Bia, 20 anos, a nova estrela do clã Lula
Maria Beatriz da Silva Sato Rosa, nom de guerre Bia Lula, 20 anos, a neta mais velha de todos sabem quem, é uma estrela em ascensão no PT do Rio. À frente de uma comissão de quinze jovens de Maricá, cidade fluminense onde é dirigente partidária, ela foi uma das estrelas do Terceiro Congresso da Juventude do partido, realizado no mês passado em Brasília, com direito a discurso de abertura de seu avô.
No evento, em que gritou "Fora Levy" e "Fora Cunha", Bia conclamou correligionários a defender o partido: "É nesses momentos difíceis que vemos os verdadeiros petistas. Se desistirmos, tudo vai piorar. Temos de ir para a rua, não fugiremos à luta". Sobre os sentenciados do mensalão e da Lava-Jato, afirmou: "O companheiro Dirceu foi condenado sendo inocente, assim como muitos do nosso partido. Sou uma eterna defensora dele e do companheiro José Genoino. São presos políticos, infelizmente".
Primogênita de Lurian Lula da Silva, a filha de Lula com a ex-enfermeira Miriam Cordeiro, Bia é a aposta do presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, para alavancar o partido nas eleições de 2018, ocasião em que deverá disputar um cargo. Estudante de psicologia, apresenta-se também como atriz.
Os reacionários no Brasil de Lula, Dilma e do PT
Diante da radicalização das posições políticas no país, acentuada desde a aceitação do pedido de impeachment da presidente Dilma pela Câmara dos Deputados, e da truculência das patrulhas ideológicas contra quem não conjuga o pensamento das esquerdas, decidi republicar aqui um post que escrevi sobre o tema (leia a íntegra abaixo). Publicado originalmente no site de ÉPOCA em março de 2013, o post parece mais pertinente do que nunca. Embora a chamada “direita” tenha se fortalecido de forma significativa no Brasil desde aquele período – alavancada pela bandalheira promovida pelo PT e por seus aliados e pelo fracasso do modelo de capitalismo de compadrio implantado por Lula e Dilma –, as patrulhas ideológicas estão com a corda toda. Para enfrentá-las, nada melhor do que recorrer à sabedoria do grande Nelson Rodrigues.
Leia a seguir o post original Os reacionários no Brasil de Lula e do PT.
PT muda de posição sobre janela partidária
Líder do partido ligou para Rui Falcão e informou que bancada estava encurralada. Sigla teme debandada de filiados. RICARDO DELLA COLETTA / ÉPOCA
Eunício defendia o projeto e se irritou com o PT que, temendo uma debandada de filiados, havia liberado a sua bancada. Dado o recado, o líder petista Humberto Costa teve que ligar para o presidente da sigla, Rui Falcão, e informá-lo que, para não abrir mais um flanco de desgaste com o PMDB, mudaria a orientação da bancada para "sim". Dito e feito.
Ciro: Temer integra o ‘lado quadrilha do PMDB’
Horas depois de jantar com Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, Ciro Gomes declarou em entrevista: “Eu tenho dito a ela e ao Lula, há anos, que é um erro grosseiro, que beira a irresponsabilidade, colocar esse lado quadrilha do PMDB na linha de sucessão.”
Perguntou-se a Ciro se ele inclui o vice-presidente Michel Temer no “lado quadrilha” do PMDB. E ele, categórico: “Ah, mas sem dúvida nenhuma.” Por quê? “Porque eu conheço Michel Temer bastante bem, de longa data. Hoje, o Michel Temer é homem do Eduardo Cunha.”
A entrevista de Ciro foi concedida à Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira (11). Na noite da véspera, o ex-ministro, hoje um potencial presidenciável do PDT, jantara com Dilma. Estavam à mesa também o ministro petista Ricardo Berzoini, coordenador político do governo e Luiz Fernando Pezão, governador do Rio e membro do pedaço do PMDB que ainda dedica fidelidade a Dilma.
Durante a entrevista, Ciro Gomes alvejou também o ex-ministro Eliseu Padilha, um amigo de Michel Temer que acaba de deixar a pasta da Aviação Civil: “O Eliseu Padilha […] era o homem que, no governo do Fernando Henrique, era chamado pela crônica política de Eliseu Quadrilha. Então, a Dilma tem um erro: botou esse homem dentro, indicado pelo Michel Temer. Mas esse é homem do Michel Temer.” Sob FHC, Padilha foi ministro dos Transportes.
O desembarque DO PMDB - ISTOÉ
Sob o comando de Michel Temer e com um programa de governo estruturado, o PMDB pode retomar o protagonismo exercido nos tempos de Ulysses Guimarães
Sérgio Pardellas ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
O5 de outubro de 1988 foi um dia histórico para o País. Em Brasília, caíam as primeiras chuvas finas, depois de uma estiagem de quase três meses. As folhas pálidas dos arbustos retorcidos do cerrado começavam a ganhar vida e cor, quando Ulysses Guimarães, em reunião do Congresso Nacional convocada especialmente para a promulgação da nova Constituição, ergueu o volume com os originais da Carta Magna e pronunciou as seguintes palavras: “A nação quer mudar. A nação deve mudar. A nação vai mudar !”. O PMDB consumava, ali, seu projeto de consolidação da democracia em nosso País. Entregava ao Brasil a institucionalização do Estado Democrático de Direito. De lá para cá, o partido, também dono de papel primordial nas Diretas, virou mero coadjuvante. Contentou-se em ser apêndice do Planalto, embora o comportamento – por fisiológico e muitas vezes oportunista – tenha lhe assegurado por anos a fio as benesses e as regalias do poder. Hoje, um novo desafio se impõe ao PMDB. Como dizia o ex-presidente da República Jânio Quadros, “o partido das antessalas palacianas” trabalha para retomar o protagonismo de outrora. Quando mais uma vez, para ficar no discurso eternizado por Ulysses, “a nação quer mudar”, o PMDB mostrou, nos últimos dias, disposição e condição política para liderar o País e resgatar em sua essência o velho partido das grandes causas nacionais.
LONGE DO GOVERNO Em carta endereçada a Dilma, na última semana, Temer selou o rompimento político com a titular da Presidência
Quem se apresenta como timoneiro da retomada peemedebista é o vice-presidente Michel Temer. Na segunda-feira 7, ele empreendeu o mais contundente gesto em direção ao rompimento com a presidente Dilma Rousseff. Dizendo-se cansado de desempenhar o papel de figura decorativa da República, Temer enviou uma carta a presidente em que a acusou de não trata-lo com respeito, de desprezá-lo com assiduidade e de não confiar nele nem no seu partido. No futuro, a carta poderá ficar na história como o marco da inflexão do PMDB. E do próprio vice-presidente. Para entender melhor o significado do movimento político de Temer, e do quão difícil deve ter sido para ele fazê-lo, primeiro é preciso conhecer um pouco do seu perfil. Ao longo de sua trajetória, o peemedebista notabilizou-se por ser um político pouco afeito a arroubos e a indisposições. Discreto e polido, sempre atuou melhor nos bastidores do que em meio aos holofotes. Em 2013, num lance de rara ousadia pública, traços de sua personalidade foram expostos no livro de poemas “Anônima Intimidade”, subscrito por ele. Na poesia “Exposição” disse: “Escrever é expor-se./ Revelar sua capacidade/ Ou incapacidade./ E sua intimidade./ Nas linhas e entrelinhas./ Não teria sido mais útil silenciar?”. Se poemas costumam ser a expressão da alma, o vice-presidente deve ter tido boas razões para, desta vez, contrariando o que escreveu lá atrás, considerar mais útil não silenciar.
Que País teremos? - ISTOÉ
Sob Dilma, revelam os indicadores, os próximos três anos tendem a ser de crise econômica e desarticulação política. A mudança de rumo é o caminho mais curto para a retomada da prosperidade
Sérgio Pardellas ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
"Conduzir uma nação, em momento de tamanhas apreensões, só o pode e deve fazer quem seja capaz de tudo sacrificar pela felicidade comum”. As palavras proferidas pelo líder trabalhista Getúlio Vargas no dia 7 de setembro de 1938, durante o Estado Novo, deveriam servir de inspiração para a ex-integrante do PDT e atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Não é o caso. Incapaz de um ato de grandeza, Dilma segue com a única agenda assumida com vigor e acuidade por ela desde o segundo semestre deste ano: a de não cair. Os projetos para o País, se existem, repousam em alguma gaveta empoeirada do Palácio do Planalto. As medidas de ajuste fiscal, necessárias ao reequilíbrio das contas públicas, delegadas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, esbarram na inércia da base aliada no Congresso, incapaz de ganhar uma votação sequer, a não ser quando encorpada pelos deputados da oposição – como ocorreu durante a apreciação da nova meta fiscal.
SEM PERSPECTIVA Herdeiro de uma gestão altamente popular, governo Dilma decepciona em todos os sentidos
A cada semana, um novo indicador atesta a completa deterioração das condições macroeconômicas do País. E não há qualquer sinal de recuperação. “Com toda sinceridade, no início do ano, se eu fosse perguntado, diria que o ideal era que ela fosse até o fim. Mas hoje não estou vendo possibilidade de o País suportar três anos com esse nível de desgoverno”, afirma o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Após os recentes dados sobre a situação econômica brasileira, o grupo financeiro Goldman Sachs atualizou há duas semanas as suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto), prevendo uma contração de 3,6% para este ano e 2,3% para 2016. Para a financeira, a demanda doméstica deve diminuir 6% ainda este ano e enfrentar outros problemas, como inflação alta e aumento da inadimplência. Sobre a diminuição da demanda doméstica, o economista-sênior do Goldman Sachs, Alberto Ramos, acredita que isto pode agravar a recessão ao ponto de transformá-la em uma depressão econômica: “O que começou como uma recessão devido a uma necessidade de ajuste em uma economia que acumulou grande desequilíbrio macroeconômico está agora se transformando abertamente em uma depressão econômica causada por uma profunda contração da demanda doméstica”.