Lula já foi condenado por um juízo muito mais temerário pra ele do que Moro: o povo!
Pedir para depor é um direito que todos têm. Logo, Jonas Suassuna também. Ele e Fernando Bittar são sócios de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, na Gamecorp, aquela empresa que teve 30% das ações compradas pela Telemar (hoje Oi) e, oficialmente, são donos do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, que parece ter merecido da mesma Oi uma deferência e tanto: uma antena logo ali… É aquele sítio que foi reformado pela Odebrecht, pela OAS e pela agropecuária São Fernando (de José Carlos Bumlai), empresas investigadas na Lava-Jato. É aquele sítio que teve a reforma pessoalmente gerenciada por Marisa Letícia, mulher de Lula, e para o qual ela comprou um bote de alumínio. É aquele sítio para onde pertences pessoais de Lula, inclusive algumas dezenas de caixas de bebida, foram enviados. É aquele sítio que teve a instalação de moveis e eletrodomésticos de cozinha custeados pela OAS. É aquele sítio que serve ao descanso de Lula e sua família. É aquele sítio que, segundo o próprio Gilberto Carvalho, pode ter abrigado um “presente” dos empreiteiros a Lula. Por que não? Faz tanto sentido como jabutis voadores.
Moro diz ao TSE que propina abasteceu campanhas e sugere oitiva de delatores
O juiz federal Sergio Moro afirmou à Justiça Eleitoral que a Operação Lava Jato comprovou o repasse de propina a campanhas eleitorais em troca de contratos da Petrobras. Moro encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documentos de dez ações penais da Lava Jato em primeira instância para subsidiar um dos quatro processos que podem resultar na cassação da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer.
"Destaco que na sentença prolatada na ação penal 5012331-04.2015.404.7000 reputou-se comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais registradas", escreveu Moro, em ofício ao Tribunal Superior Eleitoral, encaminhado em outubro do ano passado. No processo citado por Moro, a Justiça Federal entendeu que o diretório nacional do PT recebeu propina de 4,26 milhões de reais, entre 2008 e 2012. O dinheiro ilícito era destinado à Diretoria de Serviços da Petrobras, então comandada por Renato Duque, e repassado ao partido por empresas de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto com aval do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, preso e condenado pela lavagem de dinheiro por meio dessas doações.
Engenheiro revela ‘ira’ de amigo de Lula nas obras do sítio
O engenheiro Emerson Cardoso Leite, que trabalhou nas obras do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, frequentado pelo ex-presidente Lula e sua família, relatou que o pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do petista e preso na Operação Lava Jato desde 24 de novembro de 2015 – manifestou “agressividade” e “ira” durante a reforma da propriedade rural no interior de São Paulo. Ele disse que “suspeita que realmente quem pagou Adriano dos Anjos (responsável pelo início das obras ) foi a própria Usina São Fernando” – uma das empresas de Bumlai. Em depoimento ao Ministério Público, o engenheiro atribuiu a Bumlai dedicação e um papel central nas obras que estão sob suspeita da força tarefa da Lava Jato. Para os investigadores, a relação próxima de Bumlai com o empreendimento reforça a pista sobre o interesse que o ex-presidente teria na propriedade.
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BRASÍLIA - Documentos apreendidos na Operação Zelotes reforçam o elo da ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra com o grupo acusado de "comprar" medidas provisórias de interesse de montadoras de veículos no governo. A Polícia Federal encontrou nas casas de dois dos envolvidos anotações com referências à ex-ministra, o que, para os investigadores, indica "estreita" relação entre ela e os investigados. Erenice foi secretária executiva da Casa Civil de 2005 a 2010, ano em que passou a ser titular da pasta, entre os meses de março e setembro, com a saída da então ministra Dilma Rousseff do cargo para se candidatar à Presidência. No período, duas MPs sob suspeita de terem sido "encomendadas" foram discutidas pelo órgão (471/2009 e 512/2010), antes de seguir para assinatura do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O novo pesadelo de Dilma - ISTOÉ
A decisão do Supremo Tribunal Federal de alterar o rito do processo de cassação na Câmara dos Deputados jogou uma ducha de água fria no impeachment, mas não representou o fim de outro pesadelo para a presidente Dilma Rousseff. A partir de maio, um novo fantasma voltará a assombrar o Planalto: o ministro que tem defendido o necessário rigor na apreciação das contas eleitorais presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mendes chegará ao comando da Corte no exato momento em que lá se julgará a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) contra Dilma e seu vice, Michel Temer. A denúncia, uma das quatro ingressadas pelo PSDB, acusa a chapa da petista de abuso de poder econômico, político e uso de recursos desviados de estatais na campanha. Foi justamente Gilmar Mendes que fez com que o processo prosperasse. Em outubro do ano passado, Mendes convenceu a maioria dos integrantes do tribunal a reabrir o caso, que havia sido arquivado pela ministra Thereza de Assis de Moura por falta de provas. O problema para o governo é que de lá para cá a situação de Dilma no tribunal só se agravou graças ao compartilhamento de informações obtidas pela Lava Jato. Técnicos do tribunal esquadrinham delações, documentos, interceptações telefônicas e sentenças do Petrolão para encontrar elos com recursos que ingressaram ou saíram das contas da chapa da petista ao Planalto. Mensagens de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, sugerem que parte do suborno por contratos da Petrobras abasteceu o caixa oficial da campanha de Dilma. O próprio empreiteiro também confirmou, em depoimentos de delação premiada, a prática irregular. Disse que sofreu coação para doar R$ 10 milhões. A UTC doou 7,5 milhões. Só não deu mais, porque seu dono foi preso. A defesa de Dilma e Temer maneja para que este material não seja usado. Argumentam não haver relação entre os processos penais do Petrolão e a ação sobre irregularidades eleitorais, justificativas rechaçadas pelo procurador Eugênio Aragão. Agora, terão de convencer o colegiado do Tribunal Superior Eleitoral, presidido por Gilmar Mendes. Uma eventual condenação pode levar o País a uma nova eleição – e é nisso que a oposição hoje aposta suas fichas.
O limite de Delcídio - ISTOÉ
Na última semana, depois de oitenta dias preso numa cela improvisada de menos de 20 metros quadrados na sede do Batalhão de Trânsito em Brasília, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) era um pote de mágoas. Mostrava irritação especial com a cúpula do PT e do governo. Ainda nos primeiros dias de cárcere, um ministro de Dilma fez chegar a ele um recado de que sua prisão não perduraria. A promessa era de que o governo interferiria junto ao Judiciário, nos bastidores, para afrouxar a prisão preventiva decretada pelo Supremo, após gravações mostrarem que ele estava interferindo nas investigações da Lava Jato. Em troca, o petista pouparia o partido e seus principais líderes de novos constrangimentos. O acordo não foi honrado. O rancor somado às pressões de familiares, principalmente de sua esposa Maika, levou Delcídio ao seu limite. Agora, pessoas próximas a ele dizem que o acordo de delação premiada é cada vez mais inevitável e que ele já teria estipulado até mesmo uma data para a decisão: depois do julgamento de um agravo regimental interposto contra a decisão do ministro do STF Teori Zavascki, que impediu a sua soltura no fim do ano. Se sofrer outro revés no pedido - que deve ser apreciado em breve pelo tribunal – a delação se tornará uma realidade.
PACIÊNCIA ESGOTADA
Delcídio do Amaral prepara arsenal contra
Documentos comprovam que mudança de Lula foi levada para sítio em Atibaia
Reportagem da edição desta semana de VEJA mostra que as relações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o sítio frequentado por sua família em Atibaia, no interior de São Paulo, são ainda mais umbilicais. Quando o petista deixou o governo, em 2011, seus pertences e de seus familiares foram levados para o sítio Santa Bárbara, como mostram documentos e um testemunho obtidos por VEJA.
Arquivadas na Presidência da República, as ordens de serviço e notas fiscais de uma das transportadoras pagas pelo governo para fazer o trabalho mostram que a mudança de Lula foi levada de Brasília para ao menos três endereços em São Paulo: o apartamento do ex-presidente em São Bernardo do Campo, um depósito na capital e o sítio em Atibaia. A entrega da mudança se deu em 8 de janeiro de 2011 - dois meses após o sítio ter sido comprado em nome dos sócios de Fábio Luiz, o Lulinha. Quem recebeu o carregamento, e assinou os papéis, foi Rogério Aurélio, ex-assessor especial de Lula no Planalto. Acompanha os registros da mudança um inventário da carga. Foram mais de 200 caixas - 37 delas de bebidas, conforme registraram, cuidadosamente, os funcionários incumbidos do serviço. O carregamento incluía ainda, além da carroça, plantas da ex-primeira-dama Marisa Letícia, aparelhos de ginástica e quadros.
Fachin libera para julgamento no STF denúncia contra Renan Calheiros
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, liberou para julgamento um pedido apresentado em 2013 pela Procuradoria Geral da República (PGR) para abertura de uma ação penal contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) por suposta prática de peculato, uso de documento falso e falsidade ideológica.
Trata-se de uma denúncia pelo suposto uso de notas fiscais frias para comprovar renda suficiente para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento com a jornalista Mônica Veloso. O escândalo, ocorrido em 2007, foi uma dos fatores que levou Renan a renunciar à presidência do Senado na época. Fachin foi designado relator do caso no ano passado, quando tomou posse como ministro do STF, e herdou o processo do atual presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que deixou o caso após assumir o comando da Corte, em setembro de 2013.
OAS pagou cozinhas planejadas do tríplex e do sítio de Lula, diz jornal
Além de bancar a reforma no tríplex de Lula no Guarujá, a empreiteira OAS comprou os móveis planejados que adornam o apartamento e também o sítio do ex-presidente em Atibaia. Documentos divulgados nesta quarta-feira pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, mostram que a empreiteira do clube do bilhão. pagou por duas compras feitas em uma loja de São Paulo e entregues no Edifício Solaris e no sítio Santa Bárbara. Uma nota fiscal emitida pela loja paulistana em 12 de novembro de 2014, a que o Jornal Nacional teve acesso, mostra a empreiteira de Léo Pinheiro como compradora de uma cozinha planejada, no valor de 78.800 reais, cuja entrega se deu no tríplex 164-A do condomínio construído pela Bancoop no Guarujá. O imóvel é exatamente o que pertenceria a Lula. O procurador do Ministério Público de São Paulo Cássio Conserino disse a VEJA que pretende denunciar Lula e Marisa Letícia, ex-primeira-dama, pelo crime de lavagem de dinheiro decorrente da ocultação da propriedade do apartamento.
Outra nota fiscal da mesma loja, emitida em 13 de março de 2014, mostra itens de uma cozinha planejada, como refrigerador, forno elétrico e bancada, que totalizaram 130.000 reais. A entrega foi no sítio em Atibaia que, conforme VEJA revelou, foi reformado pela OAS. Segundo a reportagem do telejornal, os procuradores do Ministério Público de São Paulo querem saber por que a empreiteira de Léo Pinheiro pagaria por uma compra de Fernando Bittar. O Instituto Lula confirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na no edifício Solais em 2014, com Marisa Letícia, sua mulher, e o presidente da OAS, Léo Pinheiro. O instituto também reconheceu em nota que o ex-presidente frequenta o sítio no interior paulista "em dias de descanso". VEJA
Gilmar Mendes é o novo presidente do TSE

O plenário do Supremo Tribunal Federal confirmou nesta quarta-feira o ministro Gilmar Mendes como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mendes é o atual vice da corte e vai substituir o ministro Dias Toffoli, cujo mandato de dois anos termina em maio, quando o novo presidente deve ser empossado. A votação no Supremo é simbólica e serve apenas para referendar a ascensão do vice-presidente ao cargo máximo. Assume a vice-presidência da corte o ministro Luiz Fux.
Com a substituição, Mendes, um desafeto dos petistas, comandará a corte na reta final da ação que pode resultar na cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, por crimes eleitorais.