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Rede de Marina vai deixar de existir

 

É preciso ter partidos consistentes. A feira de partidos que existem só para poder pegar fundo partidário é uma aberração”. Ao defender a cláusula de barreira em setembro, o vice de Mariana Silva (Rede), Eduardo Jorge (PV), não havia atentado para o risco que a legenda de sua companheira de chapa corria. Após a pífia campanha na eleição presidencial, a Rede de Marina vê-se às voltas com a ameaça de extinção. O partido só conseguiu eleger um deputado, a indígena Joenia Wapichana, de Roraima. Pela nova legislação, para obter os recursos do fundo, precisaria ter tido representantes em pelo menos outros oito estados.

 

Agora, Eduardo Jorge tenta oferecer a Marina a hipótese de fusão com o PV, partido do qual Marina saiu para fundar a Rede. Na negociação, poderia entrar também o PPS.

 

Mas as conversas nesse sentido pareceram ignorar a alteração que houve na Lei dos Partidos Políticos. No artigo 29, é vedada a fusão ou incorporação de partidos políticos que tenham obtido o registro há menos de cinco anos. É o caso da Rede. Assim, as idas e vindas de Marina, na sua sina de desaparecer por quatro anos, ressurgir das cinzas para disputar eleição, podem ter chegado ao seu último capítulo.

 

O resultado eleitoral é certamente fruto do próprio salto no despenhadeiro que virou a campanha de Marina. Durante muito tempo, ela apareceu em segundo lugar nos cenários sem Lula e o PT na disputa. Era ainda a candidata com maior percentual de chance no segundo turno.

 

Ao longo da campanha, foi despencando. Marina parece ter sido duramente punida pela repetição de pecados que já a atingiram nas eleições anteriores. Especialmente por ter sido omissa em tecer opinião em momentos cruciais em que sua posição era esperada. De exótica, ela tornou-se um animal político ameaçado de extinção. ISTOÉ

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