Vídeo: a lancha, carros e 'acarajés' apreendidos pela PF
A Polícia Federal apreendeu nesta segunda-feira mais de 300.000 reais em moeda nacional e estrangeira na 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada Acarajé. O dinheiro foi levado pelos agentes durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em São Paulo, que incluíram a sede da Odebrecht e o apartamento do marqueteiro João Santana, recolhido pela Justiça. No vídeo a seguir, a PF mostra os agentes contanto o montante apreendido. Também foram recolhidos uma lancha e carros antigos de colecionador do operador Zwi Skornicki, no Rio de Janeiro. Confira. VEJA
PRESO NO RIO O EMPRESÁRIO ZWI SKORNICKI
O empresário Zwi Skornicki foi preso hoje (22) na 23ª Fase da Operação Lava Jato, denominada Acarajé. Ele é representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, de Cingapura, e é acusado de pagamento de propinas em negócios com a Petrobras. Skornicki foi preso em casa em um condomínio da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e foi levado para a superintendência da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá, na região portuária da cidade.
PF: offshores da Odebrecht pagaram US$ 3 mi a Santana

De acordo com os investigadores da força-tarefa da Lava Jato, o marqueteiro recebeu US$ 4,5 milhões não declarados no exterior, mas ainda está sendo investigado para quem foram repassadas outras somas de dinheiro; o juiz Sérgio Moro determinou o sequestro de um apartamento do publicitário em São Paulo, no valor de US$ 3 milhões, que segundo informou a PF em coletiva de imprensa, seria um "ato de lavagem"; de acordo com os procuradores, João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, tinham conhecimento da origem do dinheiro; "É bom deixar claro que esses recursos têm como origem o esquema de corrupção da Petrobras, não de simples caixa 2", afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos; o MP voltou a pedir a prisão de Marcelo Odebrecht, desta vez indeferida por Moro. BRASIL 24-7
Sérgio Moro manda bloquear contas pessoais e das empresas do publicitário João Santana
“O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, determinou hoje (22) o bloqueio das contas pessoais e das empresas do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura. O bloqueio foi solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF) e atinge as contas das empresas Santana & Associados Marketing e Propaganda Ltda e a Polis Propaganda e Marketing Ltda. As contas do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do Estaleiro Keppel Fels, e do funcionário da empreiteira Odebrecht Fernando Migliaccio também foram bloqueadas. Todos os investigados citados tiveram prisão decretada na nova etapa da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (22).
Marqueteiro do PT tem prisão decretada em 23ª fase da Lava Jato
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, 22, a Operação Acarajé – 23ª fase da Operação Lava Jato -, que tem como alvo central o marqueteiro João Santana, das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. A Justiça também decretou a prisão temporária de sua mulher e sócia, Mônica Moura.
O alvo são os pagamentos feitos pela construtora Norberto Odebrecht para Santana no exterior que somam cerca de R$ 7 milhões. A PF cumpre 51 mandados decretados pelo juiz federal Sérgio Moro. São duas prisões preventivas e seis temporárias. Foram presos o operador de propinas Zwi Skornicki e estão em andamento buscas e apreensões ainda na Odebrecht. Santana não foi preso, pois está na República Dominicana, onde trabalha na campanha à reeleição do presidente do país.
Mais um duro golpe contra a impunidade
O dia 17 de fevereiro de 2016 é um daqueles que merecem ser lembrados. Na sessão da última quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) reverteu entendimento firmado no julgamento do HC 84.078/MG, em fevereiro de 2009. Naquela ocasião, o STF, por maioria, impediu a execução provisória da pena, após a confirmação de sentença condenatória em segundo grau, contrariando expressa previsão do artigo 637 do Código de Processo Penal (CPP). Em outras palavras, a decisão do STF significa que o réu que já foi condenado pelo juiz e pelo tribunal, ou seja, que já teve garantido dois julgamentos, deve começar a cumprir a pena. Não é mais necessário, assim, aguardar o julgamento de recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no STF.
Mensagens provam que OAS bancou reformas para Lula
Em fevereiro de 2014, as obras do Edifício Solaris, no Guarujá, tinham acabado de ser concluídas. A OAS era a empreiteira responsável. O apartamento 164-A, embora novo em folha, já passava por uma reforma. Ganharia acabamento requintado, equipamentos de lazer, mobília especialmente sob encomenda e um elevador privativo. Pouca gente sabia que o futuro ocupante da cobertura tríplex de frente para o mar seria o ex-presidente Lula. Era tudo feito com absoluta discrição. Lula, a esposa, Marisa Letícia, e os filhos visitavam as obras, sugeriam modificações e faziam planos de passar o réveillon contemplando uma das vistas mais belas do litoral paulista. A OAS cuidava do resto. Em fevereiro de 2014, a reforma do sítio em Atibaia onde Lula e Marisa descansavam nos fins de semana já estava concluída. O lugar ganhou lago, campo de futebol, tanque de pesca, pedalinhos, mobília nova. Como no tríplex, faltavam apenas os armários da cozinha.
Polícia Federal encontra superfaturamento em contratos de informática do STJ

Uma perícia da Polícia Federal encomendada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) aponta um superfaturamento de pelo menos R$ 8 milhões em contratos de R$ 30 milhões na área de informática da Corte. Os peritos chegaram a esse valor comparando os preços contratados pelo STJ e os de mercado. Eles apontaram, também, indícios de acerto prévio entre as empresas concorrentes. As irregularidades ocorreram quando o ministro João Noronha era o responsável pela área de informática. Integrantes da comissão interna escalados para apurar as irregularidades reclamaram que estavam sendo sabotados na investigação e, por isso, a PF foi acionada. A Procuradoria-Geral da República também investiga os principais suspeitos do caso. O STJ e o ministro João Noronha não quiseram se manifestar sobre o episódio.
Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht, diz MPF - EPOCA
Nos últimos meses, os procuradores do Núcleo de Combate à Corrupção em Brasília dedicaram-se intensa e discretamente à investigação criminal sobre as suspeitas de tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da Odebrecht. Com a ajuda de peritos e de outros procuradores, como aqueles que integram a Força-Tarefa da Lava Jato, recolheram centenas de páginas de documentos das empresas de Lula, da Odebrecht e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, que liberava o dinheiro indiretamente à empreiteira. Analisaram telegramas diplomáticos sobre a atuação de Lula e dos executivos da Odebrecht no exterior, descobriram notas fiscais e mapearam as viagens e os encontros dos investigados. Ouviram as versões de Lula e receberam as defesas da Odebrecht e do BNDES. Apesar da complexidade do caso, o exame detido das provas colhidas até o momento conduziu os procuradores a uma conclusão: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu o crime de tráfico de influência.