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Boa para três

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Os candidatos Ciro, Haddad e Bolsonaro - Muaro Pimentel / AFP

Hospitalizado após se recuperar de um atentado há mais de uma semana, Jair Bolsonaro não pode soltar rojões no Hospital Albert Einstein para comemorar o resultado da pesquisa do Datafolha, divulgada na sexta-feira (14), em que aparece com 26% das intenções de voto para o Palácio do Planalto. Mas o deputado federal pode, sim, festejar. Salvo uma catástrofe nas próximas três semanas, ele estará no segundo turno. E o melhor para ele: as projeções de desempenho frente aos adversários, nas simulações para a finalíssima, são melhores do que as registradas no começo da semana.

 

Fernando Haddad (PT) embalou. Pulou de 9% das intenções de voto no começo da semana para 13%. O ex-prefeito de São Paulo usará e abusará da imagem do ex-presidente Lula. Toda semana fará uma ou mais visitas à Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. Lá está seu mestre, preso desde abril. Haddad não pode ser Haddad no primeiro turno. Terá de fazer papel de poste de Lula. É um repeteco. Fez em 2012 quando disputou o comando da capital paulista – e, sim, funcionou.

 

 

Ciro Gomes (PDT) se manteve firme na casa dos 13% das intenções de voto. É uma excelente notícia para ele. Mas, certamente, não imaginou que Haddad fosse respirar no seu cangote de maneira tão rápida. Ciro, se quiser sonhar com o segundo turno, terá de convencer o eleitor do ex-presidente Lula a desistir de Haddad. É difícil quando o Haddad e os petistas gritam para quem quiser ouvir que Haddad é Lula e Lula é Haddad.

A pesquisa Datafolha para Geraldo Alckmin (PSDB) é desalentadora. O tucano caiu de 10% para 9%. Pesquisa após pesquisa, na verdade, ele percebe que a aliança com o centrão e o tempo de televisão têm sido inúteis. Alckmin precisa de um energético milagroso para subir nas pesquisas. O pior é que ninguém sabe de onde ele vai tirar esse trunfo. Seus “aliados”, em especial no Nordeste, só falam sobre Lula. Alckmin costuma dizer que o eleitor só se preocupa em refletir sobre o voto mais próximo da eleição e que ninguém deve se preocupar com os resultados das pesquisas. É um jeito controverso de tentar manter ativa a militância.

 

Se para Alckmin foi ruim, para Marina Silva (Rede) a pesquisa do Datafolha foi trágica. Ela caiu de 11% para 8%. Ninguém aposta que ela conseguirá se reerguer. Ao contrário, é mais provável que se misture ao pelotão de baixo onde se encontram Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo e Henrique Meirelles (MDB). Ao que parece, Marina deu adeus à disputa. Deixou de ser competitiva.

 

O GLOBO




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