PSDB pede envio de documentos da Acarajé ao TSE
O PSDB vai representar nesta terça-feira ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) solicitando que todos os documentos da Acarajé, a 23ª fase da Lava-Jato, sejam juntados ao processo de cassação de mandato eletivo contra Dilma Rousseff e Michel Temer. Na petição, o PSDB também solicita que Zwi Skornicki, operador da Petrobras, seja ouvido na ação para explicar o contrato com a empresa do marqueteiro João Santana e as transferências de recursos para ele no exterior. Os tucanos devem apostar daqui para a frente na “saída TSE”. Caso o tribunal aprove a cassação da chapa, haveria nova eleição. VEJA
O "risco acarajé": Delcídio avisou Dilma de repasses da Odebrecht a Santana
Foi por pouco, questão de 48 horas, mas o senador Delcidio do Amaral (PT-MS) conseguiu deixar a cadeia a tempo de ver se concretizar uma profecia sua e, enfim, poder dizer: "eu avisei". Em junho de 2015, o petista, que ganhou liberdade na sexta-feira, já se mostrava preocupado com os pagamentos no exterior de despesas da campanha de Dilma Rousseff em 2014 pela Odebrecht. Conforme revelou VEJA em dezembro do ano passado, depois de uma reunião no gabinete de Dilma, Delcídio chamou-a de lado e disse a seguinte frase: "Presidente, a prisão (de Marcelo Odebrecht) também é um problema seu, porque a Odebrecht pagou no exterior pelos serviços prestados por João Santana à sua campanha". Aloizio Mercadante, que ainda chefiava a Casa Civil, contrariou o senador. Para ele, Odebrecht "era problema do Lula". Ao deixar o Palácio do Planalto, espantado com o desconhecimento da presidente sobre o envolvimento financeiro do PT com as empreiteiras implicadas na Lava-Jato, Delcídio a definiu como "autista" a um colega de partido. "A Dilma não sabe o que é passar o chapéu porque passaram o chapéu por ela", arrematou. (João Pedroso de Campos, de São Paulo) VEJA
Repasses a marqueteiro no exterior ocorreram no período de reeleição de Dilma
Diante das disputas políticas e jurídicas sobre o andamento do processo de impeachment e do pedido de cassação da presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um novo ingrediente pode dar ainda mais força ao pedido de cassação da petista do mandato no Executivo. É que investigadores da Operação Lava Jato detectaram que dos cerca de 7,5 milhões de dólares repassados ao marqueteiro João Santana no exterior, os pagamentos mais recentes ocorreram no final do ano de 2014, ou seja, na época em que o publicitário atuava ativamente na campanha à reeleição de Dilma.
Vídeo: a lancha, carros e 'acarajés' apreendidos pela PF
A Polícia Federal apreendeu nesta segunda-feira mais de 300.000 reais em moeda nacional e estrangeira na 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada Acarajé. O dinheiro foi levado pelos agentes durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em São Paulo, que incluíram a sede da Odebrecht e o apartamento do marqueteiro João Santana, recolhido pela Justiça. No vídeo a seguir, a PF mostra os agentes contanto o montante apreendido. Também foram recolhidos uma lancha e carros antigos de colecionador do operador Zwi Skornicki, no Rio de Janeiro. Confira. VEJA
PRESO NO RIO O EMPRESÁRIO ZWI SKORNICKI
O empresário Zwi Skornicki foi preso hoje (22) na 23ª Fase da Operação Lava Jato, denominada Acarajé. Ele é representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, de Cingapura, e é acusado de pagamento de propinas em negócios com a Petrobras. Skornicki foi preso em casa em um condomínio da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e foi levado para a superintendência da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá, na região portuária da cidade.
PF: offshores da Odebrecht pagaram US$ 3 mi a Santana
De acordo com os investigadores da força-tarefa da Lava Jato, o marqueteiro recebeu US$ 4,5 milhões não declarados no exterior, mas ainda está sendo investigado para quem foram repassadas outras somas de dinheiro; o juiz Sérgio Moro determinou o sequestro de um apartamento do publicitário em São Paulo, no valor de US$ 3 milhões, que segundo informou a PF em coletiva de imprensa, seria um "ato de lavagem"; de acordo com os procuradores, João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, tinham conhecimento da origem do dinheiro; "É bom deixar claro que esses recursos têm como origem o esquema de corrupção da Petrobras, não de simples caixa 2", afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos; o MP voltou a pedir a prisão de Marcelo Odebrecht, desta vez indeferida por Moro. BRASIL 24-7