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Haddad larga atrás, mas tem maior potencial de crescimento no 1º turno

A corrida de Haddad

A eleição presidencial costuma lembrar uma maratona. Os candidatos mais precavidos largam com quatro anos de antecedência. Cruzam o país, disputam convenções, constroem alianças. Quando a torcida se dá conta, já venceram a maior parte do percurso.

Para Fernando Haddad, a campanha será uma corrida de tiro curto. A partir de hoje, ele terá apenas 25 dias para se apresentar ao eleitor. Sua vantagem está nas sapatilhas. Elas têm o retrato de Lula, o Usain Bolt das últimas eleições brasileiras.

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Candidato tutelado

POR MÍRIAM LEITÃO

Terminou ontem o ato que todos sabiam como iria acabar. O ex-prefeito Fernando Haddad foi anunciado como candidato do PT à Presidência da República para, se vencer, exercer o poder em nome de Lula e com o Lula. O ex-presidente continua sendo a primeira pessoa, agora na chapa encabeçada por Haddad. Na carta, o próprio ex-presidente definiu: “Haddad é meu representante nessa batalha.” Ele fica assim numa situação inusitada, só comparável ao que aconteceu com Héctor Cámpora na Argentina.

Cámpora assumiu em maio de 1973, depois de ter vencido as eleições como representante de Juan Domingo Perón. Ficou dois meses no cargo, permitiu a volta do ex-presidente, renunciou e convocou novas eleições, que elegeram Perón. A diferença entre os dois casos é que Cámpora tentava contornar o veto militar ao ex-presidente. Aqui, o que impede Lula de ser candidato é uma lei que ele mesmo sancionou, e em cuja tramitação o PT teve papel central. A impugnação de Lula é decorrência de uma lei democrática e não uma conspiração das elites, como disse ontem o candidato Fernando Haddad.

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ANÁLISE: Dia de festa para Bolsonaro no hospital

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

12 Setembro 2018 | 05h00

O Ibope deu uma grande notícia para Jair Bolsonaro (PSL), que cresceu seis pontos, de 20% para 26%, entre agosto e setembro, reduziu sua ainda altíssima rejeição de 44% para 41% e, em vez de perder, agora está em empate técnico com os adversários no segundo turno.

O campo da pesquisa foi sábado, domingo e segunda-feira, capitando toda a perplexidade e a solidariedade do eleitorado depois da facada contra Bolsonaro, na quinta-feira, dia 6. E, assim, ele vai cristalizando seus votos e se consolidando na dianteira da eleição.

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Haddad põe o pé na estrada

Fernando Haddad tem pouco mais de um mês para mostrar que não é o “Andrade”. Sua unção aconteceu aos 45 minutos do segundo tempo, quando a vitimização de Lula já tinha rendido tudo o que podia render. É até provável que o PT tenha perdido uma semana de propaganda ao esticar desnecessariamente a corda.

 

Haddad entra em campo com o patrimônio dos bons tempos de Lula e com a bola de ferro das malfeitorias do petismo. Seus adversários negam que ele tenha presidido um país com emprego, crescimento e olho na redução das desigualdades sociais. Perdem tempo, pois o sujeito que perdeu o emprego se lembra da vida que teve. Já os petistas, inclusive Haddad, embrulham o mensalão e as petrorroubalheiras numa delirante teoria da conspiração. Também perdem tempo, pois o resultado está aí e chama-se Jair Bolsonaro.

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PT inclui informação falsa em perfil de Haddad

O site da coligação presidencial do PT contém uma página biográfica sobre o substituto de Lula. “Você Conhece Fernando Haddad?”, eis o título. Na sequência, há “um resumo do que você precisa saber”. Nele, injetou-se pelo menos uma informação inverídica. Num esforço para aproximar o personagem bem-nascido dos eleitores mais modestos, anotou-se que Haddad estudou “sempre em escola pública” (veja na ilustração abaixo). Fake News!

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