Governo decide mudar meta e descarta aumento de imposto
Andreza Matais, Renan Truffi e Murilo Rodrigues Alves
13 Agosto 2017 | 23h53
O governo deve anunciar nesta segunda-feira que as contas públicas deste e do próximo ano fecharão no vermelho em R$ 159,5 bilhões. Esse foi o valor do rombo registrado em 2016, mas a equipe econômica trabalhava com metas menores de déficit para este ano (R$ 139 bilhões) e 2018 (R$ 129 bilhões).
Reforma ultrajante
O Estado de S.Paulo
13 Agosto 2017 | 03h00
Diante da premente necessidade de uma profunda reforma política, que melhore a qualidade da representação e renove o sistema partidário, é um ultraje o que a Câmara dos Deputados, por meio da comissão responsável por estudar o tema, vem fazendo. Os pontos aprovados na semana passada fazem parecer que o objetivo da comissão é justamente piorar ainda mais o sistema político, com alterações que são verdadeiras aberrações.
A picareta política e o buraco das contas
Rolf Kuntz, O Estado de S.Paulo
13 Agosto 2017 | 03h00
É preciso olhar para o jogo feio dos políticos e para o desarranjo das instituições, a começar pela muito louvada Constituição cidadã, para entender o buraco das contas públicas nacionais. Esse buraco é cavado principalmente com a picareta política. Esqueçam, por enquanto, os inocentes manuais de finanças públicas e de macroeconomia. Revejam o noticiário da semana. Centrão cobra cargos e ameaça travar Previdência foi a manchete do Estadão na quinta-feira.
Simplificação tributária
O Estado de S.Paulo
13 Agosto 2017 | 03h00
A despeito da gravidade da crise fiscal para a qual buscam uma solução urgente, autoridades e técnicos da área tributária têm procurado oferecer às empresas meios que, embora de aparência simples, reduzam a burocracia e facilitem seu relacionamento com o Fisco. São medidas administrativas destinadas a cortar custos das empresas, dando-lhes mais produtividade e competitividade, e a melhorar o ambiente de negócios, para estimular os investimentos indispensáveis ao crescimento sustentado.
Voracidade e desfaçatez
O Estado de S.Paulo
13 Agosto 2017 | 03h00
Parece imensurável a desfaçatez de autoproclamados dirigentes sindicais quando se trata de defender seus interesses e privilégios. Formados no modelo sindical de nítida inspiração fascista criado na ditadura do Estado Novo, esses dirigentes se acostumaram às facilidades financeiras propiciadas por um sistema que até agora lhes garantiu e às entidades que dirigem à sua moda dinheiro suficiente para sustentar seu conforto pessoal e suas arengas em nome dos direitos dos trabalhadores que dizem representar. Não querem perder a boquinha. Por isso, eles se esforçam para anular, na indispensável reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Michel Temer no mês passado, aquilo que ela tem de mais modernizador e moralizador no que se refere à estrutura e à atividade sindical: o fim do imposto sindical. Pior ainda: mais do que restabelecer alguma forma de retirar compulsoriamente dinheiro do bolso do trabalhador para manter a atual estrutura sindical e seus imensos defeitos, eles querem duplicar ou até triplicar o montante que arrecadam por esse meio.
Lulécio 2018 =
Vera Magalhães, O Estado de S.Paulo
13 Agosto 2017 | 05h00
Em 2002, quando Lula ainda batalhava contra o estigma de eterno derrotado para chegar ao Planalto vencendo o PSDB, ficou famosa a dobradinha Lulécio, um arranjo informal em Minas para que eleitores sufragassem ao mesmo tempo o petista para a Presidência e Aécio Neves para o governo. O fato é que o slogan colou, e o tucano José Serra foi derrotado em Minas, fenômeno que se repetiria quatro anos depois, com Geraldo Alckmin.