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Ausência do PT no debate reforça inelegibilidade de Lula, dizem analistas

Paulo Beraldo e Elizabeth Lopes, O Estado de S.Paulo

A ausência do candidato do PT no primeiro debate presidencial das eleições 2018 reforça a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, avaliam analistas ouvidos pelo Estado na manhã desta sexta-feira, 10. Preso em Curitiba desde 7 de abril pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o petista não obteve autorização judicial para participar do programa.

O cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, comenta que a ausência partido no debate faz o eleitorado entender algo que ainda não estava claro: a inelegibilidade do ex-presidente Lula. "Simbolicamente, foi importante para as pessoas entenderem que, juridicamente, a manobra do PT de colocar o Lula em evidência não surte efeito legal", afirma. "É uma estratégia eleitoral, política", diz. 

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Principais erros e acertos dos candidatos no primeiro debate

Alberto Bombig, O Estado de S.Paulo

10 Agosto 2018 | 09h36

primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República das eleições 2018 trouxe poucas ideias e projetos para o futuro do País. Confira na análise abaixo a avaliação da participação de cada um dos presidenciáveis. 

Jair Bolsonaro (PSL)

Errou ao tentar minimizar o duro ataque desferido contra ele por Guilherme Boulos, que o chamou de "racista" e "homofóbico", além de questionar seu desempenho como parlamentar e o uso do auxílio-moradia mesmo tendo imóvel próprio; num debate, deixar acusações graves sem uma resposta peremptória tende a ser nocivo no longo prazo.

Acertou em priorizar seu público, insistindo na crítica à corrupção e ao PT. 

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Metade dos eleitores brasileiros deve usar biometria para votar nas eleições de 2018

Metade do eleitorado brasileiro será identificado por biometria nas eleições de 2018, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 73,7 milhões de eleitores, ou 50% de todas as pessoas aptas a votar no país.

Em 2014, ano das últimas eleições presidenciais, o total de eleitores com identificação digital em municípios com reconhecimento biométrico era de 21,7 milhões de pessoas, ou 15,2% do eleitorado.

Mais de 87 milhões de eleitores têm o cadastro biométrico atualmente no Brasil (60% do eleitorado). Parte dessas pessoas, porém, está em cidades que não terão o reconhecimento das digitais disponível para as eleições deste ano. Por isso, o número total de eleitores com o cadastro é maior que o número de pessoas que vão votar usando biometria.

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Primeiro debate da eleição 2018 reúne 8 presidenciáveis por mais de 3 horas na TV

Oito candidatos à Presidência da República participaram na noite desta quinta-feira (9) de um debate na TV Bandeirantes. O debate durou 3 horas e 13 minutos e terminou na madrugada desta sexta (10).

Por sorteio, os candidatos ficaram posicionados na seguinte ordem (da esquerda para a direita): Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

Antes do início do debate, o mediador Ricardo Boechat informou que a organização convidou o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso. Mas ele foi impedido pela Justiça de participar.

Durante o encontro, os postulantes apresentaram propostas sobre emprego, educação, segurança pública, desenvolvimento, juros, aborto, entre outros pontos.

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Para onde correm os candidatos

*FERNANDO GABEIRA, O Estado de S.Paulo

10 Agosto 2018 | 03h00

Tive a oportunidade de conhecer as posições de alguns candidatos à Presidência ao participar de uma sabatina. Tentarei um projeto, como realizei nas eleições passadas, de entrevistar todos os outros, independentemente da pontuação em pesquisa. De um ponto de vista jornalístico, é interessante saber o que se passa na cabeça de alguém que decide ser candidato num momento tão complicado no País. Mais do que ninguém, tenho dúvidas sobre o futuro do próximo presidente, sobretudo a partir de uma quase certeza de que a renovação do Congresso será modesta.

Minha visão da conjuntura recomenda algo que chamo, brincando, de catastrofismo emancipatório, expressão que o sociólogo Ulrich Beck usa diante das mudanças climáticas. Isso significa deixar de apenas falar do desastre, mas encarar a situação com a clareza de que o dilema é cooperar ou morrer.

Creio que a esquerda também conta com uma grande crise adiante. Mas ela se fragmentou e parece ter se resignado a perder as eleições e ressurgir adiante como alternativa. Se for isso mesmo, é um equívoco. Não creio que uma próxima crise possa ser vista como um movimento de gangorra que alterne forças esgotadas do sistema político-partidário. Um período PSDB, outro período PT, como se a sucessão no poder fosse natural como o ritmo das estações de ano.

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