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Sem outsider, antiga polarização PSDB e PT volta a ter hegemonia

Gilberto Amendola e Valmar Hupsel Filho, O Estado de S.Paulo

05 Agosto 2018 | 05h00

A sedimentação das articulações partidárias para a disputa peloPalácio do Planalto manteve em campos hegemônicos a polarização que nos últimos 24 anos domina as eleições presidenciais no Brasil. PSDB e PT saem das convenções que oficializaram as candidaturas liderando seus respectivos campos ideológicos: o da centro-direita e o da centro-esquerda.

Doze anos depois de disputar a Presidência contra Luiz Inácio Lula da Silva, o tucano Geraldo Alckmin teve o seu nome novamente confirmado como o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto na convenção realizada neste sábado, 4, em Brasília. A exemplo de 2006, Alckmin disse acreditar que o PT será o seu principal adversário na disputa deste ano

Na capital paulista, o PT oficializou Lula, condenado e preso na Lava Jato, como candidato. Porém, a cúpula do PT passou a discutir a possibilidade de um 'Plano B' - o ex-presidente está potencialmente inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.

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Larga o osso, Lula!

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

05 Agosto 2018 | 05h00

Fecha-se o tabuleiro presidencial hoje, com aquela peça disforme e mal colocada que segura o jogo e imobiliza o próprio lado: Lula, preso há 100 dias, sem conseguir dar o sinal verde para Fernando Haddad parar de fingir que não é candidato e para Manuela Dávila parar de fingir que é.

Com a avalanche de convenções no fim de semana, vai se fechando a escolha dos vices com dois focos claros, resultados não de amor ou de saudável afinidade ideológica, mas do puro pragmatismo. Daí a preferência por mulheres e/ou nomes do Rio Grande do Sul.

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PT faz convenção em meio a impasse na definição do vice

Ricardo Galhardo, Daniel Wetarmann e Katna Baran, O Estado de S.Paulo

03 Agosto 2018 | 20h56

PT chega à convenção do partido que vai homologar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, como candidato da legenda à Presidência sem saber se a escolha do vice será definida agora. Dirigentes petistas, porém, consideram um risco o adiamento da decisão e defendem que a indicação para a composição da chapa seja definida ainda neste sábado, 4, data da convenção da sigla nas eleições 2018.

Lula esteve nesta sexta-feira com a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, mas a discussão sobre a vice não foi conclusiva. “Não houve mudança jurisprudencial na Justiça Eleitoral”, justificou a senadora sobre uma possível modificação de entendimento de Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinando que o nome de vice seja homologado 24 horas após as convenções partidárias. O ex-presidente, condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão, pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. 

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A imprensa como inimiga

Vera Magalhães, O Estado de S.Paulo

05 Agosto 2018 | 05h00

Jair Bolsonaro disse em sua entrevista à GloboNews que odeia o PT “em regra”. Pode até ser. Mas como o ódio é o oposto do amor, e ambos carregam em sua manifestação um tanto de paixão e irracionalidade, os dois extremos – Bolsonaro e PT – se encontram em uma série de manifestações. Uma das mais claras e recorrentes é o ataque sistemático à imprensa.

Para os eleitores convertidos e militantes dos dois lados, as críticas ao jornalismo são vistas como sinal de coragem ou independência, mas, da maneira como são feitas significam, na verdade, tentativa de intimidação e de desqualificação. E quando a política mira instituições para tentar enfraquecê-las o que sai arranhada, na verdade, é a democracia.

O PT passou 13 anos no poder, e continua agora, em sua fase penitenciária, vociferando sobre a existência de uma imprensa “golpista”. A narrativa tinha por objetivo vender aos fiéis que a revelação de escândalos como o mensalão, que teve na imprensa seu ponto de partida, era na verdade campanha contra o partido.

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Aversão do centrão é maior ativo de Ana Amélia

 

Eis a principal qualidade política de Ana Amélia, a candidata a vice de Geraldo Alckmin: filiada ao Partido Progressista, seus correligionários não são o problema, a senadora é que se tornou o problema deles. A biografia de Ana Amélia não contém menções na Lava Jato. Numa legenda que frequenta o topo do ranking do petrolão, a senadora garante, por contraste, uma imagem isenta de impurezas.

Jornalista de formação, Ana Amélia é liberal na economia, conservadora nos costumes e agressiva no trato com o petismo. Nas sessões do Senado, costuma ficar do lado da higidez fiscal e da moralidade. Do ponto de vista ideológico, não adianta empurrar para a esquerda, que ela não vai. Tocava no Rio Grande do Sul uma candidatura altamente competitiva à reeleição.

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