Vox populi
26 de maio de 2019 | 06h00
Com apenas cinco meses de mandato, a aprovação ao governo de Jair Bolsonaro derrete a olhos vistos. Pesquisa da XP/Ipespe mostra que, numericamente, a avaliação negativa do presidente já supera a positiva. Segundo o levantamento, feito entre os dias 20 e 21 de maio, com margem de erro de 3,2 pontos porcentuais, subiu para 36% o número de entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo - há duas semanas, eram 31%. Já o porcentual de entrevistados que consideram a gestão ótima ou boa passou de 35% para 34% no mesmo período. Ou seja, em duas semanas, Bolsonaro perdeu seis pontos porcentuais de aprovação.
O derretimento tem sido constante desde fevereiro, quando a desaprovação a Bolsonaro estava na casa dos 17%. Já a aprovação ao presidente oscilou menos - saiu de 40% em fevereiro para 34% agora, indicando que pode haver uma espécie de “núcleo duro” de apoio ao governo. O grosso do eleitorado que passou a condenar a gestão do presidente provavelmente saiu da parcela que considerava Bolsonaro “regular” - que passou de 31% há duas semanas para 26% na última pesquisa. Isso sugere que a paciência dos que ainda esperam alguma coisa positiva do governo está acabando rapidamente.
Centro e Regional II têm maior número de casos de descarte irregular de lixo
Restos de material de construção e de móveis e lixo orgânico formam um cenário já frequente em muitas ruas da Capital. O acúmulo de lixo descartado em locais inapropriados incomoda moradores e pedestres. De acordo com a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), entre janeiro e abril deste ano, foram realizadas 807 fiscalizações e 353 autuações em situações de irregularidades relacionadas a resíduos sólidos. Os números se aproximam dos casos de todo o ano de 2018, quando aconteceram 1.065 fiscalizações e 976 autuações.
Ainda de acordo com o órgão, as áreas com o maior número de casos são o Centro e a Regional II, em bairros como Aldeota e Meireles. Já as multas variam de R$ 867,17 a R$ 21.679,38. Na rua Silva Paulet, junto ao muro de uma subestação da Enel, o acúmulo de lixo é um problema histórico assim como em calçadas de prédios desativados e em terrenos abandonados. A Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) informa que o acúmulo de resíduos nesses locais é geralmente ocasionado pelo descarte irregular realizado pela população e empresas no entorno.
Senado deveria manter MP 870/19
José Nêumanne / O ESTADEO DE SP
25 de maio de 2019 | 16h23
Em sua live, ao lado de Onyx Lorenzoni e do presidente da Embratur, o presidente Jair Bolsonaro pediu para o Senado manter a MP 870, que ele encaminhou para o Congresso logo após a posse, da forma como a Câmara aprovou. Com isso, o Coaf iria para o Ministério da Economia, e não ficaria no da Justiça, como prega o senador Álvaro Dias. Sempre defendi o Coaf sob Moro, mas corretamente o presidente não quer correr o risco de a MP caducar e o governo voltar a ter 29 ministérios em 3 de junho, para quando está marcada a votação. Afinal, Paulo Guedes não terá nenhuma intenção de sabotar o combate à corrupção e poderá gerir o Coaf com conselhos e até mesmo a participação de Moro. Por que não? Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.
Governo muda atribuições e jogo de forças na área de infraestrutura
O governo alterou atribuições de vários órgãos responsáveis pela gestão da área de infraestrutura federal, dando nova direção ao jogo de forças nesse segmento considerado vital para a retomada do crescimento.No rearranjo, explicam especialistas, ganham força o Ministério da Infraestrutura, sob o comando de Tarcísio de Freitas, e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).Com atribuições mais definidas, cresce também o espaço do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) —especialmente no que se refere a privatizações. Entre os que perdem com as mudanças está a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Há também uma redefinição no papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A instituição, que historicamente se destacou na concessão de crédito, assume a responsabilidade de elaborar projetos de infraestrutura, um antigo calcanhar de Aquiles na esfera pública.
As novas medidas constam de MP (medida provisória) publicada no Diário Oficial da União em 3 de maio, e, na avaliação geral do setor, buscam destravar obras, ampliar as concessões, agilizar as privatizações e até mesmo melhorar a interlocução com os caminhoneiros descontentes.
É espantoso estados serem contra MP do saneamento, diz ex-presidente da Sabesp
O engenheiro Jerson Kelman, 71, passou de crítico ferrenho a defensor da medida provisória que propõe um marco regulatório para o saneamento básico. A MP, que precisa ser votada até 3 de junho para não perder a validade, enfrenta a oposição de 24 governadores, que veem no texto uma ameaça às companhias estatais do setor.
Na opinião de Kelman, que presidiu a Sabesp entre 2015 e 2018, os maiores problemas do projeto foram dirimidos em sua tramitação. Na visão dele, o texto permite uma competição justa pela prestação dos serviços.
Doria versus Bolsonaro - ISTOÉ
Um desenho do novo quadro político nacional esteve montado em Nova York e Dallas, na semana passada. Foi preciso sair do dia a dia de Brasília para a percepção com absoluta clareza do jogo de forças em andamento. João Doria, o governador de São Paulo e articulador de um arco de entendimentos com o Congresso e o Judiciário – que estiveram juntos com ele no Brazilian Investment Forum do Lide na Big Apple e em inúmeros outros convescotes por lá –, habilitou-se à corrida sucessória e é hoje definitivamente o candidato preferido nos corações e mentes de investidores externos para assumir a Presidência da República mais adiante, após o próximo escrutínio.
Falta uma longa estrada até lá, mas as peças estão se movendo. O público presente ao que se convencionou chamar de Brazilian Week em Nova York se encantou com o estilo self-made-man de Doria e com as propostas que ele trouxe. Ninguém fala, o próprio nem toca no assunto, mas esteve implícito nas rodadas de conversas, nas exposições dos seminários, nos discursos dos dois, digamos, futuros adversários, que Doria está carimbando seu nome na cédula dos potenciais presidenciáveis.