Bolsonaro defende fim da reeleição e redução de parlamentares em até 20%
Jussara Soares / FOLHA DE SP
RIO - O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro , defendeu, neste sábado, o fim da reeleição e, que se vitorioso nas urnas no próximo domingo, a nova regra já passe a valer para ele próprio. Sem detalhar a proposta, o capitão da reserva afirmou ainda que atuará por uma reforma política que reduza o número de parlamentares em até 20%.
— Um presidente não tem autoridade de fazer reforma política, cada parlamentar vota de acordo com seu interesse. O que eu pretendo fazer, tenho conversado com o Parlamento também, é fazer uma excelente reforma política para acabar com instituto da reeleição, que no caso começa comigo se eu for eleito, e diminuir um pouco, 15% ou 20%, a quantidade de parlamentares - disse Bolsonaro.
Voto concentrado no Nordeste será desafio para o PT
Dos 31 milhões de votos obtidos por Fernando Haddad no primeiro turno, quase metade saiu das urnas do Nordeste. A popularidade do PT na região não é nenhuma novidade, mas o partido nunca dependeu tanto de seus principais redutos quanto agora.
Seja qual for o resultado da corrida presidencial, a composição do eleitorado petista passa por uma mudança este ano. O desgaste profundo da imagem da sigla e o avanço de Jair Bolsonaro (PSL) na classe média impulsionam esse rearranjo.
Informação e contrainformação
A situação é mais simples do que parece nessa guerra de informações, falsas ou verdadeiras, sobre a suposta – embora plausível – guerrilha ilegal de WhatsApp na campanha presidencial.
O PT está fazendo uma luta política, pois não existe possibilidade de impugnar a candidatura de Bolsonaro neste momento, a oito dias do segundo turno, e é muito difícil provar que houve abuso de poder econômico neste caso.
Não há nenhuma prova para basear o pedido de cassação de Bolsonaro, além da matéria jornalística inconclusiva da Folha de S. Paulo. Suspender a eleição, cassar Bolsonaro, ou chamar o terceiro colocado, como o PT e também o PDT querem, é fora de propósito.
A cristianização de Haddad - istoé
Mais do que um arroubo retórico ou desajuste na dose do rivotril, segundo as piadas mais infames, o discurso contundente de Cid Gomes, em evento do PT no Ceará, constituiu a pá de cal na candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República. Acabou. Não bastassem a vitalidade eleitoral exibida por Jair Bolsonaro, a consolidação de mais de 60% dos votos no candidato do PSL e a atração natural que um concorrente, digamos, com a “mão na faixa” exerce pela mera expectativa de poder, as cáusticas, mas sinceras palavras do político cearense representaram uma imensa janela de oportunidade para que partidos do espectro de esquerda — convocados a um cínico “pacto democrático” — cristianizassem o preposto de Lula.
Lula tentou combinar falso testemunho sobre reuniões com delator, diz Palocci
Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Luiz Vassallo
20 Outubro 2018 | 05h02
O delator Antonio Palocci afirma que, em 2014, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvao procurou para tentar combinar falso testemunho sobre encontros com João Carlos de Medeiros Ferraz, o ex-gerente da área de Finanças da Petrobrás que montou e virou presidente da Sete Brasil – empresa criada e contratada por US$ 22 bilhões para fornecer os primeiros 28 navios-sondas para exploração os poços de petróleo do pré-sal. A proposta teria sido feita quando a Operação Lava Jato já estava nas ruas e começava a chegar no esquema de corrupção nos negócios da estatal.
“Ele (Ferraz) foi falar com o presidente Lula sobre as dificuldades que ele tinha na Sete, pedindo apoio”, afirmou o ex-ministro da Fazenda do primeiro governo do PT e ex-Casa Civil de Dilma Rousseff. “O próprio presidente Lula me falou, porque ele (Ferraz) foi duas vezes ao presidente Lula e o presidente Lula queria depois que soube que o João Ferraz tinha pego propina, o presidente Lula queria que eu assumisse que eu tinha levado o Ferraz lá.”
Palocci narrou em um dos termos de seu acordo de colaboração premiada fechado com a Polícia Federal em Curitiba, homologado em junho, e que serve também para investigação da Operação Greenfield, sobre desvios em fundos de pensão de estatais, que o ex-presidente da Sete Brasil buscou apoio de Lula quando ele já não era mais presidente, entre 2012 e 2013, para os negócios da empresa.