O país do cabeça para baixo ISTOÉ
Era uma vez, numa terra muito distante, o País do Cabeça Para Baixo.
Lá, tudo é ao contrário.
A água, ao invés de descer, sobe pelas cachoeiras.
As árvores crescem de ponta cabeça com as raízes para cima a as copas enterradas no chão.
Os carros andam de ré.
A chuva brota do chão e cai para cima.
As conversas começam com “adeus” e terminam em “oi”.
Nesse país, tudo é o oposto do que a gente imagina.
Que fim levará o Nordeste? 2
No começo, o PT era um partido da classe média intelectualizada e dos operários das indústrias dos grandes centros. Em 2002, quando Lula foi eleito presidente pela primeira vez, o perfil era o mesmo. As políticas assistencialistas da era petista, como o Bolsa Família, provocaram uma mudança radical no quadro. As vitórias passaram a vir dos grotões nordestinos, onde vive a população de mais baixa renda e mais dependente desses projetos sociais. No primeiro turno das eleições deste ano, no entanto, começou a virada no curral eleitoral petista.
A ameaça obscurantista à educação
Escolas e universidades, locais onde a liberdade de pensamento e a argumentação científica deveriam imperar, viraram o palco de uma selvagem disputa ideológica que parece estar só começando. Suásticas pichadas, ameaças criminosas contra minorias e a defesa de posições reacionárias estão proliferando no ambiente educacional brasileiro nas últimas semanas, indicando uma grave fratura social.
Um dos mais recentes ocorreu na quarta 17, quando foram encontradas mensagens homofóbicas nos banheiros da reitoria da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ao lado da cruz nazista, os rabiscos: “Morte aos gays”, “Morte aos viados”, “Morte a todos os LGBT”. Em São Paulo, no mesmo dia, portas de apartamentos estudantis da USP amanheceram riscadas com o símbolo nazista. Na manhã anterior, duas suásticas foram desenhadas em uma lousa de uma sala do curso de Arquitetura da PUC-Rio.
Rede de Marina vai deixar de existir
É preciso ter partidos consistentes. A feira de partidos que existem só para poder pegar fundo partidário é uma aberração”. Ao defender a cláusula de barreira em setembro, o vice de Mariana Silva (Rede), Eduardo Jorge (PV), não havia atentado para o risco que a legenda de sua companheira de chapa corria. Após a pífia campanha na eleição presidencial, a Rede de Marina vê-se às voltas com a ameaça de extinção. O partido só conseguiu eleger um deputado, a indígena Joenia Wapichana, de Roraima. Pela nova legislação, para obter os recursos do fundo, precisaria ter tido representantes em pelo menos outros oito estados.
Agora, Eduardo Jorge tenta oferecer a Marina a hipótese de fusão com o PV, partido do qual Marina saiu para fundar a Rede. Na negociação, poderia entrar também o PPS.
Congresso pode votar vetos presidenciais na quarta-feira
Apesar de não haver sessão de votações da Câmara dos Deputados na próxima semana, os parlamentares têm agendada uma sessão conjunta do Congresso Nacional para quarta-feira (24), às 11 horas, com sete vetos trancando a pauta. Entre eles, o veto total ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 500/18, do deputado Jorginho Mello (PR-SC), que permitia o retorno ao Simples Nacional (Supersimples) das empresas desligadas desse regime especial de tributação por falta de pagamento de tributos posteriormente renegociados.
Esse projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional para permitir que empresas excluídas antes da derrubada de outro veto ao projeto de lei sobre parcelamento pudessem voltar ao Simples Nacional.