Análise: Oposição a Bolsonaro não estabelece diálogo com sociedade
01 de maio de 2019 | 05h00
A eleição de Jair Bolsonaro, que gerou várias expectativas de mudanças, acabou desencadeando rapidamente um profundo sentimento de incerteza. Tal fato decorre não apenas do anúncio de várias medidas controversas que impactam diversos setores da administração pública e cidadãos de maneira geral, mas, sobretudo, das dificuldades demonstradas pelo governo de enfrentar o desafio de encaminhar reformas, como a da Previdência, e de atender compromissos assumidos com diferentes segmentos sociais que o apoiaram durante as eleições.
Como pôde ser observado no decorrer dos vários episódios que geraram crise na relação do governo com o Congresso, nenhum dos problemas responsáveis pelo atraso nos debates da reforma da Previdência, ou mesmo em relação à paralisação das discussões do projeto anticrime, foi fruto de alguma ação organizada dos partidos de oposição. Declarações e tuitadas do presidente e de assessores, ou mesmo de seus filhos, foram responsáveis por um conjunto de mal-estar que deteriorou a relação do governo com a sua própria base parlamentar.
Atos do Dia do Trabalho costumam criticar políticas econômicas e servir de palanque político
01 de maio de 2019 | 05h00
A oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro pretende utilizar os atos comemorativos ao 1.º de maio como uma grande mobilização contra ao governo. Diferente de anos anteriores, onde eventos de organizações diferentes eram considerados rivais e nem sempre defendiam as mesmas causas, dez centrais sindicais brasileiras estarão reunidas nesta quarta-feira, 1º, para solidificar o ato.
Tendo como alvo principal a reforma da Previdência e discursos políticos, os atos desta quarta não devem se divergir daqueles de governos anteriores nos aspectos de criticar políticas econômicas do governo, além de servir de palanque para a oposição.
Confira como foram celebrados os atos do Dia do Trabalho em governos anteriores no marco de quatro meses de novas administrações.
Segunda Turma do STF julgará pedido de libertação de presos condenados em 2ª instância
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar presencialmente um habeas corpus coletivo que pede a libertação de presos após condenação na segunda instância da Justiça.
O habeas corpus, impetrado por um advogado, contesta uma súmula do Tribunal Regional Federal (TRF-4) que permitiu as prisões – o TRF-4 autorizou, entre outras, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
‘Tempo de esquemas nebulosos na atividade sindical chegou ao fim’, diz Moro
Breno Pires/BRASÍLIA / O ESTADO DE SP
30 de abril de 2019 | 19h12
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que ‘o tempo de esquemas nebulosos da atividade sindical chegou ao fim’, ao oficializar, na tarde desta terça-feira, 30, o início do funcionamento do novo sistema de registro sindical no país, digital e mais transparente do que o modelo do extinto Ministério do Trabalho.
Há, no entanto, um movimento em curso no Congresso para retirar a atividade de dentro das atribuições da pasta e enviar ao Ministério da Economia, que absorveu a pasta do Trabalho. E, diferentemente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Moro não se opõe à saída do registro sindical da pasta.
A retirada do registro sindical e do Coaf são algumas das condições que o chamado ‘centrão’ – bloco no Congresso formado por partidos fisiológicos – busca impor para a aprovação da Medida Provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 1.º de janeiro que reorganizou os ministérios.
Liberais 'simplificam, reduzem ou fazem substituição', mas não elevam impostos, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (30) que não o governo não fará aumento de impostos. Segundo Guedes, liberais, como definiu os integrantes da equipe econômica, podem reduzir ou fazer substituição tributária, mas não elevar impostos.
A declaração foi dada após almoço com o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e motivada por uma entrevista do secretário-especial da Receita Federal, Marcos Cintra, ao jornal "Folha de S.Paulo". Na entrevista, Cintra disse que, com o imposto sobre pagamentos em discussão na área econômica do governo, até mesmo fiéis de igrejas serão tributados quando contribuírem com o dízimo.
A indústria das indústrias
30 de abril de 2019 | 03h00
A Máquina que Mudou o Mundo é o título de livro escrito por James P. Womack, Daniel T. Jones e Daniel Roos, provavelmente o mais difundido entre aqueles que apreciam a história da indústria automobilística. É conhecido, também, Iacocca, uma Autobiografia, escrito por Lee Iacocca em parceria com Willian Novak, cuja leitura se recomenda a jovens engenheiros. Relata os anos em que Iacocca trabalhou para Henry Ford II e as experiências vividas no interior da grande empresa, onde se projetou como executivo e criador do automóvel Mustang, em 1964.
A indústria das indústrias, como a denominou Peter Drucker, surgiu no início do século 20, quando Henry Ford evoluiu da oficina artesanal para a produção em massa, introduzindo a linha de montagem e a intercambialidade de componentes e peças, para permitir que se substituíssem e se ajustassem facilmente entre si. Com a criatividade que fez dele um dos pais da 2.ª Revolução Industrial, Henry Ford projetou máquinas-ferramentas e treinou milhares de empregados na operação dos novos equipamentos. Na década de 1920, da fábrica instalada em Detroit saíam anualmente 2 milhões de veículos exatamente iguais cujos preços haviam sido reduzidos graças a inovações no processo de fabricação.