzano e Vera Lúcia não foram citados. Outros nomes foram mencionados pelos eleitores, mas não chegaram a pontuar. Brancos e nulos somam 4%. De todos os eleitores ouvidos pela pesquisa, 9% disseram não saber ou preferiram não opinar. 

Já na primeira rodada de pesquisa, Lula tinha 54%, Bolsonaro, 19%, e Ciro, 10%. Em seguida, apareciam Tebet, com 1%. Os outros candidatos não haviam sido citados pelos entrevistados. Brancos e nulos somavam 4%. Outros 13% disseram não saber ou preferiram não opinar à época. 

A soma dos percentuais pode não totalizar 100% em decorrência de arredondamentos.

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