Missias Dias pede justiça por Marielle Franco
Por Lincoln Vieira / ALECE
Deputado Missias Dias (PT) - Foto: Junior Pio
O deputado Missias Dias (PT) clamou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (26/03), ao Poder Judiciário que investigue e puna os suspeitos de assassinar a vereadora Marielle Franco (Psol).
Segundo ele, o assassinato de Marielle Franco não é um caso isolado no Brasil. O parlamentar argumentou que outras pessoas morrem na maioria dos estados brasileiros por defender direitos populares. “Quantas Marielles são assassinadas todos os dias no Brasil? São trabalhadores do campo, das cidades, pretos, pobres da periferia que são assassinados por grupo de milicianos para manter seus interesses porque querem privilégios”, protestou.
O deputado exigiu que o poder público investigue os suspeitos e punam os culpados na conclusão do caso. “Espero que a justiça seja feita e que os culpados sejam punidos, mas que fique o alerta! Que as instituições que cuidam da nossa Constituição não sejam capachos de interesses de pessoas para manter privilégios” e não fazer o que foi feito durante seis anos”, alertou.
CASO MARIELLE FRANCO
O deputado Missias Dias (PT) lamentou o assassinato de Marielle Franco. De acordo com ele, a vereadora era uma mulher negra, pobre e da periferia que tinha uma carreira política promissora. O parlamentar ressaltou que a morte da vereadora foi por motivos políticos, como defender a regularização fundiária e a habitação para a população com vulnerabilidade habitacional. “O que motivou o assassinato foram interesses de famílias ou grupos de milicianos do Rio de Janeiro porque queriam determinar o território como exclusivo seu”, lamentou.
Missias Dias questionou também a motivação da morte de Marielle Franco. “O que justifica você mandar matar uma pessoa por defender aqueles e aquelas que mais precisam? O que faz um ser humano por defender os seus interesses?”, indagou.
O parlamentar salientou ainda a demora na descoberta dos suspeitos da morte de Marielle. Segundo ele, foi preciso federalizar o caso para “averiguar”. Ele ainda celebrou o resultado das investigações. “A democracia foi mais forte. Vencemos porque tivemos pessoas comprometidas que foram até o fim para buscar informações e fazer justiça”, analisou.
Sérgio Aguiar relata participação da União Nacional dos Legisladores no exterior
Por Giovanna Munhoz / ALECE
Deputado Sérgio Aguiar (PDT) - Foto: Junior Pio
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) relatou, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta terça-feira (26/03), as atividades da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) no exterior.
Presidente da entidade, o parlamentar destacou que a delegação composta por ele; pela secretária-geral, deputada Ivana Bastos (BA); a vice-presidente, deputada Tia Ju (RJ), e deputados participou, na última semana, de missões internacionais, como reuniões da Confederação Parlamentar das Américas (Copa).
“Esse primeiro encontro aconteceu no Canadá e definiu a reestruturação da Copa, que estava paralisada durante a pandemia. Nos reunimos para continuar esse segmento importante que situa as Américas e seus parlamentares”, disse.
Já nos Estados Unidos, a comitiva participou de encontros na Organização das Nações Unidas (ONU), entre estes, discussões no Encontro Internacional das Mulheres. “Nos fizemos presentes ainda na 10ª Conferência Europeia das Regiões e dos Municípios, onde tive oportunidade de falar de sustentabilidade e do potencial cearense na produção de energias alternativas”, explicou.
Sérgio Aguiar frisou ainda os 69 anos de emancipação política de Freicheirinha, comemorado na última segunda-feira. “Estivemos no município quinta-feira (21/03), entregando um ginásio coberto para essa cidade tão importante economicamente”, assinalou.
A importância dos municípios de Martinópole e Uruoca, que comemoram emancipação política nesta terça-feira, também foi lembrada pelo deputado. “São municípios promissores que estão se fortalecendo cada vez mais”, salientou.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (Progressistas) também parabenizou a emancipação política dos municípios e comemorou novos recursos econômicos.
Edição: Adriana Thomasi
Gabriella Aguiar quer apoio dos deputados para projetos de sua autoria
Por Narla Lopes / ALECE
Deputada Gabriella Aguiar (PSD) - Foto: Junior Pio
A deputada Gabriella Aguiar (PSD) solicitou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), realizada nesta terça-feira (26/03), apoio para a aprovação de projetos de lei de sua autoria nas áreas do turismo e saúde.
O PL 148/24 propõe, entre outras coisas, que as excursões promovidas por agências de turismo compostas por um mínimo de oito pessoas deverão ser acompanhadas por um guia de turismo regional habilitado no Estado, independentemente da presença de um profissional do setor nacional ou internacional.
“Os responsáveis por estabelecimentos privados e de agências de viagens e turismo que descumprirem o disposto na lei poderão estar sujeitos a penalidades, tais como advertência na primeira autuação da infração e pagamento de multa na segunda autuação”, conforme a proposta.
“Ressaltamos que o turismo é uma atividade de grande relevância econômica e social para o nosso Estado. E é importante que o visitante saiba quem é de fato o guia regulamentado e o que não recebeu treinamento. Essa lei também dá essa clareza e segurança para o turista”, argumentou a deputada.
Na área da saúde, a parlamentar destacou o projeto de indicação 82/24, que recomenda ao Poder Executivo, como medida de promoção da saúde, o fornecimento de transporte para pacientes das policlínicas, quando o tratamento for realizado em outra localidade.
“Um grande exemplo é o Hospital do Vale do Jaguaribe, que está oferecendo um tratamento de qualidade, mas muitos pacientes do interior têm essa dificuldade de se locomover, já que as rotas pré-definidas geralmente são mais voltadas para Fortaleza”, frisou.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (Progressistas) apoiou os projetos, sublinhando a importância de guias de turismo qualificados para a segurança dos visitantes e o impacto positivo do transporte sanitário para pacientes, especialmente aqueles com doenças renais que precisam se deslocar para tratamento.
Edição: Adriana Thomasi
Cláudio Pinho critica reajuste aos servidores estaduais apenas em julho
Por Lincoln Vieira / ALECE
- Foto: Júnior Pio
O deputado Cláudio Pinho (PDT) criticou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) nesta quarta-feira (20/03), o reajuste de 5,62% aos servidores do Estado em 2024 a partir de julho.
Segundo o parlamentar, o aumento deveria ter sido proposto para janeiro deste ano. O deputado reforçou também que os servidores perderão seis meses de reajuste por causa da inflação. “Se o reajuste tivesse sido proposto em janeiro, estaria aplaudindo. Mais uma vez querem enganar os servidores e a sociedade cearense. Na prática, os servidores vão perder seis meses de reajuste”, analisou.
O deputado salientou ainda que os professores que celebram os 5,62% a partir de julho comemoram um “cheque pré-datado”. “Estamos vendo um silêncio pairar sobre os professores felizes com o reajuste de 5,62% a partir de julho. Quando o reajuste chegar ao seu bolso, servidor, a inflação já tem corroído”, advertiu.
O parlamentar ressaltou que o Ceará tem os melhores índices de educação no Brasil, entretanto sem reconhecer o trabalho dos municípios. “Se esquecem que os municípios fazem o dever de casa para termos uma educação de qualidade. É no ensino fundamental os bons resultados do Ceará”, asseverou.
O deputado abordou ainda a segurança pública no Estado. De acordo com ele, o Ceará conta com o 5º menor efetivo de policiais militares em comparação com os demais estados. “Estão admitindo policiais todos os dias, mas também se aposentam policiais todos os dias. Como o governador vai enviar policiais às paradas de ônibus se não tem efetivo? Deve-se ter um esforço para admitir, treinar policiais para prestar um grande serviço ao povo cearense”, sugeriu.
Em aparte o deputado Queiroz Filho (PDT) assinalou que o Governo do Estado é “refém” do que prometeu aos profissionais. O parlamentar questionou aos sindicatos se houve diálogo para tratar do tema. “Houve diálogo? Os servidores estão gostando ? Eu creio que não”, questionou.
O deputado Felipe Mota (União) ressaltou que vai pedir vistas do projeto de lei que trata do reajuste. “O que me deixa preocupado é que a matéria é de importância aos 133 mil servidores, e o Governo pede regime de urgência para a Assembleia? Vou pedir vistas em todas as matérias na comissão no dia de hoje para discutir melhor e inserir emendas para fazer alterações”, anunciou.
Edição: Lusiana Freire
Guilherme Landim anuncia fiscalização especial na Enel
Por Luciana Meneses / ALECE
Deputado Guilherme Landim (PDT) - Foto: Junior Pio
O deputado Guilherme Landim (PDT) anunciou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (20/03), a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abrir fiscalização especial da Enel Distribuidora de Energia do Ceará.
A iniciativa foi comunicada na última segunda-feira (18/03), pelo presidente da Aneel, Sandoval Feitosa, durante reunião com os deputados Fernando Santana (PT), Guilherme Landim (PDT) e Lia Gomes (PDT) e com o deputado federal José Guimarães (PT-CE), em Brasília.
“Abordamos mais uma vez com o presidente Sandoval as centenas de milhares de denúncias contra a Enel e a gravidade de muitas delas, frisando como o tipo de fiscalização executado pela Aneel não vem sendo eficaz. Em resposta, ele garantiu que foi aberto um procedimento especial nunca antes executado para quatro prestadoras de serviço do Brasil, entre elas a Enel Ceará”, informou Landim.
Para o parlamentar, comunicar ao povo cearense sobre a iniciativa é uma obrigação sua enquanto representante, mas ele não acredita que a medida vá surtir efeito. “Infelizmente não acredito que vamos ter qualquer melhoria. A saída que temos é mobilizar o Congresso para defender o povo de vários estados nessa questão. Se dependesse de nós, a Enel já estava fora do Ceará, mas dependemos de uma decisão federal”, lamentou.
O deputado agradeceu ainda a presença dos participantes das audiências públicas realizadas simultaneamente em diversos municípios sobre o serviço da Enel. “Presidi a de Brejo Santo e recebemos quatro prefeitos e sete vereadores de cidades vizinhas, além de representantes da indústria e do comércio e a população em geral, onde mais uma vez somamos denúncias e queixas de diversos tipos, comprovando como essa empresa não se importa com o cearense”, criticou.
Em aparte, o deputado De Assiz Diniz (PT) afirmou que é chegado o tempo de uma atitude mais efetiva da empresa. “A Enel não presta serviço de qualidade e muito menos assistência a seu consumidor. Uma localidade em Aquiraz passou 11 dias sem energia, e pergunto: Como se trabalha num cenário desse? Dá raiva, revolta e indignação. Produzem leite nessa localidade e tanques foram jogados fora pela falta de energia. Não tem como aceitar essa realidade”, reclamou.
Presidente da CPI que investiga a Enel, o deputado Fernando Santana (PT) lembrou que o trabalho da comissão não é contra a Enel, mas a favor do povo cearense. “Investigamos centenas de milhares de queixas de todo o Ceará com seriedade, mas, infelizmente, ouvimos sempre a mesma conversa mole do presidente da Aneel. Chega agora denúncia de Solonópolis, onde há postes dentro do açude e um deles tem um transformador. Quando dá problema no poste, 420 famílias ficam às escuras por dias, pois o conserto oferece riscos à vida do técnico. Há 10 anos se pede para tirar esse transformador e nada”, salientou.
De acordo com a deputada Lia Gomes (PDT), alguns momentos da reunião foram tensos por conta dos absurdos relatados e a forma como o presidente da Aneel reagia a eles. “É impossível não perder a paciência diante de tantos absurdos, pois já estamos padecendo há anos com esses problemas. Comunidades há 15, oito, cinco dias sem energia. Municípios acionando a Justiça para conseguirem inaugurar equipamentos, e ainda temos que ouvir que a Enel Ceará não é a pior prestadora de serviços do País? A Aneel é paga para fiscalizar e precisa fazer esse trabalho”, afirmou.
O deputado Cláudio Pinho (PDT) relatou sobre a audiência realizada em São Gonçalo do Amarante. “São absurdos e mais absurdos, como duas faturas para o mesmo vencimento, funcionário da Enel cobrando propina para atender o chamado, e nada acontece. Ou o Governo Federal pressiona ou continuaremos sofrendo”, afirmou. O deputado Sargento Reginauro (União) também esteve em São Gonçalo e disse ter ficado chocado com os relatos. Segundo ele, o povo cearense não pode continuar pagando caro e sendo desrespeitado. Já o deputado Moésio Loiola (Progressistas) alertou para a quantidade de postes em situação precária na capital.
Edição: Adriana Thomasi
Alece beneficia mais 52 cozinhas com duas entregas de equipamentos
Por Davi Holanda/com Assessoria / alece
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) entrega, nesta e na próxima semana, eletrodomésticos e utensílios para reforçar o funcionamento de 52 cozinhas do Ceará Sem Fome. As entregas serão realizadas na quinta (21/03) e na próxima terça-feira (26/03), às 14 horas, nos bairros Farias Brito e Jardim Iracema, respectivamente.
As cozinhas beneficiadas fazem parte do lote 5, que tem como unidade gerenciadora a Associação Beneficente do Centrinho da UV10, e do lote 2, que conta com a Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Floresta (ACFLOR) como unidade gerenciadora.
O lote 5 contempla cozinhas que atuam servindo refeições à população em situação de vulnerabilidade nos bairros Aeroporto, Amadeu Furtado, Antônio Bezerra, Benfica, Bom Futuro, Damas, Ellery, Farias Brito, Fátima, Itaoca, Jardim América, José Bonifácio, Monte Castelo, Montese, Olavo Oliveira, Padre Andrade, Parangaba, Parque Araxá, Parquelândia, Parreão, Presidente Kennedy, Quintino Cunha, Rodolfo Teófilo, São Gerardo, Vila Peri e Vila União.
Cozinhas atuantes nos bairros Álvaro Weyne, Carlito Pamplona, Centro, Cristo Redentor, Floresta, Jacarecanga, Jardim Iracema, Moura Brasil, Pirambu e Praia de Iracema fazem parte do lote 2 e também receberão equipamentos.
Todas as entregas são resultado de levantamentos prévios realizados com as unidades sobre as demandas e necessidades para a produção de refeições. São 11 lotes de cozinhas contempladas e, até o momento, seis receberam os equipamentos.
A iniciativa é resultado de aprovação de forma unânime pelos parlamentares da Alece de projeto da Mesa Diretora para aquisição e doação de equipamentos para cozinhas a fim de fortalecer ações de combate à insegurança alimentar. O calendário de entregas segue a ordem de municípios com maior concentração de pessoas atendidas pelo programa Ceará Sem Fome, do Governo do Estado.
Os eventos de entrega contam com representantes da Alece, do Governo do Estado e Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, presidido pela primeira-dama do Estado, Lia de Freitas, assim como das unidades gerenciadoras e cozinhas beneficiadas.
SERVIÇO
Lote 5 - Associação Beneficente do Centrinho da UV10
21 de março (quinta-feira) - 14h
Local: Instituto Gota Solidária. Rua Clarindo de Queiroz, nº 2.018, Farias Brito.
Lote 2 - Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Floresta (ACFLOR)
26 de março (terça-feira) - 14h
Local: Quadra da Igreja de Santo Antônio de Pádua. Rua Alberto Ferreira, nº 230-A, Jardim Iracema
Edição: Lusiana Freire
Marcos Rogério critica indiciamento de Bolsonaro por suspeita sobre cartão de vacina
Em pronunciamento no Plenário, o senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou alguns colegas por celebrarem o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela falsificação do certificado de vacinação contra covid-19. O senador questionou a lógica por trás da ação da Polícia Federal, já que Bolsonaro sempre declarou publicamente sua posição sobre a vacina.
— Existe neste país algum brasileiro que desconhece a afirmação do ex-presidente Bolsonaro sobre a vacina da covid, se ele tomou ou não tomou? Algum brasileiro tem dúvidas sobre a posição de Bolsonaro? Ele já disse aos quatro cantos do Brasil e do mundo: "Eu não tomei a vacina". O Presidente não precisava do cartão de vacina para entrar em nenhum país do mundo. A filha dele não precisava do cartão de vacina para entrar em nenhum país do mundo — afirmou Marcos Rogério nesta quarta-feira (20).
Além disso, o parlamentar condenou a tentativa de ligar a fraude do cartão de vacina aos eventos de 8 de janeiro, durante os quais as sedes dos Três Poderes foram tomadas por descontentes com a eleição de Lula a presidente da República. Para o senador, o atual cenário político é um "golpe das narrativas", onde a verdade é distorcida em prol de interesses políticos. Na opinião do parlamentar, Bolsonaro está sendo alvo de “perseguição política”, em razão da posição política e da influência que exerce:
— O Brasil passou por um golpe, está passando por um golpe. É o golpe da narrativa. Nós, que estivemos naquela CPI da Pandemia, presenciamos isso. Narrativa todo dia, de manhã, de tarde e de noite. Narrativas! Não importam os fatos, o que importa é a versão que se dá a eles.
Fonte: Agência Senado
Aprovada proposta que permite que projetos de economia solidária recebam recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PL 3008/20) que inclui os empreendimentos de economia solidária entre os que podem ser financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Também autoriza o uso da Taxa Referencial (TR) para o financiamento desses projetos.
“A economia solidária tem grande potencial para gerar empregos, pois pode oferecer oportunidades de trabalho para pessoas que estão desempregadas ou subempregadas, principalmente no mercado informal”, disse o relator da proposta, deputado Carlos Veras (PT-CE), a recomendar a aprovação do texto.
Ele citou dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que apontam a existência de 20,6 mil Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) no País, beneficiando cerca de 1,423 milhão de pessoas.
Próximos passos
O PL 3008/20 é oriundo do Senado, onde já foi aprovado, e segue agora para análise, em caráter conclusivo, das comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Câmara aprova restrição da ‘saidinha’ de presos em datas comemorativas
A Câmara dos Deputados aprovou proposta que restringe a saída temporária de presos. Segundo o texto aprovado nesta quarta-feira (20), esse benefício será concedido aos detentos em regime semiaberto apenas se for para cursar supletivo profissionalizante, ensino médio ou superior.
Atualmente, a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84) também permite a saída temporária por até sete dias em quatro vezes durante o ano para visita à família ou participação em atividades que ajudem no retorno ao convívio social.
Se for para cursar supletivo profissionalizante, ensino médio ou superior, o prazo será o necessário para cumprir as atividades escolares.
O texto aprovado (emendas do Senado ao Projeto de Lei 2253/22) será enviado à sanção presidencial.
Regime semiaberto
O regime semiaberto é aplicável a quem cumpre penas de 4 a 8 anos se não for reincidente. Nesse modelo, a pessoa pode fazer cursos ou trabalhar em locais previamente definidos fora da unidade prisional durante o dia e regressar no período noturno.
O texto que irá à sanção foi aprovado pela Câmara em 2022 na forma do substitutivo do relator, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), com as emendas dos senadores.
Com a mudança enviada pelo Senado, o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo ou com violência ou grave ameaça contra pessoa não poderá realizar trabalho externo sem vigilância direta.
Progressão
O projeto trata ainda de outros pontos, prevendo que a progressão de regime (de fechado para semiaberto) dependerá de exame criminológico favorável, além de o preso seguir as demais exigências da lei, como bom comportamento e cumprimento mínimo da pena no regime anterior.
No caso da progressão para o regime aberto, além da nova exigência de exame criminológico, o condenado deverá também mostrar indícios de que irá se ajustar com baixa periculosidade ao novo regime.
O juiz poderá determinar ainda o uso de tornozeleira eletrônica no regime aberto, situação permitida atualmente apenas no regime semiaberto.
Outra permissão dada ao magistrado da execução penal é exigir do preso o uso de tornozeleira quando estiver em liberdade condicional ou quando impor pena restritiva de frequência a lugares específicos.
Sentimento de impunidade
O relator da proposta, Guilherme Derrite, afirmou que as estatísticas demonstram aumento do número de ocorrências criminais após saídas temporárias atreladas a datas comemorativas, como Dia das Mães e Natal. "Essa hipótese causa a todos um sentimento de impunidade sem qualquer contraprestação efetiva à sociedade", disse.
De 2006 a 2023, só no estado de São Paulo, mais de 128 mil criminosos não voltaram para os presídios após a saída temporária, segundo o relator. “Se cada um deles tiver cometido um crime por ano, foram mais de 2 milhões de vítimas por esse benefício”, afirmou Derrite, que é secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo e retornou ao mandato parlamentar apenas para relatar a proposta.
Para o líder da oposição, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), o projeto marca o combate à impunidade. "Eles terão direito de cursar um curso profissionalizante, terminar o segundo grau, concluir a faculdade."
Fim da ressocialização
Já o autor da proposta, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), criticou a versão final do texto. Segundo ele, o projeto aprovado pela Câmara acaba com o mecanismo de ressocialização de presos. “Só sair para estudar e trabalhar não é ressocializar”, disse.
Ele ressaltou que o projeto original não previa a extinção da saída temporária, mas sim obrigava a União a monitorar presos por meio de tornozeleiras ou pulseiras com GPS.
Segundo Pedro Paulo, no último Natal, 35 mil presos no estado de São Paulo tiveram direito ao benefício e apenas 81 cometeram algum delito. “Por causa de 81, vamos prejudicar 35 mil que tiveram esse direito para, aos poucos, fazer a ressocialização. Isso vai causar uma profunda revolta no sistema presidiário”, declarou.
O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) afirmou que a proposta vai penalizar 95% das pessoas que cumprem a medida por causa de menos de 1% que não cumpre. "Não podemos pensar política pública e legislação com base em exceção, negando os dados concretos", disse.
Ele falou que a medida sinalizará aos presos que bom comportamento não é mais balizador para progressão de pena. "O debate está sendo feito de forma sensacionalista, que não resolve o problema da segurança pública", disse Henrique Vieira.
Favoráveis ao projeto
Para o deputado Coronel Assis (União-MT), a chamada saidinha é uma "excrecência jurídica" porque foi deturpada. Ele disse que, em outros países, existe figura jurídica parecida, mas a liberdade está condicionada a diversos fatores a serem observados.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e outros parlamentares lembraram o homicídio em janeiro de um sargento mineiro por um preso que estava de saída temporária. "Infelizmente, ele teve a sua vida ceifada por conta de um direito, na verdade, um privilégio, de um bandido que estava sob a saidinha", disse Ferreira.
Já o deputado Reimont (PT-RJ) disse que a defesa de alguns deputados do fim da saída temporária é filosoficamente contraditória com os pedidos de anistia pelos envolvidos nos ataques às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023. "Aqui estão reclamando da saidinha, mas estão quase chorando para pedir anistia", afirmou.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Relator da CPI cogita pedir busca e apreensão na pasta de Minas e Energia
O relator da CPI da Braskem, senador Rogério Carvalho (PT-SE), afirmou nesta terça-feira (19) que apresentará um pedido de busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia caso a pasta não responda aos pedidos de informações encaminhados. Ele criticou o ministério, chefiado por Alexandre da Silveira, por supostamente tratar com “desídia” e de forma “desrespeitosa” as solicitações da CPI.
— Solicito dar um prazo de mais três dias [de prazo para a resposta] sob pena de a gente aprovar um requerimento de busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia [...] É inadmissível que o Ministério de Minas e Energia não passe informações — disse Rogério Carvalho.
O senador afirmou que o interesse da comissão é ter acesso à documentação sobre as ações que foram desenvolvidas pelo MME no caso da Braskem para entender “o que foi ou não foi documentado”, antes e depois dos primeiros tremores registrados no solo em Maceió a partir de 2018. A empresa é alvo de investigação pela CPI, que analisa os danos ambientais causados em vários bairros de Maceió por causa da exploração de sal-gema pela Braskem.
Requerimentos
Na reunião desta terça-feira, os integrantes da CPI aprovaram requerimentos de informação e de cinco novos depoimentos, além do pedido com o novo prazo para o MME responder às solicitação anteriores. Apresentados pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), foram aprovadas as convocações do diretor de Relações Institucionais do Grupo Novonor (ex-Odebrecht), Claudio Medeiros, e do ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich.
De autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), um dos pedidos aprovados convoca Frederico Bedran Oliveira, que atuou no antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), atual Agência Nacional de Mineração (ANM), e foi diretor de Geologia e Produção Mineral da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia.
Outros dois requerimentos, apresentados pelo relator, convidam o defensor público de Alagoas, Ricardo Antunes Melro, e o ex-procurador-geral de Alagoas, Francisco Malaquias de Almeida Júnior, para depor como testemunhas.
A CPI aprovou ainda pedidos de informações para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); a Secretaria Adjunta Especial de Defesa Civil de Maceió; a Procuradoria da República no Estado da Bahia; o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas; e as empresas Braskem e Diagonal.
Fonte: Agência Senado