Maia, a Câmara, o escrúpulo, a medida, o fim e os meios
Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara. Obteve expressivos 293 votos. Em julho, quando disputou a primeira vez, foram 285. ATENÇÃO! Esse foi o número do segundo turno. No primeiro, o deputado carioca chegou à frente, sim, mas com 120 votos apenas. Os 173 que conquistou a mais desta feita dão conta, sim, do enorme crescimento do seu prestígio na Casa. Os adversários, claro!, o acusam de subordinar a Câmara aos interesses do governo… Bem, será sempre assim nesses casos. Fosse verdade, então haveria 293 submissos voluntários e felizes. Não dou bola para essa besteira. Adiante.
Michel Temer dispõe de um latifúndio legislativo
A reeleição de Rodrigo Maia representa uma dupla vitória para o governo de Michel Temer. Além de manter no comando da Câmara um aliado que se revelou fiel, o Planalto consolidou o desmonte do centrão, grupo fisiológico que gravitava ao redor do ex-todo poderoso Eduardo Cunha. Remanescente desse grupo, Jovair Arantes, membro da falange de Cunha que relatou impeachment de Dilma na Câmara, teve 105 votos, contra 293 obtidos por Rodrigo Maia. O centrão é como um elefante indiano. Precisa de um rajá para montá-lo. É um aglomerado fisiológico que, quando percebe que está dando com os burros n’água, se alia a burros mais secos.
Lula dá conselhos a Temer e diz estar à disposição para diálogo: ‘Me chama’
Chamados de “golpistas” e “assassinos” por militantes petistas na entrada do Hospital Sírio Libanês, Michel Temer e sua comitiva foram recebidos por Lula na noite desta quinta-feira com rara cordialidade. O líder máximo do PT agradeceu comovido à solidariedade recebida após a confirmação da morte de sua mulher, Marisa Letícia. Em meio à tristeza, encontrou disposição para fazer de política.
O PT precisa reaprender a fazer política
Guálter George, editor-executivo de Conjuntura
Desde quando se viu lançado numa crise sem precedentes, o PT há demonstrado pouca capacidade de fazer política. No máximo tem apresentado, através de exemplos isolados e cada vez mais raros, alguma competência para estabelecer alianças eleitorais e com elas amealhar vitórias que, na essência, demostram-se de pirro, quase inúteis. Uma perda de capacidade reafirmada na recém-encerrada disputa pelo comando do Congresso e com as vitórias de Rodrigo Maia, na Câmara, e Eunício Oliveira, no Senado.
Brasil tem o maior gasto com violência entre os países da América Latina e Caribe
Estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aponta que o Brasil tem o maior gasto com violência entre os países da América Latina e Caribe. Com base em dados de 2014, o BID calculou que a criminalidade custou ao país naquele ano, em valores correntes, mais de US$ 75 bilhões – o equivalente a 53% do custo total da violência na região. Em termos relativos, a quantia foi de 3,14% do PIB brasileiro.
A ressaca dos campeões - FOLHA DE SP
Quase coincidentes, a prisão de Eike Batista e a divulgação da queda aguda dos desembolsos do BNDES em 2016 evocaram a triste memória da política de campeões nacionais promovida ao longo da administração petista. O empresário esteve entre os mais notórios beneficiários dos generosos financiamentos do banco oficial de fomento, cujas operações se multiplicaram de maneira inaudita a partir do final da década passada.