PF abre Operação Apagão contra fraude de R$ 26 mi em financiamentos da Caixa
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 23, a Operação Apagão contra um esquema de fraude em financiamentos da Caixa Econômica Federal, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema de informação. Em nota, a PF informou que cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Florianópolis, São José e Joinville, em Santa Catarina.
As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal da capital. Foi determinado ainda o bloqueio de valores para ressarcimento da instituição.
As investigações apontaram que, entre 2013 e 2014, foram obtidos diversos financiamentos habitacionais mediante apresentação de documentos de comprovação de renda falsos perante a Caixa Econômica Federal.
A fraude gerou uma dívida superior a R$ 26 milhões – em valores atualizados -, decorrente do não pagamento das respectivas parcelas.
A Polícia Federal informou que os investigados poderão ser indiciados pela prática, dentre outros, dos crimes previstos no art. 19, par. único, da Lei 7.492/86 (obtenção de financiamento mediante fraude), no art. 1º da Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro) e no art. 313-A do Código Penal (inserção de dados falsos em sistema de informações).
Com a palavra, a Caixa
A Caixa esclarece que informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais, e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes. ISTOÉ
Bolsonaro diz que ama o Nordeste e tem sangue 'cabra da peste' na família
Em sua primeira visita ao Nordeste após ter chamado os governadores dos estados da região de “paraíbas”, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta terça-feira (23) amar os nordestinos e afirmou que faz um governo sem preconceitos.
“É uma honra hoje também ser nordestino cabra da peste [...] Somos todos paraíbas, somos todos baianos. O que nós não somos é aqueles que querem puxar para trás o nosso estado, o nosso país”, disse o presidente.
As declarações foram dadas durante a manhã, na inauguração do novo aeroporto de Vitória da Conquista (a 518 km de Salvador), onde o presidente encontrou um clima amplamente favorável com milhares de apoiadores.
Em discurso para as autoridades, afirmou que não estava na Bahia, nem no Nordeste, mas no Brasil. “Eu amo o Nordeste. Afinal de contas a minha filha tem em suas veias sangue de cabra da peste. Cabra da peste de Crateús, de nosso estado aqui mais acima, o Ceará”, disse. “É Deus acima de tudo, Nordeste no coração do povo, e Deus acima de todos”, completou.
Com recusa de Rui Costa, Bolsonaro dá palanque a ACM Neto, maior adversário do PT na Bahia
23 de julho de 2019 | 13h05
Em disputa política com a oposição no Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro cedeu hoje espaço privilegiado ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), maior adversário político do PT na região, durante inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, no interior da Bahia. Bolsonaro sinalizou que deseja, um dia, que ACM Neto ocupe a Presidência da República.
“Conheci o velho ACM (o ex-governador e ex-senador Antonio Carlos Magalhães) no final dos anos 80, quando eu era vereador no Rio de Janeiro. Homem forte, combativo, leal e preocupado com seu povo da Bahia, deixou bons frutos. Lá na frente, se Deus quiser, você (ACM Neto) ocupará um dia a honrosa cadeira que ocupo”, discursou Bolsonaro a uma plateia de empresários e políticos locais.
Neto dividiu o palco com a comitiva presidencial, ao lado de Bolsonaro, e discursou sobre a inauguração do aeroporto para convidados e para o povo, em dois palanques separados. Foi anunciado à população, pelo presidente, como um "amigo". Disse que o povo baiano é generoso e que a obra não tem dono político. Ele elogiou a postura do presidente.
Municípios que menos precisam são os que mais investem em saneamento
Os municípios que menos precisam são os que mais investem em saneamento básico, segundo o ranking de 2019 elaborado pelo Instituto Trata Brasil, que avalia as cem maiores cidades do país.
Os 20 municípios brasileiros com os melhores índices de saneamento têm investimento médio anual por habitante de R$ 84,61 no setor, mais de três vezes o valor gasto pelos vinte mais mal colocados no ranking, de R$ 25,02.
Em cinco anos, o primeiro grupo investiu cerca de R$ 15,08 bilhões, cinco vezes o valor desembolsado pelos 20 piores, de R$ 2,67 bilhões.
"Quem está perto da universalização continua investindo muito mais. Os últimos 20 estão há dez anos nessas posições. Então aumenta cada vez mais a desigualdade", diz o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.
"Estamos criando municípios com padrão de primeiro mundo, cercados de esgoto por todos os lados.”
Segundo Carlos, é mais difícil de progredir quando a cidade já está perto de ter 100% de atendimento.
"O esforço para sair de 90% para 95%, por exemplo, é muito maior, porque precisa atingir as últimas áreas, que são mais distantes e complicadas. E mesmo assim esses municípios seguem investindo forte”, diz.
Bolsonaro reclama de ausência da PM baiana em inauguração de aeroporto
23 de julho de 2019 | 10h06
Pouco antes de embarcar para viagem a Vitória da Conquista, na Bahia, onde participa da inauguração do aeroporto Glauber Rocha, o presidente Jair Bolsonaro reclamou no Twitter de uma decisão do governador Rui Costa (PT), que não colocou a Polícia Militar do Estado para fazer a segurança do evento.
"Lamentável a decisão do governador da Bahia que não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança. Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu Comandante Geral", escreveu Bolsonaro no Twitter.
Saneamento básico: maior parte das grandes cidades reinveste menos de 30% do que arrecada
A maior parte das grandes cidades do país tem um baixo nível de reinvestimento no setor de saneamento básico. Isso quer dizer que, do valor arrecadado, apenas uma pequena parcela é utilizada para fazer melhorias no serviço, como a manutenção e a troca de redes e a expansão dos atendimentos. A maior parte é gasta com pagamento de funcionários ou insumos, como produtos químicos.
É o que mostra um estudo do Instituto Trata Brasil e da GO Associados divulgado nesta terça-feira (23) e feito com base nas 100 maiores cidades do Brasil, que concentram 40% da população do país, e nos dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017.
Das 100 cidades, 70 reinvestem menos de 30% do que arrecadam no setor. Apenas 5 investem 60% ou mais na melhoria dos serviço – são tão poucas que são consideradas “outliers” pelo estudo, ou seja, atípicas ou “fora da curva” da tendência geral.