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União vai receber quase R$ 50 bi em dividendos da Petrobras no primeiro semestre

Por Bruno Rosa / O GLOBO

 

A Petrobras, que reduziu o preço da gasolina e do QAV nesta quinta-feira, informou que vai distribuir um total de R$ 87,8 bilhões em dividendos a seus acionistas referentes aos resultados financeiros do segundo trimestre. O valor é recorde para um trimestre, de acordo com a estatal. Desse total, R$ 32,1 bilhões ficarão com a União.

 

A Petrobras está entre as companhias estatais às quais o governo solicitou alteração no repasse de dividendos para fazer frente aos gastos com a proposta de emenda à Constituição (PEC) Eleitoral. Caixa e BNDES também devem atender pedido do governo e ampliar distribuição de dividendos.

No primeiro trimestre, a estatal já havia distribuído R$ 48,5 bilhões em dividendos a seus acionistas. Com isso, o total distribuído a todos chegou a R$ 136,3 bilhões no primeiro semestre. Desse total, a União soma R$ 49,8 bilhões de dividendos da estatal nos primeiros seis meses deste ano.

 

Os dividendos do segundo trimestre serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de agosto e setembro, informou a companhia em comunicado enviado na tarde desta quinta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Será um valor de R$ 6,732003 por ação preferencial (PN, sem direito a voto) e ordinária (ON, com direito a voto).

Em 2021, a Petrobras pagou um total de R$ 101,4 bilhões em dividendos. Desse total, a União ficou com R$ 37,3 bilhões.

 

Segundo a estatal, "a aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazo e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural".

A companhia lembrou que não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa.

A empresa destacou que o dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos. Além disso, a Política também prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, desde que sua sustentabilidade financeira seja preservada.

Incidência de covid-19 grave é até 3 vezes maior entre não vacinados

A proteção conferida pelas doses de reforço das vacinas contra a covid-19 foi capaz de reduzir ainda mais a incidência das síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em todas as faixas etárias, segundo estimativa divulgada hoje (28), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O estudo indica que os casos graves de covid-19 incidiram até três vezes mais na população não vacinada, se comparada com a que completou o esquema básico e ainda recebeu ao menos a primeira dose de reforço. 

Os dados fazem parte do Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana, atualizado com dados de 17 a 23 de julho. Coordenador do estudo, Marcelo Gomes disse que o ponto central é que fica evidente a importância da vacinação.

"A gente observa uma efetividade, uma diminuição desse risco de internação em todas as faixas etárias. E quando a gente olha a dose de reforço, melhora ainda mais a proteção. Os dados deixam claro o quanto a vacina é fundamental para se ter uma realidade distinta no enfrentamento da covid-19", explicou.

E acrescentou: "se alguém ainda tem alguma dúvida, não precisa ter. A vacina é simplesmente fundamental. A diferença é gritante entre quem não se vacinou, quem iniciou o esquema vacinal e quem já está com dose de reforço".

Faixas etárias

Desde o início da pandemia, a taxa de incidência da SRAG causada pela covid-19 é muito maior entre os idosos de idade avançada. Na população com 80 anos ou mais, houve 208,05 pessoas com casos graves de covid-19 para cada 100 mil habitantes não vacinados. Entre os que tomaram ao menos uma dose, mas não chegaram ao reforço, a incidência cai para 124,68 casos por 100 mil habitantes, e, com a dose de reforço, cai ainda mais, para 111,21/100 mil.

Entre os outros idosos, as quedas são de ordens semelhantes. O agravamento incidiu sobre os sem vacina na proporção de 62,88/100 mil, entre os de 70 a 79 anos, e na de 27,11/100 mil, para os de 60 a 69 anos. Com esquema completo, esses valores caem para 45,69/100 mil e 16,44/100 mil, e, com a de reforço, para 31,0/100 mil e 11,04/100 mil.

"A dose de reforço entra para compensar a perda de memória imunológica que infelizmente a gente tem observado na população e especialmente nas faixas etárias mais avançadas", observou.

Na população adulta, a incidência da SRAG causada pela covid-19 apresenta uma queda ainda maior quando são comparados os vacinados e os não vacinados, que sofrem de agravamento com uma frequência três vezes maior. 

"Quanto mais jovem, há uma diferença ainda maior. A população mais nova tem uma resposta ainda melhor. A diferença fica mais importante, e isso era algo que os estudos já mostravam, que havia uma diferença entre o público de idade mais avançada e o mais jovem, em termos de efetividade, mas todos se beneficiam", detalhou. 

Taxa de incidência

Na população de 50 a 59 anos, a taxa de incidência cai de 14,75/100 mil entre os não vacinados para 7,10/100 mil entre quem se vacinou sem reforço. Para quem tomou ao menos a primeira dose de reforço nessa faixa etária, o agravamento incidiu na proporção de 4,76 casos por 100 mil habitantes.

Tomar a vacina também fez a incidência da SRAG ser três vezes menor entre quem tem 18 a 49 anos. Na faixa etária de 40 a 49 anos, a incidência entre quem não se vacinou é de 9,82 casos por 100 mil, o que é reduzido pela vacinação com reforço para 2,39 por 100 mil. Entre quem tem 30 a 39 anos, a queda é de 6,25/100 mil para 2,02 por 100 mil. Já nos mais jovens, de 18 a 29 anos, a diminuição é de 4,43/100 mil para 1,53 por 100 mil. 

A pesquisa mostrou, também, que os adolescentes foram o público com a maior redução proporcional dos casos de SRAG quando a vacina entra em cena. Quem tem 12 a 17 anos e não se vacinou teve uma incidência de 5,54 casos graves por 100 mil habitantes, enquanto quem tomou a primeira dose de reforço sofreu de SRAG numa proporção de 0,51 caso por 100 mil. 

Mesmo com conclusões tão positivas a favor da vacinação, Marcelo Gomes ponderou que o efeito dos imunizantes ainda pode estar subestimado por limitações nos bancos de dados que serviram de base para o estudo.

"É um resultado que tem uma série de limitações pela natureza desses dados. É uma estimativa que tende a subestimar o impacto da vacina. O efeito real é ainda maior do que esse que a gente está reportando, e ainda assim a gente já observa o impacto", detalhou.

Edição: Kleber Sampaio / AGÊNCIA BRASIL

Petrobras reduz preço de venda da gasolina para distribuidoras

A Petrobras reduz, a partir de amanhã (29), o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras de R$ 3,86 para R$ 3,71 por litro. A queda é de R$ 0,15 por litro. A medida foi anunciada hoje (28) a empresa.

Com isso, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição do combustível comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor cairá de R$ 2,81, em média, para R$ 2,70 a cada litro vendido na bomba.

Segundo a companhia, a redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina. Além disso, acrescenta a empresa, a medida “é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio de seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor obtidas no site da Petrobras. De acordo com a companhia, o objetivo é “contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade”.

Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL

Governo Central tem superávit primário recorde para junho

A privatização da Eletrobras, os dividendos de estatais e o parcelamento de precatórios de alto valor fizeram as contas públicas melhorarem em junho. No mês passado, o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou superávit primário de R$ 14,433 bilhões. Esse é o maior superávit para o mês desde o início da série histórica.

O resultado veio melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 39,4 bilhões em junho.

Essa foi a terceira vez no ano em que o Governo Central registrou superávit primário. Os outros meses foram janeiro e abril. Com o resultado de junho, o Governo Central fechou o primeiro semestre com resultado positivo de R$ 53,614 bilhões. Esse é o terceiro melhor resultado da história para o período, só perdendo para 2008 e 2011.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar do superávit acumulado no ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estipula meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para este ano.

Na semana passada, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas reduziu a estimativa de déficit para R$ 59,354 bilhões. No entanto, o valor levado em conta para o cumprimento das metas fiscais é o da LDO. A redução da previsão de déficit ocorreu mesmo com a emenda constitucional que aumentará gastos sociais em R$ 41,25 bilhões no segundo semestre.

Arrecadação atípica

O superávit de junho ocorreu porque as receitas cresceram, enquanto as despesas caíram. No mês passado, as receitas líquidas cresceram 72,2% em relação a junho do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o crescimento atingiu 53,9%. No mesmo período, as despesas totais caíram 4,4% em valores nominais e 14,4% após descontar a inflação.

A alta na receita líquida pode ser explicada pelo recebimento de R$ 26,6 bilhões de bônus de concessão da Eletrobras e pelo aumento de R$ 25,8 bilhões no recebimento de dividendos de estatais. Os dividendos são a parcela do lucro que uma empresa distribui aos acionistas. No caso das estatais, como o maior acionista é a União, o governo fica com a maior parte dos dividendos.

Em relação ao pagamento de impostos, houve crescimento de R$ 10,4 bilhões acima da inflação no Imposto de Renda Retido na Fonte e aumento na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das empresas que recolhem com base na estimativa mensal de lucros. Em grande parte, essa alta reflete o aumento do lucro das empresas de energia e de petróleo no primeiro semestre, o que ajuda a compensar parcialmente as desonerações para a indústria e para os combustíveis.

A alta do petróleo no mercado internacional fez as receitas com royalties crescer R$ 1,209 bilhão (+23,2%) acima da inflação no mês passado na comparação com maio de 2021. Atualmente, a cotação do barril internacional está em torno de US$ 100 por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Despesas

Do lado das despesas, o principal fator que contribuiu para a diminuição dos gastos em junho foi o parcelamento de precatórios (dívidas do governo com sentença judicial definitiva). Instituído por emenda constitucional aprovada no fim do ano passado, o adiamento de precatórios de grande valor fez o governo economizar R$ 10 bilhões no mês passado, descontada a inflação.

Além disso, a antecipação para abril e maio do pagamento do décimo terceiro de aposentados e pensionistas neste ano reduziu os gastos com a Previdência Social em R$ 6,2 bilhões (também descontada a inflação) em junho na comparação com junho do ano passado. No ano passado, a primeira parcela do décimo terceiro tinha sido paga em maio e junho.

Em contrapartida, aumentaram os gastos com despesas obrigatórias com controle de fluxo, que subiram R$ 4,91 bilhões (+38,8%) acima da inflação em junho na comparação com o mesmo mês de 2021. No acumulado do ano, o aumento chega a R$ 31,5 bilhões (+40,4%) acima do IPCA. A alta foi impulsionada pelo pagamento do benefício mínimo de R$ 400 do Auxílio Brasil, cujo valor passará para R$ 600 de agosto a dezembro.

Em contrapartida, os gastos com o funcionalismo federal caíram 12,2% no acumulado do ano, descontada a inflação. A queda reflete o congelamento de salários dos servidores públicos que vigorou entre junho de 2020 e dezembro de 2021 e a falta de reajustes em 2022, apesar de diversas categorias estarem em greve. O adiamento dos precatórios também contribuiu para a queda.

Em relação aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o governo federal investiu R$ 19,651 bilhões nos seis primeiros meses do ano. O valor representa alta de 3% acima do IPCA em relação ao mesmo período de 2021.

Edição: Aline Leal / AGÊNCIA BRASIL

Brasil registra criação de 277,9 mil vagas com carteira assinada em junho, e 1,3 milhão no ano

Thiago Resende / FOLHA DE SP
BRASÍLIA

Em junho, foi registrada a abertura de 277,9 mil vagas de emprego com carteira assinada no Brasil, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

O saldo foi resultado de 1,898 milhão de contratações e 1,621 milhão de desligamentos no mês, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

A abertura de vagas formais no mês mostra uma tendência de aquecimento do mercado de trabalho no ano.

O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, reforçou a previsão de 1,5 milhão de novas vagas no ano.

No acumulado de janeiro a junho, o saldo no mercado de trabalho formal brasileiro é positivo, com 1,334 milhão de novas vagas.

Segundo Oliveira, o segundo semestre é geralmente marcado pelo aumento na criação de emprego formal, principalmente por causa dos setores de comércio e serviços.

"Podemos ficar otimistas e chegaremos a um número bastante significativo ao final de 2022", disse o ministro, ao anunciar os dados.

Em janeiro foram criados 155,5 mil novos contratos e, em fevereiro, 336,6 mil. A partir de março, o resultado foi menor. Foram 91,2 mil novos postos de trabalho em março, seguidos de 199 mil em abril, e 274,6 mil em maio.

Junho, que teve abertura de 277,9 mil vagas, seguiu a tendência de reaquecimento no mercado formal. O resultado é o segundo melhor do ano.

Neste ano, o Caged sofre a influência do fim gradual dos efeitos do programa emergencial de manutenção de emprego. Criada na pandemia, a medida foi considerada fundamental por especialistas para sustentar o mercado de trabalho durante o auge da crise da Covid-19.

Agora, o ministério avalia que o término do programa e o fim da proteção dos vínculos empregatícios fazem os dados dependerem mais do desempenho da atividade econômica.

Ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, afirmou no início do ano que a projeção da pasta é de criação de 1,5 milhão a 2 milhões de vagas formais em 2022 —o que foi visto por muitos analistas como pouco provável.

Oliveira, agora, fala em um resultado próximo de 1,5 milhão.

De janeiro a junho do ano passado, haviam sido abertos 1,478 milhão de empregos com carteira assinada.

Segundo o ministério, a comparação entre os dois períodos é difícil, pois é entre dois momentos atípicos. No ano passado o país se recuperava do tombo na economia por causa dos efeitos da chegada da pandemia em 2020.

Mesmo assim, o governo destaca que a abertura de 277,9 mil vagas em junho está bem próxima do resultado do mesmo mês do ano passado (310 mil).

O saldo de junho (criação de 277,9 mil vagas) reflete o desempenho positivo em todos os cinco grandes setores da economia brasileira. O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que abriu 124,5 mil vagas no mês.

Em seguida estão comércio (47,1 mil), indústria ( 41,5 mil novos postos), agropecuária (34,4 mil vagas abertas) e, por último, construção (30,2 mil).

O salário médio de admissão no país continua abaixo de um ano antes. Em junho, o indicador ficou em R$ 1.922,77—abaixo do patamar de R$ 2.026,10 registrado no mesmo mês de um ano atrás, com correção da inflação.

Brasil registra 44,5 mil novos casos e 310 óbitos por covid-19

O Ministério da Saúde divulgou hoje (27) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil registrou, em 24 horas, 44,5 mil novos casos da doença e 310 óbitos.

Desde o início da pandemia, o país acumula 33,7 milhões de casos confirmados e 677,8 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 32,1 milhões (95,5% dos casos).

Boletim epidemiológico da covid-19
Boletim epidemiológico da covid-19 - Ministério da Saúde

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados, com 5,8 milhões de infectados e 172,7 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (3,8 milhões de casos e 62,8 mil óbitos); Paraná (2,6 milhões de casos e 44,4 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (2,6 milhões de casos e 40,4 mil óbitos).

Vacinação 

Conforme o vacinômetro do Ministério da Saúde, 463,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já foram aplicadas, sendo 178 milhões da primeira dose; 159 milhões da segunda dose, além de 101,1 milhões da primeira dose de reforço e 15,7 milhões da segunda dose de reforço.

Edição: Aline Leal / AGÊNCIA BRASIL

Portaria regulamenta acréscimo mensal para beneficiários do Auxílio Brasil e Auxílio Gás até dezembro

21072022 AuxilioGasPublicada nesta quarta-feira, 20 de julho, a Portaria 797/2022 dispõe do acréscimo mensal extraordinário às famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil (PAB) oriundos da Emenda Constitucional (EC) 123/2022. As famílias beneficiárias do programa receberão o valor complementar de R$ 200 de agosto a dezembro de 2022, além do adicional extraordinário destinado às famílias beneficiárias do Programa Auxílio Gás dos Brasileiros.

Segundo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 01/2022 – que foi aprovada pelo Congresso e foi promulgada na EC 123 –,  a intenção é assegurar às famílias beneficiadas pelo Auxílio Gás dos Brasileiros a cada bimestre, de 1 de julho a 31 de dezembro de 2022, o valor monetário correspondente a uma parcela extraordinária adicional de 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13 kg de GLP, estabelecido pelo Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da Agência Nacional do Petróleo.

A proposta articulada entre o Legislativo e o governo federal propôs um vale gás adicional de 50% do valor médio do preço nacional apenas até dezembro e por bimestre, o vale não passa para 100%, ele se mantém em 50%. As 3 parcelas serão pagas totalizando 100% até dezembro.

O pagamento do valor complementar do Auxílio Brasil ocorrerá no calendário já seguido pelo programa e serão utilizados os mesmos meios de pagamento. O adicional do Auxílio Gás dos Brasileiros também seguirá o calendário e a forma de pagamento já existentes, e como o extra será um benefício bimestral, o repasse ocorrerá nas referências de agosto, outubro e dezembro de 2022.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que não houve alteração das regras de concessão dos benefícios do Auxílio Brasil e Auxílio Gás, mas indica atenção quanto às mudanças que podem ocorrer ao longo do período de pagamento dos valores complementares.

Da Agência CNM de Notícias

Prefeitura de Frecheirinha suspende transporte de pacientes por falta de gasolina e etanol na cidade

A Prefeitura de Frecheirinha, no Norte do Ceará, suspendeu o serviço público de transporte destinado a pacientes que fazem tratamento de saúde em municípios vizinhos por falta de combustível nos postos.

 

Nota oficial divulgada pela gestão nessa terça-feira (26) informou que "alguns serviços de transporte estão sendo prejudicados devido à falta de gasolina e etanol no município". 

 

TRANSPORTE ALTERNATIVO 

Contudo, o Executivo garantiu que irá remanejar e oferecer transporte alternativo a pacientes com atendimentos médicos agendados em Sobral ou Camocim.

"A Secretaria da Saúde estará agendando os pacientes que estão com consultas marcadas em Sobral ou Camocim, para irem nas vans ou no micro-ônibus", disse.

Já sobre os pacientes que recebem assistência em Fortaleza "precisarão aguardar até a normalização do abastecimento de combustível". DIARIONORDESTE

Ministério da Justiça abre processo administrativo contra 26 empresas de telemarketing

Felipe Nunes / FOLHA DE SP

 

 

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

O Ministério da Justiça, por meio da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), instaurou processo administrativo contra 26 empresas acusadas de praticarem telemarketing abusivo.

As ações são desdobramentos da medida cautelar publicada no dia 18 de julho, que suspendeu a atividade de 180 empresas de telemarketing no País.

São alvos dos processos bancos, empresas de telecomunicações e centrais de telemarketing foram notificadas a apresentarem defesa. Caso condenadas, as empresas estão sujeitas a multa de até R$ 13 milhões cada.

É considerada prática abusiva quando a empresa entra em contato com o consumidor para oferecer produtos ou serviços sem que ele tenha fornecido o número de telefone, ou mesmo que ele tenha fornecido, mas não tenha autorizado receber ligações.

 

Ainda segundo o a pasta, os dirigentes dos Procons, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a ANDP (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) foram comunicados sobre a abertura dos processos, para que tomem as medidas que julgarem cabíveis.

A suspensão das atividades de telemarketing abusivo foi determinada pela Senacon com base na quantidade de reclamações recebidas. ​

Entre 2019 e 2022, o Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumido) registrou 14,5 mil reclamações relacionadas a ligações de telemarketing. O volume de queixas teria levado à decisão de suspender as atividades.

A partir da análise das reclamações, a Secretaria diz ter concluído que os dados utilizados pelas empresas não foram consentidos pelos consumidores e de que as informações não tinham origem de uma base legal existente.

"O Ministério da Justiça entendeu que a prática do telemarketing ativo abusivo afronta os preceitos do Código de Defesa do Consumidor, da Lei Geral de Proteção de Dados e do Marco Civil da Internet", diz um comunicado da pasta.

GOVERNO CRIOU CANAL DE DENÚNCIA

No último dia 20 de julho, o Ministério da Justiça abriu um canal na internet para os cidadãos denunciarem as empresas que insistirem com o telemarketing abusivo.

No formulário eletrônico, os consumidores devem inserir, entre outras informações, a data e o número de origem da chamada com DDD (quando houver), o nome do telemarketing ou qual empresa representa e se foi dada permissão para a oferta de produtos e serviços.

As denúncias serão apuradas pela Senacon e também encaminhadas aos Procons para análise e abertura de eventual processo administrativo.

COMO SE PROTEGER DO TELEMARKETING ABUSIVO

O consumidor cansado de receber ligações de telemarketing possui diferentes ferramentas para se proteger do telemarketing abusivo. Entre as principais opções, eles podem cadastrar o número de celular ou telefone fixo em serviços como o Não me Perturbe (cadastro nacional da Anatel) e o Não me Ligue (serviço do Procon-SP).

Mas, quando nem isso resolve o problema ele pode registrar uma reclamação. Além dos dois canais, também é possível registrar uma queixa no site consumidor.gov, um canal direto entre consumidores e empresas para solução alternativa de conflitos de consumo. As reclamações precisam ser respondidas em até dez dias.

FMI melhora projeção para crescimento do PIB do Brasil em 2022

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou de forma expressiva a estimativa para o crescimento da atividade brasileira, neste ano, apesar das dificuldades enfrentadas pela economia global. Entretanto, passou a ver desempenho mais fraco em 2023.

Na revisão das estimativas em seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado hoje (26), o FMI passou a estimar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano em 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.

Para 2023, o relatório do FMI indica que a expansão da atividade será de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que o previsto em abril.

A estimativa do FMI, no entanto, ainda está um pouco abaixo da do governo, que calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2%, neste ano. A previsão do Ministério da Economia para 2023 é de 2,5%.

A melhora do cenário para o Brasil ajudou a impulsionar a projeção para o crescimento da América Latina e Caribe, com o FMI vendo agora aumento do PIB da região de 3% este ano, 0,5 ponto a mais do que no relatório anterior.

Mas da mesma forma, a estimativa para a América Latina e Caribe no ano que vem piorou em 0,5 ponto, para 2%.

Economia mundial

De acordo com as previsões do FMI, o crescimento do PIB global desacelerará para 3,2% em 2022, ante uma previsão de 3,6%, divulgada em abril.

O crescimento mundial se recuperou em 2021 para 6,1% depois que a pandemia da covid-19 esmagou a produção global em 2020 com contração de 3,1%.

"A perspectiva piorou significativamente desde abril. O mundo poderá em breve estar à beira de uma recessão global, apenas dois anos após a última", disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em comunicado.

Entre os motivos que levaram o FMI a reduzir a projeção para o PIB mundial em 2022 em 0,4 ponto estão a inflação mais elevada em todo o mundo, desaceleração mais forte do que o esperado na China devido a novos surtos de covid-19 e repercussões negativas da guerra na Ucrânia.

Para a China, o fundo cortou as perspectivas de crescimento em 1,1 ponto para 2022 e em 0,5 ponto para 2023, indo respectivamente a 3,3% e 4,6%.

"Os riscos para o cenário são predominantemente negativos. A guerra na Ucrânia pode levar a uma interrupção repentina das importações de gás da Rússia pela Europa; pode ser mais difícil reduzir a inflação do que o esperado se os mercados de trabalhos estiverem mais apertados ou se as expectativas de inflação desancorarem", destacou o FMI.

*Com informações da Reuters.

Edição: Kelly Oliveira / AGÊNCIA BRASIL

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