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Partidos que são feudos

O Estado de S.Paulo

06 Agosto 2018 | 04h00

Recente estudo acadêmico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indicou que a militância partidária é mais ativa e frequente do que às vezes se pensa. Por exemplo, mesmo em ano não eleitoral, os filiados participam das atividades das legendas. Em tese, esse dinamismo da militância é extremamente positivo, já que indicaria que os partidos não são meras siglas, mas vibrantes entidades, conectadas de fato com seus integrantes. No entanto, sabe-se bem que, na prática, uma conclusão assim não é cabal.

Por maiores que sejam a militância e a participação, os partidos políticos no País continuam sendo feudos, controlados por alguns poucos caciques, que atuam como se fossem seus proprietários. As recentes negociações com vistas às próximas eleições mostraram uma vez mais que eventuais coligações entre as legendas não são definidas nas convenções partidárias, com o voto dos respectivos filiados. Tudo é acertado antes pelos mandachuvas, de acordo exclusivamente com seus interesses.

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Eleições 2018: veja quem são os candidatos à Presidência da República

Igor Moraes, O Estado de S.Paulo

23 Julho 2018 | 17h29 
Atualizado 06 Agosto 2018 | 01h11

Eleição
Primeiro turno das eleições 2018 acontece no dia 7 de outubro Foto: JF Diorio/ Estadão

Ao final do prazo para realização das convenções partidárias, 13 legendas confirmaram seus nomes na corrida pela Presidência da República nas eleições 2018. Caso os indicados sejam confirmados pela Justiça Eleitoral e o cenário não se altere, este será o maior número de candidatos ao Palácio do Planalto desde 1989. 

As convenções partidárias são o primeiro passo para oficialização das candidaturas. De acordo com o calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas deveriam ser realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. Depois disso, as siglas têm até o dia 15 de agosto para registrarem os pedidos de candidatura no TSE. O Tribunal deve julgar todas as solicitações até o dia 17 de setembro.

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Marina Silva, a candidata invisível: os desafios de uma campanha sem dinheiro, sem tempo de TV e sem alianças Leia mais: https://epoca.globo.com/marina-silva-candidata-invisivel-os-desafios-de-uma-campanha-sem-dinheiro-sem-tempo-de-tv-sem-aliança

Sem o séquito de costume, a ex-senadora Marina Silva chegou abatida a um ginásio de esportes em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, numa noite do começo de julho. Vinha de uma sequência interminável de compromissos, com o visual de sempre: trajes neutros — casaco branco de risca de giz e calça azul-marinho —, cabelo amarrado num coque e olheiras disfarçadas por uma maquiagem suave. Ao discursar para uma plateia de cerca de 300 pessoas, errou um nome — Almickin por Alckmin —, trocou a idade de um correligionário — 60 em vez de 70 — e fundiu as palavras Deus e Jesus — Jeus. A campanha nem bem começou e Marina já está cansada. Sem dinheiro, acorda às 4 horas da manhã para pegar o voo mais barato do dia e dorme de favor na casa de apoiadores quando viaja para compromissos.

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7 perguntas para Thomaz Favaro

1. As eleições de outubro no Brasil preocupam as empresas estrangeiras?

É um fator de instabilidade política que assusta, mas acredito que em geral o brasileiro está muito mais pessimista em relação às eleições do que os estrangeiros. Vemos que muitas empresas multinacionais continuam investindo no país e fazendo planos de médio e longo prazos para suas operações por aqui.

2. O que você tem dito a seus clientes sobre os candidatos?

Jair Bolsonaro tem a pré-candidatura mais longeva, já que se lançou candidato em agosto do ano passado. Ele tem apresentado uma base de eleitores relativamente consolidada, mas o fato de ter mantido cerca de 20% das intenções de voto por alguns meses pode indicar uma dificuldade em expandir-se muito além desse patamar. Para nós, o principal desafio de Bolsonaro é o segundo turno: basta ver o que aconteceu com Marine Le Pen, a candidata de extrema-direita na França, no ano passado. Ela ganhou 21% dos votos no primeiro turno, mas foi trucidada no segundo turno contra Emmanuel Macron.

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Governabilidade do próximo presidente: condições e pressupostos

Por 

A palavra governabilidade refere-se às próprias condições substantivas ou materiais de exercício do poder e de legitimidade do Estado e do seu governo, ambas derivadas da postura governamental diante da sociedade civil e do mercado.

Nessa perspectiva, a governabilidade diz respeito à autoridade política do Estado em si, entendida como a capacidade que este tem para agregar os múltiplos interesses dispersos pela sociedade e apresentar-lhes um objetivo comum para curto, médio e longo prazos, e depende da relação entre a autoridade e as instituições de governo, bem como do poder das instituições que a ele se opõem.

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