Medo de grampos leva políticos a esconder celulares e tirar ternos
O ministro abriu a porta do gabinete e, antes mesmo de dar bom dia, perguntou: "O que é que você quer ouvir?". Não esperou a resposta. Colocou jazz para tocar no aparelho de som. Mas a música não importava. Também ligou a TV e se certificou de que as cortinas estavam fechadas. "Criminalizaram a conversa em Brasília. Agora, só recebo gente assim." A cena, presenciada pela reportagem da Folha, é um reflexo do estado permanente de tensão em que vivem autoridades de todas as esferas do poder de Brasília, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Brasil perde R$ 151 bilhões por ano por má infraestrutura
A cada ano que o Brasil deixa de investir o mínimo necessário para manter a infraestrutura existente, a economia perde R$ 151 bilhões - valor próximo ao déficit primário calculado para o País em 2016. O resultado dessa conta, feita pela consultoria GO Associados, é perverso: além de manter um transporte de má qualidade e uma oferta restrita de serviços públicos, o baixo investimento no setor representa menos emprego e renda para a população e menos dinheiro nos cofres do governo.
Dilma e as empreiteiras - OPOVO
Da Coluna Política, no O POVO deste sábado (4), pelo jornalista Érico Firmo:
A semana política foi desmoralizante para quem estabelece maniqueísmo entre partidos. A polarização de forças costuma difundir a ideia, em simpatizantes de ambos os lados, de que todo o mal está nos adversários. Nada mais inocente.
Governo limita uso de avião da FAB por Dilma - REINALDO AZEVEDO
Que bom!
No Estadão, reportagem de Carla Araújo, Tânia Monteiro e Gabriela Lara conta que Dilma será limitada na sua atual tarefa de gastar dinheiro público para ofender o estado de direito, como fez, por exemplo, ontem à noite, em viagem ao Rio de Janeiro em que discursou explorando politicamente o estuprodaquela menor. Comentei mais cedo neste blog. Leiam:
Certas nomeações de Temer ofendem a lógica
Se os valores morais fossem negociados na Bolsa de Valores, o governo provisório de Michel Temer já seria um empreendimento falido. O despudor com que o presidente interino nomeia auxiliares suspeitos ofende até a lógica. Chama-se Fátima Pelaes a penúltima anormalidade a escalar o organograma do governo Temer. Acusada pela Procuradoria da República de integrar uma “articulação criminosa”, ela foi nomeada chefe da secretaria de políticas para as mulheres.
Últimas delações dão ao impeachment a aparência de uma guerra entre facções
O conteúdo das últimas delações premiadas da Lava Jato —além das cenas da já conhecida promiscuidade nas altas esferas da política entre os que lutam para se firmar no Planalto e os que brigam para retornar— revela um cenário típico de guerra entre facções criminosas pelo controle dos negócios do poder. Sérgio Machado, o delator do PMDB, disse ter repassado R$ 70 milhões roubados da Transpetro para Renan Calheiros (R$ 30 milhões), Romero Jucá (R$ 20 milhões) e José Sarney (R$ 20 milhões) —uma troica de cardeiais que Michel Temer afaga, para evitar que o roteiro do impedimento de Dilma desande no Senado.
Sintomas de desespero - o Estadão de SP
A teimosia, a arrogância, a prepotência, a incapacidade de se expressar com clareza e, sobretudo, a monumental incompetência política são atributos pessoais que Dilma Rousseff jamais conseguiu dissimular. Mas, pelo menos até recentemente, a presidente da República afastada conseguia cultivar com algum sucesso certa aura de probidade, de honestidade no trato da coisa pública. Pensou reforçar essa imagem insistindo na irrelevante alegação de que nunca possuiu conta no exterior.
Otimista, Planalto garante ter 60 votos para impeachment
Numa conta extremamente otimista, o Palácio do Planalto garante já ter 60 votos no Senado a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Apesar de vários senadores dizerem que estão indecisos, o governo acha que algumas conversas resolverão a indefinição e garantirão os 54 votos necessários para a vitória.
Siga a Coluna do Estadão:
No Twitter: @colunadoestadao
No Facebook: www.facebook.com/colunadoestadao
Estados e municípios vão atrás de pequenos devedores
Com o aprofundamento da crise fiscal, estados e municípios estão raspando o tacho na arrecadação. Dívidas de até 9 mil de reais de tributos como ISS, IPVA, IPTU e ICMS, que costumavam prescrever, passaram a ser cobradas via cartórios de protesto – aqueles onde são contestados, por exemplo, cheques sem fundo. O pagamento, normalmente, costuma ocorrer em até cinco dias úteis. Com a mudança, em algumas localidades, o nível de recuperação desses valores passou de menos de 5% para a casa dos 20%. VEJA
Com Dilma o Brasil não tinha governo - ISTOÉ
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, quer aproveitar seu mandato na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, assumido há três semanas, para discutir uma reforma política no Brasil. Ele acredita que, sem ela, casos de corrupção como o do Petrolão podem continuar levando o País a “uma democracia falseada” onde, segundo ele, “só uma força política cria condições de disputar e ganhar as eleições”. Mendes explica, numa referência clara ao PT: “Porque só ela disporia de recurso. Esse era o modelo desenhado a partir da apropriação das empresas e do modelo de governança que se instalou e se desenvolveu em relação a empresas estatais como a Petrobras”, afirmou. Segundo o ministro, o discurso de que “a Petrobras é nossa”, entoado por partidos ligados ao governo, permitiria outra leitura: “A Petrobras é ‘nossa’? ‘Nossa’ quem, cara pálida?”. Para Gilmar Mendes, a resposta encerra o óbvio ululante: “’Nossa’, do partido (PT), e nós podemos nos apropriar da Petrobras”.