O Globo traz detalhes escabrosos de ameaças a Wyllys
O Globo traz detalhes das ameaças de que o deputado Jean Wyllys é alvo. São coisas escabrosas. A íntegra do texto está aqui. Transcrevo trechos da reportagem e volto em seguida:
“Vou te matar com explosivos”, “já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”, “vou quebrar seu pescoço”, “aquelas câmeras de segurança que você colocou não fazem diferença”. Nos últimos dois anos, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) viveu uma rotina semanal de ameaças de morte .
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O GLOBO teve acesso nesta sexta-feira ao conteúdo de dezenas de ameaças contra Wyllys. Marcadas por declarações de ódio e de preconceito, elas se avolumaram ao ponto de fazer o parlamentar desistir de assumir o terceiro mandato como deputado federal, para o qual havia sido eleito em outubro passado com pouco mais de 24 mil votos.
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[DEPOIS QUE ANUNCIOU QUE NÃO ASSUMIRÁ O NOVO MANDATO]
“Nossa dívida está paga. Não vamos mais atrás de você e sua família, como prometido. Mesmo após quase dois anos, estamos aqui atrás de você e a polícia não pôde fazer para nos parar”.
Esse foi apenas o desfecho de um longo período de “terrorismo psicológico”, como definiu o parlamentar. Em novembro do ano passado, Wyllys afirmou ao GLOBO que “a campanha de fake news montada pelos inimigos da democracia que agora chegam ao poder (sobretudo a mentira do inexistente “kit gay”)” o transformaram “num pária para os eleitores desse maldito”, referindo-se a Bolsonaro. Disse ainda que esses grupos invadiam diariamente suas redes “com dezenas de milhares de xingamentos e ameaças, e colocou minha vida em risco em quase todos os lugares do Brasil”.
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“Eu vou espalhar 500 quilos de explosivo triperóxido de triacetona, explosivo tão perigoso e potente que é chamado de mãe de Satan pelos terroristas do Estado Islâmico. […] Se vocês duvidam que tenho capacidade para fazer isto, apenas vejam como é fácil produzir o explosivo”.
Em 15 de março de 2017, um e-mail foi encaminhado ao deputado contendo vários de seus dados pessoais, como endereço, placas de seu veículo e nomes de seus familiares.
“Vamos sequestrar a sua mãe, estuprá-la, e vamos desmembrá-la em vários pedaços que vamos te enviar pelo Correio pelos próximos meses. Matar você seria um presente, pois aliviaria a sua existência tão medíocre. Por isso vamos pegar sua mãe, aí você vai sofrer”.
Camilo Santana recebe Tasso, Girão e Wagner para discutir a crise de segurança
O governador Camilo Santana (PT) passou uma hora e meia reunido na sede do Governo Estadual, na noite desta sexta-feira (25), no Palácio Abolição, com parlamentares que fazem oposição ao seu governo. O tema do encontro foi a crise de segurança no Estado.
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O governador recebeu os senadores Tasso Jereissati (PSDB), Eduardo Girão (PROS) e também o deputado federal eleito Capitão Wagner (PROS). Em entrevista ao Diário do Nordeste, Wagner disse que os parlamentares irão buscar encontro com o ministro Sergio Moro e com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) para agilizar ações já solicitadas pelo governador.
"Vimos os pedidos que o Governo do Estado fez ao Governo Federeal que não foram atendidos ainda. Combinamos com os senadores de fazer um trabalho de articulação em Brasília", disse o deputado federal eleito.
Cid Gomes articula 'novo centrão' no Senado com possibilidade de unir até 50 parlamentares
Renan Truffi, O Estado de S.Paulo
25 Janeiro 2019 | 15h35
BRASÍLIA - Com o discurso de maior "independência" em relação ao governo de Jair Bolsonaro, o senador Cid Gomes (PDT) trabalha para formar um grande grupo de partidos no Senado, nos moldes do que foi o Centrão na Câmara. Sua intenção é juntar 12 partidos e uma maioria de 50 senadores em um único bloco ainda antes da eleição interna, em 1º de fevereiro. A ideia é aproveitar a força do grupo para propor mudanças e permitir maior distribuição de poderes da presidência da Casa e na Mesa Diretora.
Até agora, o bloco informal liderado por Cid antes mesmo de sua posse é formado por quatro siglas, PDT, PSB, PPS e Rede. O irmão de Ciro Gomes (PDT), derrotado no primeiro turno da disputa presidencial de outubro, tem se aproximado de lideranças de outras sete agremiações: PP, PTB, PSC, PSDB, PSD, Podemos, PRB e DEM. Nas conversas, eles discutem a criação de um agenda única tanto para a reestruturação de algumas dinâmicas internas do Senado como para a análise de pautas consideradas importantes para o País.
Entre os nomes que Cid já conversou estão Tasso Jeiressati (PSDB-CE) e Alvaro Dias(Podemos-PR), que, segundo pessoas envolvidas nas negociações, se disseram simpáticos à ideia do blocão, embora ainda não tenham batido o martelo se toparão participar.