Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado 2
Com 42 votos, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito hoje (2) em primeiro turno presidente do Senado. O principal opositor de Alcolumbre, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), retirou a candidatura na tarde de hoje.
Renan Calheiros teve 5 votos. Espiridião Amin (PP-SC) ficou com 13 votos, Ângelo Coronel (PSD-BA) teve 8 votos, Reguffe recebeu (sem partido-DF) 6 votos e Fernando Collor (Pros-AL) ficou com 3 votos
Senador de primeiro mandato, Alcolumbre teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de mandato no Senado. Na disputa pelo comando da Casa, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo federal.
O novo presidente contou com o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM.
Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado
O senador Davi Alcolumbre, do DEM do Amapá, foi eleito em primeiro turno neste sábado o novo presidente do Senado Federal. Apoiado por opositores de Renan Calheiros (MDB-AL) e por parte da base do governo Jair Bolsonaro, o parlamentar derrotou o cacique, que desistiu de última hora e terminou o pleito com apenas 5 votos. Renan acusou o processo de não ser “democrático” e de ter virado um “constrangimento”. Alcolumbre vai cumprir um mandato de dois anos no comando da Casa.
Girão e Tasso exibiram voto em Davi Alcolumbre no Senado
Ignorando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a votaçãodeveria ser secreta, os senadores cearenses Luis Eduardro Girão (PROS) e Tasso Jereissati (PSDB) declararam publicamente o voto no senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), eleito por 42 dos 81 senadores, na tarde deste sábado (2). O senador Cid Gomes (PDT) foi o único da bancada cearense a não divulgar o voto.
Mais cedo, Luis Eduardo Girão lançou um movimento nas redes sociais chamado #MOSTRAOVOTO, incentivando os demais colegas do Senado a também revelarem o voto para presidente do Senado.
Obra de modernização do Bondinho de Ubajara ganha novo prazo
Previstas para serem finalizadas em dezembro do ano passado, as obras de reforma do teleférico do Parque Nacional de Ubajara, na Serra da Ibiapaba, seguem em atraso. Paralisado em maio de 2015, para segurança dos turistas, o equipamento teve sua ordem de serviço de reforma e modernização assinada em agosto do mesmo ano. De acordo com a Secretaria de Turismo do Estado (Setur), responsável pelo trabalho, a troca dos cabos está prevista para o início da próxima semana, mas o atrativo deverá ser entregue à população em maio deste ano.
Todo esse material é que dá sustentação ao teleférico, que fica suspenso pelos cabos de aço na descida de 550 metros, entre duas estações, na parte superior da encosta e na inferior, próxima à entrada da famosa gruta. O bondinho serve não apenas ao passeio de turistas, mas como meio de transporte dos moradores do Distrito de Araticum. Sem o equipamento, o caminho percorrido pela comunidade até a sede do Município é de 65 km.
gigantesca-rejeicao-a-renan-deu-vitoria-a-davi - JOSIAS DE SOUZA
Davi Alcolumbre, até ontem um inexpressivo membro do baixíssimo clero parlamentar, foi guindado ao comando do Senado pela exclusão, não pela preferência. A maioria dos seus 42 eleitores votou nele para evitar a vitória de Renan Calheiros. Resta agora saber se Davi terá dimensão para se converter de vencedor em presidente.
Para presidir com a grandeza que o momento requer, Davi terá de superar dois desafios imediatos: 1) Pacificar o Senado, devolvendo funcionalidade à Casa; 2) Provar que consegue distinguir os papeis de presidente do Poder Legislativo e de amigo do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), seu correligionário do DEM.
Renan transformou-se no principal cabo eleitoral de Davi porque confiou na sua invulnerabilidade. Para um oligarca que sobreviveu às urnas de 2018 mesmo estando encrencado em múltiplos inquéritos criminais, isso não chega a surpreender. Mas Renan exagerou.
O coronel do MDB reelegeu-se escorado no prestígio de Lula entre os alagoanos. Depois, autoproclamou-se um "novo Renan". E passou a flertar com o antipetista Jair Bolsonaro.
Renan revelou-se a favor de tudo e contra qualquer outra coisa, desde que o acomodassem pela quinta vez no comando. Não se deu conta de que o plenário do Senado, remoçado pela presença de 46 novos senadores, deixou de ser um pedaço de sua Alagoas hipertrofiada.
Feitiço de Toffoli virou-se contra feiticeiro Renan... - JOSIAS DE SOUZA
Ao candidatar-se à presidência do Senado pela quinta vez, Renan Calheiros livrou a instituição de um mito que arruinava sua imagem: a esperteza da velha raposa de Alagoas. Em má fase, Renan demonstrou que, entre o certo e o errado, há sempre espaço para mais erros na política.
De todos os equívocos que produziram a derrota de Renan o despacho noturno do amigo Dias Toffoli foi a macumba mais surpreendente. A raposa e seu séquito celebraram efusivamente a anulação judicial da votação na qual 50 senadores haviam instituído o voto aberto na escolha do comandante do Senado. Enxergaram uma luz no fim do túnel. Era pus.
Há no Senado 81 senadores. Ao restabelecer o voto secreto, Toffoli tornou-se uma espécie de 82º senador, mais poderoso que os demais. Sua presença invisível no plenário transformou a eleição do novo presidente da Casa numa espécie de teatro de bonecos —do tipo em que o boneco é manipulado por pessoas vestidas de preto dos pés à cabeça.