Ato pró-Dilma mira em Levy e Cunha
São Paulo - Cerca de 40 mil pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, participaram do ato promovido por movimentos sociais e sindicatos nesta quinta-feira, 20, em São Paulo em contraponto aos protestos realizados no domingo. As críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixaram em segundo plano a defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, alvo de pedidos de impeachment. Para os manifestantes, 100 mil pessoas saíram do Largo da Batata, em Pinheiros, em direção à Avenida Paulista.
O ato fez parte de uma série de manifestações em resposta aos protestos pelo impeachment de Dilma e contra o PT que reuniram 800 mil pessoas nas ruas de todo o País, no domingo. As manifestações de ontem ocorreram nos 26 Estados e no Distrito Federal, sob o mote da defesa da democracia, mas também com críticas à política econômica e ao presidente da Câmara, responsável por aceitar ou não pedidos de impeachment e denunciado ontem por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás. “Viemos combater a direita, mas também não viemos defender nenhum governo”, discursou Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), um dos grupos que mobilizaram mais manifestantes. Boulos chamou líderes tucanos que defendem o impeachment de “golpistas do PSDB”.
Ao contrário das pessoas que foram à Paulista no domingo para protestar contra o governo e pedir o “Fora Dilma”, que eram na maioria da classe média, a maior parte dos participantes de ontem era de militantes de movimentos sociais, principalmente dos grupos de luta por moradia. Na caminhada pela Avenida Rebouças em direção à Paulista, perto da Rua Oscar Freire, moradores de um prédio bateram panelas na janela. Os manifestantes responderam com o grito: “Ah, mas que piada, bate panela, mas quem lava é a empregada”.
Crise leva milhares de pessoas a filas por emprego e para pagar dívidas
O desemprego afeta mais de 300 mil trabalhadores na Região Metropolitana do Rio. Nesta terça-feira (18), bastou o anúncio de uma feira com oportunidades pra causar uma confusão em Santa Cruz, na Zona Oeste (veja acima). As filas também foram longas em mutirão para pagar dívidas com a prefeitura do Rio. Ao todo, 400 mil pessoas foram chamadas para quitar débitos.
Em Santa Cruz, na Zona Oeste, cerca de 20 mil pessoas fizeram uma longa fila em busca de um emprego no feirão Empregabilidade em Movimento nesta terça-feira (18), na Vila Olímpica Oscar Schmidt. A feira ofereceu mais de duas mil vagas para diferentes áreas de atuação em diversos níveis. Quando os portões abriram, houve correria e empurra empurra entre os concorrentes.
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A procura superou a expectativa dos organizadores, que era de 10 mil pessoas. O evento, promovido por uma ONG chamada Instituto Simetria, começou às 9h da manhã, mas às 6h as filas já eram imensas. Houve relatos de muita confusão.
A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL) esclareceu que esperava uma demanda de aproximadamento cinco mil pessoas e declarou que a polícia foi acionada para garantir a segurança dos candidatos e que uma ambulância também foi alugada para atender a possíveis emergências.
Mutirão para dívidas Desde segunda-feira (17), quem tem dívidas com a Prefeitura do Rio - como IPTU, ISS, ITBI e taxas e multas administrativas referentes a tributos municipais – tem a chance para resolver a questão. A Dívida Ativa do município, junto com o Tribunal de Justiça e com o apoio da Corregedoria Nacional de Justiça promove um mutirão negociação fiscal. Ou seja, uma oportunidade para pagar as dívidas com descontos nos juros. Portal g1