Entre malucos e cachaceiros / ISTOÉ
A que nível desceu o debate político. O Brasil não se envolve mais em discussões sobre plataformas, soluções, caminhos a seguir. Nada construtivo. Prefere o xingamento entre facções distintas nesse embate polarizado, à direita e à esquerda. Seus proeminentes líderes atiçam e participam ativamente do bate-boca. Eles próprios estabeleceram assim o nível rastaquera, invariavelmente rude e ignorante da luta ideológica.
Lula, o comandante condenado dos petistas, o escroque das finanças públicas que não perde, jamais, a verve um tanto quanto tosca com pitadas de blague, disse que o País não pode ser governado por esse “bando de maluco”. Bolsonaro, que deveria ter ficado calado, preservando o rito cerimonioso do posto que ocupa, tascou de lá a resposta no estilo apoquentado que já o marcou:”pelo menos não é um bando de cachaceiros”. Ficamos assim então, entre malucos e cachaceiros.
Falta macho no governo
É surpreendente a evolução científica no campo da oncologia. Pelo mundo todo são anunciadas novas terapias quase que semanalmente. Descobertas que aumentam a sobrevida e a qualidade de vida daqueles que batalham contra os mais variados tipos de câncer. Os brasileiros, porém, estão distantes dessa evolução. Milhares de pessoas que passaram anos e anos pagando um plano de saúde, quando precisam dessas drogas, se vêem abandonadas. Sim, são remédios caríssimos! Mas, para boa parte da população também foram caríssimas as mensalidades dos convênios. E só quando estão fragilizadas física e emocionalmente é que vão perceber que além do plano de saúde precisam contratar advogados para obter a medicação por via judicial.
Palocci atuou para beneficiar Amil, diz Receita
Um relatório da Receita pode criar problemas para a Amil. De acordo com o documento, o fundador Edson Bueno (já falecido) comprou apoio político para a criação de leis que perdoaram 200 milhões de reais em multas e prorrogaram incentivos de 880 milhões.
O caso, que faz parte da operação Zelotes, envolve Antonio Palocci, a atuação incansável de Eduardo Cunha, pagamentos para intermediários e um depósito de 100 milhões de dólares para um fundo chamado Angel Strategies nas Ilhas Cayman.
De acordo com a Receita, Bueno estava empenhado pessoalmente no caso.
“Foi uma longa jornada, trilhada nos gabinetes do Congresso e do Executivo”, diz o documento.
Aberta a janela para “doações” em 2014, a Amil, “fugindo completamente ao seu perfil”, entregou nada menos que cerca de 30 milhões às agremiações partidárias com representação significativa no Congresso. Desses “mimos” se destacam 11,8 milhões deixados para o partido de o MDB, 7 milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff e 4,95 milhões para o PSDB. VEJA
Pauta-bomba é trunfo do STF em relação com o Planalto
O STF tem um trunfo na manga se a relação com o Planalto entornar.
Tratam-se de bombas fiscais, que podem resultar em perdas de 50 bilhões de reais aos cofres públicos.
São processos tributários que aguardam uma decisão da Corte há muito tempo ou que foram interrompidos por pedidos de vista.
Procuradoria Regional Eleitoral pede inelegibilidade, multa e cassação de Audic Mota
A Procuradoria Regional Eleitoral pede a inelegibilidade, pelo abuso de poder político, e multa pela configuração de conduta vedada, além da cassação do registro/diploma do deputado estadual Audic Mota (PSB). A decisão é do procurador regional eleitoral, Anastácio Nóbrega Tahim Júnior, expedida na última terça-feira, dia 30, e é resultado de uma ação interposta pela deputada estadual Patrícia Aguiar (PSD).
De acordo com a decisão o “abuso do poder político e midiático, bem como conduta vedada, beneficiou o então candidato a deputado estadual Audic Mota”, consta o parecer No 7582/2019-2019/PRE/ANTJ. Esse parecer é complementar e confirma a decisão anterior do mesmo teor.
“Dessa forma, tem-se que a nova manifestação do representado (deputado Audic Mota) não incluiu nenhum fato novo que pudesse vir a desconstituir o pleito autoral, motivo pelo qual seguimos com a posição de que a presente AIJE deve ser julgada procedente, devido a todos os fatos já expostos em parecer emitido por esta PRE (ID 1573977)
Produção industrial cai 1,3% em março, pior resultado desde setembro
Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1 — São Paulo e Rio de Janeiro
A produção industrial brasileira registrou em março uma queda de 1,3%, na comparação com fevereiro, eliminando o crescimento de 0,6% observado no mês anterior, segundo divulgou nesta sexta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com mais esse resultado negativo, o setor passou a acumular queda de 2,2% no ano.
Trata-se do pior resultado mensal desde setembro do ano passado, quando houve queda de 2,1% na produção do setor.
Na comparação com março do ano passado, a indústria caiu 6,1%, queda anual mais intensa desde maio de 2018 (-6,3%).
O resultado de março veio pior que o esperado pelo mercado. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de quedas de 0,7% na comparação mensal e de 4,6% na base anual.
No acumulado em 12 meses, o setor passou a ter queda de 0,1% – primeiro resultado negativo desde agosto de 2017 (quando também recuou 0,1%), o que confirma a leitura de perda de ritmo e maior fraqueza da economia brasileira.