Aliados de Bolsonaro acham que crescimento de Haddad nas pesquisas estimula voto no capitão do Exército
Ao ser considerado o principal oponente dos petistas
O crescimento de Fernando Haddad nas pesquisas de intenção de voto não tem sido motivo apenas para o PT comemorar. Aliados de Jair Bolsonaro acham que a ascenção do ex-prefeito de São Paulo é uma oportunidade para estimular o voto útil no capitão do Exército contra o Partido dos Trabalhadores. Usarão um discurso inverso ao de Geraldo Alckmin: de que, por ser líder nas pesquisas, Bolsonaro é o "passaporte" para evitar a vitória do PT.
Por Gabriel Hirabahasi /ÉPOCA
Haddad ainda insatisfeito com os resultados obtidos no Nordeste
Potencial de votos está longe de ser atingido
A campanha de Fernando Haddad, candidato do PT ao Planalto, pretende intensificar ações no Nordeste. As pesquisas eleitorais mostram que muitos votos que seriam dados ao ex-presidente Lula, na região, ainda não foram parar na conta do ex-prefeito de São Paulo. MURILO RAMOS ÉPOCA
A uma semana da eleição, a crise voltou às ruas
Muitos dirão que, comparadas com as multidões maciças da jornada de 2013, as eloquentes manifestações anti-Bolsonaro deste sábado foram miúdas. Outros alegarão que os atos pró-Bolsonaro, mais mixurucas, crescerão a partir deste domingo, para indicar que o pedaço do eleitorado avesso à volta do PT ao poder não pode ser negligenciado. Quem olhar para o asfalto com as lentes caolhas e reducionistas da polarização arrisca-se a perder a essência do que está se passando.
São quatro as mais importantes, as mais básicas características de Sua Excelência o fato. Eis a primeira e mais óbvia constatação: a sociedade brasileira está trincada. A segunda obviedade é alarmante: as eleições presidenciais de 2018 não devolverão o sossego ao país. A terceira percepção é inquietante: Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, líder e vice-líder das pesquisas, apresentam-se como solução sem se dar conta de que são parte do problema. A quarta evidência é exasperante: o que se vê nas ruas é apenas o nariz daquilo que Juscelino Kubitschek apelidou de ''o monstro''.
Polícia Militar recolhe material de campanha de Gleisi Hoffmann
Apreensão foi feita no centro de Curitiba
A Polícia Militar apreendeu no centro de Curitiba, nesta quinta-feira (27), material de campanha de Gleisi Hoffmann. A senadora, que é presidente do PT, tenta uma vaga na Câmara dos Deputados. O material, que estava exposto em camelôs, contém fotos do ex-presidente Lula, dando a entender que ele ainda seria candidato.
Por Murilo Ramos / ÉPOCA
1989 e 2018, mórbida semelhança
Leitores e eleitores talvez estejam cansados de ouvir comparações entre as eleições de 1989 e esta de 2018. Mas ainda convém prestar atenção nas semelhanças, que são lamentáveis, e em diferenças marginais, ainda mais preocupantes, entre as duas disputas.
Além disso, as consequências políticas de 1989 são mau agouro para o que tende a sair das urnas de 2018, a julgar pelo mais recente Datafolha.
Um aspecto importante de 1989 é que a democracia era ainda obra no começo, que contava com dois partidos relativamente novos, com um conjunto de lideranças relevantes e articuladas com a sociedade mais organizada, PSDB e PT.