A Deus o que é de César
Toda quarta-feira às 8 horas o plenário 6 da Câmara dos Deputados se converte em igreja. Com a Bíblia nas mãos, parlamentares e assessores, alguns acompanhados da esposa, agrupam-se para o “culto devocional”. Religião e poder dão-se as mãos. O culto de 27 de março, por exemplo, começou com aleluias e glórias ao senhor, enquanto a deputada e cantora gospel Lauriete Rodrigues (PR-ES) — ex-mulher do ex-senador Magno Malta — puxava o louvor com seu violão. O deputado e pastor Francisco Eurico da Silva (Patriota-PE), capelão da bancada evangélica, fez a pregação do dia. Depois, uma questão mundana se impôs: a escolha do novo líder da Frente Parlamentar Evangélica, composta hoje de 120 parlamentares ativos, um recorde desde a sua fundação, em 2002 — e maior, muito maior, do que qualquer partido político no Congresso Nacional.
Não há nem nunca houve votação para o posto de líder da frente religiosa: após discussões por vezes ásperas, Silas Câmara (PRB-AM) foi sagrado por aclamação. Há diferenças e divisões na frente, mas a unidade de ação da bancada, nesta legislatura, vem amparada por uma convicção renovada na força política que o eleitorado evangélico demonstrou: foram os evangélicos que, proporcionalmente, mais sustentaram a eleição de Jair Bolsonaro. E o presidente dá repetidas mostras de alinhamento com o setor. Agora mesmo, matou no nascedouro a ideia de um novo imposto que incidiria também sobre as igrejas, o que mostra a força da bancada evangélica.
Relator da "lava jato" no TRF-4, Gebran quer acabar com regime semiaberto
O desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região João Pedro Gebran Neto quer que o regime semiaberto acabe. Segundo ele, o sistema "existe no papel, mas não na prática". A ideia foi divulgada no dia 22 de abril, durante o Fórum Jurídico de Lisboa, do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
Reajustes para servidores podem ter restrições
04 de maio de 2019 | 04h00
BRASÍLIA - O Ministério da Economia vai colocar no “Plano Mansueto” de socorro aos Estados uma restrição para que o presidente, governadores e prefeitos não deem aumentos salariais aos servidores públicos em parcelas que ultrapassem seus próprios mandatos.
O governo do ex-presidente Michel Temer já tinha tentado medida semelhante em 2016, mas o Congresso Nacional acabou derrubando a matéria, considerada importante para o controle explosivo das despesas de pessoal.
PROGRAMA DESTAQUE POLITICO 04 DE MAIO
PROGRAMA DESTAQUE POLITICO EDIÇÃO DO DIA 04 DE MAIO 2019
AS MANCHETES
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA LANÇA A CAMPANHA DE CIDADANIA IDEIA CERTA
PARA QUE SERVEM AS AGÊNCIAS REGULADORAS? NADA
PALOCCI ATUOU PARA BENEFICIAR AMIL, DIZ RECEITA
CONSTITUIÇÃO PREVÊ QUE ENSINO BÁSICO É PRIORIDADE DE ESTADOS E MUNICÍPIOS;
DEPUTADA DO PDT APOIA REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA COMBATER DESIGUALDADE
REGUFFE CONDENA GASTOS COM MORDOMIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O COMENTÁRIO DO DIA
ENTRE MALUCOS E CACHACEIROS / ISTOÉ
A que nível desceu o debate político. O Brasil não se envolve mais em discussões sobre plataformas, soluções, caminhos a seguir. Nada construtivo. Prefere o xingamento entre facções distintas nesse embate polarizado, à direita e à esquerda. Seus proeminentes líderes atiçam e participam ativamente do bate-boca. Eles próprios estabeleceram assim o nível rastaquera, invariavelmente rude e ignorante da luta ideológica.
Lula, o comandante condenado dos petistas, o escroque das finanças públicas que não perde, jamais, a verve um tanto quanto tosca com pitadas de blague, disse que o País não pode ser governado por esse “bando de maluco”. Bolsonaro, que deveria ter ficado calado, preservando o rito cerimonioso do posto que ocupa, tascou de lá a resposta no estilo apoquentado que já o marcou:”pelo menos não é um bando de cachaceiros”. Ficamos assim então, entre malucos e cachaceiros.
Cada um falando para a sua claque. Ambos mostrando o misto de despreparo e condutas equivocadas que trouxeram o Brasil até o atual e lastimável estágio de indigência de ideias. As reações desbocadas só servem para cevar o ódio digital que explodiu nos últimos tempos. Os haters partidários estão na ordem do dia. E curiosamente, de sua parte, a esmagadora maioria da sociedade mostra rejeição veemente à prática da disseminação da intolerância. Tanto que seus promotores, seja ele Bolsonaro ou Lula, foram perdendo popularidade na mesma proporção em que se enfronhavam por essa trilha.
Curioso contrassenso: logo aqueles que buscam, ou buscaram, se perpetuar no poder por meio de condutas populistas não demonstram o menor feeling para os reais anseios da população. Vamos nos ater, por vez, ao atual mandatário e aos inúmeros – diários digamos assim – gestos de insensatez administrativa que estão a colocar suas ambições de reeleição no extremo oposto da vontade do eleitorado.
Será que ele e o seu “bando de maluco” acharam mesmo razoável o estímulo à homofobia e ao turismo sexual, incentivando gringos a vir para cá pegar mulher, gay não porque o capitão não quer e não vai permitir? Que diabos de chefe da Nação é esse que ofende, ao mesmo tempo, boa parte dos extratos sociais que estão sob sua tutela? E o que dizer da investida contra a diversidade na forma de proibição de um comercial do Banco do Brasil para as camadas jovens? Como explicar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, recém conduzido à vaga após gestão caótica do antecessor, falar de corte nas verbas de universidades públicas que, nas palavras dele, promoverem “balbúrdia” nos campus?
Lembrando que a tal algazarra nada mais seria que a abertura dessas instituições à livre manifestação dos alunos. Talvez com o endosso superior, o MEC parece promover de maneira abjeta a ideia de uma “lei da mordaça” nas faculdades. Só faltava essa.
No mundo dos gurus tresloucados, de filhos com sensores verbais belicistas e ministros barbeiros, sobejamente despreparados, Bolsonaro encarnou de forma primorosa códigos de desprezo à democracia e de quebra sistemática do respeito à individualidade humana.
Encaminhou ao Congresso um projeto que dispensa de punição o produtor rural disposto a atirar em invasores de terra — mesmo o garoto pilhado ali roubando galinhas ou arrancando uma fruta do pé de manga.
Estamos prestes a abrir uma longa temporada de licença para matar. Barbárie pode ser o passo seguinte. Em tempo: por que investir mesmo em filosofia ou sociologia? Esse papo cabeça é coisa de esquerdopata maluco — perdão, cachaceiro. Tira os recursos dessas bobagens!
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ainda encaminhou uma contribuição relevante à era dos extremos com o plano de demonizar a qualquer custo a preservação ambiental. Lógico! Somente ambientalistas seguidores de Lula e do blábláblá rançoso do barbudo pensam na ladainha de salvar a Amazônia.
Os “ecochatos” saíram de moda. Está dessa maneira resumida a discussão. Repleta de estampas partidárias, preconceitos ideológicos, crendices rasteiras e distorção de enfoque em qualquer plataforma minimamente relevante para o desenvolvimento nacional.
Caso tenha viés programático identificado com Lula não serve aos bolsonaristas e vice-versa. Onde foi parar a sensatez e o interesse maior da Nação? Lula e Bolsonaro, no afã de protagonizarem quem sabe um terceiro turno imaginário, alimentam mutuamente fantasmas e biscates políticos. Assim se desenrola a disputa no tabuleiro Brasil.
Na base do maniqueísmo. Matando-se uns aos outros, malucos e cachaceiros pregam a guerra incessante para o triunfo final. Os petistas trabalham agora para evitar a qualquer custo a aprovação da Reforma da Previdência. Bolsonaro, por sua vez, como fanfarrão incorrigível, já disse a aliados que se a reforma passar será reeleito tomando chope na piscina. E os brasileiros que se acostumem às bravatas.
Júlio César Filho comunica criação de frente parlamentar pela segurança de Maracanaú
Deputado Júlio CésarFoto: Junior Pio
O parlamentar fez três questionamentos à deputada: perguntou por que o General Theófilo não veio para a apresentação do programa no estado do Ceará, mas foi apresentá-lo nos outros estados; pediu para que a deputada mostrasse se houve, de forma oficial, a desistência do programa, e explicasse por que o Ceará perdeu o programa; questionou o porquê de a deputada Fernanda Pessoa achar que a criação de uma frente parlamentar - legitimamente instalada - é uma “enganação para a população cearense”.
Júlio César Filho também pediu que as diferenças políticas fossem deixadas de lado e afirmou que não vai perder as esperanças quanto ao resgate do programa para o município de Maracanaú. “Se não há nenhuma informação oficial, eu ainda tenho esperança e vou persegui-la, com a ajuda de parlamentares que também entendem que há essa possibilidade. Se Vossa Excelência perdeu a esperança, eu respeito; agora torcer contra, isso eu não posso admitir”, frisou.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PSDB) disse que o deputado Júlio César Filho, como líder do Governo na Casa, poderia ter contribuído muito para as negociações. A parlamentar pediu ainda que o deputado observasse a forma como os outros municípios receberam o programa. “Foi totalmente diferente da atenção que foi dada no nosso Estado. Infelizmente, temos que falar a verdade. O governador e o secretário de Segurança, André Costa, não deram a devida atenção a esse programa de grande importância para o nosso estado”, criticou.
BD/CG
Informações adicionais
Sérgio Aguiar enfatiza impactos positivos da implantação do Hub
Deputado Sérgio AguiarFoto: Edson Júnior Pio
Segundo o parlamentar, em um ano de implantação, o Ceará cresceu 103,88% em número de passageiros internacionais que passaram pelo terminal. “Foram 473.158 pessoas vindas de outros países, entre maio de 2018 e março de 2019. Em igual período, entre 2017 e 2018, foram 232.073 turistas estrangeiros”, salientou.
Sérgio Aguiar destacou a notícia do jornal O Povo, que enfatizou entrevista com o secretário de turismo, Arialdo Pinho. Para o titular da Setur, a localização privilegiada do Ceará e os incentivos ao centro internacional de conexão de vôos foram fundamentais para a operação dos trechos que ligam Fortaleza a Paris e Amsterdã, durante todos os dias da semana.
Conforme o deputado, Arialdo Pinho analisou que os dados pós-hub possuem um impacto direto na liderança que Fortaleza ocupa entre as capitais brasileiras no quesito hoteleiro. “A Capital lidera o ranking das 11 cidades analisadas pelo "Panorama da Hotelaria Brasileira: perspectiva de desempenho e nova oferta", feito pela Hotel Invest, com apoio do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil”, informou.
O parlamentar agradeceu ainda aos votantes da Publicidade, Promoções e Eventos (PPE), que destaca os “Melhores da Política e da Administração Pública e Social do Ceará 2018”, em sua 16ª edição. “Pela sétima vez consecutiva o meu nome está entre os deputados estaduais de destaque. Agradeço poder estar dando essa boa resposta aos cidadãos que confiam no meu mandato”, disse.
GM/AT