O distritão melhora a política? Sim
O distritão melhora a política? O projeto voltou ao debate no Congresso. Miro Teixeira (Rede-RJ) diz por que o defende.
ÉPOCA – Por que o distritão é melhor?
Miro Teixeira – Você pode ter um tempo mais bem aproveitado na propaganda eleitoral de rádio e televisão. Pode ter uma campanha mais barata, porque não precisa encher uma chapa a fim de reunir votos para fazer quociente eleitoral. Hoje, cada partido lança um número de candidatos 50% maior que o número de vagas.
O distritão melhora a política? Não
A proposta do distritão não é nova. Mas foi resgatada no Congresso há alguns dias e está sendo debatida de novo. Luiza Erundina (PSOL-SP) diz por que é contra essa ideia.
ÉPOCA – Por que votou contra o distritão?
Luiza Erundina – O distritão é a pior solução política. É uma proposta atrasada, que existe apenas em quatro pequenos países no mundo. O Brasil, com seu nível de complexidade, com sua diversidade, com os graves conflitos que tem, não pode ter uma solução tão simplista. O distritão é um sistema muito excludente. Vai excluir a juventude, não vai renovar a política. Com ele, vão se reeleger os de sempre.
A quem interessa o ‘distritão’
O Estado de S.Paulo
11 Agosto 2017 | 03h07
Faz tempo que alguns dos muitos caciques do PMDB tentam instituir o “distritão”, sistema em que são eleitos para a Câmara dos Deputados apenas os candidatos mais votados por Estado, transformado em distrito. Só isso deveria bastar para que se desconfie de que o tal “distritão” coisa boa não é.
Apresentado por meio de destaque do PMDB, o sistema foi aprovado por 17 votos a 15 na comissão da Câmara que analisa a reforma política, na madrugada de quinta-feira passada. O projeto de reforma, que inclui, além do “distritão”, a criação de um bilionário fundo público para financiar campanhas eleitorais, seguirá para o plenário e passará por dois turnos de votação. Se obtiver ao menos 308 votos em cada votação, o projeto irá ao Senado, para mais dois turnos.
Apropriação indébita - ISTOÉ
Depois de meses discutindo a reforma política, a comissão especial da Câmara que analisa mudanças no sistema eleitoral, avançou. Mas nos recursos públicos. Os parlamentares aprovaram na última quinta-feira 10 o texto-base da reforma política. A partir de 2018, os partidos abocanharão R$ 3,6 bilhões de recursos do Orçamento da União para realizarem as campanhas eleitorais. Isso, sem contar com os R$ 800 milhões que os partidos já gastam do Fundo Partidário, distribuído para todos os 35 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Eleições no Ceará – Você apostaria em nome novo?
Com o título “Questões para 2018 no Ceará”, eis o que escreve o jornalista Fabio Campos em sua coluna no O POVO desta quinta-feira. Ele bate na tecla de que o eleitor quer nome novo disputando o Governo. Será? Confira:
As circunstâncias políticas não recomendam que se promovam leituras dos cenários de 2018 com os olhos e as experiências das eleições anteriores. A crise foi profunda e se arrasta desde 2014. Desde então, além da crise, várias decisões que, para o bem e para o mal, produzem mudanças de grande efeito. Uma delas: como fazer uma campanha presidencial e de governador sem doações privadas?