Restaurantes self-service terão plano especial na reabertura
Os anúncios realizados pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), repercutiram de forma positiva entre os membros dos setores econômicos. A expectativa é de que o plano de retomada continue evoluindo, mas sem que as medidas de prevenção sejam enfraquecidas. O protocolo de atuação dos restaurantes nesta retomada, por exemplo, inclui medidas restritivas na entrada, já conhecidas pelas outras atividades, mas, no caso dos self-services, o controle se estende à circulação no buffet.
 O diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel-CE), Taiene Righetto, explica que o controle de circulação de pessoas inicia na porta de entrada, com verificação de temperatura, passagem por tapetes especiais sanitizantes, assim como o uso obrigatório de máscara até o momento em que a refeição chega na mesa. Após a saída dos clientes das mesas, o espaço será todo higienizado.
Taiene afirma que o momento de reabertura vai servir como teste para os restaurantes observarem o comportamento dos consumidores neste novo momento, mas a principal demanda será de trabalhadores em horário de almoço.
"Trabalhando junto ao Governo, conseguimos adiantar o protocolo para reabertura em uma semana, para preparar os espaços, pois não dá pra receber a informação em cima da hora e pôr em prática. Fizemos ações bem específicas para o self-service e vai estar muito seguro, pode ter certeza", completa.
Nos restaurantes, também foi instituído no protocolo que os garçons e atendentes utilizem máscara e a proteção de acrílico no rosto. O diretor do Sindicato dos Bares e Restaurantes do Ceará (Sindirest), Moraes Neto, afirma que, com as medidas de precaução anunciadas, as pessoas terão menor receio de ir aos restaurantes nesta retomada.
"Foi realizado um trabalho forte junto aos colaboradores, com os estabelecimentos oferecendo muito álcool gel e redobrando o cuidado com a limpeza, além de garantir o distanciamento de dois metros", destaca.
Nas atividades econômicas já em operação, a retomada pode ser ampliada para 100% de funcionamento. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, destaca que não é o momento para relaxar os cuidados. Ele relata que desde a fase de transição, o trabalho de conscientização dos lojistas e funcionários tem sido intenso e, na segunda fase, mais de 108 mil pessoas voltam ao trabalho na Cidade.
"A expectativa é positiva para esta segunda fase. Num primeiro momento, nosso maior querer era por reabrir depois de 78 dias fechados. Mas a retomada está sendo bem administrada e exitosa diante do medo que a população passou", acrescenta.
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Outra atividade que retoma as operações normais, com 100% da capacidade, é a construção civil. O presidente do Sindicato das Construtoras do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias, destaca que as atividades, mesmo liberadas desde a fase de transição, muitas empresas retornaram somente dias depois para atender na integralidade o protocolo de retomada, com distribuição, inclusive de kits de higiene e prevenção destinadas às famílias dos trabalhadores.
"As construtoras têm feito seu papel de monitorar os seus funcionários, até porque o nosso setor tem um risco menor de contaminação pois não há contato com o público em geral, pelas obras serem cercadas e o ambiente arejado, evitando aglomerações na entrada dos funcionários e almoço", finaliza.
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SELF-SERVICE
Na fila do buffet do self-service, o cliente terá as mãos desinfetadas por um funcionário do restaurante, o cliente vestirá luvas descartáveis e seguirá por marcações no chão, como um percurso por todas as opções do buffet.
Principais atividades econômicas vão reabrir
Nesta segunda fase do plano de retomada gradual implementada pelo Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza, permite a reabertura de restaurantes para o horário de almoço e do comércio e construção civil em plena capacidade, o que permite as atividades de maior importância para a atividade econômica cearense voltarem à ativa. A análise é do presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Coimbra.
Ele explica que a volta das atividades, como restaurantes, têm um peso significativo, pela capacidade de retomarem muitos empregos. "À medida em que mais cadeias produtivas são incluídas, retoma o grosso de faturamento das principais atividades, que atenderam por delivery se adaptando ao momento, mas que não proporciona o mesmo faturamento".
O presidente do Corecon-CE avalia que na medida em que as fases da retomada avancem, o nível de atividade econômica evolua lentamente e o mercado de trabalho seja beneficiado com a recolocação profissional de parte dos demitidos durante a crise, além daqueles que tiveram contrato suspenso.
"Observamos um processo de retomada que vem sendo lento e gradual, em que as pessoas conseguem ver o quanto o isolamento é importante e da importância de retomar de forma responsável, conscientiza as pessoas da gravidade da situação", avalia. OPOVO
Comércio celebra abertura na RMF
O avanço da Capital para a fase 2 e da Região Metropolitana para a fase 1 do Plano Responsável de Abertura das Atividades Econômicas e Comportamentais em Fortaleza foi comemorado pelo comércio.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro, ressalta que a flexibilização é positiva para a economia do Estado, mas considera a segurança sanitária o mais importante.
"É uma boa notícia que os índices de saúde estão permitindo esse avanço. Isso relaxa um pouco a tensão que vinha se acumulando. No Interior, ainda é preocupante e precisamos permanecer fechados", reconhece.
Ele admite que há certa impaciência entre os lojistas do Interior, que devem permanecer com as portas fechadas por pelo menos mais uma semana. "Os lojistas da Região Jaguaribana se mostraram frustrados com a prorrogação da transição. Eu tentei fazê-los ver que é necessário, que é melhor do que regredir lá na frente".
Agropecuária
Menos afetado pelas restrições, o agronegócio cearense ainda espera um posicionamento do Estado sobre a volta das feiras agropecuárias municipais. Segundo o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya, a atividade é de extrema necessidade.
"E o governador sabe disso. Ele até havia tentado iniciar a retomada desses eventos, mas ainda não ocorreu", ressalta Saboya.
Ele ainda cobra ações efetivas direcionadas ao setor. "É hora de discutir a agricultura em termos de ações concretas", cobra o presidente da Faec. COM DIARIONORDESTE
Exercícios individuais e assessorias esportivas são permitidos em Fortaleza, entenda as regras
Os exercícios individuais e os serviços de assessoria esportivas estão permitidos a partir de segunda-feira (22) em Fortaleza. A Capital progrediu para a fase 2 da reabertura econômica, conforme anunciou o Governador Camilo Santana neste sábado (20). O decreto estadual permite exercícios em vias públicas, desde que não formem aglomerações.
Neste fase, academias, clubes de exerícios e estabelecimentos semelhantes não podem funcionar. As pessoas podem praticar exercícios em vias públicas, com distância máxima de 2 km da casa do praticante. Os assessores esportivos credenciados no Conselho Regional de Educação Física ou em empresas constituídas voltam a trabalhar, desde que em ambientes privados, não comerciais, e ao ar livre.
Os praticantes devem utulizar máscara em todo o período das atividades, além de realizar higienização das mãos, com uso de álcool 70%. As máscaras devem ser trocadas a cada 2h, ou quando estiverem molhadas. Atividades de contato físico, compartilhamento ou revezamento de objetos e lançamento de equipamentos estão proibidas.
Para serviços assessoria esportiva, os profissionais devem disponibilizar materiais de higienete e são responsáveis pela limpeza dos equipamentos. Além disso, os alunos a são orientados a assinarem uma Autodeclaração de Condição Assintomática, para garantir que não estejam infectados.
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Praticantes e profissionais do grupo de risco ou com sintomas da Covid-19 não devem praticar atividades ao ar livre. Ao agendar os atendimentos, os profissionais devem se asseguar do estado de saúde dos clientes.
Também é recomendado que alunos e profissionais utilizem objetos próprios, como garrafas de água, toalhas e lenços, evitando a compra durante os exercícios. Para a limpeza dos objetos, os assessores devem utilizar luvas de látex.
O que volta na fase 2 com 40% do trabalho presencial*
*exceto atividades religiosas, que retornam com 20%.
- Agências de publicidade, marketing, edição e design;
- Indústrias e serviços de apoio: organizações associativas, contabilidade, direito e serviços de apoio administrativo;
- Consultoria em Tecnologia da Informação e Comunicação, software house e assistência técnica;
- Assistência social: defesa de direitos sociais e serviços de assistência social sem alojamento;
- Restaurantes;
- Atividades religiosas com 20% da capacidade;
- Aluguéis de equipamentos de esporte, cultura e lazer;
O Estado do Ceará contabilizou um total de 5.520 pessoas mortas em decorrência da Covid-19. O número de infectados em território cearense é de 92.397, seugndo os dados da última atualização do boletim epidemiológico, divulgados às 17h36 deste sábado (20), na plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Fortaleza tem 32.794 infectados e 3.109 óbitos pela doença.Conforme o boletim, o município de Sobral, na Região Norte, apresenta mais de 5 mil casos da doença e, na tarde de hoje (20), contabiliza 5.091 casos e 192 mortes.COM DIARIONORDESTE
Gilmar Mendes ouviu do comandante do Exército o que não queria
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, se reuniu recentemente com o comandante do Exército, general Edson Pujol. Oficialmente, o encontro era para entregar a nova edição do livro do magistrado, Curso de Direito Constitucional, mas na conversa o ministro aproveitou a oportunidade para tentar desfazer a interpretação corrente, em boa parte estimulada pelos generais que ocupam assento no Palácio do Planalto – Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) – de que há um complô em curso para enfraquecer politicamente o presidente.
A conspirata, segundo bolsonaristas, incluiria o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, autor das decisões judiciais que mais têm desagradado ao Palácio do Planalto. O próprio Gilmar Mendes, que foi atacado em uma rede social pelo vereador Carlos Bolsonaro após criticar o presidente por ter estimulado cidadãos a fiscalizar hospitais e UTIs durante a pandemia, passou a ser listado no rol de persona non grata.
O ministro, porém, acabou ouvindo o que não queria. Segundo interlocutores que conversaram com o magistrado, Pujol se alinhou à interpretação da caserna de que o Judiciário tem extrapolado em suas funções. Mesmo entre os militares considerados mais “institucionais” e avessos ao mundo político, como o comandante do Exército, não foram bem assimiladas decisões de Moraes como a que vetou o nome de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. A ordem judicial que mais impressionou os fardados, no entanto, foi a decisão do STF que impediu o presidente de decidir sobre políticas relacionadas ao novo coronavírus.
Mendes explicou a Pujol cada uma das decisões e procurou desfazer a interpretação de que o Judiciário seja um opositor do Palácio do Planalto. Procurado, o ministro nega o tom da conversa ocorrida na reunião. O comandante não respondeu ao pedido de entrevista. VEJA
Pesos e medidas - J. R. Guzzo, O Estado de S.Paulo
O Brasil não é, positivamente, um país para distraídos. A verdade que vale hoje pode não estar valendo nada amanhã – e se o sujeito não presta muita atenção nas mudanças súbitas que fazem o certo virar errado e o errado virar certo vai acabar andando fora do passo. Até outro dia, quando havia por aqui algo chamado Operação Lava Jato e os corruptos viviam no medo de acordar com o camburão da Polícia Federal na sua porta, era exigida das autoridades públicas, como se exige de um muçulmano diante de Alá, uma obediência cega, surda e muda ao “direito de defesa”. Hoje, quando a grande atração em cartaz é o combate ao que se considera ameaças à democracia, e quem está aflito com a PF são os suspeitos de extremismo de direita, o que se cobra da Justiça é o contrário – vale passar por cima da lei e de seus detalhes incômodos para punir tudo o que possa ser descrito como “fascismo”.
Trocaram os polos da pilha – de negativo para positivo e vice-versa. O primeiro dos dez mandamentos, nos tempos de Lava Jato, era: é preciso combater a corrupção, sim, mas desde que as leis sejam respeitadas em suas miudezas mais extremadas. O problema do Brasil, na época, não era o saque ao erário e a punição dos ladrões; era a possibilidade de haver o mais delicado arranhão em qualquer direito dos acusados. Muito melhor deixar um culpado sem castigo do que correr o mínimo risco de punir alguém se não for cumprido tudo o que as milhões de leis em vigor no país oferecem em sua defesa. O primeiro mandamento, hoje, é o oposto: não se pode ficar com essa história de “cumprir a lei” ao pé da letra, pois “a democracia tem de estar acima de tudo”. Os direitos dos acusados não vêm mais ao caso.
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Onde foram parar os “garantistas”? Você talvez ainda se lembre deles: eram os ministros do STF, advogados de corruptos milionários e toda uma multidão de juristas amadores que acusavam a Lava Jato de desrespeitar o direito de defesa, exigiam que suas decisões fossem anuladas e pediam punição para o juiz Sérgio Moro e os procuradores da operação. O ministro Gilmar Mendes chamou a Lava Jato de “operação criminosa” e acusou a PF da prática de “pistolagem”. Também disse que “a República de Curitiba é uma ditadura de gente ordinária” e que a Lava Jato foi “uma época de trevas”. O presidente do STF, Antônio Dias Toffoli, acusou a operação de “destruir empresas”. Seu colega Marco Aurélio Mello disse não queria ser substituído por Moro quando se aposentasse.
Temos agora, o episódio dessa moça que se descreve como “ativista” de direita e foi presa por um mínimo de cinco dias sob a acusação de atentar contra a Lei de Segurança Nacional. Sara xingou a mãe do ministro Alexandre de Moraes; disso não há dúvida. Mas desde quando xingar a mãe de ministro ameaça a segurança do Brasil, ou de qualquer país? O crime, aí, se a Justiça assim o decidir, é o de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal. Não pode ser outro – e para ele a lei não prevê prisão temporária de cinco dias, nem de mais e nem de menos. Conclusão: extremistas de direita devem ter menos direitos que extremistas de esquerda, ou que delinquentes de outros tipos.
Da mesma forma, há muito escândalo porque o grupo de Sara foi soltar rojões na frente do STF. Mas ninguém achou que a segurança nacional foi ameaçada quando picharam de vermelho o prédio da ministra Cármen Lúcia, dois anos atrás, em Belo Horizonte – ou quando manifestantes “a favor da democracia” e “contra o fascismo” jogam pedra na polícia, destroem propriedade e tocam fogo em bancas de jornal. O que se condena, no Brasil de hoje, não é o que foi feito. É quem faz.
Lições de uma tragédia - o estadão
O Brasil ultrapassou a desoladora marca dos 50 mil mortos por covid-19. Em todas as regiões do País, choram dezenas de milhares de pais, mães, filhos, avôs, avós, netos e amigos que perderam gente amada e nem sequer puderam confortar uns aos outros com um simples abraço. A subtração repentina dos ritos funerários, fundamentais para a construção de um sentido para a morte, é uma faceta particularmente cruel dessa doença, tanto mais perversa porque a esmagadora maioria das vítimas passou suas últimas horas de vida sem o acalento de seus familiares. Por empatia ou compaixão, milhões de brasileiros que tiveram a sorte de não perder um ente querido para o novo coronavírus tampouco vivem dias de paz. A maior tragédia nacional em mais de um século fez do luto uma experiência coletiva e impessoal. Hoje, o Brasil é um país triste.
Mas, por mais severas que sejam, quase todas as perdas ocasionadas pela pandemia poderão ser superadas mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor grau de dificuldade. As eventuais transformações da sociedade na direção do que se convencionou chamar de “novo normal”, que tanto tem ocupado filósofos, psicólogos, sociólogos e economistas no momento, serão assimiladas no tempo adequado para cada indivíduo. Empresas quebradas poderão, eventualmente, ser reerguidas. Outras tantas serão criadas pelas necessidades impostas por um evento dessa magnitude. Em breve, aviões voltarão a riscar os céus no mundo inteiro. Empregos serão recuperados. Aulas serão retomadas. O comércio já está em franco processo de reabertura, em que pese a impertinência, para dizer o mínimo, de uma medida como essa no atual estágio da pandemia no País. Mas nada haverá de apagar da memória nacional o fato de que, em apenas três meses de 2020, mais de 50 mil brasileiros morreram em decorrência da covid-19, centenas deles profissionais da área de saúde que atuavam na linha de frente do combate a essa nova e perigosa ameaça sanitária com a bravura e dedicação que os distinguem. De uma hora para outra, mais de 50 mil histórias de vida se tornaram impossibilidades antes que fosse possível assimilar em toda a sua inteireza o que uma tragédia como essa representará para o País no futuro.
Para quem sofre a dor da perda de um familiar, não há diferença essencial entre uma morte e mais de 50 mil. No entanto, o triste marco haverá de nos servir, aumentando a coesão da Nação, caso tiremos as lições corretas dessa tragédia e as transformemos em ação política concreta. Do contrário, restarão apenas o assombro, a dor e a indignação.
A sociedade deve aumentar significativamente o grau de exigência na escolha de seus governantes. Há bons e maus exemplos de políticas públicas adotadas pelas três esferas de governo durante a pandemia, mas houve aqueles que se revelaram líderes indignos da designação, aquém da altura de suas responsabilidades na condução de seus governados nesta hora grave, a começar pelo presidente da República. Jair Bolsonaro entrará para a história como o presidente que desdenhou da gravidade da pandemia, fez pouco-caso das aflições dos brasileiros e apequenou o Ministério da Saúde no curso de uma emergência sanitária.
É certo que a pandemia atingiu todos os brasileiros, mas uns foram muito mais afetados do que outros. Passa da hora de a Nação olhar para seus milhões de desvalidos e lutar para reduzir a brutal concentração de renda que há séculos obsta o desenvolvimento humano no País.
Por fim, mas não menos importante, é preciso cuidar melhor do Sistema Único de Saúde (SUS). Não fosse o SUS, o País estaria pranteando não 50 mil, mas um número incalculável de mortos. O SUS é um avanço civilizatório que tirou a saúde da lógica de mercado ou do mero assistencialismo e a alçou à categoria de direito universal. A pandemia só evidenciou sua importância, como se isto fosse necessário, e a necessidade de mais investimentos.
A melhor forma de honrar a memória dos mais de 50 mil mortos em decorrência da covid-19 é transformar o Brasil em um país menos desigual e mais fraterno. Em suma, um lugar melhor para viver. (OBS: NÃO TIVERAM A CORAGEM DE CULPAR O STF TAMBÉM, QUE NA VERDADE FOI O MAIOR RESPOMSÁVEL PELA TRAGÉDIA AO TIRAR O PODER DA PRESIDENCIA DA REPÚBLICA E JOGAR NAS MÃOS DE GOVERNADORES E PREFEITOS, HAVIDOS POR SUBTRAIR RECURSOS PÚBLICOS EM SEUS BENEFICIOS, OU NÃO?) ESTA É A MINHA CRITICA PESSOAL. PONTO.