Preso diz à PF que hackeou mensagens da Lava Jato e as entregou de forma anônima ao Intercept
Para a Polícia Federal, Walter Delgatti Neto, preso na última terça-feira (23) sob suspeita de atuar como hacker, foi a fonte do material que tem sido publicado desde junho pelo site The Intercept Brasil com conversas de autoridades da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Em depoimento, como revelou a Folha, Delgatti disse que encaminhou as mensagens ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site, de forma anônima, voluntária e sem cobrança financeira.
Os contatos com Greenwald, segundo o preso, foram virtuais, somente pelo aplicativo de conversas Telegram, e ocorreram depois que os ataques aos celulares das autoridades já tinham sido efetuados.
A polícia agora trabalha para confirmar se as informações dadas por Delgatti, de que agiu de forma voluntária e sem pedir dinheiro em troca, são verdadeiras. Não há até agora indício de que tenha havido pagamento pelo material divulgado, segundo investigadores.
Em depoimento, Delgatti afirmou ainda ter agido neste caso por não concordar com os caminhos da Lava Jato. A apuração da PF é a de que o grupo hackeava contas do Telegram e contas bancárias por dinheiro.
A perícia criminal da Polícia Federal copiou dados guardados pelo suspeito preso em plataformas de nuvens na internet que sugerem veracidade em pelo menos algumas das declarações de Delgatti até aqui.
Nesse material apreendido, estão conversas entre procuradores da Lava Jato como as que foram divulgadas pelo Intercept.
De acordo com envolvidos na busca e apreensão na terça-feira, um celular de Delgatti estava na conta do Telegram do ministro da Economia, Paulo Guedes, quando agentes chegaram à casa dele, em Araraquara. O episódio, para a PF, reforça que era o mesmo grupo que agia.
Uma boa notícia para quem tem emprego
25 de julho de 2019 | 05h00
Se os índices de desemprego continuam elevadíssimos, deixando cerca de 13 milhões de pessoas sem ocupação, aqueles que conseguiram preservar seus postos de trabalho têm motivos para alguma satisfação. É o que mostra o Salariômetro - Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas de junho, pesquisa tabulada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), com base na página Mediador da Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
De um total de 540 acordos negociados entre patrões e empregados em junho, para uma inflação em 12 meses acumulada em 4,8% os reajustes médios foram próximos de 5%. Esse porcentual exato prevaleceu em 33% dos acordos, segundo a Fipe.
Operação Descarte da PF cumpre mandados de busca em três estados
Por Bruno Tavares, TV Globo
A Polícia Federal (PF) em São Paulo cumpre na manhã desta quinta-feira (25) mandados de busca e apreensão na 5ª fase da operação Descarte --que investiga uma rede de empresas fantasmas utilizadas em esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina.
Intitulada "E o Vento Levou 2", a nova fase cumpre sete mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, para os endereços nas cidades de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Salvador, Lauro de Freitas, Milagres, na Bahia, e Nova Lima, em Minas Gerais.
Cuidado com o SUS
É meritória a disposição do Ministério da Saúde de alterar as regras de financiamento da atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), incorporando indicadores de efetividade e desempenho.
Uma gestão eficiente, afinal, não pode pautar-se somente por critérios demográficos —cumpre olhar também para a produtividade.
Pelas normas hoje em vigor, o repasse de recursos aos municípios para a atenção primária —vale dizer, a assistência prestada pelo programa de saúde da família (PSF) e unidades básicas de saúde— é definido com base na população local, segundo as estimativas do IBGE, e no número de equipes do PSF em atividade em cada cidade.
Em vez disso, o ministério pretende considerar a população efetivamente cadastrada nos programas de atenção primária (e não mais o total de residentes), além de introduzir medidas de desempenho, como a qualidade do pré-natal prestado, controle de doenças sexualmente transmissíveis, de diabetes, hipertensão arterial e outras.
A fim de evitar que as áreas onde as condições de saúde são mais precárias fiquem à míngua, o governo promete levar em conta também indicadores de vulnerabilidade socioeconômica e a distância entre os municípios considerados e as grandes conurbações.
Desabafo de mãe que teve benefício suspenso no governo Temer é usado para atacar governo atual
Projeto Comprova / oO ESTADO DE SP
24 de julho de 2019 | 19h37
A checagem abaixo foi publicada pelo Projeto Comprova. A verificação foi realizada por uma equipe de jornalistas do Nexo Jornal, Poder360, Rádio BandNews FM e SBT. Outras redações concordaram com a checagem, no processo conhecido como “crosscheck”. O Projeto Comprova é uma coalizão de 24 veículos de mídia, formada com o objetivo de combater a desinformação sobre políticas públicas federais. No ano passado, a iniciativa verificou alegações enganosas durante o período eleitoral. Você pode sugerir checagens por meio do número de WhatsApp (11) 97795-0022.
PF caça 17 e bloqueia R$ 13,5 mi por desvios na compra de merenda escolar na PB
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 24, as Operações Famintos e Feudo, para investigar fraudes em licitações e superfaturamento de contratos relacionados à aquisição de merenda escolar para os municípios paraibanos de Campina Grande e Monteiro.
Agentes realizam 67 buscas em órgãos públicos e nas residências, escritórios e empresas dos investigados. Também são cumpridos 17 mandados de prisão em João Pessoa, Campina Grande, Massaranduba, Lagoa Seca, Serra Redonda, Monteiro e Zabelê.
As ordens foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região e pela Justiça Federal de Campina Grande, informou a PF. As operações são realizadas em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU). Cerca de 260 policiais federais e 16 auditores da CGU participam das ações.
Foi determinado ainda o bloqueio de R$ 13,5 milhões em bens e valores dos investigados. Segundo a Polícia Federal, o valor é uma estimativa preliminar do dano causado pelos desvios.