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Aliados de Alcolumbre montam grupo para protegê-lo em embates no Senado

Painel / FOLHA DE SP

À luta com escolta Senadores de longa trajetória que trabalharam pela vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) na tumultuada disputa pela presidência do Senado vão organizar um grupo para auxiliar o parlamentar de 41 anos na condução da Casa. O gesto é não só um reconhecimento da inexperiência do eleito, mas também do potencial bélico dos adversários que foram abatidos no caminho —Renan Calheiros (MDB-AL) à frente. Tasso Jereissatti (PSDB-CE) convocou reunião na terça (5) para tratar do assunto.

Entre os dedos A adesão de Tasso à candidatura de Davi foi decisiva para emparedar os possíveis apoiadores de Renan no PSDB. Tido como favorito, o alagoano colocou a conta da derrota nas defecções dos tucanos e do PSD.

Foram-se Renan calculava ter cinco votos no PSD, de Gilberto Kassab, quatro no PP e ao menos dois no PSDB. No meio da segunda votação, contabilizou apenas um apoio na primeira sigla. Sergio Petecão (PSD-AC) acertou com Alcolumbre que ficaria com a Primeira-Secretaria do Senado.

Balão de oxigênio Num primeiro momento, a vitória de Alcolumbre inflou a cotação do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), que estava na mira do MDB e não é unanimidade em seu partido, o DEM.

Fênix A ascensão do senador do Amapá também coroa o triunfo de ACM Neto no comando do DEM. O presidente da sigla trabalhou exaustivamente pelo colega nas 48 horas que antecederam o pleito.

Meu pequeno milagre Às 14h45 deste sábado (2), assim que Alcolumbre terminou o discurso em que apresentou sua candidatura, Neto disparou mensagem a pessoas próximas: “Ele foi perfeito. Estou vibrando. Anote, escreva: Davi vai ser presidente do Senado”.

Vento levou A súbita ressurreição do DEM no governo Jair Bolsonaromudou a configuração do mapa histórico do poder em Brasília. É a primeira vez desde o governo José Sarney, em 1985, que o MDB não tem o comando de nenhuma Casa do Congresso.

Vento levou 2 Só houve um momento nos últimos 33 anos em que a sigla viveu situação semelhante: em 2007, quando Renan renunciou ao comando do Senado para evitar a cassação de seu mandato.

Senta aqui Aliados de Jair Bolsonaro escalaram militares que atuam no governo para uma conversa franca com o general Hamilton Mourão. É crescente o incômodo do Planalto com declarações do vice.

Senta aqui 2 Mourão tem feito contrapontos e até críticas públicas a iniciativas do time escalado pelo presidente. Esses interlocutores querem arrancar dele um compromisso claro de alinhamento.

Eu? Mourão monitorou atentamente o protagonismo que parte da imprensa lhe atribuiu no primeiro mês do governo. Segundo pessoas próximas, temia isso: que a relação com Bolsonaro azedasse.

Deu para ti A bancada do PSL na Câmara inicia os trabalhos sob forte tiroteio interno. Depois de ter decidido concorrer contra o dirigente da sigla, Luciano Bivar (PSL-PE), à uma vice-presidência da casa, o deputado Charlles Evangelista (PSL-MG) deve ser convidado a se retirar do partido.

Rebelde Na quinta (31), mais de 30 parlamentares do PSL aprovaram o nome de Bivar como representante da legenda na segunda vice-presidência da Câmara. Esse grupo alega que Evangelista contrariou a decisão da sigla.

Esgarçou As desavenças agora públicas entre PT e PC do B se arrastam desde o ano passado, após os dois partidos perderem a eleição para Jair Bolsonaro. Enquanto ala dos comunistas pregava um movimento de ampliação da esquerda, a direção petista dizia que “o momento era o de reforçar identidade”.

Esgarçou 2 A ala do PC do B que conseguiu isolar o PT na disputa por espaços na direção da Câmara diz que o partido do ex-presidente Lula “parou no tempo” e está sendo “conduzido ao gueto”.


TIROTEIO

Tentaram melar de todas as formas, mas a postura do Davi mostrou que ele tem grandeza para conduzir essa Casa

Do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), sobre as conturbadas sessões que, no fim, levaram Davi Alcolumbre à presidência do Senado

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