Às vésperas do registro de Lula, Cármen Lúcia defende Lei da Ficha Limpa
Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo
13 Agosto 2018 | 13h02
BRASÍLIA - Às vésperas do registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República nas eleições 2018, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, destacou, nesta segunda, 13, as iniciativas populares de participação na política, ressaltando a Lei da Ficha Limpa, que tornou inelegíveis cidadãos condenados na Justiça por um órgão colegiado.
Candidato do PT à Presidência da República, Lula deve ter o registro de candidatura realizado nesta quarta-feira, 15, no TSE. Condenado e preso na Lava Jato, contudo, o petista deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, já que teve a condenação confirmada em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).
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Eleições 2018: nesta semana termina prazo para registro de candidaturas e começa a campanha nas ruas
Por G1, Brasília
O prazo para partidos e coligações apresentarem o pedido de registro das candidaturas nas eleições de outubro termina na próxima quarta-feira (15). No dia seguinte, quinta-feira (16), começa o período da campanha eleitoral nas ruas.
As datas foram definidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Veja exemplos do que passa a ser permitido aos candidatos a partir da quinta-feira:
Pressão do PT sobre TSE piora situação de Lula
A situação de Lula no Tribunal Superior Eleitoral não é boa. Ficará ainda pior nesta semana. Ministros do TSE estão aborrecidos com a “espetacularização” do pedido de registro da candidatura de Lula. O documento será protocolado na quarta-feira, em meio a uma marcha de militantes sobre Brasília. Alguns magistrados enxergam a manifestação como uma tentiva do PT de “constranger” a Justiça Eleitoral. A pressão sairá pela culatra, disse um ministro, em privado.
Uma boa proposta
Há boas razões para acreditar que a disputa presidencial deste ano vá ser mais franca e propositiva. Trata-se de uma efeito do cenário econômico hostil, decerto, mas também um aprendizado após a indigência do debate na eleição passada e suas consequências nefastas.
Já se pode citar hoje um exemplo promissor na reforma tributária, em torno da qual parece se formar um alinhamento de algumas das principais candidaturas.