Haddad e Ciro se distanciam
Com o crescimento da candidatura de Fernando Haddad do PT, e a manutenção de Ciro Gomes nos mesmos patamares, parece ter encurtado o campo para os demais candidatos que disputam o segundo turno. O candidato do PSDB Geraldo Alckmin mais uma vez ficou parado, não dando ânimo a quem ainda aguarda uma tendência de alta. Marina Silva confirmou a queda registrada em outras pesquisas, e, segundo o Datafolha, está com a metade das intenções de votos com que começou a campanha eleitoral.
A persistir essa situação, é previsível que a base ampla de apoio do tucano, e a de Marina se dispersarão em busca de porto mais seguro, a maioria dos eleitores indo para Bolsonaro, que continua crescendo, consolidando sua posição no segundo turno. Mas certamente Ciro ganhará com votos úteis de tucanos de esquerda ou que não querem ver o PT de volta, e de eleitores de esquerda de Marina.
PT atrasa pagamento de equipe de programa de TV
Renan Truffi e Mariana Haubert, O Estado de S.Paulo
15 Setembro 2018 | 05h00
BRASÍLIA - Por causa de atraso nos pagamentos, parte dos funcionários da campanha do PT à Presidência nas eleições 2018 decidiu cruzar os braços e interrompeu os trabalhos nesta semana, em meio à substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, por Fernando Haddad como cabeça de chapa. Os profissionais integram as equipes responsáveis pela produção dos programas eleitorais do partido para a TV, o que ameaça a entrega dos novos comerciais da coligação.
O Estadão/Broadcast apurou que parte da equipe de pré e pós-produção de vídeo da campanha petista está parada há pelo menos dois dias, o que pode atrapalhar a produção de programas dedicados a apresentar Haddad como indicado de Lula, cuja candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na lei da Ficha Limpa, que torna inelegível condenados por decisão colegiada.
Pesquisa Datafolha de 14 de setembro para presidente por sexo, idade, escolaridade, renda e região
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) apurou os percentuais de intenção de voto para presidente da República.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S. Paulo".
O duelo - João Domingos, O Estado de S.Paulo
João Domingos, O Estado de S.Paulo
15 Setembro 2018 | 03h00
Há um bom tempo, antes mesmo de Lula ser preso, o PT chegou à conclusão de que o adversário mais vulnerável no segundo turno seria o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Portanto, todas as ações do partido deveriam ser feitas de forma a desconstruir candidatos como Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede), até que sobrassem apenas o PT e o candidato do PSL.
Só para se ter uma ideia de como os petistas trabalharam para que esse cenário ocorresse, reproduz-se a orientação de um estrategista da campanha do PT à militância do partido, feita há cerca de dois meses: “O ex-capitão Jair Bolsonaro é o candidato mais execrável, mas não o nosso inimigo principal. Há uma operação em curso para criar uma onda de ‘unidade nacional’ contra o neofascista, tentando viabilizar a recuperação de uma candidatura da centro-direita, do partido golpista. Nosso inimigo principal chama-se Geraldo Alckmin. O neofascista Jair Bolsonaro é o candidato que preferimos enfrentar em eventual segundo turno, até porque deixa as elites do Brasil sem máscara nem maquiagem.”
Derretimento de Marina reduz a três os candidatos a adversário de Bolsonaro
A nova pesquisa do Datafolha consolida a liderança de Jair Bolsonaro (26%), confirma o derretimento de Marina Silva (8%) e sinaliza uma ascensão fulminante de Fernando Haddad (13%). Nessa configuração, Bolsonaro bloqueia uma vaga no segundo turno. E a disputa pela segunda vaga restringe-se agora a três candidatos: Haddad, Ciro Gomes (13%) e Geraldo Alckmin (9%).
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