Em ato na Paulista, partidários de Bolsonaro criticam PT e falam em vitória no 1º turno
Gilberto Amendola, O Estado de S.Paulo
30 Setembro 2018 | 14h30
Atualizado 30 Setembro 2018 | 18h50
Partidários do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, se reuniram neste domingo, 30, na Avenida Paulista em São Paulo um dia depois de manifestações contra o candidato terem acontecido em todas as capitais do País e do exterior. Militantes e candidatos fizeram um apelo para eleitores de João Amoêdo (Novo) , Alvaro Dias(Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) se unirem em torno do capitão, na esperança de uma vitória no primeiro turno.
Em discurso aos manifestantes, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), e o candidato ao Senado Major Olímpio (PSL) criticaram o PT. A PM não divulgou estimativa de público na manifestação, que ocupou três quarteirões da Avenida Paulista. Olímpio disse que se a candidatura de Bolsonaro crescer "mais um Alckminzinho" - cinco ou seis pontos porcentuais nas pesquisas - seria possível vencer a eleição ainda no primeiro turno.
Em áudio, gravado no Rio de Janeiro, e divulgado durante a manifestação, Bolsonaro repetiu o mantra. “Vamos ganhar essas eleições no primeiro turno. A diferença será tão grande que será possível qualquer possibilidade de fraude. Chega de PT e de PSDB." O vice de Bolsonaro, general reformado Hamilton Mourão (PRTB), chegou a ser anunciado, mas não participou do ato.
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Aliados de Bolsonaro acham que crescimento de Haddad nas pesquisas estimula voto no capitão do Exército
Ao ser considerado o principal oponente dos petistas
O crescimento de Fernando Haddad nas pesquisas de intenção de voto não tem sido motivo apenas para o PT comemorar. Aliados de Jair Bolsonaro acham que a ascenção do ex-prefeito de São Paulo é uma oportunidade para estimular o voto útil no capitão do Exército contra o Partido dos Trabalhadores. Usarão um discurso inverso ao de Geraldo Alckmin: de que, por ser líder nas pesquisas, Bolsonaro é o "passaporte" para evitar a vitória do PT.
Por Gabriel Hirabahasi /ÉPOCA
Polícia Militar recolhe material de campanha de Gleisi Hoffmann
Apreensão foi feita no centro de Curitiba
A Polícia Militar apreendeu no centro de Curitiba, nesta quinta-feira (27), material de campanha de Gleisi Hoffmann. A senadora, que é presidente do PT, tenta uma vaga na Câmara dos Deputados. O material, que estava exposto em camelôs, contém fotos do ex-presidente Lula, dando a entender que ele ainda seria candidato.
Por Murilo Ramos / ÉPOCA
Haddad ainda insatisfeito com os resultados obtidos no Nordeste
Potencial de votos está longe de ser atingido
A campanha de Fernando Haddad, candidato do PT ao Planalto, pretende intensificar ações no Nordeste. As pesquisas eleitorais mostram que muitos votos que seriam dados ao ex-presidente Lula, na região, ainda não foram parar na conta do ex-prefeito de São Paulo. MURILO RAMOS ÉPOCA
A uma semana da eleição, a crise voltou às ruas
Muitos dirão que, comparadas com as multidões maciças da jornada de 2013, as eloquentes manifestações anti-Bolsonaro deste sábado foram miúdas. Outros alegarão que os atos pró-Bolsonaro, mais mixurucas, crescerão a partir deste domingo, para indicar que o pedaço do eleitorado avesso à volta do PT ao poder não pode ser negligenciado. Quem olhar para o asfalto com as lentes caolhas e reducionistas da polarização arrisca-se a perder a essência do que está se passando.
São quatro as mais importantes, as mais básicas características de Sua Excelência o fato. Eis a primeira e mais óbvia constatação: a sociedade brasileira está trincada. A segunda obviedade é alarmante: as eleições presidenciais de 2018 não devolverão o sossego ao país. A terceira percepção é inquietante: Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, líder e vice-líder das pesquisas, apresentam-se como solução sem se dar conta de que são parte do problema. A quarta evidência é exasperante: o que se vê nas ruas é apenas o nariz daquilo que Juscelino Kubitschek apelidou de ''o monstro''.