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Em discursos, Haddad cita Lula uma vez a cada 22 segundos

OSASCO. Em seu primeiro corpo-a-copo na rua com eleitores depois de ser ofcializado como candidato a presidente da República pelo PT, Fernando Haddad citou nesta quinta-feira o ex-presidente Lula uma vez a cada 22 segundos em três discursos. Num total de pouco mais de 11 minutos de falas a simpatizantes, o ex-prefeito mencionou nominalmente o padrinho político 31 vezes, sem contar referências como "presidente" e "ele".

 

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Vestido com uma camiseta vermelha estampada com uma foto e com o nome do líder petista, o presidenciável foi chamado ao microfone durante caminhada na cidade de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, de "Fernando Lula Haddad" e de "Luiz Fernando Lula Haddad".

Logo no início da caminhada, Haddad fez uma rápida fala de dois minutos e meio em que mencionou o nome de Lula nove vezes. O candidato a presidente disse que o ex-presidente, que cumpre pena em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro, ganharia as eleições no primeiro turno se não fosse impedido pelas autoridades brasileiras de concorrer. Destacou também que o ex-presidente deixou um "plano de governo pronto" e que nos tempos do governo do líder petista a cidade foi beneficiada com convênios para construir 12 creches.

 

- Nós vamos ganhar essa eleição e vamos botar esse povo para correr - disse Haddad, em seu discurso.

 

Antes de deixar o município, o presideciável fez um novo discurso de 4 minutos e 50 segundos com 12 citações de Lula. Desssa vez, Haddad disse que teve a honra de "ser ministro da Educação do Lula" por seis anos.

- Nunca ninguém superou o que o Lula fez ao povo brasileiro - afirmou.

Em seguida, em Osasco, também na região metropolitana de São Paulo, o candidato participou de uma nova caminhada. Durante o percurso, parou para comer um cachorro-quente numa barraca de rua.

Ao final, num novo discurso, Haddad disse que o plano de governo de sua candidatura chama "plano Lula de governo". Lula foi mencionado 10 vezes em quatro minutos de fala.

 

Em entrevista, o candidato celebrou a decisão do Conselho Nacional de Ministério Público (CNMP) de investigar a conduta dos promotores Marcelo Mendroni e Wilson Tafner, que propuseram ações contra ele nas últimas semanas por causa da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. Pessoa disse que pagou dívidas da campanha de Haddad a prefeito de São Paulo em 2012.

 

- Entedo que isso depura o Ministério Público. O promotor chama promotor de Justiça então ele tem que ele buscar a verdade. Não pode fazer política

 

Indagado sobre a declaração do candidato do PDT, Ciro Gomes, que, em sabatina promovidana quarta-feira pelo GLOBO e pela revista "Èpóca", disse que o Brasil não aguentaria uma nova Dilma Rousseff, o petista reafirmou que não entrará em confronto com adversários:


- Adotamos uma estratégia até o final da campanha de só falar de proposta. Se tiver alguma proposta dele que vocês (jornalistas) quiserem que eu comente, eu comento. Mas esse tipo de ataque, nós não vamos responder.

 

Apesar de estar numericamente atrás dos seus adversários em quinto lugar (mas empatado dentro da margem de erro), Haddad já deixou escapar que cogita disputar a reeleição. Perguntado se a vice Manuela D´Ávila, que participou da agenda. continuará a fazer acampanha ao seu lado, o petista respondeu:

- Lado a lado, nós vamos estar pelos próximos cinco anos, talvez oito anos.




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