OS estados dizem que há risco de atrasar salário de servidor
BRASÍLIA - Enquanto o governo negocia com o Senado a elaboração de um projeto alternativo de socorro a estados e municípios, secretários de Fazenda ouvidos pelo GLOBO afirmam que o plano da equipe econômica é insuficiente para fazer frente às perdas de receita dos próximos meses por causa da crise do coronavírus.
Eles pressionam por uma ampliação do modelo de socorro. Segundo gestores de Rio, Goiás, Rio Grande do Sul e Piauí, já há risco de atraso nos salários de servidores e pagamentos de fornecedores.
O impasse sobre a ajuda aos entes federados se arrasta há ao menos um mês. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga a União a cobrir integralmente a queda na arrecadação de ICMS (nos estados) e de ISS (nos municípios).
A equipe econômica é contra, porque entende que isso representaria um “cheque em branco” a governadores e prefeitos.
No lugar dessa espécie de seguro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe a transferência de valores fixos para governos locais. Em troca, Guedes defende o congelamento de salários de servidores públicos por dois anos. Com essa contrapartida, repasses poderiam ser até maiores que o anunciado.
As negociações avançam
Segundo uma fonte da equipe econômica, as negociações “avançaram muito” nos últimos dias. A expectativa é que o próprio presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), seja o relator da proposta.
O Estudo indica que distanciamento social pode durar até 2022
Um novo estudo liderado por especialistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indica que as estratégias de distanciamento social podem precisar ser adotadas globalmente até 2022 para conter a disseminação do novocoronavírus, que ainda não tem tratamento clínico ouvacinacomprovadamente eficazes para combatê-lo.
Publicada na revista científicaScience, a pesquisa simulou uma série de cenários em relação à evolução do contágio do novo coronavírus.
Considerando que a imunidade desenvolvida por humanos contra o vírus seja permanente, ele pode sumir dentro de cinco anos, em 2025. Com isso, a quarentena em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, precisaria durar até meados de 2021. Após esse período, a abertura gradual deve ocorrer até o meio de 2022.
No cenário em que a imunidade para o novo coronavírus seja de um ano, como acontece com outros vírus do mesmo grupo, todos os anos pode haver aumento de casos. Vale notar que a Organização Mundial da Saúde investiga casos de contágio de pessoas previamente infectadas pelo vírus. O estudo considera países de clima temperado, o que não abrange o Brasil. No entanto, o clima mais quente pode ter um impacto na redução da disseminação do vírus, mas ele ainda não é o suficiente para ser significativo no número de casos de contágio e internações.
O estudo estima que cada pessoa infectada pelo novo coronavírus pode contagiar outras três pessoas. Essa taxa de transmissão é mais alta do que a de outros coronavírus, que tinha potencial de infecção de duas pessoas a cada caso.
Em relação às medidas de distanciamento social, o estudo estima que a redução de novos contágios a cada pessoa infectada seja de até 60%. O cenário abrange fechamento de comércio e escolas e aglomerações em geral.
“Intervenções adicionais, incluindo capacidade ampliada de cuidados críticos e uma terapêutica eficaz, melhorariam o sucesso do distanciamento intermitente e acelerariam a aquisição da imunidade do rebanho”, escrevem os pesquisadores.
Com fim abrupto da quarentena, os pesquisadores estimam que o pico de casos pode ser ainda maior do que se não tivessem sido tomadas medidas de distanciamento. O motivo é que isso levaria à exposição de um grande número de pessoas ainda vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus.
O cenário em que a quarentena dura 20 semanas é o mais efetivo. Considerando uma efetividade moderada de isolamento, que reduz a multiplicação em casos a cada novo contágio de 20 a 40%, seria possível controlar os picos da covid-19.
Com mais dados sobre o comportamento do vírus em países como o Brasil, com clima tropical, e sobre a imunidade que o corpo humano pode desenvolver a ele, poderão ser adotadas medidas de distanciamento social intermitente, com aberturas e fechamentos do comércio e outros estabelecimentos.
“O distanciamento altamente eficaz poderia reduzir a incidência de SarS-CoV-2 o suficiente para tornar factível uma estratégia baseada em rastreamento de contatos e quarentena, como na Coreia do Sul e Cingapura”, dizem os pesquisadores. REVISTA EXAME
Estudo indica que distanciamento social pode durar até 2022
Um novo estudo liderado por especialistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indica que as estratégias de distanciamento social podem precisar ser adotadas globalmente até 2022 para conter a disseminação do novocoronavírus, que ainda não tem tratamento clínico ouvacinacomprovadamente eficazes para combatê-lo.
Publicada na revista científicaScience, a pesquisa simulou uma série de cenários em relação à evolução do contágio do novo coronavírus.
Considerando que a imunidade desenvolvida por humanos contra o vírus seja permanente, ele pode sumir dentro de cinco anos, em 2025. Com isso, a quarentena em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, precisaria durar até meados de 2021. Após esse período, a abertura gradual deve ocorrer até o meio de 2022.
No cenário em que a imunidade para o novo coronavírus seja de um ano, como acontece com outros vírus do mesmo grupo, todos os anos pode haver aumento de casos. Vale notar que a Organização Mundial da Saúde investiga casos de contágio de pessoas previamente infectadas pelo vírus. O estudo considera países de clima temperado, o que não abrange o Brasil. No entanto, o clima mais quente pode ter um impacto na redução da disseminação do vírus, mas ele ainda não é o suficiente para ser significativo no número de casos de contágio e internações.
O estudo estima que cada pessoa infectada pelo novo coronavírus pode contagiar outras três pessoas. Essa taxa de transmissão é mais alta do que a de outros coronavírus, que tinha potencial de infecção de duas pessoas a cada caso.
Em relação às medidas de distanciamento social, o estudo estima que a redução de novos contágios a cada pessoa infectada seja de até 60%. O cenário abrange fechamento de comércio e escolas e aglomerações em geral.
“Intervenções adicionais, incluindo capacidade ampliada de cuidados críticos e uma terapêutica eficaz, melhorariam o sucesso do distanciamento intermitente e acelerariam a aquisição da imunidade do rebanho”, escrevem os pesquisadores.
Com fim abrupto da quarentena, os pesquisadores estimam que o pico de casos pode ser ainda maior do que se não tivessem sido tomadas medidas de distanciamento. O motivo é que isso levaria à exposição de um grande número de pessoas ainda vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus.
O cenário em que a quarentena dura 20 semanas é o mais efetivo. Considerando uma efetividade moderada de isolamento, que reduz a multiplicação em casos a cada novo contágio de 20 a 40%, seria possível controlar os picos da covid-19.
Com mais dados sobre o comportamento do vírus em países como o Brasil, com clima tropical, e sobre a imunidade que o corpo humano pode desenvolver a ele, poderão ser adotadas medidas de distanciamento social intermitente, com aberturas e fechamentos do comércio e outros estabelecimentos.
“O distanciamento altamente eficaz poderia reduzir a incidência de SarS-CoV-2 o suficiente para tornar factível uma estratégia baseada em rastreamento de contatos e quarentena, como na Coreia do Sul e Cingapura”, dizem os pesquisadores. REVISTA EXAME
estados dizem que há risco de atrasar salário de servidor
BRASÍLIA - Enquanto o governo negocia com o Senado a elaboração de um projeto alternativo de socorro a estados e municípios, secretários de Fazenda ouvidos pelo GLOBO afirmam que o plano da equipe econômica é insuficiente para fazer frente às perdas de receita dos próximos meses por causa da crise do coronavírus.
Impacto social:Pandemia deve lançar mais 5,4 milhões de brasileiros na extrema pobreza em 2020
Eles pressionam por uma ampliação do modelo de socorro. Segundo gestores de Rio, Goiás, Rio Grande do Sul e Piauí, já há risco de atraso nos salários de servidores e pagamentos de fornecedores.
O impasse sobre a ajuda aos entes federados se arrasta há ao menos um mês. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga a União a cobrir integralmente a queda na arrecadação de ICMS (nos estados) e de ISS (nos municípios).
Acordo: Governo estuda "cartel da crise" para socorrer setor aéreo, com venda conjunta de bilhetes
A equipe econômica é contra, porque entende que isso representaria um “cheque em branco” a governadores e prefeitos.
No lugar dessa espécie de seguro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe a transferência de valores fixos para governos locais. Em troca, Guedes defende o congelamento de salários de servidores públicos por dois anos. Com essa contrapartida, repasses poderiam ser até maiores que o anunciado.
Coronavírus: Pandemia deve lançar mais 5,4 milhões de brasileiros na extrema pobreza em 2020
Sem socorro, estados dizem que há risco de atrasar salário de servidor
BRASÍLIA - Enquanto o governo negocia com o Senado a elaboração de um projeto alternativo de socorro a estados e municípios, secretários de Fazenda ouvidos pelo GLOBO afirmam que o plano da equipe econômica é insuficiente para fazer frente às perdas de receita dos próximos meses por causa da crise do coronavírus.
Impacto social:Pandemia deve lançar mais 5,4 milhões de brasileiros na extrema pobreza em 2020
Eles pressionam por uma ampliação do modelo de socorro. Segundo gestores de Rio, Goiás, Rio Grande do Sul e Piauí, já há risco de atraso nos salários de servidores e pagamentos de fornecedores.
O impasse sobre a ajuda aos entes federados se arrasta há ao menos um mês. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga a União a cobrir integralmente a queda na arrecadação de ICMS (nos estados) e de ISS (nos municípios).
Acordo: Governo estuda "cartel da crise" para socorrer setor aéreo, com venda conjunta de bilhetes
A equipe econômica é contra, porque entende que isso representaria um “cheque em branco” a governadores e prefeitos.
No lugar dessa espécie de seguro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe a transferência de valores fixos para governos locais. Em troca, Guedes defende o congelamento de salários de servidores públicos por dois anos. Com essa contrapartida, repasses poderiam ser até maiores que o anunciado.
Coronavírus: Pandemia deve lançar mais 5,4 milhões de brasileiros na extrema pobreza em 2020
Camilo reconhece importância de pensar volta às atividades, mas admite não haver datas para retomada
A retomada da economia no Ceará já começa a ser planejada pelo Governo do Estado, mas ainda sem uma definição. Em entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares, na manhã de ontem, o governador Camilo Santana mencionou a criação de um grupo de trabalho para planejar a voltas às atividades, mas disse que ainda não há prazos para o início da reabertura da economia. Apesar de reconhecer a importância de todos os setores, o governador garantiu que as datas de divulgação e início do plano de retomada deverá seguir as recomendações dos especialistas da área de saúde e dos cientistas consultados.
O grupo de trabalho conta com a presença de representantes de várias secretarias estaduais, do Ministério Público Estadual e Federal, das entidades de classes dos setores econômicos e da sociedade civil.
"O plano (de retomada) será construído por esse grupo, mas ainda não podemos definir uma data para implemen-tação. Quem vai definir isso são os técnicos e os especialistas, que vão definir o momento certo. Eu sei que esse momento traz angústias e sei dos impactos que esse momento tem na economia, mas isso está acontecendo no mundo inteiro", disse Camilo.
O governador ainda defendeu que as medidas de isolamento social foram tomadas para garantir a segurança e saúde da população do Estado. Contudo, o Estado já trabalha com uma previsão de retração do Produto Interno Bruto (PIB) para a economia cearense. Apesar de economistas apontarem que poderá haver uma queda de até 3% das riquezas geradas no Ceará em 2020, o governador Camilo disse que ainda é cedo para prever o impacto da crise do novo coronavírus.
Além disso, o chefe do executivo estadual ressaltou que o tamanho da redução poderá ser minimizado com a implementação de medidas por parte do Governo Federal. Segundo Camilo Santana, é preciso que haja injeção de recursos nos setores privado e público para garantir um processo de retomada mais tranquilo para o País.
"O tamanho dessa retração vai depender da ação do Governo Federal. Se o Governo estimula as empresas e a atividade econômica com recursos, e o momento da retomada vai ser importante, e tivermos recursos injetados no setor privado e no setor público para que tenhamos investimentos podemos reduzir o impacto", disse o governador.
Camilo ainda destacou algumas ações do Ministério da Economia até aqui, como o auxílio de renda emergencial de R$ 600 e as linhas de crédito oferecidas às empresas para a manutenção de empregos.
"O Ministério da Economia tem tomado ações importantes, mas tudo isso vai depender das ações durante a pandemia e na hora da retomada, que dependerá das políticas de estímulo e incentivo dos governos Federal e Estadual, mas o Governo Federal tem muito mais força do que o Estado, por conta das políticas monetária e fiscal", disse.
Setor produtivo
Durante a entrevista, Camilo também reforçou que está aberto ao diálogo e que vem discutindo com empresários as estratégias para reabertura da economia, assim como as medidas de apoio às empresas no Estado. Apesar da disposição, ele demonstrou resistência à demanda da suspensão da cobrança total do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Camilo destacou que os pleitos relacionados a tributos estaduais serão analisados setor por setor, uma vez que, mesmo durante a crise, algumas empresas mantiveram os níveis de atividade e poderão registrar crescimento, ainda que estejam longe de ser maioria do total do números de negócios no Estado.
O governador ainda destacou que os impostos têm sido importante para manter o caixa do Governo para garantir os investimentos na saúde, como a compra de respiradores e equipamentos de proteção individual, e para a ampliação de leitos hospitalares para atender os casos da Covid-19, seja com leitos normais ou de unidades de terapia intensiva.
Vale-gás
Na manhã de ontem, o governador também anunciou que o programa de auxílio de entrega de botijões de gás a famílias de baixa renda no Ceará deverá começar até a próxima segunda-feira, com a distribuição de vales. O projeto é uma parceria com a Nacional Gás e deverá atender mais de 247 mil famílias em todo o Estado.
Por três meses, beneficiários do Cartão Mais Infância Ceará, do Bolsa Família (com renda "per capita" igual ou inferior a R$ 89,34) e famílias com jovens inscritos no Programa Superação deverão receber o vale-gás. DIARIONORDESTE