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Narrativa renovada

POR MERVAL PEREIRA

  / O GLOBO

 

Entre mortos e feridos, poucos se salvaram, mas entre estes o PT, paradoxalmente, é um dos que resistiram à onda bolsonarista, apesar de derrotas emblemáticas em todo o país e de ter sido confinado ao nordeste, e mesmo assim não nas capitais e grandes cidades. Além de ter elegido a maior bancada da nova Câmara, reelegeu no primeiro turno os governadores da Bahia, do Ceará e do Piauí. E governadores aliados no norte e nordeste como Renan Filho, do MDB de Alagoas; Flávio Dino do PCdoB no Maranhão; João Azevedo do PSB na Paraíba, e Paulo Câmara do PSB em Pernambuco. E está no segundo turno da eleição presidencial pelo quinto ano seguido, embora pela primeira vez em posição de desvantagem.

 

A bancada petista no Senado caiu de nove para seis, mas, exceto o MDB, com 12 senadores (tinha 18 antes), nenhum outro partido terá mais representantes. O PT já tem papel de destaque caso Bolsonaro confirme sua vitória no segundo turno: liderará a oposição.

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De direita, não: contra Lula

José Nêumanne / o estadão

09 Outubro 2018 | 11h27

 

Brasileiro esperou para decidir no voto se quer ver Lula solto ou preso e se no governo ou na oposição. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Coleguinhas apressados no Brasil e no exterior, acadêmicos militantes e esquerda em geral tentam desqualificar os quase 50 milhões de votos de Jair Bolsonaro, do PSL, no primeiro turno da eleição presidencial como sendo onda conservadora, de direita. Certo está o colega José Roberto Guzzo, da Veja, que escreveu um post no Twitter ensinando a esses “inocentes” que, na verdade, o voto avassalador de domingo 7 não foi ideológico, mas contra Lula e tudo o que cheire a Lula. Líquido e certo: na votação final de 28 de outubro a maioria dos eleitores brasileiros vai decidir se quer Lula solto com o PT no poder ou, ao contrário, prefere petista preso e na oposição.

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Jaques Wagner diz que Haddad tem de assumir personalidade própria no 2º turno

Daniel Weterman e Ricardo Galhardo, O Estado de S.Paulo

08 Outubro 2018 | 22h38

Antes cogitado como um possível candidato do PT à Presidência, o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner cobra agora que Fernando Haddad assuma mais a própria personalidade no segundo turno da eleição e se desprenda da estratégia que o levou à segunda etapa da eleição, quando disputou buscando transferir os votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato.

"O Haddad chega ao segundo turno como a substituição do Lula, agora o Haddad do segundo turno é o Haddad", disse Wagner após uma reunião em São Paulo que o confirmou na coordenação da campanha do ex-prefeito da capital paulista ao Planalto. Ele destacou que é impossível "descolar" do ex-presidente, mas que "ninguém vive só do que foi". "Agora é hora de o Haddad dizer 'o meu programa de governo'."

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Bolsonaro chama Haddad de 'canalha' após proposta do petista de pacto contra notícias falsas

Luiz Raatz, O Estado de S.Paulo

08 Outubro 2018 | 20h45

O candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018Jair Bolsonaro, chamou nesta segunda-feira, 8, seu rival no segundo turno, Fernando Haddad, do PT, de "canalha" depois de o ex-prefeito paulistano ter proposto um pacto contra disseminação de notícias falsas na campanha. Segundo Bolsonaro, Haddad está inventando que ele pretende taxar os mais pobres. 

"O pau mandado de corrupto me propôs assinar "carta de compromisso contra mentiras na internet". O mesmo que está inventando que vou aumentar imposto de renda pra pobre. É um canalha!", afirmou em sua conta no Twitter. Desde o início propomos (sic) isenção a quem ganha até R$ 5.000. O PT quer roubar até essa proposta."

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Haddad se encontra com Mangabeira Unger, 'guru de Ciro'

Ricardo Galhardo, O Estado de S.Paulo

08 Outubro 2018 | 21h58

No início da noite desta segunda-feira, 8, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, recebeu o ex-ministro Mangabeira Unger, espécie de guru de Ciro Gomes(PDT), para uma conversa a sós em um hotel em São Paulo. Na saída, o professor de Harvard tentou desconversar. "Estava visitando um amigo", disse ele. Diante da insistência dos jornalistas, ele admitiu. "Meu amigo Haddad, amigo de muitos anos".

Haddad busca o apoio de Ciro no segundo turno da disputa presidencial contra Jair Bolsonaro (PSL) e, apesar de acenos, ainda não recebeu uma declaração explícita de aliança. Nesta segunda-feira, o petista recebeu apoio do PSOL. Em resolução aprovada pela executiva nacional, o partido convoca sua militância para fazer campanha por Haddad mas afirma que vai manter a independência em relação ao PT. 

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