PF apreende R$ 100 mil na casa de suspeito preso na Operação Spoofing
A Polícia Federal apreendeu R$ 100 mil na residência de Gustavo Henrique Elias Santos, um dos quatro presos da Operação Spoofing. De Araraquara, ele é DJ e contou à PF ter visto as mensagens no aparelho telefônico de um amigo, Walter Dalgatti Neto, também preso, relatou o seu advogado, Ariovaldo Moreira. Santos nega envolvimento nos ataques hacker.
As análises de buscas e apreensões da Polícia Federal revelam que autoridades dos três Poderes e jornalistas estão em uma lista de vítimas dos ataques. As investigações se iniciaram após a invasão do celular do ministro da Justiça, Sergio Moro.
Ao decretar a prisão temporária de quatro investigados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.º Vara Federal de Brasília, apontou para a incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal do casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira, que em dois períodos de dois meses – abril a junho de 2018 e março a maio de 2019 – movimentou R$ 627 mil com renda mensal de R$ 5.058.
Juiz absolve Lula de dois crimes, mas mantém maior parte da acusação
BRASÍLIA - No processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é réu por supostamente ter ajudado a Odebrecht em Angola, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, absolveu o petista de parte das acusações, mas determinou a continuidade da maior parte do processo. Na mesma decisão, ele mandou suspender a ação contra o empresário Marcelo Odebrecht, em razão do acordo de delação premiada que ele fechou com o Ministério Público Federal (MPF) .
Lula, seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos e outros dois réus eram acusados do delito de organização criminosa. Mas Vallisney ponderou que já há outro processo na Justiça Federal que trata disso. Assim, resolveu absolvê-los dessa acusação. O magistrado também considerou falha a acusação do MPF em relação a uma das supostas práticas de lavagem de dinheiro. Em razão disso, seis dos dez réus da ação estão totalmente livres de acusações. Outros três, inclusive Lula, ainda continuarão respondendo à ação.
Novo bafômetro começa a ser usado em rodovias federais do RJ
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou nesta quarta-feira (24) a usar um novo tipo de bafômetro nas rodovias federais do Rio, que promete agilizar as abordagens.
A tecnologia funciona apenas com a aproximação da ferramenta ao condutor do veículo: caso o motorista tenha bebido, o aparelho detecta a presença de álcool no ar.
Em casos positivos, o abordado terá de soprar no bafômetro convencional, para que o índice exato de álcool no sangue seja apurado.
Mais rapidez
A inovação promete uma maior rapidez na fiscalização, pois não é preciso trocar o bocal do equipamento, como é feito nos bafômetros convencionais.
Por enquanto, serão 18 equipamentos com esta nova tecnologia sendo usados no estado a partir desta quarta-feira (24). O início da operação foi na Ponte Rio-Niterói.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia utilização de bafômetros passivos na praça do pedágio, na Ponte Rio-Niterói (BR-101), no Rio de Janeiro — Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / PORTAL G1
PF investiga ‘patrocinadores’ de hackers de Moro
Breno Pires e Patrick Camporez/BRASÍLIA e Julia Affonso e Pepita Ortega/SÃO PAULO
24 de julho de 2019 | 13h24
A Polícia Federal investiga supostos patrocinadores do grupo preso sob suspeita de hackear os celulares do ministro da Justiça Sérgio Moro, de delegados da PF e de juízes. Ao decretar a prisão temporária de quatro investigados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.º Vara Federal de Brasília, apontou para a incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal de casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira, que em dois períodos de dois meses – abril a junho de 2018 e março a maio de 2019 – movimentou R$ 627 mil com renda mensal de R$ 5.058.
“Diante da incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal de Gustavo e Suelen, faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos (smartphones)”, registrou.
‘Vermelho’ confessa ter hackeado Moro, Deltan, delegados da PF e juízes
Fausto Macedo, Luiz Vassallo e Julia Affonso / O ESTADO DE SP
24 de julho de 2019 | 16h55
Preso em Araraquara, interior de São Paulo na Operação Spoofing, deflagrada nesta terça-feira, 23, Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, confessou à Polícia Federal que hackeou o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), o procurador Deltan Dallagnol (coordenador da Operação Lava Jato no Paraná) e de centenas de procuradores, juízes e delegados federais, além de jornalistas. ‘Vermelho’ acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.
Em seu Twitter, Sérgio Moro postou nesta quarta, 24, que ‘pessoas com antecedentes criminais’ são a ‘fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime’.
A face oculta de Bolsonaro
24 de julho de 2019 | 03h00
Nos 200 dias de governo do capitão reformado e deputado federal aposentado, além do Bolsonaro óbvio das declarações sobre o Nordeste reduzido a “paraíba” e da insistência descabida em fazer o filho caçula embaixador em Washington, há outro, cuidadosamente escondido para evitar perdas. Por falta de espaço nesta página e excesso de exposição de seu acervo de frases infelizes, convém tentar lançar uma luz sobre o que ele, subordinados, prosélitos e fanáticos não conseguem mais esconder de sua face oculta.
Aos 23 dias iniciais do mandato, Bolsonaro disse a um repórter da agência Bloomberg em Davos, na Suíça: “Se, por acaso, ele (o filho Flávio) errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar”. De volta ao Brasil, contudo, tirou a máscara de “isentão” (definição preferida de outro filho, Carlos, para desqualificar quem ouse discordar após concordar com algo) para fazer exatamente o contrário. Após decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, proibindo o compartilhamento de dados da Receita Federal, do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), com Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), ele até tentou escapulir de comentar, argumentando: “Somos Poderes harmônicos independentes. Te respondi? Ele é presidente do STF. Somos independentes, você acha justo o Dias Toffoli criticar um decreto meu? Ou um projeto aprovado e sancionado? Se eu não quisesse combater a corrupção, não teria aceitado o Moro como ministro”. Mas terminou deslizando em truísmos e platitudes, ao afirmar: “Pelo que eu sei, pelo o (sic) que está na lei, dados repassados, dependendo para quê, devem ter decisão judicial. E o que é mais grave na legislação. Os dados, uma vez publicizados (sic), contaminam o processo”. O quê?
O feroz cobrador das falhas do PT não explicou por que o caçula interrompeu o inquérito, em vez de provar inocência.