Os papéis que desconstroem Dilma - ISTOÉ
A ex-presidente Dilma Rousseff nunca deu ouvidos para aquilo que o filósofo espanhol José Ortega y Gasset chamava de fundo insubornável do ser. Ou seja, o mais íntimo pensamento naquela hora em que o indivíduo encara o seu reflexo no espelho e tenta reconhecer a própria face. Para alcançar o poder e nele se manter a todo custo, repetindo uma prática de seu antecessor, Dilma sustentou uma imagem que nunca lhe pertenceu: a de uma mandatária pudica e incorruptível. Mesmo depois do impeachment, ela insistia em se apresentar, em andanças pelo País e palestras além-mar, como uma espécie de vestal desprovida de mácula, vítima das circunstâncias. Não é possível mais manter a retórica de pé. ISTOÉ teve acesso às 820 páginas que compõem o processo de colaboração premiada dos marqueteiros João Santana e de sua mulher, Mônica Moura. Os documentos anexados como provas vão além da delação – e a liquidam de vez. Desmontam a tese, alardeada nos últimos dias por Dilma, de que aquele que atuou durante anos como o seu principal conselheiro político, bem como sua esposa, mentiram à Justiça em troca da liberdade.
Outra fonte de recursos para o PT - ISTOÉ
Os personagens são praticamente os mesmos. Os métodos e objetivos, também. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, os ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, estão entre os nomes que constam da delação do empresário Joesley Batista. Assim como estiveram implicados nos escândalos do Mensalão, em 2005, ou no do Petrolão – ou nos dois juntos – todos eles aparecem agora nas confissões de Batista. O propósito era apenas um: obter recursos financeiros para concretizar seu projeto de poder.
E agora, senhores? - ISTOÉ
Desde o início da Lava Jato, há três anos, os petistas tentam emplacar uma narrativa não correspondente aos fatos: a de que a operação foi forjada para exterminar o PT e colocar atrás das grades o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedindo-o de concorrer novamente à Presidência. Igualmente envolvidos em escândalos de corrupção, cabeças coroadas de PMDB e PSDB, segundo a mesma tese da vitimização, receberiam a condescendência de uma Justiça que se apresentaria de olhos vendados para suas práticas nada republicanas. Na última semana, prevaleceu na Lava Jato a chamada “erga omnes”, um latinismo utilizado no meio jurídico para designar que a lei e a Justiça valem para todos, sem distinção: o presidente da República, Michel Temer, do PMDB, e os tucanos Aécio Neves e José Serra – bem como os petistas Lula e Dilma, figuras carimbadas de outros escândalos – foram severamente atingidos pela delação dos empresários Joesley e Wesley Bastista,
Todas as acusações da delação da JBS
O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou na tarde desta sexta-feira o acesso à delação premiada dos donos e executivos da JBS. Saiba o que de mais importante Joesley Batista e seus executivos contaram à força-tarefa da Operação Lava Jato em seu acordo de delação premiada:
JBS distribuiu R$ 400 milhões em propinas, diz delator
O empresário Joesley Batista, da JBS, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) que seu grupo empresarial pagou “nos últimos anos” R$ 400 milhões em propina a políticos e servidores públicos. A lista, segundo ele, inclui senadores, deputados e presidentes da República.
Lula e Dilma tinham US$ 150 milhões em ‘conta-corrente’ de propina da JBS, diz Joesley
O termo de colaboração 1 do empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, descreve o fluxo de duas ‘contas-correntes’ de propina no exterior, cujos beneficiários seriam os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O empresário informou à Procuradoria-Geral da República que o saldo das duas contas bateu em US$ 150 milhões em 2014. Ele disse que o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda/Governos Lula e Dilma) operava as contas.
Bastidores: Delação da JBS aumenta possibilidade de Temer ser cassado no TSE
Rafael Moraes Moura e Breno Pires, O Estado de S.Paulo
18 Maio 2017 | 20h21
BRASÍLIA – O conteúdo da delação da JBS provocou uma “hecatombe” no cenário político brasileiro, lançou uma nuvem de incertezas no julgamento da chapa Dilma-Temer e aumentou a possibilidade de uma eventual cassação do peemedebista, avaliam fontes ouvidas pelo Estado.
PF faz operação contra pornografia infantil na internet em 18 Estados
PF faz operação contra pornografia infantil na internet em 18 Estados
Divulgação/PF | ||
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PF cumpriu 83 mandados de busca e apreensão em operação contra pornografia infantil na internet |
Nesta quinta-feira (18), dia de combate à exploração sexual infantil, a Polícia Federal deflagrou uma megaoperação em 18 Estados e no Distrito Federal. Segundo a PF, a "Operação Cabrera" visa reprimir o compartilhamento e a posse de imagens e vídeos de pornografia infantil na internet.
Trecho sobre Cunha de diálogo entre Temer e Joesley é inconclusivo
Em conversa gravada, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou ao empresário Joesley Batista, ao ouvir as iniciativas que o dono do grupo JBS vinha tomando com relação ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "Tem que manter isso, viu?". O trecho do diálogo não é conclusivo sobre a realização de pagamentos ao ex-deputado para comprar seu silêncio.
A conversa contém trechos inaudíveis. Após a fala de Temer, Batista afirma: "Todo mês", o que indica, segundo o empresário afirmou em seu acordo de delação premiada fechada com a PGR (Procuradoria Geral da República), acertos em dinheiro.
Dilma pediu R$ 30 mi para campanha de Pimentel diz delator da JBS
A ex-presidente Dilma Rousseff teria pedido ao empresário Joesley Batista, do grupo JBS, para doar R$ 30 milhões para a campanha de Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais. A informação consta de um dos anexos da delação premiada negociada entre os donos da companhia, maior produtora de proteína animal do mundo, com a Procuradoria Geral da República.