Aras defendeu que perfis bolsonaristas bloqueados por decisão de Moraes fazem 'crítica legítima'
Em manifestação anterior à decisão da suspensão das contas nas redes sociais de bolsonaristas no âmbito do inquérito das fake news por Alexandre de Moraes, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, defendeu as publicações consideradas criminosas pelo ministro do STF.
Aras as classificou como "crítica legítima". Ele indicou a ministros da Corte que deve manter o posicionamento ao tratar dos recursos de Facebook e Twitter no STF sobre o bloqueio de perfis fora do Brasil.
Na manifestação de maio, Aras diz que "a livre circulação de ideias e o debate público são fundamentais para a a garantia de uma sociedade aberta". Ele argumenta que a liberdade de expressão, assim como as liberdades de imprensa e de cátedra, são freios a "eventuais ímpetos autoritários".
Ele ainda diz que o bloqueio dessas contas, como viria a ser determinado por Alexandre de Moraes, seria medida desproporcional.
O inquérito das fake news apura a disseminação de conteúdo falso e ameaças a ministros do STF nas redes sociais.Figuras como o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), o blogueiro Allan dos Santos e os empresários Luciano Hang (da Havan) e Edgard Corona (das academias Smart Fit), alvos de investigação no âmbito do inquérito, tiveram suas contas suspensas.
Em junho, ao votar pela continuidade e pela legalidade do inquérito, Moraes leu mensagem em que incitavam o estupro das filhas de ministros e disse que essa "bandidagem" não é liberdade de expressão "em nenhum lugar do mundo".
Com Mariana Carneiro, Guilherme Seto e Nathalia Garcia / FOLHA DE SP
Bolsonaro é o principal, mas não o único responsável pelas 100 mil mortes
A primeira das quase vinte colunas que escrevi sobre a pandemia nesse espaço, publicada em 16 de março, tinha o título “Crimes de responsabilidade de Bolsonaro não podem ficar sem resposta”. Ficaram!
No dia anterior, o presidente, recém retornado dos EUA acompanhado por duas dezenas de auxiliares contaminados, tinha participado de uma manifestação em Brasília, por ele convocada, onde gerou aglomeração, apertou mãos, abraçou e tirou selfies com apoiadores. No dia seguinte, ocorreu em São Paulo a primeira das 100 mil mortes por Covid-19.
Nesses quase cinco turbulentos meses, ele foi o principal propagandista de fake news que desinformaram a sociedade e afetaram a eficácia da quarentena, levando a esse triste marco. Parte da população acreditou que o novo coronavírus era uma “fantasia” e que as medidas recomendadas eram inúteis.
O bolsonavirus foi reincidente, gerando várias ondas, como uma epidemia. Com a autoridade de um presidente, contrariou as recomendações sanitárias, negou a ciência, menosprezou a gravidade da doença, recomendou remédios inúteis, estimulou movimentos contra o isolamento.
O Ministério da Saúde continua sem ministro efetivo desde 14/5, período em que 87 mil brasileiros perderam a vida. O país ficou sem coordenação nacional na saúde para enfrentar a maior crise sanitária dos últimos cem anos.
A boiada passou, levando a pandemia para as áreas indígenas, invadidas por garimpeiros e madeireiros ilegais. A fiscalização ambiental foi desorganizada, levando a um aumento de 72% no desmatamento, de julho de 2018 a junho de 2020. As barbaridades cometidas não cabem nesse espaço, mas são conhecidas.
Apesar desses crimes, que muitos consideram um genocídio, Bolsonaro continua firme. Nada foi feito para removê-lo. O STF e o Congresso, ao invés de agirem para extrair o vírus que se instalou no governo federal, medida de saneamento indispensável para enfrentar a pandemia, involuntariamente o auxiliaram, impondo decisões corretas, mas que se tornaram úteis ao presidente.
Para evitar o negacionismo e a loucura que nos levaria não a cem mil mas a um milhão de mortos, o STF decidiu que estados e municípios tinham autonomia para decidir as regras da quarentena. Com isso, os governos subnacionais se tornaram responsáveis pelos acertos e erros da estratégia adotada, dando ao presidente o argumento de que ele estava de mãos atadas.
O Congresso elevou a renda emergencial de R$ 200 para R$ 600, evitando uma convulsão social e dando fôlego para o comércio e serviços. Defendida pela oposição de esquerda, a renda virou um instrumento do presidente para ampliar o apoio nos setores populares. Transformada na Renda Brasil virará um poderoso ativo eleitoral.
Até mesmo a ofensiva judicial contra seus aliados mais fanáticos o beneficiou. Acuado, decidiu se afastar (temporariamente?) dos mais radicais e buscar o apoio do centrão. A máquina federal é suficientemente forte para garantir sustentação no Congresso e no jogo do toma lá dá cá com os prefeitos.
A pandemia está longe do fim. A questionável reabertura da economia, promovida pelos estados e municípios enquanto o número de casos e de óbitos continua acelerado na maioria das unidades da federação, exige uma estratégia e coordenação governamental, a nível nacional, muito bem formulada e executada para enfrentar as crises sanitária, econômica e social. Ninguém acredita que a gestão Bolsonaro será capaz de formular e levar isso adiante.
Tal situação aumenta a responsabilidade dos governantes subnacionais. Especificamente no caso de São Paulo, acertos e erros vêm sendo cometidos. Cem mil mortes no país são chocantes, mas 25 mil óbitos no estado e 10 mil na capital (16 mil, se incluídos os óbitos suspeitos) são proporcionalmente muito maiores que a média nacional. Para comparar, a Argentina, com população próxima ao estado de São Paulo, registrou apenas 4,1 mil mortes desde o início da pandemia.
Isso mostra que se Bolsonaro é o grande responsável pelo desastre nacional, o governador Doria e o prefeito Bruno Covas têm também sua dose de responsabilidade, pois são os principais condutores da estratégia no estado que, é bom lembrar, tem a maior e melhor rede hospitalar e o segundo maior orçamento do país.
Enquanto a média nacional é de 46 óbitos por 100 mil habitantes, o estado de São Paulo tem 60 e a capital alcança 87, considerando apenas os óbitos confirmados. Se incluídos os suspeitos, o município de São Paulo chega a 135 óbitos por 100 mil, três vezes maior que a média nacional.
Erros foram cometidos desde o início da pandemia. O governador não adotou o lockdown, preferindo uma quarentena relaxada, que manteve um isolamento muito parcial, que garantiu os leitos de UTI, mas não a queda dos casos. A Argentina, mesmo com índices muitíssimos mais baixos que os de São Paulo, manteve um isolamento muito mais radical. No Chile, as pessoas apenas podem sair na rua seis horas por semana, com agenda prévia pela internet.
Não foram realizados testes em massa, o que permitiria isolar os contaminados assintomáticos em hotéis de quarentena para evitar a contaminação de familiares e colegas de trabalho. Famílias inteiras foram infectadas.
A redução do transporte coletivo, especialmente a frota de ônibus, manteve a superlotação dos veículos, que se tornaram vetores de transmissão. Pesquisa realizada pela Unifesp, mostrou que os distritos onde há maior utilização da frota de ônibus apresentaram os mais altos números absolutos de óbitos por Covid-19.
Nada foi feito para melhorar as condições dos que habitam em moradias precárias, de modo que pudessem seguir a recomendação de “ficar em casa”. Os distritos centrais, com maior concentração de cortiços, apresentaram os mais altos índices relativos de óbitos. Nada foi feito para remanejar esses moradores e desadensar suas moradias.
Nenhuma ação significativa foi implementada para os moradores em situação de rua, cujo número claramente se elevou devido aos despejo de inquilinos de cortiços, que ficaram sem renda para o aluguel. A prefeitura não suspendeu ações de reintegração de posse em terrenos municipais.
Não se implementou um programa de inclusão digital para garantir acesso livre à internet para a população de baixa renda, em particular os estudantes da rede pública que ficaram prejudicados.
A decisão de flexibilização do isolamento não foi acompanhada de uma forte campanha de prevenção. É só circular pela cidade para verificar a grande quantidade de pessoas sem máscaras, aglomeradas sem necessidade e compartilhando objetos sem nenhum cuidado. Quase todo o comércio e serviços voltaram às atividades e se debate a retorno das escolas malgrado os altos números de casos e mortes.
A situação de São Paulo não difere da maioria dos demais estados. Nesse contexto, as perspectivas de redução significativa no número de casos e mortes são remotas. Tudo indica que caminharemos para os 200 mil óbitos antes do final do ano.
Se Bolsonaro é o principal responsável, não podemos isentar governadores e prefeitos, muitos dos quais envolvidos em escândalos de corrupção na compra de equipamentos da saúde, como o Witzel no Rio de Janeiro, da responsabilidade pelos 100 mil mortos.
Minas Gerais é o estado brasileiro que aplicou menos recursos em saúde durante a pandemia
Por Patrícia Fiúza, G1 Minas — Belo Horizonte
O agro é uma riqueza de todos e não tem partido
10 de agosto de 2020 | 03h00
A revolução da agricultura e da pecuária brasileiras foi resultado de uma feliz conjunção de políticas públicas e de iniciativa privada. O Estado brasileiro ofereceu a privilegiada qualidade das universidades rurais, o investimento público em pesquisa tecnológica, o sistema de crédito rural e um ambiente institucional que garantia a propriedade privada e a liberdade. O setor privado ofereceu uma nova geração de empreendedores dispostos ao risco e à inovação.
O início da nova agricultura foi obra do governo Geisel, que enfrentou os mitos em que se baseava então o pensamento dos políticos ditos progressistas. Depois dele, em grau maior ou menor, todos os sucessivos governos deram continuidade ao apoio estatal, tornando claro que o agro brasileiro não tem origem nem cor política, é patrimônio de todos os brasileiros.
O comércio exterior tornou-se elemento essencial do agro brasileiro. Nossa grande presença no comércio internacional é recente e tomou corpo já neste século. No início a expansão foi muito forte, passou de US$ 20 bilhões no ano 2000 para US$ 95 bilhões em 2011. A partir daí nossas exportações se estabilizaram por mais dez anos nesse patamar. No futuro os avanços serão mais difíceis, requerendo um esforço conjugado de produtores e governo.
Os efeitos da pandemia nas economias do mundo nos levam a prever um futuro próximo de desglobalização e de protecionismo, o que significa dificuldades adicionais para o crescimento das nossas vendas externas. Para ampliar ou mesmo apenas manter nossos diversos mercados o agro brasileiro está agora também dependente das atitudes e do discurso do governo brasileiro. Dois pontos em especial têm sido causa de preocupação. Um diz respeito à imagem que se formou na opinião pública internacional de que o Brasil tem políticas hostis à proteção do meio ambiente, particularmente da Floresta Amazônica.
Parte dessa percepção tem raízes em interesses comerciais e na ação de ativistas políticos, notadamente na Europa e nos Estados Unidos. Mas parte importante deve-se a fatos que são reais. É fato que ações ilegais vêm provocando queimadas e desmatamento na Amazônia numa escala importante há bastante tempo, conforme dados de nossas próprias entidades oficiais. Os esforços de sucessivos governos para deter essas ações não têm sido suficientes. É uma realidade que, graças à tecnologia dos satélites, é visível a todo o mundo e não podemos ocultar.
Setores do atual governo adotaram uma retórica defensiva e, às vezes, negacionista, que dá munição às críticas que sofremos. Mas ignorar que a preocupação ambiental é hoje um sentimento autêntico de milhões de pessoas em todo o mundo e atribuí-la tão somente a posições ideológicas é estar desconectado da realidade.
O agro brasileiro não é culpado por essas transgressões ambientais. Se, ao lado de madeireiros clandestinos, de garimpeiros ilegais e de aventureiros de toda sorte, há uma ínfima minoria de produtores rurais associados à predação da Amazônia, eles não merecem nossa complacência. Para todos eles o Estado tem o dever de estender sua mão pesada e entregá-los à Justiça. Essa é a única resposta efetiva. Sem ela a economia do agro vai pagar um preço alto.
Não podemos fugir também do efeito nas exportações do agro de alguns movimentos de nossa atual política externa. O agro, por seus próprios meios, conquistou mercados em todo o mundo e não pode perdê-los para a política. Nosso maior mercado é a China, que absorve um terço de tudo o que exportamos. Ao promover um alinhamento aberto com o atual governo americano, autoridades brasileiras têm adotado uma posição de mal disfarçada hostilidade em relação ao nosso maior parceiro, que compra do Brasil cinco vezes mais do que os Estados Unidos. É fácil imaginar que esse comportamento pode trazer consequências.
O grupo de países islâmicos importa anualmente mais de US$ 16 bilhões do Brasil e é naturalmente sensível aos nossos gestos de intromissão no intratável conflito entre Israel e os palestinos, no qual nunca nos metemos, por estar fora da nossa agenda geopolítica. O Irã, até recentemente o quinto destino de nossas exportações agrícolas, foi hostilizado a ponto de o governo brasileiro impedir o abastecimento de seus navios que estavam aqui para embarcar cereais que haviam sido comprados e pagos. Hoje nossas exportações caíram de US$ 2,2 bilhões para pouco mais de US$ 300 milhões.
A política externa brasileira sempre esteve alinhada aos nossos interesses econômicos. Ao mudar essa tradição, a atual política põe em risco posições duramente conquistadas pelo setor privado, em troca de nada. Nenhum país sensato procede dessa maneira.
Cada produtor rural tem suas próprias opiniões políticas e não delega a ninguém essa representação. Mas o agro, como estrutura produtiva, não pode ter partido ou opinião política, porque é obra conjunta do Estado e das pessoas. Seus interesses são vitais e permanentes. E os governos, como sabemos, são efêmeros.
*PRESIDENTE DO INSTITUTO CNA
Jornalismo, iluminar a história -*Carlos Alberto Di Franco, O Estado de S.Paulo
O veterano jornalista Carl Bernstein – famoso no mundo inteiro depois da série de reportagens, escrita com Bob Woodward, que revelou o famoso escândalo Watergate e derrubou o presidente Richard Nixon – não forma com o time dos corporativistas de carteirinha. Sua crítica, aberta, sincera e direta, aos eventuais desvios das reportagens representa excelente contribuição ao jornalismo. Suas palavras parecem ter sido escritas para os dias de hoje.
“O importante”, diz Bernstein, “é saber escutar. As respostas são sempre mais importantes que as perguntas que você faz. A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos.” O comentário é uma estocada nas atitudes de engajamento, arrogância e prejulgamento que corroem e desfiguram a reportagem e minam a credibilidade das marcas.
“Os jornalistas, hoje”, sublinha, “trabalham com um monte de preconceitos. Fazem quatro ou cinco perguntas para provocar alguma polemicazinha de nada, mas evitam iluminar a cena, fazer compreender.” Com a autoridade de quem sabe das coisas, Bernstein dá uma aula de maturidade profissional.
O bom repórter ilumina a cena, o jornalista manipulador constrói a história. A distorção, no entanto, nem sempre é clara. Escapa frequentemente à perspicácia do leitor médio. Tem aparência de informação, mas não é. Daí a gravidade do dolo. Na verdade, a batalha da isenção, forte demanda da sociedade atual, enfrenta a sabotagem da manipulação deliberada, da preguiça profissional e da incompetência atrevida. Todos os manuais de redação consagram a necessidade de ouvir os dois lados de um mesmo assunto. Mas alguns procedimentos próprios de certa delinquência editorial transformam um princípio ético irretocável numa grande farsa.
A apuração de faz de conta representa uma das maiores agressões à imprensa de qualidade. Matérias previamente decididas em guetos sectários buscam a cumplicidade da imparcialidade aparente. A decisão de ouvir o outro lado não é honesta, não se apoia na busca da verdade. É um artifício que transmite um simulacro de isenção, uma ficção de imparcialidade. O assalto à verdade factual culmina com uma estratégia exemplar: a repercussão seletiva. O pluralismo de fachada convoca pretensos especialistas para declarar o que o repórter quer ouvir. Mata-se a reportagem. Cria-se a versão.
A imprensa tem caído nessa armadilha antijornalística. Trata-se de uma prática que, certamente, acaba arranhando sua credibilidade. Ainda não conseguimos superar a síndrome dos rótulos. Alguns colegas não perceberam que o mundo mudou. Insistem, teimosamente, em reduzir a vida à pobreza de quatro qualificativos: direita, esquerda, conservador, progressista. Tais epítetos, estrategicamente pendurados, têm dupla finalidade: exaltar ou afundar, criar simpatias exemplares ou antipatias gratuitas. A reportagem é, ou deveria ser, sempre substantiva. O adjetivo é o enfeite da desinformação, o farrapo que tenta cobrir a nudez da falta de apuração. É, frequentemente, uma mentira.
É importante que os repórteres e responsáveis pelas redações tomem consciência desta verdade redonda: a isenção (que não é neutralidade) é o melhor investimento. O leitor quer informação clara, corajosa, bem apurada. E hoje em dia pode buscá-la em muitos espaços do imenso mundo digital. Ficará conosco se soubermos apresentar um produto de qualidade.
Outro problema: o negativismo e a falta de um jornalismo propositivo. Alguns setores da mídia, em nome da independência, castigam diariamente o fígado dos consumidores. Dominados pelo vírus do negativismo, perdem conexão com a vida real. O jornalismo não existe para elogiar, argumentam os defensores de uma imprensa que se transforma em exercício permanente de contrapoder. Tem uma missão de denúncia, de contraponto. Até aí, estou de acordo. A impunidade, embora resistente, está se enfrentando com o aparecimento de uma profunda mudança cultural: o ocaso do conformismo e o despertar da cidadania. Por isso a imprensa investigativa, apoiada em denúncias bem apuradas, produz o autêntico jornalismo da boa notícia. Denunciar o mal é um dever ético.
A deformação, portanto, não está apenas no noticiário negativo, mas na miopia, na obsessão pelo underground da vida. O que critico não é o jornalismo de denúncia, mas o culto ao denuncismo e a ausência de um jornalismo propositivo. Estou convencido de que boa parte da crise que castiga a mídia pode ser explicada pelo isolamento de algumas redações, por sua orgulhosa incapacidade de ouvir suas audiências.
O jornalista de talento sabe descobrir a grande matéria que se esconde no aparente lusco-fusco do dia a dia. No fundo, a normalidade é um grande desafio e, sem dúvida, o melhor termômetro da qualidade.
Tem razão Carl Bernstein: não devemos sucumbir à tentação do protagonismo. Nosso ofício, humilde e grandioso, é o de iluminar a história.
*JORNALISTA. E-MAIL: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Idoso precisa comprovar imunidade à Covid-19 para voltar ao trabalho
Motivo de preocupação pelas autoridades desde o início da pandemia de Covid-19 por corresponderem a um dos grupos de risco, as pessoas com mais de 60 anos já podem retornar ao trabalho no Ceará. No entanto, segundo determina o decreto do Governo do Estado, é preciso que elas comprovem imunidade ao novo coronavírus.
O decreto refere-se a trabalhadores acima de 60 (sessenta) anos ou com fatores de risco da Covid-19 que tenham comprovação de imunidade ou de adoecimento há mais de 30 (trinta) dias.
A prova pode ser feita por exames de detecção de anticorpos e atestado médico que comprove a saúde da pessoas neste tempo. Caso não se enquadre nessas condições, o idoso continua proibido de voltar ao trabalho.
Isolamento restritivo
O documento publicado na noite deste domingo (9), indica que "segue sendo aplicável somente aquelas que forem portadoras de cardiopatia grave, diabetes insulino dependente, de insuficiência renal crônica, asma grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, obesidade mórbida, doenças neoplasias malignas, imunodeprimidas e em uso de medicações imunodepressores ou outras enfermidades que justifiquem, segundo avaliação e atestado médico, o isolamento mais restritivo".
Manutenção de fases
Assim como adiantou o governador Camilo Santana na última sexta-feira (7), as fases da retomada foram mantidas em todas as macrorregiões cearenses, mantendo a programação do chamado Processo de Abertura Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais no Estado do Ceará.
Confira os estágios da retomada em cada área do Ceará:
- Fortaleza e municípios da Macrorregião de Fortaleza - Fase 4;
- Macrorregiões do Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe - Fase 2;
- Macrorregião Norte - Fase 2;
- Macrorregião do Cariri - Fase 1.
- COM DIARIONORDESTE