Negociação ou negociata - Ana Maria Machado é escritora
É notório que o ex-jogador Júnior é mangueirense. Sua presença no desfile da Mangueira não surpreendeu ninguém. Mas, poucas horas antes, ele já tinha desfilado pelo Salgueiro, concorrente direto de sua escola. Ninguém pensaria em agredi-lo por causa disso. Afinal, no futebol que constituiu toda a sua vida profissional, o supercampeão já aprendera esse princípio básico que possibilita o esporte e tantas outras criações coletivas da humanidade: adversário não é desafeto. Ao sair no Salgueiro, Júnior não estava traindo nada nem ninguém. Só confirmava seu respeito à força do samba, à amizade, a suas raízes e à cultura em que fomos criados. Paulinho da Viola, com o sangue azul da Portela a correr em suas veias, rio que passa em sua vida e leva seu coração, não ficou menos portelense ao incluir em seu repertório um clássico como “Sei lá, Mangueira”, em antológica gravação. E numa partida internacional, um jogador do Flamengo que esteja na seleção brasileira passa a bola para um jogador do Vasco fazer gol. Sabe que naquele momento o objetivo envolve algo maior.
Mensagens provam que OAS bancou reformas para Lula
Em fevereiro de 2014, as obras do Edifício Solaris, no Guarujá, tinham acabado de ser concluídas. A OAS era a empreiteira responsável. O apartamento 164-A, embora novo em folha, já passava por uma reforma. Ganharia acabamento requintado, equipamentos de lazer, mobília especialmente sob encomenda e um elevador privativo. Pouca gente sabia que o futuro ocupante da cobertura tríplex de frente para o mar seria o ex-presidente Lula. Era tudo feito com absoluta discrição. Lula, a esposa, Marisa Letícia, e os filhos visitavam as obras, sugeriam modificações e faziam planos de passar o réveillon contemplando uma das vistas mais belas do litoral paulista. A OAS cuidava do resto. Em fevereiro de 2014, a reforma do sítio em Atibaia onde Lula e Marisa descansavam nos fins de semana já estava concluída. O lugar ganhou lago, campo de futebol, tanque de pesca, pedalinhos, mobília nova. Como no tríplex, faltavam apenas os armários da cozinha.
Impostos pagos por brasileiros chegam a R$ 300 bilhões em 2016
O valor pago pelos brasileiros neste ano em impostos alcançou R$ 300 bilhões por volta das 21h desta sexta-feira (19), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado, o valor foi alcançado no mesmo dia.
A marca de R$ 300 bilhões equivale ao montante pago em impostos, taxas e contribuições no país desde o primeiro dia do ano. O dinheiro é destinado à União, aos estados e aos municípios.
“A marca de R$ 300 bilhões foi atingida no mesmo dia que no ano passado, mas sobre um PIB menor, ou seja, sobre um nível de atividade menor. Em outras palavras, significa dizer que o brasileiro está gerando menos riquezas, mas pagando os mesmos impostos de antes. E o governo ainda quer mais”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).
Segundo a ACSP, é possível com R$ 300 bilhões comprar 11,3 milhões de carros populares, pagar por 20,3 mil meses a conta de luz de todos os brasileiros ou contratar 22,9 milhões de professores do ensino fundamental por ano.
Polícia Federal encontra superfaturamento em contratos de informática do STJ
Uma perícia da Polícia Federal encomendada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) aponta um superfaturamento de pelo menos R$ 8 milhões em contratos de R$ 30 milhões na área de informática da Corte. Os peritos chegaram a esse valor comparando os preços contratados pelo STJ e os de mercado. Eles apontaram, também, indícios de acerto prévio entre as empresas concorrentes. As irregularidades ocorreram quando o ministro João Noronha era o responsável pela área de informática. Integrantes da comissão interna escalados para apurar as irregularidades reclamaram que estavam sendo sabotados na investigação e, por isso, a PF foi acionada. A Procuradoria-Geral da República também investiga os principais suspeitos do caso. O STJ e o ministro João Noronha não quiseram se manifestar sobre o episódio.
Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht, diz MPF - EPOCA
Nos últimos meses, os procuradores do Núcleo de Combate à Corrupção em Brasília dedicaram-se intensa e discretamente à investigação criminal sobre as suspeitas de tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da Odebrecht. Com a ajuda de peritos e de outros procuradores, como aqueles que integram a Força-Tarefa da Lava Jato, recolheram centenas de páginas de documentos das empresas de Lula, da Odebrecht e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, que liberava o dinheiro indiretamente à empreiteira. Analisaram telegramas diplomáticos sobre a atuação de Lula e dos executivos da Odebrecht no exterior, descobriram notas fiscais e mapearam as viagens e os encontros dos investigados. Ouviram as versões de Lula e receberam as defesas da Odebrecht e do BNDES. Apesar da complexidade do caso, o exame detido das provas colhidas até o momento conduziu os procuradores a uma conclusão: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu o crime de tráfico de influência.
Um governo sem rumo - O ESTADO DE SP
Para um governo que já enviou ao Congresso um Orçamento com previsão de déficit – uma das obras-primas do jeito petista de governar –, não causa nenhuma surpresa a declaração de Dilma Rousseff, feita recentemente a senadores da base aliada, segundo a qual não há mais espaço para corte de gastos. Trata-se de uma confissão de incompetência apenas natural numa administração já definitivamente marcada como uma das mais ineptas da história nacional. O Estado brasileiro sempre foi dependente da gastança desenfreada, mas na gestão petista esse vício passou a ser visto como uma virtude. Não foram poucas as ocasiões em que próceres petistas se vangloriaram de ter dado prioridade a programas sociais milionários quando o caixa estava baixo, simplesmente fazendo os cofres estatais verterem maná. Quem quer que, diante de tamanha imprudência, tenha ousado clamar por uma administração responsável do escasso erário foi desde logo qualificado como “inimigo do povo”, ou então como gente de pouca fé, para usar uma alegoria bem ao gosto da seita petista e de seu profeta, Luiz Inácio Lula da Silva.