O expresso do futuro
Mauricio Puerta, astrólogo e arqueólogo colombiano, deparou-se certa feita com uma indígena caminhando por uma montanha de seu país. Ela levava consigo um pacote que Puerta não identificou de pronto. Ao ser indagada, respondeu que carregava o futuro. O futuro era o seu bebê, cuidadosamente abrigado dos ventos da montanha.
A sua singela resposta passava uma profunda noção a respeito da importância da continuidade, de nosso caráter transitório e da nossa responsabilidade como passageiros e condutores do expresso para o futuro. Mostrava igualmente que, no passado, já fomos também uma expectativa de futuro. Cuidaram de nós. Florescemos e construímos o presente. E, ainda agora, somos lançados rumo ao futuro. O que fazer desse “continuum”?
Visionário: Expedito Parente aliava tecnologia ao cunho social
O biodiesel não tem nome escrito na bomba de postos de combustíveis do País. Mas, o componente está tão presente na vida dos brasileiros quanto o etanol ou a gasolina, ou até mais. E, na última década, a intensidade só cresceu.
De quando a primeira gota misturou-se ao diesel de forma obrigatória, em 2008, até os dias atuais, a composição cresceu de 2% a 11% de mistura, que valerá ainda em 2019. A previsão é seguir aos 15% até 2023, subindo um ponto por ano. Quanto à produção, ela acompanha o aumento da participação, exibindo alta acima dos 358%, comparando os acumulados de 2008 e 2018.
E nos primeiros três anos da implantação desse biocombustível ao diesel no Brasil, quem esteve presente na caminhada foi o próprio pai da criação: o engenheiro químico cearense Expedito José de Sá Parente, uma das personalidades do Estado que pensaram em formas diferentes de lidar com as dificuldades e obtiveram reconhecimento da sociedade.
STF já foi acionado 24 vezes para barrar medidas do governo Bolsonaro
15 de abril de 2019 | 05h00
BRASÍLIA – Em três meses e meio de presidência de Jair Bolsonaro (PSL), o Supremo Tribunal Federal (STF) foi acionado ao menos 24 vezes para barrar medidas do Palácio do Planalto, aponta levantamento feito pelo Estado. A “campeã” de contestações é a Medida Provisória que reforça o caráter facultativo da contribuição sindical, alvo de 12 ações.
Entre outras iniciativas do governo já questionadas perante ao Supremo estão a extinção do Ministério do Trabalho e a transferência para o Ministério da Agricultura da atribuição de demarcar terras indígenas – mudanças implantadas pela mesma medida provisória, judicializada no segundo dia do governo, em 2 de janeiro. O STF ainda não analisou o mérito de nenhum desses processos.
‘Nova política não é falta de diálogo’, afirma Skaf
15 de abril de 2019 | 05h00
Superado na reta final do primeiro turno das eleições de 2018 ao governo por Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB), o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), afirmou que o governo Bolsonaro merece um crédito de confiança, mas fez um alerta que repercute o pensamento do empresariado: a nova política defendida pelos bolsonaristas não deve ser confundida com falta de diálogo. Segundo ele, há um preocupação da classe produtiva sobre a aprovação da reforma da Previdência. Ao Estado, ele ainda defendeu que o MDB mude de nome.
A Fiesp foi para a rua contra o governo Dilma e fez protestos contra medidas do governo Michel Temer, mas tem poupado Bolsonaro. A Fiesp está alinhada com Bolsonaro?
No governo Temer teve uma reação muito forte quando houve uma ameaça de aumento de impostos. Independentemente de governos, nós defendemos princípios. O governo Bolsonaro tem três meses. A gente não quer criticar governo, mas que o Brasil dê certo. Temos e sempre tivemos muita independência. Esse governo está muito no início. Há poucos dias me perguntaram sobre ministério e eu respondi que estava satisfeito e feliz vendo o movimento do ministério da Economia, mas preocupado com o MEC. O governo tomou uma atitude com a mudança de ministro. A Fiesp não vai sair criticando o governo com três meses.
Bolsonaro desautoriza operação em andamento do Ibama contra madeira ilegal em RO
Em vídeo que circula nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou uma operação em andamento do Ibama contra roubo de madeira dentro da Floresta Nacional (Flona) do Jamari, em Rondônia.
A gravação, que viralizou neste sábado (13), foi feita pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), aparentemente na véspera, durante viagem a Macapá (AP). Ao lado de Bolsonaro, ele afirma que “o pessoal do meio ambiente, do Ibama” está “queimando caminhões, tratores” nos municípios de Cujubim, onde fica a Flona do Jamari, e de Espigão d`Oeste.
“Ontem, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, me veio falar comigo com essa informação. Ele já mandou abrir um processo administrativo para a apurar o responsável disso aí. Não é pra queimar nada, maquinário, trator, seja o que for, não é esse procedimento, não é essa a nossa orientação”, diz o presidente em seguida.
A Folha apurou que, desde a semana passada, agentes do Ibama queimaram caminhões e tratores dentro da Flona do Jamari. A decisão de destruir o veículo foi tomada devido às más condições dos veículos e à localização remota. A avaliação foi de que haveria riscos para a segurança dos agentes, dos policiais e dos próprios criminosos.